segunda-feira, 26 de maio de 2025

Análise da temporada: AZ

Troy Parrott (de costas) primeiro, Meerdink depois: no ataque, foram raros nomes de confiança num AZ que ficava perto de convencer, sem nunca conseguir. Pelo menos, conseguiu algo no fim (Ed van de Pol/BSR Agency/Getty Images)

Colocação final: 5º lugar, com 57 pontos (16 vitórias, 9 empates e 9 derrotas)
No turno havia sido: 5º lugar, com 32 pontos
Time-base: Owusu-Oduro; Kasius (Maikuma), Penetra, Goes e Möller Wolfe; Koopmeiners e Buurmeester (Clasie); Poku (Sadiq/Addai), Mijnans e Van Bommel (Lahdo); Parrott (Meerdink)
Técnico: Maarten Martens
Maior vitória: AZ 9x1 Heerenveen (5ª rodada)
Maior derrota: Heerenveen 3x1 AZ (24ª rodada)
Principal jogador: Sven Mijnans (meio-campista)
Artilheiros: Troy Parrott (atacante), com 14 gols
Quem deu mais passes para gol: Peer Koopmeiners (meio-campista), com 7 passes 
Quem mais partidas jogou: Peer Koopmeiners (meio-campista), com 36 partidas - as 34 da temporada regular, mais as duas da repescagem pela Conference League
Copa nacional: Vice-campeão
Competições continentais: Liga Europa (eliminado pelo Tottenham-ING, nas oitavas de final)

Ao longo de toda a temporada, a impressão sobre o AZ era de uma equipe com potencial, que até conseguia ensaiar uma "decolagem" rumo a grandes momentos... mas falhava na "hora H", no momento decisivo. Foi assim desde o começo, por sinal: na Eredivisie, as seis primeiras rodadas do time de Alkmaar tiveram um empate e cinco vitórias, com destaque para os 9 a 1 no Heerenveen (5ª rodada). Era um sinal promissor para um time que começava a ter nomes da geração campeã da Liga Jovem da UEFA há dois anos (o goleiro Rome-Jayden Owusu Oduro, o zagueiro Wouter Goes, o atacante Mexx Meerdink, o ponta Ernest Poku). Sinal que se mostrou alarme falso logo depois, com uma sequência de seis jogos sem vitórias, entre a 7ª e a 12ª rodadas (um empate e cinco derrotas), já fazendo a equipe cair para a zona de repescagem por vaga na Conference League. Havia pontos positivos, claro, como os gols do irlandês Troy Parrott. Mas era necessário melhorar. Isso até já ocorreu no fim de 2024, com cinco vitórias seguidas na liga. O AZ seguiu melhorando no começo de ano: uma boa sequência levou o time até a quarta posição na Eredivisie, havia a campanha na Copa da Holanda (seguindo até a final), havia um avanço promissor às oitavas de final da Liga Europa, eliminando o Galatasaray-TUR. Poderia ser a "catapulta" para uma ótima reta final de temporada. 

Mas... de novo, o alarme foi falso. Na Liga Europa, o Tottenham Hotspur (que já fizera 1 a 0 no AZ, na fase de liga) despachou novamente a equipe holandesa. Na Copa da Holanda, retornando à final após sete anos, a dor foi ainda maior: havia a vitória sobre o Go Ahead Eagles, até um pênalti contrário nos acréscimos, o empate do adversário e a derrota final nas cobranças. Mesmo com o mau humor se avolumando sobre o trabalho do belga Maarten Martens, restava a Eredivisie. Nela, o time até se estabilizou no fim da temporada: a dupla Alexandre Penetra-Wouter Goes se firmou de vez na zaga, Peer Koopmeiners se consolidou no meio-campo como um dia o irmão Teun fez (e se o veterano Jordy Clasie se machucou, Kees Smit foi mais um novato a despontar). Tirou partido de uma boa sequência nas rodadas finais da Eredivisie - dois empates e três vitórias, incluindo uma virada sobre o Twente (3 a 2 no jogo direto, assumindo a quinta posição) - para ir à repescagem em vantagem, com dois jogos em casa. E nela, o AZ teve uma facilidade - os 4 a 1 no Heerenveen - e uma dificuldade - outra virada por 3 a 2 no Twente, definida nos acréscimos -, mas afinal conseguiu o lugar na Conference League. E tem um time que pode ir até bem em 2025/26. Só precisa de mais constância. E ser melhor em decisões...

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