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sexta-feira, 8 de outubro de 2021

Apenas o bastante

Sem muito espaço diante da Letônia, uma bola parada foi suficiente para a Holanda conseguir vencer nas eliminatórias da Copa (EPA)

"Um jogo como o de amanhã é bem difícil. Lembro quando vim aqui [a Riga, capital da Letônia], com o Barcelona [contra o Skonto Riga, pelos play-offs da Champions League 1997/98]. Todos esperam que o mais forte vença, mas foi difícil superar a marcação. Pelo menos, ganhamos daquela vez". Foi o que Louis van Gaal disse, na entrevista coletiva de ontem, antes do jogo contra a Letônia, nesta sexta-feira, pelas eliminatórias europeias da Copa de 2022. E bem serve de descrição para o que se viu no estádio Daugava. Porque a seleção masculina da Holanda (Países Baixos) dominou a posse de bola, teve oportunidade para fazer gols e mais gols... mas sempre parou, numa cerrada defesa letã. De quebra, no último lance do jogo, passou um grande susto. Mas no fim, a Laranja conseguiu o que precisava: uma vitória por 1 a 0, que a deixa liderando isoladamente o grupo G da qualificação (após o empate entre Turquia e Noruega), mantendo perspectivas otimistas sobre a vaga direta na Copa.

O que se veria no jogo já ficou bem claro logo nos primeiros cinco minutos: duas chances dos Países Baixos - Davy Klaassen aos 3' (finalizou fraco), Memphis Depay aos 4' (chute à esquerda do gol). E a bola de pé para pé, com avanços de defensores - Virgil van Dijk e Daley Blind, por exemplo -, tentando achar espaço diante de uma seleção da casa que tinha até oito jogadores no campo de defesa. Com poucas chances de trocar passes, só uma bola parada trouxe o primeiro gol à Oranje. E que gol: belíssimo voleio de Klaassen, aos 19', completando de primeira escanteio cobrado por Memphis para se consolidar como "Mister 1-a-0" - pela terceira vez, o meio-campo abria o placar para a Holanda.

Aí apareceram os defeitos dos neerlandeses no jogo. Poucos, ocorreram apenas em alguns momentos, mas trouxeram perigo - e Van Gaal citou isso, entrevistado após o jogo, pela emissora NOS: "Erros nossos abriram espaços para as chances deles". Pois é: desatenções (como de Denzel Dumfries, mal na partida) abriram espaço para a Letônia tentar contra-ataques, puxados por Andrejs Ciganiks e Roberts Uldrikis. Dois deles quase resultaram no gol de empate, e a defesa laranja, jogando de preto, precisou correr para evitar o pior, aos 20', quando Uldrikis tabelou com Ciganiks e só não fez porque Klaassen bloqueou o chute, e aos 25', quando Uldrikis, com o gol vazio, só teve o arremate bloqueado por Blind.

As chances perdidas pela Laranja quase cobraram seu preço, nos acréscimos do segundo tempo, com a chance de Savalnieks para empatar. Aí, Bijlow apareceu (Pro Shots)

Em que pese um chute de Steven Berghuis, aos 34', a Holanda continuou no fio da navalha de uma vantagem curta. Voltou a correr riscos quando o segundo tempo começou - aos 49', Ciganiks aproveitou boa inversão de jogo e chutou cruzado, para fora. Só depois voltou a ter a bola nos pés. E a sofrer com as tentativas de achar espaço na zaga letã, muito concentrada e esforçada. Sobraram chances de fazer "cinco, seis gols", como Van Gaal se recordou no pós-jogo: um chute de Berghuis para fora aos 51', um cabeceio de Cody Gakpo por cima aos 52', duas oportunidades em sequência aos 57' (Dumfries cruzou, o lateral Roberts Savalnieks tirou em cima da linha, e Depay errou a sobra).

Vieram novos nomes para tentar acelerar ainda mais o jogo holandês. O estreante Noa Lang ajudou de novo, ajeitando para Depay errar aos 67'. Dois chutes, de Dumfries e Ryan Gravenberch, aos 77' - o primeiro rebatido pelo goleiro Roberts Ozols, o segundo errado. Um arremate de Wout Weghorst, outro vindo do banco, aos 80', na rede pelo lado de fora. Todas chances que estiveram muito perto de fazer falta, quando, já nos acréscimos, a Letônia teve um escanteio. A bola rondou a área, Savalnieks chutou cruzado... e Justin Bijlow provou sua titularidade, com a defesa que salvou a vitória holandesa.

Restou o clichê dito por Van Dijk, também na entrevista pós-jogo, também à emissora NOS: "Os três pontos eram o mais importante. Nosso objetivo aqui era não sofrer gols, e não sofremos". Van Gaal, então, pôde até se vangloriar das advertências na entrevista coletiva: "Eu previ tudo isso, nada de novo sob o sol". Jogando apenas o bastante, a Holanda conseguiu superar as dificuldades esporádicas. E segue dona de seu destino nas eliminatórias, indo enfrentar Gibraltar na próxima segunda. A vaga na Copa segue ao alcance da mão.

Eliminatórias para a Copa de 2022 - Europa
Letônia 0x1 Holanda
Data: 8 de outubro de 2021
Local: Daugava (Riga)
Juiz: Andrew Madley (Inglaterra)
Gol: Davy Klaassen, aos 19'

Letônia
Roberts Ozols; Roberts Savalnieks, Antonis Cernomordjis, Kaspars Dubra e Raivis Jurkovskis; Arturs Zjuzins (Kriss Karklins) e Eduards Emsis (Elvis Stuglis); Alvis Jaunzems (Daniels Ontuzans), Martins Kigurs (Raimonds Krollis) e Andrejs Ciganiks; Roberts Uldrikis (Igors Tarasovs). Técnico: Dainis Kazakevics 

Holanda
Justin Bijlow; Denzel Dumfries, Virgil van Dijk, Stefan de Vrij e Daley Blind; Davy Klaassen, Frenkie de Jong e Guus Til (Ryan Gravenberch); Steven Berghuis (Noa Lang), Memphis Depay e Cody Gakpo (Wout Weghorst). Técnico: Louis van Gaal


quinta-feira, 7 de outubro de 2021

Tentativas para o acerto

Com o grupo de jogadores tranquilo, o foco na seleção masculina da Holanda vai todo para Louis van Gaal. E ele aproveita para tentativas de renovação - como Noa Lang, a quem aconselhou (Pro Shots)

Louis van Gaal assume: ele é o que na Holanda (Países Baixos) chamam "procescoach". Ou seja: é um técnico do processo, dos trabalhos de longo prazo, de acompanhar o mesmo grupo por alguns anos. Tudo o que ele não pode ter, nesta terceira passagem pela seleção masculina neerlandesa, quando está conhecendo um grupo de jogadores no meio do caminho. Em duro cenário: no fogo das eliminatórias de uma Copa do Mundo. Nem por essas limitações Van Gaal está deixando de lado as experiências. Para sua sorte, terá nestas datas FIFA jogos em que esse "laboratório" é mais permitido: Letônia (nesta sexta-feira, em Riga, às 15h45 de Brasília) e Gibraltar (na próxima segunda, em Roterdã, também às 15h45 no horário brasileiro). Justamente os dois adversários considerados mais fracos no grupo G da qualificação europeia para o Mundial de 2022. 

É o que Van Gaal está tentando fazer, aqui e ali, num grupo de 26 convocados que se apresentou em ambiente tranquilo, no centro de treinamentos de Zeist - até porque o crédito aumentou, com a goleada contra a Turquia, na rodada passada. Tanto que os jogadores pouco tiveram a falar. Os únicos a aparecerem mais foram dois nomes que vêm de um cenário caótico no Barcelona: Memphis Depay e Frenkie de Jong (sem contar Luuk de Jong, que não falou - e voltará a ser assunto), dois dos únicos a escaparem mais das críticas que cobrem o time azul e grená de cima a baixo. Ambos foram firmes na crença de que, uma hora, o Barcelona deixaria a situação. Falando à ESPN neerlandesa, Memphis foi enfático ao negar o arrependimento na mudança de time: "Oras, nem se pergunta uma coisa dessas. É o Barcelona, cara". Frenkie, um pouco mais resumido, também foi mais otimista: "Estamos em má fase, agora. Mas quando se olha para os nossos jogadores, temos um time bom. (...) Pelos nomes, podemos não ser um dos três, ou quatro, melhores times da Europa. Mas estamos logo abaixo".

Enfim, numa seleção com 26 nomes treinando calmamente, Van Gaal (e seu grande carisma) chamaram mais a atenção. Até pela tentativa que o técnico faz de tentar renovar a seleção, numa e noutra posição. Ele próprio reconheceu essa necessidade, na entrevista coletiva do começo da semana, ainda nos Países Baixos. Por isso aumentou a convocação - foram 23 nomes nas datas FIFA passadas, são 26 nesta: "Quero sentir, ouvir, ver novos jogadres. Sempre estou à procura de melhores jogadores para a seleção". Por isso surpreendeu com algumas escolhas - até previstas, na verdade. 

A mais falada delas foi Noa Lang. Ponta direita, considerado um dos responsáveis pelo começo promissor do Club Brugge na temporada (tanto no Campeonato Belga quanto na Liga dos Campeões), Lang teve sua primeira convocação para a seleção adulta - esteve na fase de grupos da Euro sub-21 passada, mas foi cortado por um problema muscular. Mais do que seu talento, seu temperamento quente é o assunto mais falado sobre o atacante. A tal ponto que Van Gaal confirmou, na entrevista coletiva: "Já tive uma conversa boa com ele. Eu fiz um alerta para que ele não fizesse provocações". Noa Lang confirmou, mas... "faz parte, um pouco, de quem eu sou. Seria chato se todo mundo fosse igual. Só preciso levar para o lado positivo". E Van Gaal indicou, já em Riga, nesta quinta-feira: "Eu estou revirando o mundo atrás de um ponta-direita. Só Quincy Promes e Steven Bergwijn podem jogar por ali. Mas precisaremos de Lang ali". Como titular, perguntou um jornalista? Van Gaal: "Pode ser".

Mark Flekken já merecera comentários de Van Gaal antes mesmo de ser convocado. Pelo que faz no Freiburg, o goleiro mereceu a primeira chamada para a seleção (Pro Shots/onsoranje.nl)

Outra novidade já tinha sido indicada por Van Gaal desde a entrevista coletiva após a goleada contra a Turquia: "Eu preciso vê-lo melhor, mas tenho ouvido que ele é muito bom". Ele, quem? Mark Flekken: o goleiro é um dos destaques do Freiburg, que começou muito bem o Campeonato Alemão (4º colocado, uma das defesas menos vazadas da Bundesliga). Aos 28 anos, Flekken nunca defendeu nenhum clube holandês - nascido em Kerkrade, fez toda a carreira adulta na Alemanha, país vizinho. Chegou como um dos quatro goleiros convocados, estreando na Laranja, sob elogios de Van Gaal, na entrevista coletiva na Holanda ("Ele é incrivelmente bom com o jogo nos pés") e na outra coletiva, já na Letônia ("Frans [Hoek, treinador de goleiros] é quem fica mais em contato com eles, mas já notei que é um rapaz bem aberto"). Embora Flekken chegue abaixo dos outros três na hierarquia - o provável titular Justin Bijlow, Joël Drommel e Tim Krul -, mostra o otimismo esperado de um estreante: "Eu nem tenho palavras".

Até mesmo quem ficou de fora da convocação causa cobranças a Van Gaal. Caso de Arnaut Danjuma Groeneveld: iniciando bem no Villarreal, o atacante de ascendência nigeriana (que já jogou na Laranja sob Ronald Koeman, em 2018) esteve ausente. Muitos cobraram, em imprensa e torcida: por quê Danjuma fora e Luuk de Jong - considerado um símbolo da má fase do Barcelona - chamado? Só aí o técnico da seleção reaqueceu sua velha relação de amor e ódio com os jornalistas. Primeiramente, justificou: "Ele mudou de clube tardiamente [no fim da janela de transferências]. Só melhorou nos últimos quatro jogos". E, aí sim, ligou a velha metralhadora: "Ele poderia estar, decidi não chamá-lo, mas isso não significa que ele não estará nas próximas. Não preciso de vocês [jornalistas] para dizerem que ele está jogando bem. Vocês acham que a federação não tem olheiros?"

No mais, nada de problemas, nada de polêmicas. Em que pese frases atravessadas como as recém-citadas, Van Gaal anda mais sorridente, de fato. E mesmo treinando modos alternados de jogar (em Zeist, além do 4-3-3 habitual, o técnico praticou um esquema com dois atacantes, dando preferência às bolas altas), ele já tem muitos titulares inquestionáveis. Denzel Dumfries, Virgil van Dijk, Daley Blind Frenkie de Jong, Memphis Depay, Steven Berghuis... todos esses são nomes certos. Por enquanto, Stefan de Vrij também o é, na zaga, segundo o técnico: "De Ligt melhorou, está cada vez mais perto da titularidade, mas De Vrij anda numa fase extraordinária". Só há uma preocupação: Georginio Wijnaldum. Primeiro, por estar ausente contra a Letônia, cumprindo suspensão por cartões amarelos. Depois, pelas atuações discretas no Paris Saint-Germain. Mas nada com que se importar muito, de acordo com Louis: "Eu tenho muita confiança em alguns jogadores. Ele [Wijnaldum] estava machucado antes da Copa de 2014, mas foi convocado, e jogou quase tudo".

Por tudo isso, Van Gaal está tranquilo para fazer as tentativas, em meio a uma Holanda cuja escalação está encaminhada. Porém, essas tentativas não podem ser "tentativa e erro": só o acerto manterá a tranquilidade que a Laranja vive. Ainda mais diante dos dois adversários mais frágeis do grupo. Quaisquer resultados que não sejam duas vitórias voltarão a fechar o horizonte que se abriu para a Copa.

sábado, 27 de março de 2021

Apagando fogueiras - por enquanto

A Holanda demorou para fazer gols e confirmar a vitória provável contra a Letônia. Mas fez. Com um placar menos confortável do que poderia ser, mas tudo bem (Pro Shots)

A derrota para a Turquia, na estreia pelas eliminatórias da Copa de 2022, aumentou as dúvidas já existentes sobre a seleção masculina da Holanda (Países Baixos) - algumas, existentes desde quando Frank de Boer foi anunciado como técnico. Ainda assim, era previsível: viria uma vitória contra a Letônia, nesta segunda rodada, no sábado, para acalmar um pouco mais os ânimos em relação à Laranja - ânimos expressados inclusive pelos 5 mil presentes à Johan Cruyff Arena (um passo a mais na tentativa da volta de público aos estádios holandeses). E ela veio. O 2 a 0 foi magro, mas pelo menos rendeu os primeiros pontos à Laranja na disputa por uma vaga no Mundial do Catar - país-sede que recebeu referências tímidas aos maus-tratos e mortes de operários migrantes nas construções dos estádios, numa camisa vestida pelos holandeses antes do jogo.

Partida iniciada, ela foi o que se esperava: desde o começo, ataque contra defesa. E muito ataque: Davy Klaassen (recebendo chance como titular) quase marcou na pequena área aos 6', chute de Memphis Depay aos 8', outro arremate de Steven Berghuis (este, fora da área) aos 8'... e a Letônia não só povoava a defesa com pelo menos seis jogadores - os quatro da defesa, mais os volantes Vladimirs Kamess e Kristess Tobers -, como contava com o esforço do goleiro Roberts Ozols, que defendeu o chute supracitado de Depay. Mesmo quando nem todo esse esforço defensivo dos letões bastavam, o travessão impedia o gol holandês - como impediu o de Klaassen, aos 27'. 

De tanta facilidade para atacar, até os zagueiros holandeses começavam a avançar, caso de Matthijs de Ligt. Sem contar as subidas frequentes dos laterais - principalmente Denzel Dumfries, titular de novo na direita. Mas nada de gol. De quebra, nas raríssimas vezes em que avançou, a seleção visitante indicou um defeito defensivo da Laranja: a persistente lentidão na volta para a marcação. Foi assim que Raivis Jurkovskis assustou um pouco, aos 29'. Só um pouco. Porque, enfim, alguém acertou a mira - caso de Steven Berghuis, que fez um bonito gol aos 32'. E aí, voltou o domínio da Holanda. Como voltaram as chances perdidas. Caso de Luuk de Jong: outra bola no travessão, aos 40'.

Luuk de Jong perdeu algumas chances... mas pelo menos aproveitou uma delas, no 2 a 0 (Pro Shots)

A etapa inicial acabou, a complementar começou, e a seleção neerlandesa seguiu na mesma: criando tantas chances quanto perdia. Aos 54', o bate-rebate na área foi até engraçado: novamente Luuk de Jong e Klaassen tentaram uma finalização, mas a quantidade de letões na área evitou que o gol ocorresse. Ozovs também fazia o que podia, no gol, defendendo chutes de Frenkie de Jong (aos 57') e Memphis Depay (62'). Até Luuk de Jong, enfim, acertar um cabeceio, para justificar sua titularidade no dia fazendo 2 a 0, aos 69'.

Vieram mais algumas chances, outras boas defesas de Ozovs (como em tentativas de Klaassen, aos 73', e Memphis Depay, aos 77'), pelo menos um grande susto para a Holanda (o chute de Andrejs Ciganiks que Tim Krul defendeu - e ainda bateu na trave, aos 85')... e o jogo acabou com sensações alternadas. Elogios, sim, pelas muitas chances criadas pela Holanda. Mas cercados de certa preocupação, pelos poucos gols, diante da vantagem que a Turquia já começa a ganhar no saldo de gols, dentro do grupo G das eliminatórias. 

Enfim, pelo menos a vitória esperada e previsível veio. Como se espera outro triunfo na terceira rodada, contra Gibraltar. Apagando as fogueiras que cercam a seleção masculina da Holanda. Pelo menos, por enquanto.

Eliminatórias para a Copa de 2022 - Europa
Holanda 2x0 Letônia
Data: 27 de março de 2021
Local: Johan Cruyff Arena (Amsterdã)
Juiz: Stéphanie Frappart (França)
Gols: Berghuis, aos 32', e Luuk de Jong, aos 69'

Holanda
Tim Krul; Denzel Dumfries, Matthijs de Ligt, Daley Blind e Owen Wijndal; Davy Klaassen (Donny van de Beek), Frenkie de Jong e Georginio Wijnaldum (Ryan Gravenberch); Steven Berghuis (Calvin Stengs), Luuk de Jong (Ryan Babel) e Memphis Depay (Steven Bergwijn). Técnico: Frank de Boer

Letônia
Roberts Ozols; Vladislavs Fjodorovs, Antonis Cernomordjis, Igors Tarasovs e Raivis Jurkovskis; Vladimirs Kamess (Roberts Savalnieks) e Kristess Tobers; Janis Ikaunieks (Raimonds Krollis), Arturs Zjuzins (Kriss Karklins) e Andrejs Ciganiks (Alekandrs Solovjovs); Roberts Uldrikis (Vladislavs Gutkovskis). Técnico: Dainis Kazakevics