segunda-feira, 27 de março de 2023

Vitória preocupante

A vitória contra Gibraltar foi útil para a campanha nas eliminatórias da Euro 2024. Só que a Holanda nem comemorou muito: sabe que decepcionou mesmo diante de um adversário fraco (John Thys/AFP/Getty Images)

Como pode uma vitória ser preocupante? Afinal de contas, os três pontos foram conseguidos - em tese, não há nada de problemas. Contudo, não é bem assim, quando se trata de uma seleção bem mais forte contra uma bem mais fraca. Eis o caso da seleção da Holanda (Países Baixos), nas eliminatórias da Euro 2024: tendo goleado Gibraltar nas eliminatórias da Copa do Mundo passada (7 a 0 e 6 a 0), ganhou por 3 a 0. Só que a atuação dos jogadores da Laranja em De Kuip deixou claro que há muita coisa a ser melhorada, para tentar a classificação ao torneio europeu de seleções.

Não que se pudesse esperar caminho aberto dos gibraltarinos, diante de uma anfitriã escalada para buscar o ataque desde o começo (tanto que só um volante, o estreante Mats Wieffer, foi escalado). O que se viu nos primeiros minutos - bem, talvez na partida toda - foi o previsível: a seleção visitante totalmente fechada, enquanto a Holanda buscava algum espaço. Já havia sinais de boas atuações: Memphis Depay aparecia mais, Xavi Simons tinha vontade com a bola nos pés, Nathan Aké era opção constante na esquerda. 

Só que, na hora de finalizar... os problemas apareciam. O primeiro era a natural falta de espaço para entrar na área com troca de passes: as chances da Holanda vinham em chutes de média distância (Steven Berghuis aos 9', Aké aos 10', Wieffer aos 16'). Até aí, mérito dos jogadores de Gibraltar. O segundo, porém, já era demérito da Holanda: falta de precisão. Passes errados, chutes descuidados... jogadas que poderiam virar chances de gol eram desperdiçadas. Só mesmo o cruzamento de Denzel Dumfries que Memphis Depay cabeceou para as redes, aos 23', foi oportunidade aproveitada. De resto, a Holanda seguiu estéril no ataque. Talvez, nem por falta de capacidade: Georginio Wijnaldum, por exemplo, pode justificar as três chances perdidas (aos 28', 32' - poderia ser bonito voleio - e aos 42') pela falta de ritmo. Já Wout Weghorst, nem isso pode falar: mal teve a bola nos pés. E quando teve, não brilhou, perdendo uma chance aos 41' e "jogando de zagueiro" num desvio de escanteio, aos 45'.

Diante de tamanha imprecisão, as alterações de Ronald Koeman até que deram certo no segundo tempo. Novamente, Donyell Malen teve lá sua utilidade ao jogar: trouxe mais velocidade pela direita, com a bola nos pés. Mesmo voltando do problema estomacal, Cody Gakpo também garantiu mais técnica pela esquerda, com Xavi Simons recuando para o meio. Bastou isso para um começo mais promissor na etapa complementar, com Gakpo tendo chance aos 48' e, quase na sequência, o gol de Nathan Aké, após jogada feita na área adversária. Mais um minuto, e com a expulsão de Liam Walker (falta que pareceu mais séria do que de fato foi sobre Wieffer), parecia que o caminho se abriria para a goleada esperada.

Com voluntariedade no apoio ao ataque e dois gols, Aké talvez tenha sido o único da Laranja com algo a comemorar (Pro Shots/Icon Sport/Getty Images)

Que nada. Novamente, a Holanda teve a bola, cercou mais a área de ataque, teve Virgil van Dijk e Matthijs de Ligt comumente avançando para ajudar... e não passou disso. Quando passou, os chutes foram acertados nos defensores de Gibraltar. E quando eles eram superados, até o goleiro Dayle Coleing apareceu, fazendo pelo menos três boas defesas. Coleing só foi superado quando um chute de Aké desviou em John Sergeant e foi direto para as redes - o terceiro gol foi computado até merecidamente para o lateral esquerdo, muito provavelmente o melhor holandês em campo.

E a vitória esperada veio. Só que as declarações dos próprios jogadores da Laranja deixaram claro: esperava-se muito mais. Começando por Van Dijk ("É óbvio que a gente devia ter feito melhor", à emissora NOS, ainda no gramado), continuando por De Ligt ("Esperávamos uma goleada para a torcida se divertir, mas infelizmente não aconteceu") e terminando por Ronald Koeman, que lamentou não só a vitória discreta, mas também a semana turbulenta ("Precisamos melhorar, em absoluto. Estou chocado com alguns momentos nos jogos"). 

É bom lembrar que a situação da Holanda está sob controle. Melhor ainda lembrar que, se tudo der errado nas eliminatórias "normais", a Laranja está garantida na repescagem por vaga na Euro, por ter vencido seu grupo na Liga das Nações. Só que as atuações apagadas deixaram claro: sem criatividade nem intensidade, a Holanda sofrerá nas semifinais da Nations League, em junho, contra a Croácia. Sofrerá ainda mais contra Grécia e Irlanda, seleções tradicionalmente aguerridas. Que podem causar mais problemas do que Gibraltar jamais poderia.

Por incrível que pareça, foi uma vitória preocupante da Holanda.

Eliminatórias da Euro 2024
Holanda 3x0 Gibraltar
Data: 27 de março de 2023
Local: De Kuip (Roterdã)
Juiz: Morten Krogh (Dinamarca)
Gols: Memphis Depay, aos 23', e Nathan Aké, aos 50' e aos 82'

Holanda
Jasper Cillessen; Denzel Dumfries, Matthijs de Ligt (Tyrell Malacia, aos 77'), Virgil van Dijk e Nathan Aké; Georginio Wijnaldum (Cody Gakpo, aos 46'), Mats Wieffer (Daley Blind, aos 63') e Memphis Depay (Davy Klaassen, aos 63'); Steven Berghuis (Donyell Malen, aos 46'), Wout Weghorst e Xavi Simons. Técnico: Ronald Koeman

Gibraltar
Dayle Coleing; Graeme Torrilla (Niels Hartman, aos 86'), Jayce Olivero, John Sergeant e Kian Ronan (Aymen Mouelhi, aos 76'); Roy Chipolina, Bernardo Lopes e Lee Casciaro (Julian Valarino, aos 86'); Liam Walker, Jamie Coombes (Ethan Jolley, aos 65') e Ethan Britto. Técnico: Julio Ribas

Fichário das mulheres: os jogos e os vídeos da 18ª rodada da Vrouwen Eredivisie 2022/23

Fortuna Sittard 3x1 Excelsior (sexta-feira, 24 de março de 2023)

Local: Fortuna Sittard Stadion (Sittard)
Gols: Amber van Heeswijk, aos 19', Lotte de Keijzer, aos 38', Kristina Erman, aos 77', e Tessa Wullaert, aos 89'
Jogo resumido: O Fortuna teve sérias dificuldades, mas conseguiu se aprumar nos quinze minutos finais, para conseguir a vitória e a manutenção de uma segurança no terceiro lugar

FORTUNA SITTARD
Diede Lemey; Moïsa van Koot (Kristina Erman, aos 65'), Anna Knol, Samantha van Diemen e Alieke Tuin; Maria Catharina Ólafsdóttir Grós (Hanna Huizenga, aos 65'), Dana Foederer (Feli Delacauw, aos 65'), Hildur Antonsdóttir e Jarne Teulings; Amber van Heeswijk (Charlotte Hulst, aos 65'); Tessa Wullaert. Técnico: Roger Reijners

EXCELSIOR
Isa Pothof; Lieve van Vliet, Naomi Piqué, Stephanie Coelho Aurélio (Fleur Mol, aos 60') e Yentl van Goch; Lieke de With (Nikki Ridder, aos 60'), Lotte de Keijzer (Anne Bhagerath, aos 76') e Lynn Groenewegen (Akke van den Born, aos 46'); Aisse Gumbs (Angela Versluis, aos 60'), Dana Breewel e Britt Udink. Técnico: Richard Mank

(VÍDEO EM https://eyecons.com/videos/fortuna-sittard-excelsior-3-1-22792?utm_medium=share)

PSV 6x1 Telstar (sexta-feira, 24 de março de 2023)

Local: De Herdgang (Eindhoven)
Gols: Joëlle Smits, aos 19', Esmee Brugts, aos 24', 76' e 78', Janou Levels (contra), aos 40', Laura Strik, aos 59', e Fleur Stoit, aos 84'
Jogo resumido: Coube a Esmee Brugts se destacar na goleada que manteve o time de Eindhoven estável na tabela

PSV
Lisan Alkemade; Melanie Bross, Gwyneth Hendriks, Senna Koeleman e Janou Levels; Laura Strik (Julie Biesmans, aos 79'), Siri Worm (Janneke Verheijen, aos 79') e Chimera Ripa (Inessa Kaagman, aos 59'); Zera Hulswit (Fleur Stoit, aos 73'), Joëlle Smits e Esmee Brugts (Shanique Dessing, aos 79'). Técnico: Rick de Rooij

TELSTAR
Kelly Steen; Sascha van Zelst, Anna Ursem, Felice Hermans e Puck Donker; Dominique Bruinenberg, Annemiek Kruijthof e Anna Maria van der Vlist (Kyah Coady, aos 57'); Lieke Vis (Mila Lagcher, aos 80'), Isa Gomez e Chelly Drost. Técnica: Marelle Worm


Feyenoord 1x0 ADO Den Haag (sexta-feira, 24 de março de 2023)

Local: Sportcomplex Varkenoord
Gol: Esmee de Graaf, aos 83' 
Jogo resumido: Se tomara o empate nos acréscimos, na rodada passada, o Feyenoord compensou fazendo o gol da vitória também na reta final, rendendo a primeira vitória sob o comando da técnica Jessica Torny

FEYENOORD
Jacintha Weimar; Bridget Baptiste, Danique Ypema, Celainy Obispo e Justine Brandau; Cheyenne van den Goorbergh (Anouk Boshuizen, aos 66'), Amber Verspaget e Zoï van de Ven; Esmee de Graaf, Sophie Cobussen (Sabine Ellouzi, aos 61') e Sanne Koopman (Jada Conijnenberg, aos 79'). Técnica: Jessica Torny

ADO DEN HAAG
Barbara Lorsheyd; Pleun Raaijmakers (Gina Viehoff, aos 87'), Daniëlle Noordermeer, Wiëlle Douma e Kayra Nelemans; Manon van Raay, Lysette van der Wal e Nikki IJzerman; Liz Rijsbergen, Vanessa Susanna (Lobke Loonen, aos 66') e Louise van Oosten (Chloe vande Velde, aos 81'). Técnico: Sjaak Polak 


Zwolle 2x0 Heerenveen (sexta-feira, 24 de março de 2023)

Local: Sportpark De Vegtlust (Zwolle)
Gols: Evi Maatman, aos 2', e Danique Noordman, aos 57'
Jogo resumido: Um gol rápido bastou para o Zwolle ter o controle do jogo, mesmo durante a pressão do Heerenveen em alguns momentos

ZWOLLE
Tess van der Flier; Jeva Walk (Ana Nassette, aos 71'), Kelly Pruim, Mayke Lindner e Imre van der Vegt; Danique Noordman, Tess van Bentem e Sanne van de Velde (Celien Tiemens, aos 63'); Leonie Vliek, Evi Maatman (Bo Tess van Egmond, aos 63') e Inske Weiman. Técnico: Oliver Amelink

HEERENVEEN
Jasmijn Resink; Dewi Snippe, Fenna Meijer, Merel Bormans e Iris Teijema; Roos de Haas (Esther Makken, aos 79'), Anna Ruiter, Lyanne Iedema (Demi Werther, aos 46') e Nayomi Buikema; Jet van Beijeren (Amelie Hoendermis, aos 79') e Janneke Ennema. Técnico: Hans Schrijver


Ajax 5x0 VV Alkmaar (domingo, 26 de março de 2023)

Local: De Toekomst (Amsterdã)
Gols: Lisa Doorn, aos 34' e aos 71', Romée Leuchter, aos 59' e aos 65', e Elisha Kruize, aos 80'
Jogo resumido: O VV Alkmaar ainda resistiu no primeiro tempo, mas o Ajax embalou para a goleada na etapa final - e já se garantiu nas fases preliminares da Liga dos Campeões feminina 

AJAX
Lize Kop; Kay-Lee de Sanders, Isa Kardinaal, Lisa Doorn e Ashleigh Weerden (Milicia Keijzer, aos 79'); Nadine Noordam, Sherida Spitse e Quinty Sabajo (Rosa van Gool, aos 46'); Chasity Grant (Isabelle Hoekstra, aos 79'), Eshly Bakker (Elisha Kruize, aos 63') e Romée Leuchter. Técnico: Suzanne Bakker

VV ALKMAAR
Puck Louwes; Maudy Stoop, Karlijn Woons (Bo Anna op de Weegh, aos 68'), Robin Blom, Kim Remijnse e Ginia Caprino; Judith Roosjen (Jasmijn van der Heide, aos 63'), Isa Colin (Elfi Maass, aos 63'), Manique de Vette (Kim Smal, aos 83') e Camie Mol; Veerle van der Most (Ilvy Zijp, aos 83'). Técnico: Mark de Vries

(VÍDEO EM https://eyecons.com/videos/ajax-vv-alkmaar-5-0-22974?utm_medium=share)

sexta-feira, 24 de março de 2023

Estava (quase) no roteiro

Bastaram 21 minutos terríveis defensivos para a Holanda se ver perdida contra a França, nas eliminatórias da Euro. Era previsível, mas não precisava de tanto (Pro Shots)

É um fato: a seleção masculina da Holanda (Países Baixos) é inferior à da França, em condições normais. Com a Laranja tendo cinco desfalques em razão de infecção alimentar - dois dos desfalques, Matthijs de Ligt e Cody Gakpo, prováveis titulares -, mais Denzel Dumfries suspenso, então, era óbvio cravar os franceses como favoritos para a primeira partida das eliminatórias da Euro 2024. Nem mesmo nos Países Baixos se apostava numa vitória da própria seleção no Stade de France. E foi exatamente o que aconteceu nesta sexta-feira. Só que a goleada sofrida por 4 a 0 talvez tenha sido uma pancada mais dolorosa do que se esperava.

E foi mais dolorosa por causa de alguns problemas. O primeiro deles é quase crônico em relação à Holanda: a pouca intensidade. Nos primeiros minutos, só restou aos jogadores, pressionados pela França, trocarem passes no campo de defesa. Situação em que erros seriam punidos. Coube a um jogador em posição crucial - Kenneth Taylor, substituindo o lesionado Frenkie de Jong - errar, ao permitir o roubo de bola por Randal Kolo Muani, perto da área. Com Kylian Mbappé e Antoine Griezmann à disposição, livres. O resultado: passe para Mbappé, ele cruzou, Griezmann completou, França 1 a 0. Se fosse só isso, já seria difícil: a Holanda receberia mais espaço para avançar, continuaria com a bola, mas qualquer erro deixaria campo livre para os contra-ataques de uma França veloz por natureza (como se não bastasse a habilidade aos azuis). 

Nem foi necessário isso acontecer: uma falta na direita, bola cobrada para a área, má saída de gol de Jasper Cillessen - voltando ao gol da seleção -, e Dayot Upamecano fez o 2 a 0 "sem querer". Mas "sem querer" também era gol. E mesmo que Georginio Wijnaldum tenha tido uma chance, aos 20', "furando" na hora da finalização, o minuto seguinte trouxe a tentativa seguinte dos franceses: passe em profundidade de Aurélien Tchouaméni (dominando o meio-campo, como sempre), com Mbappé livre para fazer o que melhor sabe - chegar com a bola, em velocidade, à área, e fazer o terceiro gol da França. Com apenas 21 minutos. Desde 1919 a Laranja não tomava tantos gols em tão pouco tempo numa só partida. Ficava clara, por exemplo, a falta que De Jong fazia no meio-campo.

Weghorst substituiu Taylor ainda no primeiro tempo: com a falha no primeiro gol da França, o meio-campo acabou pagando pelas falhas do meio e da defesa (Pro Shots)

É justo reconhecer que houve pontos positivos aqui e ali. No meio, se não pôde fazer muita coisa, pelo menos Xavi Simons tentou criar jogadas - como no cruzamento aos 33', perdido por Memphis Depay. Na defesa, Nathan Aké se mostrou bastante seguro: evitou um gol de Kingsley Coman com carrinho perfeito na pequena área, aos 36'. Lutsharel Geertruida, que estreava na seleção, pelo menos não tinha erros que pudessem ser atribuídos a ele. E Ronald Koeman, pelo menos, tentou mexer no que não dava certo, trocando Taylor por Wout Weghorst já aos 33 minutos de jogo, deixando o atacante como uma referência que pudesse reter mais a bola no ataque.

Desde então, no segundo tempo, a Holanda conteve seus danos. Tomou contra-ataques, de vez em quando, é verdade. Mas até evoluiu, passou a circular mais perto da área da França. Teve até chances, com as entradas de Donyell Malen (que acelerou mais o ataque) e Daley Blind (que ajudou mais na marcação). Porém, Memphis Depay foi centro de duas jogadas que exemplificaram as falhas da Holanda no jogo. Primeiro, na defesa: uma bola perdida por ele foi aproveitada por Kylian Mbappé para virar o quarto gol francês. Depois, no ataque: mesmo tendo boa chance para um gol que a Holanda fez por merecer, no pênalti surgido nos acréscimos, sua cobrança foi fraca demais para perturbar Mike Maignan, que defendeu e ainda teve agilidade para evitar o rebote.

Claro, é só o começo para esta nova fase. Claro, a Holanda não é pior do que Irlanda e Grécia, outras adversárias nas eliminatórias da Euro. Claro, é bem provável que contra Gibraltar, na segunda-feira, venha uma vitória fácil. Mas a Holanda precisará melhorar, ser mais dinâmica em campo, se não quiser sofrer na qualificação. A sorte é que ainda há tempo para isso. Com até uma chance de título, via Nations League, no meio do caminho.

Eliminatórias da Euro 2024
França x Holanda
Data: 24 de março de 2023
Local: Stade de France (Saint-Dénis)
Juiz: Maurizio Mariani (Itália)
Gols: Antoine Griezmann, aos 2', Dayot Upamecano, aos 8', Kylian Mbappé, aos 21' e aos 88'

França
Mike Maignan; Jules Koundé, Ibrahima Konaté, Dayot Upamecano e Théo Hernández; Antoine Griezmann (Youssouf Fofana, aos 77'), Aurélien Tchouameni (Eduardo Camavinga, aos 76') e Adrien Rabiot (Khéphrén Thuram, aos 89'); Kingsley Coman (Moussa Diaby, aos 67'), Randal Kolo Muani (Olivier Giroud, aos 77') e Kylian Mbappé. Técnico: Didier Deschamps

Holanda
Jasper Cillessen; Jurriën Timber, Lutsharel Geertruida (Tyrell Malacia, aos 87'), Virgil van Dijk e Nathan Aké; Marten de Roon (Daley Blind, aos 67'), Georginio Wijnaldum e Kenneth Taylor (Wout Weghorst, aos 33'); Steven Berghuis (Donyell Malen, aos 68'), Memphis Depay e Xavi Simons (Davy Klaassen, aos 68'). Técnico: Ronald Koeman

quarta-feira, 22 de março de 2023

Um recomeço desconfiado

Na sua volta à seleção masculina da Holanda, Ronald Koeman traz as boas lembranças da primeira passagem. Mas tem alguns problemas para consertar no início das eliminatórias da Euro (René Nijhuis/BSR Agency/Getty Images)

Na primeira passagem de Ronald Koeman como técnico, entre fevereiro de 2018 e agosto de 2020, a seleção masculina da Holanda (Países Baixos) teve bons momentos. De uma equipe traumatizada por ausências na Euro 2016 e na Copa de 2018, a Laranja se reabilitou, ficou mais consistente, e passou boa impressão ao ser vice-campeã na Liga das Nações de então e ao garantir vaga na Euro 2020. Retomar esta boa impressão, fazer o time ser mais vistoso do que na campanha (correta mas discreta) da Copa do Mundo passada, é o grande objetivo nesta volta do ex-zagueiro ao comando da Oranje. Contudo, há certas desconfianças nestas datas FIFA que marcam o retorno pós-Copa do time neerlandês, abrindo as eliminatórias da Euro 2024, contra França - sexta, 24, às 16h45 de Brasília, em Saint-Dénis - e Gibraltar - segunda, 27, às 15h45 de Brasília - , em Roterdã.

A maior das desconfianças nem é culpa de Koeman, 60 anos recém-completos: foi o corte de Frenkie de Jong ("Tomou uma pancada nos últimos dez segundos do jogo contra o Real Madrid", justificou Koeman na entrevista coletiva da segunda passada). A medida de como o meio-campista é indispensável vem nas declarações tanto do próprio técnico ("Ele é um jogador importante para este time. O time será diferente com outros jogadores, isso é claro. Ele tem qualidades que poucos jogadores têm") quanto de Memphis Depay ("É chato não vê-lo aqui. Pelo menos, falei com ele, e ele disse que não é uma lesão grave"). De fato, a qualidade de organização que o meio-campo da camisa 21 tem na Laranja faz e fará falta. E a ausência trouxe a óbvia dúvida: quem preencherá a lacuna?

Caberá, provavelmente, a um entre dois estreantes pela seleção neerlandesa masculina. O primeiro já veio na convocação original: Mats Wieffer, 23 anos, começou a temporada lesionado, mas precisou de poucos meses para se tornar indispensável ao Feyenoord, atual líder (e favorito) no Campeonato Holandês, também exibindo qualidade nos desarmes (menos) e nos lançamentos em profundidade (mais). E Ronald Koeman sinalizou que poderia apostar nele: "Eu o vi jogando no domingo [vitória do Feyenoord sobre o Ajax pelo Campeonato Holandês], e não teria medo de escalá-lo".

Mats Wieffer mal se estabeleceu no meio-campo do Feyenoord e já recebeu a aposta de Koeman (KNVB Media)

Outro estreante em convocações na Holanda também pode ser jogado no desafio de pegar os vice-campeões do mundo no Stade de France: Lutsharel Geertruida. Pelo menos, o defensor do Feyenoord chega à seleção graças a uma grande fase que vive, amparado no esforço notável que faz na defesa: com velocidade e capacidades defensivas, Geertruida pode jogar tanto no miolo de zaga quanto na lateral. Além do mais, se apresentou com moral: foi dele o gol da supracitada vitória do Feyenoord no clássico contra o Ajax, domingo passado. Com a ausência obrigatória de Denzel Dumfries contra a França (suspenso pela expulsão contra a Argentina, na Copa, na confusão após o jogo), Geertruida foi convocado. Escolha discutida: afinal de contas, outra opção de lateral direito, Jeremie Frimpong está muito bem no Bayer Leverkusen alemão. Coube a Koeman explicar porque escolheu Geertruida e deixou Frimpong fora da convocação: "O lateral, comigo, precisa defender bem. No aspecto defensivo, ele [Frimpong] ainda traz dúvidas".

As desconfianças sobre a Holanda vão além. Ronald Koeman sinalizou desde a entrevista de sua volta, em janeiro: com ele, a seleção masculina voltará a jogar com quatro na defesa, deixando de lado a escolha que Louis van Gaal fez na Copa, por três zagueiros. Tem alguma razão de ser: a opção de Van Gaal foi polêmica. Todavia, isso também foi feito pelos sucessores de Van Gaal após a Copa de 2014 - e a Holanda não tinha nomes capazes de darem a intensidade necessária, mergulhando na forte crise que viveu naqueles anos. Com o 4-3-3, a Laranja precisará se mostrar bem mais dinâmica do que mostrou no Catar. E para completar, na quinta-feira, uma só infecção viral fez cinco jogadores serem cortados de uma só vez, pelo menos para a partida desta sexta. Três dos cortados seriam estreantes na Laranja: o goleiro Bart Verbruggen (vem bem na temporada, com o Anderlecht-BEL), Sven Botman e Joey Veerman (este, pedido nas convocações havia muito tempo). Além deles, Matthijs de Ligt e Cody Gakpo ficarão de fora contra a França.

Além do mais, se alguns bons nomes seguem na defesa e no meio-campo, o gol e o ataque continuam pontos de interrogação. Com Andries Noppert (o titular da Copa) tendo lesão muscular na coxa, Koeman foi conservador ao chamar os arqueiros, trazendo de volta Jasper Cillessen e Mark Flekken, ausentes da Copa. O ataque, já sem opções que chamassem muito a atenção, perdeu dois possíveis convocados: tanto Luuk de Jong quanto Vincent Janssen, ambos presentes na Copa, anunciaram a saída definitiva da seleção, por opções pessoais. E Ronald Koeman assumiu: "Neste grupo, há alguns rapazes que podem jogar bem [como atacantes], mas chamar Brobbey [reserva do Ajax, atualmente] é um indicativo de que não temos muitas alternativas". Valeu até chamar já Donyell Malen, em relativa recuperação no Borussia Dortmund.

Mas nem tudo é ruim nos Países Baixos. Há motivos para celebração da seleção. Quase um ano após vestir laranja pela última vez, meio ano após a fratura na tíbia que o afastou da Copa, voltando a ter ritmo de jogo na Roma, Georginio Wijnaldum está de volta às convocações. E já chegou motivado - e elogiando o novo técnico: "Por incrível que pareça, gostei do meu período de recuperação. E mesmo que eu seja muito grato a Van Gaal, eu me sinto melhor com Koeman". Memphis Depay, então, escancarou o motivo do grupo receber bem o técnico que volta: "Eu prefiro o 4-3-3, sempre disse isso. Quando você joga com dois na frente, às vezes se sente numa ilha, de tão isolado que fica".

Wijnaldum e sua experiência, também retornando à seleção (René Nijhuis/BSR Agency/Getty Images)

O clima tranquilo segue com um provável celebrado: Daley Blind recebeu a convocação, mesmo na reserva do Bayern de Munique, e tem a grande chance de completar - seja contra França ou contra Gibraltar - 100 jogos pela Laranja. Koeman deve dar a Blind a chance, mas já alertou: "Ele não será meu titular". Caminho aberto para Tyrell Malacia ou Nathan Aké ocuparem a esquerda. No ataque, o espaço para ser a referência na área também parece próximo para Wout Weghorst, que partiu do gol marcante contra a Argentina na Copa para viver um sonho, como indicou em declarações à revista Voetbal International: "Olhe onde estou agora: titular do Manchester United, novamente convocado para a seleção, tenho uma família maravilhosa. Eu sou muito sortudo".

Enfim, a Holanda tem desconfianças. Mas pela lembrança da boa fase que já viveu sob Ronald Koeman, ele recebeu o voto de confiança. Até porque, desta vez, não deixará a seleção no meio do caminho, como fez em 2020 em nome do sonho de treinar o Barcelona: "Nunca digo nunca, mas a chance de eu voltar a treinar um clube é pequena (...) Agora quero comandar a Holanda num torneio, num grande torneio". Tem a chance disso, na Euro. E se fizer bem seu trabalho, tem tudo para chegar à Copa em 2026. 

Ou seja, a Holanda já não terá de trocar tanto seu técnico. Já é um bom começo...

Os 25 convocados da Holanda (Países Baixos)

Goleiros: Jasper Cillessen (NEC), Mark Flekken (Freiburg-ALE) e Kjell Scherpen (Vitesse) - Bart Verbruggen (Anderlecht-BEL) foi cortado, pelo menos para o jogo contra a França

Laterais: Denzel Dumfries (Internazionale-ITA), Lutsharel Geertruida (Feyenoord), Tyrell Malacia (Manchester United-ING) e Daley Blind (Bayern de Munique-ALE)

Zagueiros: Virgil van Dijk (Liverpool-ING), Nathan Aké (Manchester City-ING), Jurriën Timber (Ajax) e Stefan de Vrij (Internazionale) - Sven Botman (Newcastle-ING) e Matthijs de Ligt (Bayern de Munique-ALE) foram cortados, pelo menos para o jogo contra a França

Meio-campistas: Georginio Wijnaldum (Roma-ITA), Marten de Roon (Atalanta-ITA), Davy Klaassen (Ajax), Kenneth Taylor (Ajax), Mats Wieffer (Feyenoord), Xavi Simons (PSV) e Ryan Gravenberch (Bayern de Munique-ALE) - Joey Veerman (PSV) foi cortado, pelo menos para o jogo contra a França

Atacantes: Memphis Depay (Atlético de Madrid-ESP), Wout Weghorst (Manchester United-ING), Steven Berghuis (Ajax), Brian Brobbey (Ajax) e Donyell Malen (Borussia Dortmund-ALE) - Cody Gakpo (Liverpool-ING) foi cortado, pelo menos para o jogo contra a França

terça-feira, 21 de março de 2023

Grandes laranjas: Koeman

Ronald Koeman continua sob pressão - afinal, é o técnico da Holanda. Mas essa pressão é amenizada pelo respeito ao grande zagueiro que foi (Serge Philippot/Onze/Icon Sport/Getty Images)

É impossível tratar Ronald Koeman com a total reverência normalmente destinada a um grande jogador do passado. Afinal de contas, o aniversariante desta terça-feira coloca seu respaldo à prova atualmente, técnico da seleção masculina da Holanda (Países Baixos) que voltou a ser. Entretanto, a pressão por que passa no comando da Laranja é pequena, diante do tamanho dos feitos de "Kuifje" ("Tintim") - apelido carinhoso de Koeman, por sua semelhança ao personagem célebre de Hergé nas histórias em quadrinhos.

Em campo, Koeman foi dos melhores zagueiros de seu tempo, no fim dos anos 1980/início dos anos 1990. Esbanjava técnica na zaga, iniciando as jogadas das equipes por que passou, virando quase sinônimo de "zagueiro artilheiro" de tantos gols que fez, graças à tremenda habilidade nas bolas paradas. Desde quando corria atrás da bola, também transparecia espírito de liderança: era o capitão costumeiro de suas equipes. E no país natal, o fato de ser o único holandês a ter passado como jogador e treinador pelo Trio de Ferro (Ajax, PSV e Feyenoord) é uma prova inequívoca do respeito que Ronald Koeman construiu - e que o faz ser celebrado nesta data em que completa 60 anos.

Na família Koeman, o patriarca Martin (centro) abriu o caminho para os irmãos Erwin (direita) e Ronald. O Groningen que o diga (Arquivo pessoal)

Questão de família

Nascido em Zaandam e criado em Koog aan de Zaam (vilarejo vizinho), Ronald teve exemplo para o futebol desde o princípio da vida. Ninguém menos do que o pai, Martin Koeman (1938-2013), que já era jogador. Um zagueiro, como o filho seria. E um zagueiro razoável: Martin fez uma partida pela seleção da Holanda - empate contra a Áustria (1 a 1), num amistoso em 1964 -, e ficou muito ligado a clubes do norte dos Países Baixos. Principalmente o Groningen: passou oito anos (1963 a 1971) no GVAV, uma das agremiações cujas fusões deram origem ao Groningen atual. Nele, Koeman pai ficou mais dois anos, entre 1971 e 1973. Depois, o patriarca jogou mais um ano no Heerenveen, antes de encerrar a carreira.

E a vida que levava o pai Martin inspirou os filhos: não só Ronald, mas também Erwin Koeman, irmão dois anos mais velho. No caso de Ronald, ele logo tomou Groningen como seu caminho. Na cidade, primeiro começou em duas equipes amadoras, o VV Helpman e o GRC Groningen, ainda entre a infância e a adolescência. Já nesta, sempre ao lado do irmão Erwin, Ronald rumou para o Groningen em que o pai fizera alguma fama. Não demoraria muito para igualá-lo: em 21 de setembro de 1980, aos 17 anos e 183 dias, Koeman fez sua primeira partida pelo time principal do Groningen, substituindo o lateral Sip Bloemberg para os 15 minutos finais na vitória por 2 a 0 sobre o NEC, pelo Campeonato Holandês. Seu primeiro gol foi nos 2 a 2 contra o Excelsior, em 1º de fevereiro de 1981, pela 17ª rodada da Eredivisie.

O começo de Ronald, no Groningen, ao lado do irmão Erwin (direita), jogando pelo PSV(Arquivo ANP)

Então, o Groningen acabara de subir para a primeira divisão holandesa. E Koeman seria o símbolo da estabilização do clube alviverde na Eredivisie. Escalado no meio-campo, tendo parceiros constantes no setor em Jan van Dijk e no irmão Erwin Koeman (que fora ao PSV e voltara rápido), Ronald foi titular absoluto no sétimo lugar em 1981/82 e, principalmente, no quinto lugar em 1982/83, posição que levou o clube a disputar pela primeira vez uma competição europeia (a Copa da UEFA, na temporada seguinte). Mais do que isso: já mostrava pendor goleador incomum para um meio-campo - foram 14 gols pelo Groningen, nas duas temporadas supracitadas. Mais ainda: mostrando talento desde então - nos chutes, nas bolas paradas, até na criação -, Koeman ganhou espaço na seleção da Holanda. Estreou pela Laranja numa derrota para a Suécia (3 a 0, amistoso), ainda defendendo o Groningen, em 27 de abril de 1983.

O espaço se ampliaria ainda mais. Na seleção e nos clubes.

A calma leva ao sucesso

No meio de 1983, Koeman teve o reconhecimento ao valor que já mostrava: foi contratado pelo Ajax. Na passagem por Amsterdã, se consolidou dentro do futebol holandês, mesmo em meio a turbulências. Se o Ajax foi inconstante na temporada 1983/84, naquela época Koeman começou a ser titular absoluto da seleção - algo notável para quem tinha apenas 20 anos. Mesmo em meio ao fracasso nas eliminatórias da Euro 1984, ele já fez seu primeiro gol pela Laranja (nos 3 a 0 sobre a Islândia, pela qualificação para a Euro, em 7 de setembro de 1983). Foi um dos nomes fundamentais num jogo marcante: a virada por 3 a 2 sobre a Irlanda, fora de casa, na sexta rodada das eliminatórias. Aquela partida uniu Koeman a Ruud Gullit e Marco van Basten, como símbolos de uma geração muito promissora, que começava a tomar espaços na Laranja - e que era vista com otimismo, mesmo com a ausência na Euro 1984.

Jogando pelo Ajax, Koeman confirmou que era uma referência de zagueiro na Holanda, mesmo ainda jovem. Mas sofreu com o ambiente turbulento (VI Images/Getty Images)

No Ajax, Koeman seguiu fundamental. Porém, só teria algum respiro no ambiente durante a temporada 1984/85, que marcou o primeiro título de sua carreira - o título do Campeonato Holandês (Koeman fez nove gols em 30 jogos). Em 1985/86, Johan Cruyff voltou ao clube de Amsterdã, para sua primeira experiência como treinador. E rapidamente entrou em rota de colisão com vários jogadores. Um deles, o zagueiro. Numa temporada em que os Ajacieden foram estonteantes no ataque (120 gols), mas também frágeis na defesa, perderam o título da Eredivisie para o PSV. Koeman foi sincero: falou abertamente que de nada adiantava uma equipe ofensiva e perdedora. A colisão com Cruyff ficou irremediável. Uma proposta de renovação do Ajax foi considerada baixa. A salvação veio com uma proposta do... PSV.

Com grandes ambições para se firmar como clube grande - processo que vinha desde os anos 1970 -, o PSV queria jogadores de ponta. Koeman estava entre eles. E chegou a Eindhoven, logo após a Copa de 1986. Num ambiente mais calmo, o defensor decolou de vez. Para começo de conversa, já foi titular na conquista de mais uma Eredivisie (1986/87) - com marca impressionante para um zagueiro: 16 gols em 34 jogos. Poderia ficar melhor, e ficou. Porque o técnico Guus Hiddink, recém-efetivado no PSV, decidiu tornar Koeman um "líbero", aproveitando sua visão de jogo para iniciar jogadas a partir da defesa, se alternando entre a zaga e o meio-campo, sem perder seu talento para avanços, chutes e cobranças. 

.

Começava aí o período mais dourado da carreira de Koeman. Porque o PSV foi tricampeão holandês então - com ele indo além como "zagueiro artilheiro": 21 gols em 32 jogos. Porque o PSV fez de 1987/88 o ponto mais alto de sua história, com a Tríplice Coroa, tendo como símbolo o título da Copa dos Campeões - e Koeman, claro, como titular absoluto, um dos líderes da equipe. E finalmente, como a cereja mais deliciosa que poderia haver naquele bolo de sucessos, a Euro 1988. Também estabelecido e inquestionável na Holanda (às vezes, era até capitão da seleção), Koeman jogou todos os minutos no torneio continental. Foi autor do gol - de pênalti - que empatou a semifinal contra a Alemanha. Na vitória final, 2 a 1, foi personagem de uma gozação algo grotesca: após trocar camisas com o alemão Olaf Thon, fingiu "usá-la" como papel higiênico (a torcida achou graça, mas Koeman teve de pedir desculpas dias depois). Finalmente, um mês depois de ser campeão europeu de clubes, Koeman se consagrava de vez: em 25 de junho de 1988, era campeão europeu de seleções, tendo ao lado o irmão Erwin Koeman, também convocado, também tendo sucesso em seu clube - o Mechelen-BEL, em que Erwin jogava, conquistara então a Recopa Europeia.

Koeman precisou pedir desculpas pelo gracejo pesado com alemães, após a Euro 1988. Mas nem isso apagou o tamanho de sua importância naquele título (ANP)

Após o título da Holanda na Euro 1988, Ronald Koeman virou uma transferência esperando para acontecer. Ainda ficou no PSV para a temporada 1988/89. Celebrou o tetracampeonato holandês, feito inédito então na história do clube de Eindhoven - sem contar o bicampeonato na Copa da Holanda. Aí foi impossível segurá-lo. Coube justamente a Johan Cruyff, com quem vivera às turras nos tempos de Ajax, abrir caminho para um novo auge em sua carreira. Partiu de Cruyff o pedido para que o Barcelona contratasse o zagueiro que já era símbolo das modernidades da posição na Europa. E no meio de 1989, por 12,5 milhões de florins (moeda holandesa pré-euro), Koeman partiu para a Catalunha.

Também faria história lá.

Cruyff escolheu Koeman para ser um dos pilares de um Barcelona que faria história. E o zagueiro cumpriria as expectativas do técnico à perfeição (VI Images/Getty Images)

O "melhor zagueiro do mundo" vira ícone barcelonista - com decepções

Cruyff já estava remodelando o Barcelona, para que o clube pudesse fazer frente diante de um Real Madrid que vivia grande fase, com a "Quinta del Buitre" pentacampeã espanhola. E contava com Koeman como um dos jogadores que lhe ajudaria nisso. Só que ele viveu grandes decepções em 1990. Primeiro, o fracasso ao evitar mais um título do Real em La Liga. Depois, e pior, com a Holanda protagonizando um grande vexame na Copa de 1990: chegou como a badalada campeã europeia e saiu com crise aberta no grupo de jogadores, sem nenhuma vitória, eliminada nas oitavas de final. O zagueiro até foi capitão da Laranja no Mundial, até marcou um gol (o de honra, na derrota por 2 a 1 da eliminação para a Alemanha), mas não saiu totalmente ileso: era apontado como arrogante, e começou ali a sofrer com acusações de estar acima do peso, comuns na reta final de sua carreira.

Nada que os anos seguintes não pudessem consertar plenamente. Pela seleção, Koeman se manteve estável como capitão, seguiu absoluto na zaga, emplacou mais uma Euro em 1992 (novamente jogando todos os minutos da Holanda no torneio), foi se isolando como referência dentro da Laranja. No Barcelona, então... se o zagueiro ainda penou na sua primeira temporada pelos Blaugranas, começou a colher os frutos de ser um dos nomes escolhidos por Cruyff logo depois. Em 1990/91, fez parte do digno vice-campeonato na Recopa Europeia. E com o título espanhol, se iniciou como um dos símbolos do Barça tetracampeão espanhol até 1994 - tinha tanta preponderância quanto Michael Laudrup, Hristo Stoichkov e Romário, outros símbolos daquela época. Fazia com a camisa azul-e-grená o que já fizera no PSV: gols aos borbotões, faltas e pênaltis cobradas com muita força e categoria. A torcida amava o "Floquet de Neu" (em catalão, "floquinho de neve" - mais um apelido para Koeman, em referência ao apelido de um gorila albino, popular à época no zoológico da cidade espanhola, tão branco quanto a pele de Koeman).

A melhor prova disso foi em 20 de maio de 1992, no estádio de Wembley. O Barcelona decidia a Liga dos Campeões contra a Sampdoria. Final equilibrada, indo à prorrogação após 90 minutos de 0 a 0. Até os 112'. Foi quando surgiu uma falta perto da área, de média distância. Era para Ronald Koeman. Estava para ele. Que cobrou, forte, como sempre. A bola estufou as redes defendidas pelo goleiro Gianluca Pagliuca. E o zagueiro holandês fazia o gol mais importante dos 67 que marcou pelo Barça. O gol do primeiro título europeu do clube. O gol que o tornou, para sempre, um ícone barcelonista.

Em suma: principalmente entre 1992 e 1994, Koeman viveu um "círculo virtuoso". A segurança de suas atuações no Barcelona (e os gols de "brinde") o mantinham absoluto na seleção masculina da Holanda. Na Laranja, por sua vez, era o capitão, indispensável. Ainda mais com os problemas que seus companheiros de geração viviam (Ruud Gullit entrou em rota de colisão com o técnico Dick Advocaat, em 1993; Marco van Basten sofria com as lesões no tornozelo que encurtaram sua carreira; Frank Rijkaard chegou a deixar a Laranja entre 1990 e 1991, após a decepção na Copa). Se o gol do título da Liga dos Campeões 1991/92 o marcou no Barcelona, gols como o do 2 a 0 na Inglaterra - em jogo difícil nas eliminatórias da Copa de 1994 - reforçavam seu status à época, até comentado no guia da revista Veja para aquele Mundial. Era, e podia ser considerado como, o melhor zagueiro do mundo.

Um fim honroso

Todavia, a Copa de 1994 foi o início do fim para Koeman como jogador. Não, a Copa não foi desastrosa para ele: nos Estados Unidos, emplacou mais um torneio pela Holanda sem perder um só minuto em campo (até por ser o capitão), com atuações aceitáveis. Entretanto, o peso dos anos se fez sentir. Sob o calor dos jogos em Orlando e Dallas, ele sofreu. Preservou-se, preferindo ficar mais recuado, sem correr tanto, apenas comandando a zaga. Em meio a uma turbulenta Copa para a Laranja, foi novamente alvo de críticas de torcida e imprensa: sua influência sobre o técnico Dick Advocaat iria além da conta, seu peso voltava a ser assunto. E a partida da eliminação para o Brasil, naquela Copa, foi o fim para ele: mesmo sem anúncios oficiais, após 11 anos e 78 partidas de Oranje, Ronald Koeman não voltaria a defender a seleção dentro de campo.

No Barcelona, mesmo ainda titular na temporada 1994/95 (32 jogos e nove gols pelo Campeonato Espanhol), o clima de fim de ciclo também ficou claro. E em meados de 1995, Koeman decidiu aceitar o retorno aos Países Baixos. Chance aproveitada para igualar um feito: ao invés de voltar a PSV ou mesmo ao Ajax, o zagueiro optou por experimentar o Feyenoord. Chegando ao Stadionclub, igualava o feito do atacante Ruud Geels (anos 1970), para jogar pelos três maiores clubes do país. Se não ganhou títulos, tampouco fez feio. Voltando a jogar no meio-campo, Koeman esteve ao lado de nomes marcantes do clube, como Ed de Goey, Gaston Taument, Jean-Paul van Gastel e Giovanni van Bronckhorst. Foi o capitão nas campanhas de um terceiro lugar (1995/96 - marcou dez gols nela) e do vice-campeonato na Eredivisie (1996/97).


Ronald Koeman teve um digno fim de carreira no Feyenoord - aqui, as homenagens após o último jogo da carreira, com a esposa Bartina e os três filhos (VI Images/Getty Images)

Sob festas e homenagens da torcida em De Kuip, Koeman encerrou a trajetória como jogador tão logo a temporada 1996/97 acabou. Trajetória que deixava (e ainda deixa) uma marca: com 193 gols em jogos de liga, tratava-se do zagueiro com mais gols na história do futebol, de acordo com algumas fontes. 

Mas a liderança mostrada em campo teria consequência - e sequência.

Como treinador, altos e baixos

Mesmo sem jogar mais, Koeman tinha um comando e uma ascendência tão grandes que as experiências no banco de reservas começaram quase imediatamente após sua carreira de jogador. Em 1998, para impedir que problemas de relacionamento voltassem a afetar a delegação da Holanda como na Euro masculina de 1996, ele foi um nome de primeira hora escolhido como um dos "auxiliares especiais" do técnico Guus Hiddink para a Copa do Mundo naquele ano. Não só deu certo, com a boa campanha da Laranja, como abriu de vez o caminho para o ex-zagueiro virar técnico.

Koeman mal parou de jogar e já aprendeu a treinar. A primeira experiência foi auxiliando Guus Hiddink na Copa de 1998 (VI Images/Getty Images)

Imediatamente após a Copa, Ronald foi para o Barcelona que conhecia tão bem, como auxiliar de Louis van Gaal - e treinador do Barça B. Mas sua primeira experiência para valer começaria em novembro de 1999, comandando o Vitesse. Já com sucesso: naquela temporada, comandando um Vites de ataque elogiável (Mamadou Zongo e Pierre van Hooijdonk), Koeman conduziu o time ao quarto lugar no Campeonato Holandês - rendendo uma vaga na Copa da UEFA. Em 2000/01, uma queda mais leve, mas ainda uma campanha honrosa: sexto lugar para o clube de Arnhem.

A ascensão foi acelerada: em dezembro de 2001, logo após a demissão de Co Adriaanse, o Ajax buscou Koeman, após rápidos acertos com o Vitesse. Reencontrando o clube de Amsterdã após quase 20 anos, ele começava ali a primeira grande fase de sua carreira no banco. Comandando um time com vários novatos - Rafael van der Vaart, Christian Chivu e Zlatan Ibrahimovic como destaques -, o ex-zagueiro conseguiu os dois primeiros títulos como treinador em 2001/02: a "dupla coroa" holandesa, campeonato e copa. Na temporada seguinte, chamou ainda mais a atenção, com os Ajacieden alcançando as quartas de final da Liga dos Campeões. E em 2003/04, mais um título na Eredivisie comandando os Godenzonen.

Koeman já começou a carreira fazendo um trabalho com ótimos momentos no Ajax (Matthew Ashton/EMPICS/Getty Images)

Só que 2005 começou a marcar os altos e baixos que ditam a carreira de Ronald Koeman como técnico. Em fevereiro daquele ano, tendo problemas com Louis van Gaal (então diretor técnico do Ajax), em má fase no Campeonato Holandês, Koeman saiu do clube. Meses depois, foi para o Benfica - e fez um trabalho mediano no clube português: mesmo quadrifinalistas da Liga dos Campeões, os Encarnados perderam o título nacional para o Porto em 2005/06. Koeman preferiu a volta ao país natal, retornando ao PSV para suceder Guus Hiddink a partir de 2006. Tinha um trabalho promissor nos Boeren: em 2006/07, conquistou o título holandês e chegou às quartas de final da Liga dos Campeões. Mas preferiu largar tudo, apostando numa ida para o Valencia, em outubro de 2007. Fracasso: só um título, a Copa do Rei, e demissão já em abril de 2008. Pior ainda seria no AZ. Em maio de 2009, com o clube de Alkmaar badalado como campeão holandês, Koeman foi anunciado como sucessor de Louis van Gaal, a partir da temporada seguinte. Não chegou ao final dela: em dezembro daquele ano, já estava demitido. 

No AZ, o pior momento de Koeman como treinador (Marcel Antonisse/AFP/Getty Images)

Em 2011, Ronald Koeman estava em baixa. Assim como o Feyenoord, clube que o contratou, em julho daquele ano. Pois os três anos que passou comandando o Stadionclub foram reabilitadores para as duas partes. Mesmo sem títulos, só conquistar o vice-campeonato holandês em 2011/12 - com direito a voltar a vencer o Ajax pelo Campeonato Holandês, após um jejum de alguns anos - já massageou o ego do Feyenoord, que andava tão maltratado. Cercado de nomes que haviam jogado com ele em Roterdã (como Jean-Paul van Gastel e Giovanni van Bronckhorst, seus auxiliares), Koeman mostrou um trabalho sólido, com um time firme. Tudo com um objetivo na cabeça: se tornar o técnico da seleção holandesa, após a Copa de 2014. Até por isso, anunciou que deixaria o Feyenoord, ao fim da temporada 2013/14, concluída com mais um vice-campeonato na Eredivisie.

A passagem pelo Feyenoord reabilitou definitivamente Koeman como técnico no país natal (VI Images/Getty Images)

A federação teve planos diferentes: até se interessou por Koeman, mas preferiu trazer Guus Hiddink depois do Mundial. Ainda convidou o ex-capitão da Laranja para ser auxiliar de Hiddink, como em 1998. Magoado, Koeman negou. Após a marcante passagem pelo Feyenoord, preferiu vivenciar a Premier League. Novamente, com alternâncias. No Southampton, com o irmão Erwin como auxiliar, foi bem: comandou os Saints na melhor campanha da história do clube na Premier League, o sexto lugar de 2015/16, tendo Virgil van Dijk e Sadio Mané como destaques. Recebeu uma chance no Everton, em 2016, e foi até bem no começo, conduzindo os Toffees à vaga na Liga Europa. Contudo, em 2017/18, quando as ambições do clube azul de Liverpool eram maiores, Koeman fracassou: o Everton chegou a estar na zona de rebaixamento da Premier League, e ele caiu, em outubro de 2017.

Nas andanças inglesas, alternâncias, como sempre: Koeman foi bem no Southampton e mal no Everton (Steve Bardens/Getty Images)

Novamente em baixa. Como... a seleção holandesa masculina, ausente da Euro 2016 e da Copa de 2018. Falando à revista Voetbal International, o próprio Koeman brincou: "Finalmente tenho a sequência ideal". Visto como o melhor técnico do país à época, foi afinal contratado para treinar a Laranja que conhecia tão bem, em fevereiro de 2018. Novamente, sua reação foi a reação de seu time. Reabilitando nomes como Memphis Depay e Georginio Wijnaldum, abrindo caminho para nomes como Matthijs de Ligt e Frenkie de Jong, Koeman comandou do banco uma fase de reabilitação da Holanda. Na primeira edição da Liga das Nações (2018/19), superou um grupo com Alemanha e França, indo à final contra Portugal. Nas eliminatórias da Euro 2020, ao longo de 2019, uma ótima campanha devolveu a Laranja a uma grande competição. Com outro trabalho levando a um time firme, as perspectivas da Holanda na Euro eram boas.

Porém, em novembro de 2019, o Barcelona o sondou. Koeman aproveitou e revelou uma cláusula de seu contrato com a federação holandesa: se o Barça (e só o Barça, mais nenhum clube) fizesse uma proposta vantajosa, ele poderia ser liberado. Afinal de contas, pelo seu histórico no clube catalão, treiná-lo era seu maior objetivo, em termos de futebol de clubes. Mas naquele momento, ele ainda preferiu ficar onde estava. Veio 2020. O Barcelona o sondou de novo, após a demissão de Ernesto Valverde. Veio a pandemia, que adiou a Euro e freou o embalo que a Holanda vivia sob seu comando. Veio um susto de saúde: uma arritmia cardíaca, que o deixou internado por alguns dias (sem contar um período sofrendo com a COVID-19). E finalmente, veio um vexame no Barcelona, eliminado na Liga dos Campeões 2019/20 ao sofrer um 8 a 2 do Bayern de Munique nas quartas de final. Novamente, o Barcelona quis Koeman, após algumas recusas. E ele decidiu realizar seu sonho, jogando o que tinha para o alto: deixou a seleção neerlandesa, rumando para o clube a que estava tão ligado, em agosto de 2020, sucedendo Quique Setién.

Koeman fazia bom trabalho na seleção da Holanda. Abriu mão dele para realizar o sonho de treinar o Barcelona. E lá, sofreu com a má fase - e com escolhas polêmicas (Tullio Puglia/UEFA/Getty Images)

Koeman chegou ao Barça numa fase pesada: seria ele, afinal, o nome obrigado a conduzir um período de mudanças, após o vexame na Champions anterior. E fez um trabalho mediano, como outros anteriores. Virou a cara de decisões polêmicas (até criticadas), como a dispensa de Luis Suárez. Conseguiu pelo menos um título, a Copa do Rei, em 2020/21. Contudo, passou longe de impressionar, no Campeonato Espanhol ou na Liga dos Campeões. Amargou a saída traumática de Lionel Messi. O mau começo na liga nacional, na temporada 2021/22, aumentou a pressão. Bastaram uma derrota no clássico para o Real Madrid - 2 a 1, na 10ª rodada de La Liga -, outra queda (para o Rayo Vallecano, 1 a 0, na rodada seguinte), e o sonho acabou, com a demissão de Koeman, em outubro de 2021.

Àquela altura, a seleção masculina da Holanda já estava sob o comando de Louis van Gaal. Mas já sabia: precisaria de alguém para sucedê-lo após a Copa de 2022. Koeman estava novamente à disposição. Numa série de que foi personagem - Força Koeman, documentário sobre seu trabalho no Barcelona, da plataforma holandesa Videoplay -, ele confessou: ainda queria comandar a Laranja num grande torneio E as memórias do trabalho consistente que vinha fazendo entre 2018 e 2020 fizeram a federação decidir, já em abril do ano passado: ele voltaria a treinar a seleção.

Seu trabalho recomeça nesta mesma semana em que ele completa 60 anos. Ao lado dele, Ronald terá o irmão Erwin a lhe auxiliar. A tradição familiar no futebol segue: Ronald Koeman Jr. (um dos três filhos com Bartina, companheira nestes anos todos) é titular do Telstar, da segunda divisão dos Países Baixos. E pelo menos nesta terça, as cornetas e desconfianças darão uma folga. Para que Ronald Koeman seja celebrado, pela história que tem no futebol da Holanda.

(Pro Shots/IconSport/Getty Images)

Ronald Koeman
Data de nascimento: 21 de março de 1963, em Zaandam
Clubes: Groningen (1980 a 1983), Ajax (1983 a 1986), PSV (1986 a 1989), Barcelona-ESP (1989 a 1995) e Feyenoord (1995 a 1997)
Seleção: 78 jogos e 14 gols, entre 1983 e 1994

segunda-feira, 20 de março de 2023

Fichário: os jogos e os vídeos da 26ª rodada da Eredivisie 2022/23

Volendam 2x1 Fortuna Sittard (sexta-feira, 17 de março de 2023)

Local: KRAS Stadion (Volendam)
Árbitro: Erwin Blank
Gols: Carel Eiting, aos 42', Oskar Buur, aos 52', e Tijjani Noslin, aos 62'
Jogo resumido: Aproveitando a sua maior eficiência, o Volendam conseguiu outra importante vitória em casa. Na disputa para fugir das últimas posições, a vantagem foi da "Outra Laranja" na rodada

VOLENDAM
Filip Stankovic; Oskar Buur (Francesco Antonucci, aos 85'), Brian Plat, Benaissa Benamar (Josh Flint, aos 46') e Derry John Murkin (Givairo Read, aos 86'); Damon Mirani, Calvin Twigt e Carel Eiting; Daryl van Mieghem, Robert Mühren (Henk Veerman, aos 57') e Walid Ould-Chikh (Bilal Ould-Chikh, aos 68'). Técnico: Wim Jonk

FORTUNA SITTARD
Ivor Pandur; Ivo Pinto, Rodrigo Guth, Dimitrios Siovas e George Cox (Rémy Vita, aos 55'); Kristijan Bistrovic e Deroy Duarte (Paul Gladon, aos 61'); Tijjani Noslin, Thomas Buitink (Úmaro Embaló, aos 55') e Iñigo Córdoba; Burak Yilmaz. Técnico: Julio Velázquez 


Utrecht 1x2 Go Ahead Eagles (sábado, 18 de março de 2023)

Local: De Galgenwaard (Utrecht)
Árbitro: Alex Bos
Gols: Anastasios Douvikas, aos 41', Oliver Edvardsen, aos 45' + 2, e Willum Willumsson, aos 90' + 4
Jogo resumido: Só no fim do primeiro tempo a emoção começou a aparecer. E mesmo com o Utrecht saindo na frente, o Go Ahead Eagles reagiu a um suposto pênalti não marcado empatando, e buscando a vitória que mantém os Utregs estagnados, há três jogos sem vencer

UTRECHT
Vassilis Barkas; Sean Klaiber, Ruben Kluivert, Nick Viergever e Ramon Hendriks; Jens Toornstra, Sander van de Streek e Anthony Descotte (Bart Ramselaar, aos 72'); Zakaria Labyad (Taylor Booth, aos 61'), Anastasios Douvikas e Othman Boussaid (Amin Younes, aos 83'). Técnico: Michael Silberbauer

GO AHEAD EAGLES
Jeffrey de Lange; Mats Deijl, Gerrit Nauber, Jamal Amofa e Fredrik Oppegard (José Fontán, aos 77'); Bobby Adekanye (Willum Willumsson, aos 65'), Jay Idzes, Philippe Rommens e Oliver Edvardsen (Rashaan Fernandes, aos 58'); Finn Stokkers (Sylla Sow, aos 77') e Isac Lidberg. Técnico: René Hake


Emmen 0x2 Sparta Rotterdam (sábado, 18 de março de 2023)

Local: De Oude Meerdijk (Emmen)
Árbitro: Sander van der Eijk
Gols: Koki Saito, aos 44', e Vito van Crooij, aos 89'
Jogo resumido: Com dois belos gols, o Sparta acrescentou mais uma vitória (a terceira seguida) à sua excelente campanha. Já começa a sonhar em tomar o quinto lugar do Twente

EMMEN
Mickey van der Hart; Mohamed Bouchouari, Mike te Wierik, Miguel Araujo e Julius Dirksen; Keziah Veendorp (Danny Hoesen, aos 85') e Lucas Bernadou (Ahmed El Messaoudi, aos 60'); Ole Romeny, Jari Vlak e Jeremy Antonisse (Jasin-Amin Assehnoun, aos 79'); Mark Diemers. Técnico: Dick Lukkien

SPARTA ROTTERDAM
Nick Olij; Shurandy Sambo (Rick Meissen, aos 90' + 4), Bart Vriends, Mike Eerdhuijzen e Mica Pinto; Jeremy van Mullem, Arno Verschueren (Dirk Abels, aos 85') e Joshua Kitolano; Koki Saito (Aaron Meijers, aos 75'), Tobias Lauritsen e Vito van Crooij. Técnico: Maurice Steijn


RKC Waalwijk 1x3 NEC (sábado, 18 de março de 2023)

Local: Mandemakers Stadion (Waalwijk)
Árbitro: Dennis Higler
Gols: Oussama Tannane, aos 18' e aos 31', Elayis Tavsan, aos 27', e Vurnon Anita, aos 61'
Jogo resumido: Com gols feitos rapidamente, o NEC frustrou o RKC, tomando-lhe a oitava posição na tabela e se consolidando na disputa por lugar nos play-offs pela Conference League

RKC WAALWIJK
Etiënne Vaessen; Juriën Gaari, Julian Lelieveld (Florian Jozefzoon, aos 46'), Shawn Adewoye, Dario van den Buijs (Saïd Bakari, aos 73') e Thierry Lutonda (Zakaria Bakkali, aos 46'); Yassin Oukili (Mika Biereth, aos 62'), Vurnon Anita e Pelle Clement; Mats Seuntjens e Michiel Kramer (Julen Lobete, aos 62'). Técnico: Joseph Oosting

NEC
Jasper Cillessen; Bart van Rooij, Iván Márquez, Joris Kramer e Souffian El Karouani; Lasse Schøne (Jordy Bruijn, aos 89'), Dirk Proper e Oussama Tannane (Terry Lartey Sanniez, aos 89'); Elayis Tavsan (Anthony Musaba, aos 84'), Landry "Nany" Dimata (Pedro Marques, aos 89') e Magnus Mattsson (Andri Baldursson, aos 76'). Técnico: Rogier Meijer


Groningen 0x2 Heerenveen (domingo, 19 de março de 2023)

Local: Euroborg (Groningen)
Árbitro: Serdar Gözübüyük
Gols: Sydney van Hooijdonk, aos 27' e aos 40'
Jogo resumido: O Heerenveen logo tomou o controle do jogo, e Sydney van Hooijdonk fez os gols de uma vantagem compreensível no "Dérbi do Norte". Tensão no Groningen, cada vez mais ameaçado pelo rebaixamento - a ponto de um torcedor ter até agredido Jetro Willems

GRONINGEN
Michael Verrips; Radinio Balker, Thijmen Blokzijl, Mads Bech e Jetro Willems; Laros Duarte (Oliver Antman, aos 46'), Tomas Suslov (Matej Chalus, aos 83') e Johan Hove; Elvis Manu (Liam van Gelderen, aos 66'), Ricardo Pepi e Isak Määttä. Técnico: Dennis van der Ree

HEERENVEEN
Xavier Mous; Milan van Ewijk, Syb van Ottele, Pawel Bochniewicz e Mats Köhlert; Thom Haye, Pelle van Amersfoort e Thom Haye (Daniel Karlsbakk, aos 79'); Ché Nunnely (Simon Olsson, aos 66'), Sydney van Hooijdonk e Osame Sahraoui. Técnico: Kees van Wonderen


Ajax 2x3 Feyenoord (domingo, 19 de março de 2023)

Local: Johan Cruyff Arena (Amsterdã)
Árbitro: Danny Makkelie
Gols: Santiago Giménez, aos 5', Edson Álvarez, aos 17', Dusan Tadic, aos 37', Sebastian Szymanski, aos 52', e Lutsharel Geertruida, aos 86'
Jogo resumido: Após um começo de Klassieker com gol rápido, o Feyenoord sofreu com a pressão massiva do Ajax, que conseguiu a virada. Mas o Stadionclub reagiu do melhor jeito possível: voltou melhor para a etapa final, e virou de novo, vencendo pela primeira vez em Amsterdã pela Eredivisie após 18 anos e se consolidando como principal favorito ao título

AJAX
Gerónimo Rulli; Jorge Sánchez (Lorenzo Lucca, aos 87'), Jurriën Timber, Calvin Bassey e Owen Wijndal (Francisco Conceição, aos 64'); Edson Álvarez, Steven Berghuis e Kenneth Taylor (Davy Klaassen, aos 77'); Mohammed Kudus, Dusan Tadic e Steven Bergwijn (Brian Brobbey, aos 77'). Técnico: John Heitinga

FEYENOORD
Timon Wellenreuther; Lutsharel Geertruida, Gernot Trauner (Marcus Pedersen, aos 64'), David Hancko e Quilindschy Hartman (Marcos López, aos 25'); Mats Wieffer, Orkun Kökcü e Sebastian Szymanski (Danilo, aos 76'); Alireza Jahanbakhsh (Javairô Dilrosun, aos 76'), Santiago Giménez e Oussama Idrissi (Igor Paixão, aos 76'). Técnico: Arne Slot


Excelsior 4x1 Cambuur (domingo, 19 de março de 2023)

Local: Van Donge & De Roo/Woudestein (Roterdã)
Árbitro: Jeroen Manschot
Gols: Kenzo Goudmijn, aos 8', Léon Bergsma (contra), aos 10', Siebe Horemans, aos 20', Lazaros Lamprou, aos 33', e Alex Bangura, aos 50'
Jogo resumido: O Excelsior foi mais um time a conseguir rapidamente uma vantagem segura no placar. A goleada foi importante para o time de Roterdã minorar momentaneamente a aflição das últimas posições

EXCELSIOR
Stijn van Gassel; Siebe Horemans, Sven Nieuwpoort (Serano Seymor, aos 60'), Rédouan El Yaakoubi e Arthur Zagre; Julian Baas e Peer Koopmeiners (Nathangelo Markelo, aos 60'); Marouan Azarkan (Noah Naujoks, aos 68'), Kenzo Goudmijn e Kostas Lamprou (Couhaib Driouech, aos 68'); Nikolas Agrafiotis (Reda Kharchouch, aos 78'). Técnico: Marinus Dijkhuizen

CAMBUUR
Robbin Ruiter; Sai van Wermeskerken, Léon Bergsma (Calvin Mac-Intosch, aos 24'), Floris Smand (Roberts Uldrikis, aos 46') e Alex Bangura; Daniël van Kaam, Mitchel Paulissen (Jamie Jacobs, aos 46') e Navarone Foor (Michael Breij, aos 83'); Mimoun Mahi (Mees Hoedemakers, aos 24'), Bjorn Johnsen e Remco Balk (Robin Maulun, aos 46'). Técnico: Sjors Ultee


Vitesse 1x1 PSV (domingo, 19 de março de 2023)

Local: GelreDome (Arnhem)
Árbitro: Pol van Boekel
Gols: Xavi Simons, aos 8', e Ibrahim Sangaré (contra), aos 61'
Jogo resumido: O PSV até começou melhor no ataque. Porém, numa bola parada (cobrança de falta), tomou o empate. E foi pouco intenso para vencer a defesa do Vitesse, que colocou fim a uma sequência de vitórias dos Boeren, impedindo o time de Eindhoven de se aproximar do segundo lugar.

VITESSE
Kjell Scherpen; Ryan Flamingo (Carlens Arcus, aos 12'), Dominik Oroz, Nicolas Isimat-Mirin e Enzo Cornelisse; Melle Meulensteen e Sondre Tronstad; Million Manhoef (Miliano Jonathans, aos 89'), Marco van Ginkel e Kacper Kozlowski (Gabriel Vidovic, aos 66'); Matus Bero. Técnico: Phillip Cocu

PSV
Joël Drommel; Philipp Mwene, André Ramalho (Thorgan Hazard, aos 84'), Jarrad Branthwaite (Armando Obispo, aos 66') (Olivier Boscagli, aos 90' + 2) e Patrick van Aanholt; Ibrahim Sangaré, Xavi Simons e Joey Veerman; Anwar El Ghazi (Johan Bakayoko, aos 46'), Luuk de Jong e Fábio Silva. Técnico: Ruud van Nistelrooy


Twente 2x1 AZ (domingo, 19 de março de 2023)

Local: De Grolsch Veste (Enschede)
Árbitro: Allard Lindhout
Gols: Manfred Ugalde, aos 8' e aos 11', Jesper Karlsson, aos 66'
Jogo resumido: Nos onze primeiros minutos, dois cruzamentos, dois cabeceios de Ugalde, dois gols. Com isso o Twente já encaminhou a vitória diante do AZ - que se esforçou, fez um gol, pressionou até o fim (e também tomou pressão), mas perdeu e ficou mais longe do título

TWENTE
Lars Unnerstall; Joshua Brenet, Mees Hilgers (Julio Pleguezuelo, aos 35'), Robin Pröpper e Gijs Smal; Ramiz Zerrouki (Alfons Sampsted, aos 90'), Michel Vlap (Sem Steijn, aos 80') e Anass Salah-Eddine; Vaclav Cerny, Ricky van Wolfswinkel (Max Bruns, aos 90') e Manfred Ugalde (Virgil Misidjan, aos 46'). Técnico: Ron Jans

AZ
Mathew Ryan; Yukinari Sugawara, Pantelis Hatzidiakos, Wouter Goes (Sam Beukema, aos 46') e Milos Kerkez (Mees de Wit, aos 60'); Tijjani Reijnders, Jordy Clasie e Sven Mijnans (Djordje Mihailovic, aos 78'); Jens Odgaard (Mayckel Lahdo, aos 60'), Vangelis Pavlidis (Mexx Meerdink, aos 60') e Jesper Karlsson. Técnico: Pascal Jansen

segunda-feira, 13 de março de 2023

Fichário: os jogos e os vídeos da 25ª rodada da Eredivisie 2022/23

Emmen 2x0 Excelsior (sábado, 11 de março de 2023)

Local: De Oude Meerdijk (Emmen)
Árbitro: Dennis Higler
Gols: Ole Romeny, aos 64' e aos 71'
Jogo resumido: O Emmen cresceu aos poucos no jogo. Só teve as primeiras chances no fim do primeiro tempo. No segundo, chegou mais perto. E enfim, conseguiu uma vitória altamente importante: afinal, com ela saiu da zona de repescagem/rebaixamento

EMMEN
Mickey van der Hart; Mike te Wierik, Miguel Araujo, Dennis Vos (Mohamed Bouchouari, aos 59') e Julius Dirksen (Lorenzo Burnet, aos 72'); Keziah Veendorp e Lucas Bernadou (Jari Vlak, aos 59'); Ole Romeny, Mark Diemers e Jeremy Antonisse (Jasin-Amin Assehnoun, aos 84'); Richairo Zivkovic (Ahmed El Messaoudi, aos 84'). Técnico: Dick Lukkien

EXCELSIOR
Stijn van Gassel; Siebe Horemans, Sven Nieuwpoort, Rédouan El Yaakouvi e Nathan Tjoe-A-On; Kenzo Goudmijn e Peer Koopmeiners (Julian Baas, aos 68'); Lazaros Lamprou, Noah Naujoks e Couhaib Driouech (Yassin Ayoub, aos 82'); Nikolas Agrafiotis (Reda Kharchouch, aos 82'). Técnico: Marinus Dijkhuizen


Fortuna Sittard 0x3 Twente (sábado, 11 de março de 2023)

Local: Fortuna Sittard Stadion (Sittard)
Árbitro: Rob Dieperink
Gols: Vaclav Cerny, aos 68', Manfred Ugalde, aos 71' e aos 77'
Jogo resumido: O Twente demorou para se impor diante dos Fortunezen. Só embalou no segundo tempo, e então, partiu para a vitória relativamente tranquila

FORTUNA SITTARD
Ivor Pandur; Ivo Pinto, Rodrigo Guth, Dimitrios Siovas e George Cox (Mike van Beijnen, aos 82'); Deroy Duarte, Arijanet Ferati (Paul Gladon, aos 62') e Kristijan Bistrovic; Tijjani Noslin (Tunahan Tasci, aos 82'), Thomas Buitink (Marco Cangiano, aos 82') e Úmaro Embaló (Rémy Vita, aos 62'). Técnico: Julio Velázquez
 
TWENTE
Lars Unnerstall; Alfons Sampsted (Joshua Brenet, aos 62'), Mees Hilgers (Julio Pleguezuelo, aos 81'), Robin Pröpper e Gijs Smal; Ramiz Zerrouki; Vaclav Cerny (Sander Sybrandy, aos 90'), Michel Vlap, Sem Steijn (Ricky van Wolfswinkel, aos 46') e Anass Salah-Eddine; Manfred Ugalde. Técnico: Ron Jans

 
AZ 1x0 Groningen (domingo, 12 de março de 2023)

Local: AFAS Stadion (Alkmaar)
Árbitro: Pol van Boekel
Gol: Jesper Karlsson, aos 4'
Jogo resumido: Com um belíssimo gol de Jesper Karlsson logo no começo, o AZ ensaiou uma vitória facílima. Ficou só no ensaio. Mas segue perseguindo Ajax e Feyenoord na disputa do título.

AZ 
Mathew Ryan; Fedde de Jong (Sam Beukema, aos 64'), Pantelis Hatzidiakos, Wouter Goes e Milos Kerkez (Mees de Wit, aos 64'); Tijjani Reijnders, Jordy Clasie e Sven Mijnans; Jens Odgaard (Djordje Mihailovic, aos 64'), Vangelis Pavlidis (Yusuf Barasi, aos 76') e Jesper Karlsson (Zico Buurmeester, aos 90'). Técnico: Pascal Jansen
 
GRONINGEN 
Michael Verrips; Liam van Gelderen, Thijmen Blokzijl, Radinio Balker e Jetro Willems (Damil Dankerlui, aos 77'); Tomas Suslov, Johan Hove e Laros Duarte (Luciano Valente, aos 63'); Thom van Bergen (Aimar Sher, aos 76'), Ricardo Pepi e Elvis Manu (Florian Krüger, aos 82'). Técnico: Dennis van der Ree


Sparta Rotterdam 3x1 Vitesse (sábado, 11 de março de 2023)

Local: Het Kasteel (Roterdã)
Árbitro: Laurens Gerrets
Gols: Dominik Oroz, aos 7', Arno Verschueren, aos 11', Koki Saito, aos 45', e Joshua Kitolano, aos 87'
Jogo resumido: Mesmo saindo atrás no placar, o Sparta Rotterdam virou, impondo a superioridade técnica, mantendo-se firme na zona de play-offs por vaga na Conference League e alcançando uma façanha - desde 1978/79 não conseguia tantos pontos após 25 rodadas

SPARTA ROTTERDAM
Nick Olij; Shurandy Sambo (Dirk Abels, aos 81'), Bart Vriends, Mike Eerdhuijzen e Mica Pinto (Aaron Meijers, aos 74'); Jeremy van Mullem, Arno Verschueren (Brouwer, aos 90' + 5) e Joshua Kitolano; Koki Saito (Younes Namli, aos 82'), Tobias Lauritsen e Vito van Crooij (Anas Tahiri, aos 90' + 5). Técnico: Maurice Steijn

VITESSE
Kjell Scherpen; Ryan Flamingo, Dominik Oroz, Melle Meulensteen e Maximilian Wittek; Marco van Ginkel (Enzo Cornelisse, aos 85') e Sondre Tronstad; Million Manhoef, Matus Bero e Kacper Kozlowski (Gabriel Vidovic, aos 71'); Mohamed Sankoh (Bartosz Bialek, aos 71'). Técnico: Phillip Cocu


NEC 2x2 Utrecht (domingo, 12 de março de 2023)

Local: De Goffert (Nijmegen)
Árbitro: Ingmar Oostrom
Gols: Landry Dimata, aos 31' e aos 48', Bas Dost, aos 63', e Anastasios Douvikas, aos 67'
Jogo resumido: O NEC parecia encaminhar rápido a vitória contra o Utrecht, num bom dia de Landry "Nany" Dimata. Todavia, os Utregs buscaram o empate no segundo tempo, conseguindo um empate elogiável, para amenizar a crise vivida nas semanas recentes

NEC 
Jasper Cillessen; Bart van Rooij, Iván Márquez, Philippe Sandler (Joris Kramer, aos 64') e Souffian El Karouani; Jordy Bruijn (Anthony Musaba, aos 82'), Oussama Tannane e Dirk Proper; Elayis Tavsan (Ibrahim Cissoko, aos 82'), Landry Dimata e Magnus Mattsson (Andri Baldursson, aos 72'). Técnico: Rogier Meijer

UTRECHT
Vassilis Barkas; Sean Klaiber, Mike van der Hoorn, Modibo Sagnan (Mark van der Maarel, aos 77') e Ramon Hendriks; Jens Toornstra, Sander van de Streek e Othman Boussaid; Victor Jensen (Bart Ramselaar, aos 66'), Anastasios Douvikas e Zakaria Labyad (Bas Dost, aos 55'). Técnico: Michael Silberbauer


Heerenveen 2x4 Ajax (domingo, 12 de março de 2023)

Local: Abe Lenstra (Heerenveen)
Árbitro: Jeroen Manschot
Gols: Mohammed Kudus, aos 10', Edson Álvarez, aos 16, Steven Bergwijn, aos 19', Pelle van Amersfoort, aos 42', Kenneth Taylor, aos 52', Sydney van Hooijdonk, aos 79'
Jogo resumido: Com três gols antes dos 20 minutos, o Ajax encaminhou a vitória. Mesmo com o Heerenveen melhorando (após alterações) e até marcando gols, o jogo nunca saiu do controle do time de Amsterdã

HEERENVEEN
Xavier Mous; Milan van Ewijk, Jeffrey Bruma, Pawel Bochniewicz e Mats Köhlert; Anas Tahiri (Tibor Halilovic, aos 64'), Simon Olsson (Thom Haye, aos 37') e Rami Al-Hajj (Alex Timossi, aos 37'); Ché Nunnely (Sydney van Hooijdonk, aos 37'), Pelle van Amersfoort e Osame Sahraoui. Técnico: Kees van Wonderen

AJAX
Gerónimo Rulli; Devyne Rensch, Jurriën Timber, Calvin Bassey e Owen Wijndal; Edson Álvarez, Kenneth Taylor e Steven Berghuis; Mohammed Kudus, Dusan Tadic e Steven Bergwijn (Brian Brobbey, aos 66'). Técnico: John Heitinga


PSV 5x2 Cambuur (domingo, 12 de março de 2023)

Local: Philips Stadion (Eindhoven)
Árbitro: Jannick van der Laan
Gols: Remco Balk, aos 22', Xavi Simons, aos 25', Patrick van Aanholt, aos 54', Anwar El Ghazi, aos 56' e aos 88', Bjorn Johnsen, aos 61', e Fábio Silva, aos 65'
Jogo resumido: O PSV teve pequeno susto ao sair atrás no placar, por um erro defensivo. Mas se valeu de um empate rápido e de um bom começo no segundo tempo (com El Ghazi como destaque) para ter o controle e chegar à goleada contra o lanterna - quinta vitória seguida no campeonato

PSV 
Joël Drommel; Philipp Mwene, André Ramalho, Jarrad Branthwaite e Patrick van Aanholt (Olivier Boscagli, aos 83'); Ibrahim Sangaré, Guus Til (Erick Gutiérrez, aos 79') e Joey Veerman; Johan Bakayoko (Anwar El Ghazi, aos 46'), Fábio Silva (Richard Ledezma, aos 89') e Xavi Simons (Ismael Saibari, aos 89'). Técnico: Ruud van Nistelrooy

CAMBUUR
Robbin Ruiter; Doke Schmidt (Sai van Wermeskerken, aos 62'), Floris Smand, Leon Bergsma e Alex Bangura; Daniël van Kaam, Mitchel Paulissen (Mees Hoedemakers, aos 62') e Navarone Foor; Mimoun Mahi (Jamie Jacobs, aos 75'), Bjorn Johnsen e Remco Balk (Silvester van der Water, aos 62') (Robin Maulun, aos 80'). Técnico: Sjors Ultee


Feyenoord 2x1 Volendam (domingo, 12 de março de 2023)

Local: De Kuip (Roterdã)
Árbitro: Serdar Gözübüyük
Gols: Daryl van Mieghem, aos 12', Santiago Giménez, aos 52', e Damon Mirani (contra), aos 75'
Jogo resumido: Surpreendido pelo contra-ataque com que o Volendam abriu o placar, o Feyenoord precisou buscar novamente a vitória. Atacou até virar, contando com ótima atuação de Santiago "Bebote" Giménez

FEYENOORD 
Timon Wellenreuther; Marcus Pedersen (Sebastian Szymanski, aos 46'), Lutsharel Geertruida, Dávid Hancko e Quilindschy Hartman (Igor Paixão, aos 74'); Mats Wieffer, Danilo (Alireza Jahanbakhsh, aos 46') e Orkun Kökcü; Javairô Dilrosun (Ezequiel Bullaude, aos 46'), Santiago Giménez e Oussama Idrissi (Marcos López, aos 75'). Técnico: Arne Slot

VOLENDAM
Filip Stankovic; Oskar Buur (Josh Flint, aos 62'), Brian Plat, Benaissa Benamar, Xavier Mbuyamba e Derry John Murkin; Carel Eiting, Calvin Twigt (Florent Sánchez da Silva, aos 87') e Damon Mirani (Robert Mühren, aos 87'); Daryl van Mieghem (Walid Ould-Chikh, aos 66') e Henk Veerman. Técnico: Wim Jonk


Go Ahead Eagles 3x2 RKC Waalwijk (quarta-feira, 19 de abril de 2023)
 
Local: De Adelaarshorst (Deventer)
Árbitro: Martin van den Kerkhof
Gols: Michiel Kramer, aos 8' e aos 55', Evert Linthorst, aos 15', Mats Deijl, aos 23', e Isac Lidberg, aos 90' + 5
Jogo resumido: Mesmo com o belíssimo gol de Michiel Kramer que abriu o placar, o Go Ahead Eagles criou mais chances, insistiu mais... e foi premiado com a vitória que aproxima bastante a garantia de mais um ano na primeira divisão

GO AHEAD EAGLES
Jeffrey de Lange; Mats Deijl, Jamal Amofa, Jay Idzes e Bas Kuipers; Evert Linthorst e Philippe Rommens; Bobby Adekanye (Finn Stokkers, aos 90' + 2), Willum Willumsson e Oliver Edvardsen (Rashaan Fernandes, aos 55'); Isac Lidberg. Técnico: René Hake

RKC WAALWIJK
Etiënne Vaessen; Juriën Gaari, Julian Lelieveld, Shawn Adewoye, Lars Nieuwpoort (Saïd Bakari, aos 50') e Thierry Lutonda (Yassin Oukili, aos 50'); Vurnon Anita e Pelle Clement (Patrick Vroegh, aos 80'); Julen Lobete (Florian Jozefzoon, aos 72'); Mats Seuntjens e Michiel Kramer (Mika Biereth, aos 80'). Técnico: Joseph Oosting