quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

E a Holanda não aguentou

A Holanda tinha problemas. E lamentavelmente, sucumbiu de novo a eles na Liga das Nações: está fora do torneio olímpico feminino de futebol, contra uma Alemanha melhor e mais segura (Olaf Kraak/ANP/Getty Images)

De certa forma, é injusto que a seleção feminina da Holanda (Países Baixos) sempre tenha sido encarada um patamar abaixo, até mesmo em suas melhores fases. Apesar dos pesares, é uma seleção que já tem um título europeu e um vice-campeonato mundial - a mesma coisa que a Inglaterra, por exemplo, conquistou. Contudo, apesar de ter lá sua injustiça, essa imagem também é inquestionável. Porque, na maioria das vezes, em momentos nos quais tem a chance de se superar, de superar expectativas, de provar que é merecedora de mais respeito... a Holanda confirma expectativas pessimistas. Confirma suas dificuldades em cenários adversos. Foi o que aconteceu na decisão de 3º/4º lugares da Liga das Nações (e da última vaga olímpica da Europa no futebol feminino), nesta quarta-feira. As Leoas Laranjas entraram com dificuldades contra a Alemanha, sofreram derrota inquestionável por 2 a 0 e, oito anos depois, estão novamente fora de um grande torneio. Verão o futebol feminino nos Jogos Olímpicos de Paris pela televisão.

Já se sabia que a Holanda encararia dificuldades desde a segunda-feira. Afinal de contas, foi nessa data que tanto Vivianne Miedema quanto Victoria Pelova foram cortadas da delegação, para voltarem ao Arsenal em melhores condições - jogar duas partidas em cinco dias seria demais para Miedema, ainda às voltas com a recuperação de seu ligamento cruzado anterior. Para piorar, na terça-feira, com treinos já no local do jogo, Daniëlle van de Donk ficou de fora, levemente adoentada. Um temor se tornava realidade: de que o cansaço e as machucaduras, que têm vitimado jogadoras holandesas, fizessem com que o time tivesse de ir para a decisão contra a Alemanha à meia força. Ainda mais com a Alemanha sendo um time experiente, que, mesmo eliminado para a França na semifinal da Liga das Nações de mulheres, melhorou no segundo tempo. Enquanto os Países Baixos, por seu lado, passaram os dias seguintes à semifinal ainda se refazendo um pouco da impactante superioridade da Espanha em sua vitória.

O técnico Andries Jonker fez suas escolhas. Algumas, previsíveis: sem Pelova, Kerstin Casparij foi para o jogo contra as alemãs na ala direita. Outras, mais ousadas: no meio-campo (que teve Van de Donk minimamente recomposta), ao invés de Damaris Egurrola Wienke começar jogando, a oportunidade foi dada para Wieke Kaptein, 19 anos incompletos, ter a sua primeira partida como titular da Holanda. Pelo menos para Kaptein, valeu: a meio-campista foi esforçada, jogou coisa que sirva, e até teve uma chance para a Holanda, mandando a bola rente à trave esquerda, aos 7'. E foi só.

Porque, já no primeiro tempo, ficou claro que, de fato, a Alemanha estava bem mais segura do que uma Holanda que se ressentia de suas ausências. E que, ao contrário do que o técnico Andries Jonker preconiza, novamente preferia ficar na defesa, esperando a chance de lançar uma bola que Lineth Beerensteyn pudesse pegar no ataque. Mais ofensivas, as Frauen logo começaram a se impor. No arremate de Sjoeke Nüsken na trave, aos 25'. Na cobrança de falta de Klara Bühl (boa atuação), em que Caitlin Dijkstra desviou na barreira e a bola passou perto do gol, aos 27'. No cabeceio de Alexandra Popp, aos 44', defendido por Daphne van Domselaar.

Só Beerensteyn tentou alguma coisa no ataque holandês. Sem sucesso (Olaf Kraak/ANP/Getty Images)

Depois do intervalo, se a etapa inicial havia sido até equilibrada, a Alemanha afirmou de vez sua superioridade. Lea Schüller veio do banco de reservas para mostrar que seria o destaque da partida. Só não fez 1 a 0 aos 49' porque seu gol foi anulado por impedimento. De resto, as visitantes germânicas acuaram cada vez mais a Holanda - que teve até de passar por trocas na defesa, com Dijkstra se machucando (Lynn Wilms a substituiu). Jule Brand teve uma chance aos 60', Schüller voltou a aparecer aos 64'... e enfim, dois minutos depois, Lena Oberdorf ajeitou de cabeça para Bühl bater e fazer o 1 a 0 merecido da Alemanha.

Ficou pior ainda: minutos depois da desvantagem, Damaris substituiu a esgotada Van de Donk. De nada adiantou: a estratégia holandesa seguiu repetitiva, se resumindo a lançamentos que Beerensteyn pudesse dominar para finalizar (só fez isso aos 57' - Frohms defendeu). A Alemanha contava, além da segurança no meio-campo, com Schüller dominando o ataque. Quase marcando, aos 76', após passe de Sarai Linder - outra boa defesa de Van Domselaar. E enfim, Schüller teve o gol que encaminhou a vitória, aos 78', subindo e cabeceando no canto direito de Van Domselaar. Que fez o que pôde, fez algumas defesas, mas nada que impedisse a vitória, o terceiro lugar alemão e a classificação das Frauen aos Jogos Olímpicos.

Só restou a Andries Jonker reconhecer o "choque de realidade", nas declarações pós-jogo à emissora NOS: "Já tinha acontecido na sexta-feira, contra a Espanha. Achei que pudéssemos ganhar da Alemanha, mas ela também sempre foi melhor". Porque, novamente, a Holanda sucumbiu a seus males em campo - cansaço, contusões, fragilidades. A Holanda não aguentou. Raramente ela aguenta.


Liga das Nações da UEFA - decisão de 3º/4º lugares

Holanda 0x2 Alemanha
Data: 28 de fevereiro de 2024
Local: Abe Lenstra (Heerenveen)
Árbitra: Stéphanie Frappart (França)
Gols: Klara Bühl, aos 66', e Lea Schüller, aos 78'

HOLANDA
Daphne van Domselaar; Kerstin Casparij, Caitlin Dijkstra (Lynn Wilms, aos 54'), Sherida Spitse (Shanice van de Sanden, aos 83'), Dominique Janssen e Esmee Brugts; Jackie Groenen, Daniëlle van de Donk (Damaris Egurrola Wienke, aos 68') e Wieke Kaptein; Lieke Martens (Katja Snoeijs, aos 83') e Lineth Beerensteyn. Técnico: Andries Jonker

ALEMANHA
Merle Frohms; Giulia Gwinn, Kathrin Hendrich, Marina Hegering e Sarai Linder; Jule Brand, Sjoeke Nüsken, Lena Oberdorf e Klara Bühl (Vivien Endemann, aos 86'); Sydney Lohmann (Lea Schüller, aos 46') e Alexandra Popp. Técnico: Horst Hrubesch

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

Fichário: os jogos e os vídeos da 23ª rodada da Eredivisie 2023/24

Utrecht 1x0 Heracles Almelo (sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024)

Local: De Galgenwaard (Utrecht)
Árbitro: Jochem Kamphuis
Gol: Victor Jensen, aos 79'
Jogo resumido: O Utrecht pressionou o Heracles Almelo desde o começo. Mas só no fim conseguiu o gol da vitória que prolonga a maior invencibilidade de sua história no Campeonato Holandês - 15 jogos sem derrotas, agora

UTRECHT
Mattijs Branderhorst; Hidde ter Avest (Niklas Vesterlund, aos 80'), Mike van der Hoorn, Nick Viergever e Souffian El Karouani; Ryan Flamingo e Oscar Fraulo (Can Bozdogan, aos 80'); Marouan Azarkan (Victor Jensen, aos 65'), Jens Toornstra (Jeppe Okkels, aos 65') e Othmane Boussaïd (Zidane Iqbal, aos 90'); Sam Lammers. Técnico: Ron Jans

HERACLES ALMELO
Michael Brouwer; Jannes Wieckhoff (Kelvin Leerdam, aos 77'), Sven Sonnenberg, Justin Hoogma, Jetro Willems (Sem Scheperman, aos 82') e Fredrik Oppegard; Brian de Keersmaecker, Ajdin Hrustic e Jordy Bruijn (Marko Vejinovic, aos 55'); Mario Engels (Mohamed Sankoh, aos 82') e Jizz Hornkamp. Técnico: Erwin van de Looi


RKC Waalwijk 0x1 Fortuna Sittard (sábado, 24 de fevereiro de 2024)

Local: Mandemakers Stadion (Waalwijk)
Árbitro: Joey Kooij
Gol: Kaj Sierhuis, aos 89'
Jogo resumido: Só mesmo o belíssimo gol de Kaj Sierhuis para dar a vitória aos visitantes e trazer alguma emoção a um jogo monótono (o RKC Waalwijk sequer deu chutes a gol, por exemplo)

RKC WAALWIJK
Etienne Vaessen; Julian Lelieveld, Shawn Adewoye, Dario van den Buijs e Aaron Meijers; Godfried Roemeratoe (Ilias Takidine, aos 81'), Reuven Niemeijer e Yassin Oukili; Denilho Cleonise (Richonell Margaret, aos 57'), David Min (Michiel Kramer, aos 81') e Chris Lokesa. Técnico: Henk Fräser

FORTUNA SITTARD
Michael Verrips; Ivo Pinto (Nathangelo Markelo, aos 70'), Rodrigo Guth, Dimitrios Siovas e Mitchell Dijks; Arijanet Ferati (Oguzhan Özyakup, aos 46'), Alen Halilovic (Jayden Braaf, aos 78') e Deroy Duarte; Kristoffer Peterson (Ragnar Oratmangoen, aos 70'), Kaj Sierhuis (Siemen Voet, aos 90' + 3) e Iñigo Córdoba. Técnico: Danny Buijs


Zwolle 1x7 PSV (sábado, 24 de fevereiro de 2024)

Local: Mac³Park Stadion (Zwolle)
Árbitro: Alex Bos
Gols: Johan Bakayoko, aos 29' e aos 61', Luuk de Jong, aos 32', aos 51' e aos 71', Eliano Reijnders, aos 41', Sam Kersten (contra), aos 73', e Ricardo Pepi, aos 86'
Jogo resumido: O PSV dominou desde o começo, principalmente nas jogadas pelas pontas. A esperança que o Zwolle teve ao diminuir a desvantagem, no fim do primeiro tempo, foi pulverizada pelos gols do líder do campeonato - que agora tem também o goleador, pelos três gols de Luuk de Jong

ZWOLLE 
Jasper Schendelaar; Bram van Polen, Sam Kersten, Thomas Lam e Anselmo García MacNulty (Damian van der Haar, aos 69'); Anouar El Azzouzi e Davy van den Berg; Eliano Reijnders (Silvester van der Water, aos 69'), Younes Namli e Odysseus Velanas (Filip Krastev, aos 69'); Lennart Thy. Técnico: Johnny Jansen

PSV
Walter Benítez; Jordan Teze, André Ramalho (Mauro Júnior, aos 69'), Olivier Boscagli (Armando Obispo, aos 83') e Sergiño Dest; Jerdy Schouten e Joey Veerman (Tygo Land, aos 83'); Johan Bakayoko (Malik Tillman, aos 69'), Isaac Babadi e Hirving Lozano; Luuk de Jong (Ricardo Pepi, aos 72'). Técnico: Peter Bosz


NEC 2x0 Sparta Rotterdam (sábado, 24 de fevereiro de 2024)

Local: De Goffert (Nijmegen)
Árbitro: Dennis Higler
Gols: Dirk Proper, aos 32', e Calvin Verdonk, aos 35'
Jogo resumido: Dois chutes de fora da área (um, em bola parada) renderam a vantagem que o NEC precisava para se estabelecer de vez na zona dos play-offs por vaga na Conference League. O Sparta Rotterdam tentou atacar no segundo tempo, sem muito sucesso

NEC
Jasper Cillessen; Bart van Rooij, Philippe Sandler (Bram Nuytinck, aos 73'), Youri Baas e Calvin Verdonk; Dirk Proper (Lasse Schöne, aos 73') e Mees Hoedemakers; Rober González (Sontje Hansen, aos 61'), Tjaronn Chery e Kodai Sano (Lars Olden Larsen, aos 85'); Koki Ogawa (Sylla Sow, aos 73'). Técnico: Rogier Meijer

SPARTA ROTTERDAM
Nick Olij; Saïd Bakari (Rayvien Rosario, aos 88'), Bart Vriends (Rick Meissen, aos 46'), Mike Eerdhuijzen e Djevencio van der Kust; Metinho (Pelle Clement, aos 74'), Arno Verschueren e Joshua Kitolano (Hamza El Dahri, aos 90' + 2); Shunsuke Mito (Charles-Andreas Brym, aos 74'), Tobias Lauritsen e Koki Saito. Técnico: Jeroen Rijsdijk


Excelsior 1x2 Vitesse (domingo, 25 de fevereiro de 2024)

Local: Van Donge & De Roo Stadion/Woudestein (Roterdã)
Árbitro: Marc Nagtegaal 
Gols: Lance Duijvestijn, aos 46', Paxten Aaronson, aos 53', e Nicolas Isimat-Mirin, aos 86'
Jogo resumido: O Excelsior foi melhor na primeira metade e abriu o placar no começo da segunda, mas o Vitesse superou sua dificuldade nas finalizações, virando o jogo na reta final, para voltar a vencer na liga após dois meses e realimentar as esperanças de se livrar do rebaixamento (pelo menos, direto).

EXCELSIOR
Stijn van Gassel; Siebe Horemans, Rédouan El Yaakoubi, Casper Widell e Arthur Zagré (Richie Omorowa, aos 87'); Kenzo Goudmijn, Cissé Sandra (Noah Naujoks, aos 83') e Julian Baas; Lance Duijvestijn (Lazaros Lamprou, aos 71'), Troy Parrott e Couhaib Driouech (Derensili Sanches Fernandes, aos 88'). Técnico: Marinus Dijkhuizen

VITESSE
Eloy Room; Carlens Arcus, Nicolas Isimat-Mirin, Dominik Oroz e Mica Pinto; Melle Meulensteen (Toni Domgjoni, aos 75') e Paxten Aaronson; Anis Hadj-Moussa, Gyan de Regt (Mattijs Tielemans, aos 46') e Kacper Kozlowski (Arno van Zwam, aos 89'); Mexx Meerdink (Andy Visser, aos 90' + 3). Técnico: Edward Sturing


Almere City 0x2 Feyenoord (domingo, 25 de fevereiro de 2024)

Local: Yanmar Stadion (Almere)
Árbitro: Edwin van de Graaf
Gols: Yankuba Minteh, aos 72' e aos 90' + 2
Jogo resumido: O Feyenoord teve dificuldades para superar a defesa do Almere City e criar chances. Coube a Yankuba Minteh salvar o dia do segundo colocado, começando com a finalização estilosa do primeiro gol

ALMERE CITY
Nordin Bakker; Hamdi Akujobi, Damian van Bruggen, Loïc Mbe Soh (Theo Barbet, aos 74') e Sherel Floranus; Jochem Ritmeester van de Kamp (Adi Nalic, aos 60'), Álvaro Peña (Milan Corryn, aos 60') e Yoann Cathline; Kornelius Hansen (Jason van Duiven, aos 60'), Thomas Robinet e Rajiv van la Parra (Yann Kitala, aos 79'). Técnico: Alex Pastoor

FEYENOORD
Timon Wellenreuther; Lutsharel Geertruida, Thomas Beelen, Dávid Hancko e Quilindschy Hartman; Mats Wieffer, Ramiz Zerrouki (Calvin Stengs, aos 69') e Quinten Timber; Igor Paixão (Yankuba Minteh, aos 61'), Santiago Giménez (Ayase Ueda, aos 69') e Luka Ivanusec (Alireza Jahanbakhsh, aos 69'). Técnico: Sipke Hulshoff (auxiliar - Arne Slot ficou fora do jogo, por estar doente)


Twente 3x0 Go Ahead Eagles (domingo, 25 de fevereiro de 2024)

Local: De Grolsch Veste (Enschede)
Árbitro: Jannick van der Laan
Gols: Sem Steijn, aos 12' e aos 36', e Joshua Brenet, aos 60'
Jogo resumido: Dominando a partida desde o começo, o Twente colocou fim à invencibilidade do Go Ahead Eagles fora de casa, e segue com alguma perspectiva de chegar à segunda posição

TWENTE
Lars Unnerstall; Joshua Brenet (Alfons Sampsted, aos 87'), Mees Hilgers, Robin Pröpper e Gijs Smal (Anass Salah-Eddine, aos 70'); Mathias Kjolo, Sem Steijn e Michal Sadílek (Youri Regeer, aos 77'); Daan Rots, Ricky van Wolfswinkel (Myron Boadu, aos 70') e Michel Vlap (Naci Ünüvar, aos 77'). Técnico: Joseph Oosting

GO AHEAD EAGLES
Jeffrey de Lange; Mats Deijl (Luca Everink, aos 70'), Gerrit Nauber, Joris Kramer e Bas Kuipers (Dean James, aos 86'); Evert Linthorst e Enric Llansana (Finn Stokkers, aos 65'); Bobby Adekanye (Soren Tengstedt, aos 64'), Willum Willumsson e Xander Blomme (Thibo Baeten, aos 46'); Victor Edvardsen. Técnico: René Hake


AZ 2x0 Ajax (domingo, 25 de fevereiro de 2024)

Local: AFAS Stadion (Alkmaar)
Árbitro: Allard Lindhout
Gols: Ruben van Bommel, aos 7' e aos 67'
Jogo resumido: Nem mesmo a mudança de esquema (sem Berghuis nem Bergwijn, cinco homens na defesa, algo raríssimo em se tratando de Ajax) fez o time de Amsterdã aumentar sua resistência. O AZ foi melhor em campo, e a vitória o deixa com vantagem segura - seis pontos - na quarta posição

AZ
Mathew Ryan; Yukinari Sugawara, Riechedly Bazoer (Bruno Martins Indi, aos 84'), Wouter Goes (Alexandre Penetra, aos 90' + 3) e David Møller Wolfe; Kristijan Belic (Mayckel Lahdo, aos 67') e Jordy Clasie; Sven Mijnans (Myron van Brederode, aos 83'), Dani de Wit e Ruben van Bommel (Ernest Poku, aos 84'); Vangelis Pavlidis. Técnico: Maarten Martens

AJAX
Diant Ramaj; Anton Gaaei (Ahmetcan Kaplan, aos 36'), Devyne Rensch, Jorrel Hato, Josip Sutalo e Borna Sosa; Benjamin Tahirovic (Chuba Akpom, aos 64'), Branco van den Boomen (Sivert Mannsverk, aos 80') e Kenneth Taylor; Kristian Hlynsson (Julian Rijkhoff, aos 80') e Brian Brobbey. Técnico: John van't Schip


Volendam 0x4 Heerenveen (domingo, 25 de fevereiro de 2024)

Local: KRAS Stadion (Volendam)
Árbitro: Rob Dieperink
Gols: Pelle van Amersfoort, aos 13' e aos 68', Simon Olsson, aos 66', e Thom Haye, aos 90'
Jogo resumido: A goleada dos visitantes da Frísia foi um capítulo a mais, na situação dramática do Volendam, na última colocação, vendo o Vitesse tendo uma importante vitória na rodada

VOLENDAM
Mio Backhaus; Oskar Buur (Déron Payne, aos 79'), Brian Plat, Benaissa Benamar (Axel Guessand, aos 79'), Josh Flint e George Cox; Damon Mirani, Robin Maulun (Safouane Karim, aos 60') e Milan de Haan (Quincy Hoeve, aos 74'); Robert Mühren (Darius Johnson, aos 74') e Zach Booth. Técnico: Regilio Simons

HEERENVEEN
Mickey van der Hart; Oliver Braude, Sven van Beek, Pawel Bochniewicz e Mats Köhlert; Thom Haye e Simon Olsson (Anas Tahiri, aos 83'); Hussein Ali (Ché Nunnely, aos 85'), Luuk Brouwers (Espen van Ee, aos 76') e Osame Sahraoui (Charlie Webster, aos 85'); Pelle van Amersfoort (Daniel Karlsbakk, aos 76'). Técnico: Kees van Wonderen

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

Enfim aconteceu

Na semifinal da Liga das Nações (e primeira chance de ter a vaga olímpica), a Holanda apenas viu a Espanha provar sua superioridade. Pelo menos há a segunda chance (DAX Images/BSR Agency/Getty Images)

De um lado, a seleção feminina da Espanha, que preza pela posse de bola e pela velocidade na troca de passes - e tem uma geração que consegue fazer isso com maestria, como o título mundial do ano passado já mostrou. Do outro, a seleção feminina da Holanda (Países Baixos), que tem sua força, que tem nomes talentosos, mas que só poderia esperar um espaço em contra-ataques - espaço raramente dado pelas espanholas. A superioridade poderia ter sido vista na Copa do Mundo, mas não foi: as Leoas Laranjas se aguentaram, e a vitória da Roja por 2 a 1, então, foi equilibrada. Mas a melhor equipe foi claramente vista, enfim, na semifinal da Liga das Nações. Nesta sexta-feira, o 3 a 0 no estádio La Cartuja, em Sevilha, foi inquestionável: a Holanda nunca passou nem perto de colocar em risco a vaga da Espanha na final da Liga das Nações (enfrentará a França, que superou a Alemanha) - e, portanto, a vaga da Espanha no torneio olímpico de futebol feminino.

Ao entrar com Vivianne Miedema escalada desde o começo, o técnico Andries Jonker possibilitava duas opções táticas. Com a bola, a Holanda poderia ter um trio de atacantes, com muita movimentação de Lieke Martens e Lineth Beerensteyn, enquanto Miedema, mais recuada, faria o papel tático que normalmente é da machucada Jill Roord; sem a bola, Sherida Spitse recuaria do meio-campo para formar o trio de zagueiras com que as neerlandesas normalmente têm jogado. E restaria esperar que a Espanha desse espaço. Pois não deu. Já no primeiro minuto, um chute de Olga Carmona bloqueado por Caitlin Dijkstra mostrou que a Espanha sufocaria a Holanda, se pudesse. É verdade que, àquela altura, houve esperança para as Leoas Laranjas - aos 6', num cruzamento de Daniëlle van de Donk, completado por Esmee Brugts para fora. Porém, depois disso, o que se viu foi quase um "monólogo" espanhol.

Lenta nas divididas, errando passes em demasia, a Holanda fracassava ao tentar conter a pressão da Espanha na saída de bola. Que o diga Daphne van Domselaar: a goleira errou aos 9', dando a bola nos pés de Athenea del Castillo, que cruzou, mas Salma Paralluelo mandou a bola para fora. Aliás, Paralluelo foi um caso à parte. Quase sempre ganhou os contra-ataques, superando na corrida Sherida Spitse e Caitlin Dijkstra. Mas na hora de finalizar... Salma perdeu o gol aos 8' (toque na saída de Van Domselaar), aos 9' (a chance citada), aos 21' (chute colocado agarrado por Van Domselaar), aos 23' (após lançamento em profundidade, sua finalização foi rebatida por Van Domselaar). Após esta última chance, a goleira da Holanda pediu até atendimento. Tanto por sentir dores na coxa, quanto para dar um respiro, já que a dificuldade era grande.

O respiro não veio. A Espanha continuou acuando a Holanda, que só teve espaço para outra chance aos 17' (Miedema ajeitou para Beerensteyn, que finalizou para a defesa de Cata Coll). No mais, a campeã mundial continuava bem. Tanto pela direita, com Ona Batlle, quanto pela esquerda, com Olga Carmona e Mariona Caldentey, as chances apareciam. E o gol, que demorou tanto, apareceu aos 41', numa inversão de jogo de Batlle dominada por Jennifer Hermoso, que superou a marcação de Kerstin Casparij e chutou para o 1 a 0. Vantagem conquistada, foi ampliada logo aos 45', ainda antes do intervalo, em outra jogada inteligente: Caldentey cruzou da esquerda, Paralluelo puxou a marcação para si, e Aitana Bonmatí superou Jackie Groenen na corrida e completou à queima-roupa para o 2 a 0.

Como titular, Miedema poderia ajudar na criação de jogadas. Ou mesmo na finalização. Esforçou-se, mas não teve bola nem espaço para conseguir isso (Roy Lazet/Soccrates/Getty Images)

Na teoria, ainda havia o segundo tempo. Na prática, a semifinal parecia resolvida. Sem ter o espaço, muito menos a bola, Miedema foi poupada já no intervalo. Damaris Egurrola Wienke a substituiu, e melhorou um pouco o sofrido meio-campo holandês (nem Van de Donk, nem Jackie Groenen foram páreo para o trio espanhol Batlle-Lara Aleixandri-Jennifer Hermoso). A Holanda até criou algumas chances (um cabeceio de Brugts aos 47', um chute de Spitse após escanteio ensaiado aos 58', um cabeceio de Lieke Martens para fora aos 62'). Mas, no geral, o domínio espanhol seguia total. E se houvesse qualquer dúvida, acabou com o terceiro gol, aos 77': Ona Batlle coroou seu ótimo jogo ao cruzar da esquerda (teve muito espaço), e ainda chegar a tempo de pegar a bola que Alba Redondo e Salma Paralluelo tentaram finalizar.

Depois do jogo, só restou a Andries Jonker reconhecer, no pós-jogo da emissora NOS: "Ainda continuamos sendo uma boa seleção, só que a Espanha mostrou que segue melhor do que nós". É verdade que o consolo era grande: com a vitória da França na outra semifinal da Liga das Nações (2 a 1), a Holanda terá contra a Alemanha uma segunda chance de conquistar vaga olímpica no futebol feminino, na decisão do 3º lugar, em casa - o estádio Abe Lenstra, em Heerenveen. Por outro lado, se tiver as fragilidades vistas em Sevilha, terá motivo para temer também as alemãs.

Porque, enfim, aconteceu: a Espanha afirmou a ampla superioridade que tem sobre a Holanda.


Liga das Nações da UEFA - semifinal

Espanha 3x0 Holanda
Data: 23 de fevereiro de 2024
Local: La Cartuja (Sevilha)
Árbitra: Rebecca Walsh (Inglaterra)
Gols: Jennifer Hermoso, aos 41', Aitana Bonmatí, aos 45', e Ona Batlle, aos 77'

ESPANHA
Cata Coll; Ona Batlle, Irene Paredes, Laia Codina e Olga Carmona (Oihane Hernández, aos 73'); Laia Aleixandri, Aitana Bonmatí e Jennifer Hermoso (Vicky López, aos 73'); Athenea del Castillo (Alba Redondo, aos 62'), Salma Paralluelo (Lucia García, aos 83') e Mariona Caldentey (Eva Navarro, aos 83'). Técnica: Montserrat "Montse" Tomé

HOLANDA
Daphne van Domselaar;  Kerstin Casparij, Caitlin Dijkstra, Dominique Janssen (Lynn Wilms, aos 68') e Esmee Brugts (Renate Jansen, aos 79');  Jackie Groenen, Sherida Spitse e Daniëlle van de Donk (Wieke Kaptein, aos 86'); Lieke Martens, Vivianne Miedema (Damaris Egurrola Wienke, aos 46') e Lineth Beerensteyn (Katja Snoeijs, aos 68'). Técnico: Andries Jonker

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

Muitos leões por datas FIFA

Sob o sol do balneário espanhol de Marbella, a Holanda treinou para superar os desafios e conseguir o que quer: a vaga no torneio olímpico feminino - e, de quebra, o título da Liga das Nações (KNVB Media)

Depois de uma classificação tão eletrizante às fases finais da Liga das Nações, superando a favorita Inglaterra no saldo de gols dentro do grupo (sendo que o gol decisivo foi feito aos 48 minutos do segundo tempo, na goleada por 4 a 0 sobre a Bélgica), a seleção feminina da Holanda (Países Baixos) esperava que a sorte lhe sorrisse mais, a começar pelo sorteio das semifinais, em dezembro do ano passado. Só que a sorte continua de mal com as Leoas Laranjas. Porque é a Espanha, campeã mundial, algoz das holandesas nas quartas de final da recente Copa do Mundo de mulheres, cheia de craques, que as esperará, nesta sexta-feira, às 17h de Brasília, no estádio La Cartuja, em Sevilha. Se quiser conquistar o grande objetivo - a vaga no torneio olímpico feminino de futebol - a equipe laranja precisa vencer para ir à final da Nations League. E se perder, restará a "torcida" pela França, país-sede dos Jogos Olímpicos (portanto, já garantida no futebol feminino neles): se as francesas ganharem da Alemanha na outra semifinal, alemãs e neerlandesas farão da decisão de 3º/4º lugares da Liga das Nações uma "final pelas Olimpíadas". E esta será nos Países Baixos, mais precisamente no estádio Abe Lenstra, em Heerenveen, que também será a sede da final em caso de vitória neerlandesa. Ou de um "amistoso de luxo" sem nada em disputa, caso Espanha e Alemanha façam a final da Nations League - e a fariam já garantidas em Paris-2024.

Se fosse só isso, tudo bem, a Holanda pode mudar sua sorte em caso de vitórias. Só que os problemas tornaram a "ladeira" ainda mais inclinada para cima. Mais um destaque da seleção fará falta, pelo rompimento de ligamento cruzado anterior que tanto medo traz ao futebol feminino atual: Jill Roord foi a vítima da vez da temível lesão, num jogo da Copa da Inglaterra, pelo Manchester City, justamente quando vivia um dos melhores momentos da carreira, titular absoluta como ponta-de-lança em clube e seleção. Um fato que teve reação tristemente resignada do técnico Andries Jonker, à ESPN da Holanda: "De novo você pensa 'parece sério'. Aí vem a confirmação: ligamento rompido, operação. Isso faz mal, é a quarta vez que vivo isso como técnico [lembrando as lesões de Kayleigh van Dooren, Vivianne Miedema e Aniek Nouwen]".

Bastou para Jonker crescer a voz, ao diário Algemeen Dagblad, contra um tema cada vez mais falado no futebol feminino: o excesso de jogos - e a propensão maior a lesões sérias, decorrente dele: "Não podemos estender indefinidamente o calendário no futebol feminino. Todos sabem disso faz tempo, mas aí inventam uma Liga das Nações e um mundial feminino de clubes". O técnico ainda apregoou: "Isso passou do limite, precisamos nos manifestar e vamos nos manifestar, a curto prazo" - à emissora NOS, ele confirmou que um manifesto será emitido após a partida contra a Espanha, e que ele se reunirá com UEFA e FIFA, ao lado de Nigel de Jong, diretor de futebol da federação. E Jonker concluiu: "Há jogadoras que vêm me dizer: 'Estou esgotada, mas preciso jogar uma partida da Liga dos Campeões pelo meu clube, mesmo que na verdade eu queira ficar em casa. O que faço?' Não pode ser assim. Existe uma diferença entre boa forma e bem estar: você pode estar bem preparada, mas... você está calma? O ponto de partida não deve ser o crescimento do futebol feminino, deve ser o bem-estar das jogadoras".

Andries Jonker tem de aturar mais uma lesão de ligamento de joelho em um nome importante das titulares que escala na Holanda. Mas, agora, decidiu tomar atitudes (Roy Lazet/Soccrates/Getty Images)

Sobraram forças para Jonker criticar também a mudança tardia de local da semifinal. Ela estava inicialmente prevista para o estádio Nuevo Mirandilla, em Cádiz. Contudo, com o jogo importante que o Cádiz fará neste domingo, contra o Celta de Vigo, pelo Campeonato Espanhol masculino, o começo do mês teve alteração às pressas para o La Cartuja, em Sevilha. A demora na mudança (o alerta foi feito já no fim de janeiro, sem que a federação espanhola se mexesse a princípio) foi o que causou irritação de Andries Jonker: "É uma bagunça... acho que a Espanha tem uma seleção maravilhosa, com ótimas jogadoras e um estilo de jogo muito bom, mas em organização eles ainda têm o que aprender".

Porém (ai, porém), nenhum desses problemas significa, nem de longe, que a vontade de chegar à vaga olímpica - e ao título da Liga das Nações - diminuiu. O próprio Andries Jonker reconheceu isso: "Quando eu indaguei se elas realmente queriam ir aos Jogos Olímpicos, aí elas me perguntaram: 'Você está bem, professor? É um ponto alto na nossa carreira'". Se é assim, a motivação para pegar a Espanha é tão grande quanto as reclamações, como o treinador indica: "Queremos estar nos Jogos Olímpicos, movemos céus e terras para chegar às semifinais. Agora queremos que dê certo, é matar ou morrer. A confiança cresceu nos últimos jogos - por exemplo, nos jogos contra a Inglaterra [Liga das Nações]. Estamos de novo entre as seleções do topo".

Talvez não no topo, mas sem dúvida tendo uma atacante de topo: Vivianne Miedema. Desfalque no duelo da Copa passada (sua falta foi sentida, nas chances perdidas naquele jogo em Wellington, na Nova Zelândia), ainda no processo de volta de sua grave lesão no ligamento cruzado anterior (vem e vai entre titulares e reservas do Arsenal), Miedema se mostrou muito motivada nos treinos da Holanda, no balneário espanhol de Marbella: "Tenho a sensação de que estou de novo perto de ser a velha 'Viv', e isso é muito bom". Mas não significa que o principal destaque técnico da Holanda está garantida entre as titulares. Claro que é sua expectativa: "A princípio, espero estar em forma. E para jogar 90 minutos nas duas partidas". Mas ela logo é acompanhada de cautela: "Veremos dia a dia".

A mesma cautela que Andries Jonker mostra para outra grande pergunta: qual será a substituta de Jill Roord nas titulares? O técnico mostrou três possibilidades à emissora NOS: "Poderia ser Miedema, mas isso também depende da forma física dela. Damaris e Casparij também são opções". A primeira citada preferiu se focar na lamentação por Roord, sua amiga pessoal: "Não depende de mim dizer se sou a substituta lógica de Jill. Mas para ela isso [lesão] é duro, e é um baque para o time". Podendo entrar para fazer uma dupla de volantes com Jackie Groenen, Damaris Egurrola também lembrou mais a colega ausente: "Primeiro, quero expressar meu apoio a Jill. É difícil perder uma jogadora como ela". Finalmente, Kerstin Casparij - que iria para a ala direita, liberando Victoria Pelova para o meio-campo - já falou mais confiante: "Acho que crescemos como time. Temos mais opções, e isso só faz bem. Não temos medo, não entramos em pânico".

E a cautela foi justificada pelos treinos na chegada a Sevilha, nesta quinta-feira: Miedema e Pelova ficaram fora, a lateral Marisa Olislagers foi chamada às pressas para se juntar ao grupo de convocadas, e há poucas expectativas de que as duas citadas acima começarão jogando contra a Espanha. É mais um leão que a Holanda continua tendo de matar a cada data FIFA: jogadoras machucadas, adversários favoritos... Mas tudo vale a pena se a intenção não é pequena. E a da Holanda não é, como Andries Jonker deixou claro às jogadoras: "Se ganharmos da Espanha, estaremos nas Olimpíadas. É possível? Para mim, é. Se perdermos da Espanha e precisarmos enfrentar a Alemanha, ainda teremos uma chance. Mas a primeira coisa que temos de fazer é ganhar da Espanha. É isso que importa". E também deixou claro nesta frase: "Ganhar a vaga olímpica significa algo, mas não é um título. E eu quero um título".

As 25 convocadas da Holanda (Países Baixos) para as datas FIFA

Goleiras: Daphne van Domselaar (Aston Villa-ING), Lize Kop (Leicester City-ING) e Barbara Lorsheyd (ADO Den Haag)

Laterais: Kerstin Casparij (Manchester City-ING), Lynn Wilms (Wolfsburg-ALE), Merel van Dongen (Rayadas de Monterrey-MEX) e Marisa Olislagers (Twente)

Zagueiras: Caitlin Dijkstra (Twente), Sherida Spitse (Ajax) e Dominique Janssen (Wolfsburg-ALE)

Meio-campistas: Jackie Groenen (Paris Saint Germain-FRA), Daniëlle van de Donk (Lyon-FRA), Victoria Pelova (Arsenal-ING), Damaris Egurrola Wienke (Lyon-FRA), Jill Baijings (Bayern de Munique-ALE) e Wieke Kaptein (Twente)

Atacantes: Lineth Beerensteyn (Juventus-ITA), Lieke Martens (Paris Saint Germain-FRA), Renate Jansen (Twente), Vivianne Miedema (Arsenal-ING), Esmee Brugts (Barcelona-ESP), Katja Snoeijs (Everton-ING),  Shanice van de Sanden (Liverpool-ING) e Romée Leuchter (Ajax)

terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

De igual pra igual

PSV e Borussia Dortmund fizeram um jogo literalmente igual na Liga dos Campeões. O que dá chances de classificação ao time holandês ( Nesimages/Michael Bulder/DeFodi Images/Getty Images)

Entre PSV e Borussia Dortmund, o time alemão era considerado favorito nas prévias antes das oitavas de final da Liga dos Campeões começarem. De certa forma, continua sendo. Ainda assim, no jogo de ida desta terça, o time de Eindhoven mostrou que pode tentar a classificação com um pouco mais de força do que os comentários lhe atribuíam. Fez uma partida igual, a começar pelo resultado: no empate de 1 a 1 no Philips Stadion, as duas equipes criaram chances, se esforçaram, tornaram a partida agradável de ser vista.

O PSV talvez tenha começado a se fortalecer para a partida ao mostrar uma escalação mais previdente na defesa (Jerdy Schouten, que corre menos riscos na saída de bola, foi recuado para a zaga ao lado de Olivier Boscagli), sem deixar de ser forte no ataque. Tanto que Malik Tillman começou cedo a avançar para o ataque, ajudar Luuk de Jong e Hirving Lozano (dois que apareceram bem no ataque) e ser mais um a causar pressão a Alexander Meyer, goleiro que virou titular do Dortmund às pressas após Gregor Kobel se machucar no aquecimento. Partiu do norte-americano o primeiro chute mais perigoso, aos 19', mandando a bola rente à trave direita.

Só que, se o PSV ia bem no ataque, o Borussia Dortmund também, em que pesasse a ausência de Sébastien Haller. Quase fez gol aos 20': num escanteio, Nico Schlotterbeck desviou e Niclas Fullkrüg errou o cabeceio final. Mas aos 24', coube a Donyell Malen comprovar a boa fase que vive, justamente contra o clube em que despontou. Até por isso, nem comemorou o gol que fez: recebendo a bola de Marcel Sabitzer e chutando forte e alto, com a bola batendo na esquerda do travessão antes de entrar. Nada que abalasse muito o PSV, que continuou atacando. Mesmo impedido, Tillman quase acertou o gol, de cabeça, aos 28'. Aos 33', Sabitzer bloqueou arremate de Lozano; aos 37', o mexicano começou a jogada que Johan Bakayoko (atuação inferior) completou com voleio errado; aos 40', o ponta belga acertou, ajeitando de calcanhar para Ismael Saibari chutar forte e forçar Meyer a espalmar.

O primeiro tempo acabou, o segundo começou, e o PSV passou a ter até mais a posse de bola. Pelas pontas, como gosta, foi atacando (como num cruzamento de Bakayoko interceptado por Mats Hummels, aos 48'). Contudo, faltava o espaço para finalizar: o Borussia Dortmund bloqueava bem sua área. Só Joey Veerman tentou, num chute de fora, aos 49'. A chance do empate só viria num pênalti de marcação muito criticada: Tillman dominou a bola, entrou na área, Hummels tentou tirar de carrinho, atingiu a bola, o estadunidense do PSV pulou, caiu... e o juiz sérvio Srdjan Jovanovic achou a queda faltosa e marcou o penal. Nem mesmo a revisão do VAR opinou o contrário ("Agora o VAR ficou do nosso lado", celebrou Veerman na entrevista coletiva). E Luuk de Jong cobrou para fazer 1 a 1, se tornando o maior goleador da história do PSV em competições europeias.

No pênalti do empate do PSV, muitas dúvidas. Tillman até riu na conversa em campo, enquanto Hummels protestou desde o começo (Nesimages/Michael Bulder/DeFodi Images via Getty Images)

Depois do empate, a partida seguiu animada. De um lado, foi o Borussia Dortmund tentando (Malen forçou o goleiro Walter Benítez a rebater, aos 59', e Marius Wolf quase fez um gol de chaleira, aos 72'). Mas o PSV seguiu corajoso em casa, como normalmente é. Saibari arriscou por cima do gol aos 62', Bakayoko apareceu novamente aos 75' (Meyer rebateu), Dest fez jogada bonita aos 81', para outra defesa do goleiro do Dortmund, e Veerman tentou mais um chute de fora da área, aos 90' + 4.

A boa atuação do PSV deixou a impressão de que a vitória até era possível, como Peter Bosz indicou à emissora Ziggo Sport, que mostra a Liga dos Campeões para os Países Baixos: "Foi um jogo intenso, mas acho que poderíamos ter tido mais. Tivemos chances no primeiro e no segundo tempos". E deixou a impressão de que é possível surpreender, como Luuk de Jong indicou: "Só precisamos ser eficientes". Afinal de contas, se o jogo de ida já foi de igual para igual, é possível imaginar coisa semelhante em Dortmund. 

Liga dos Campeões da UEFA - oitavas de final (jogo de ida)

PSV 1x1 Borussia Dortmund-ALE

Data: 20 de fevereiro de 2024
Local: Philips Stadion (Eindhoven)
Árbitro: Srdjan Jovanovic (Sérvia)
Gols: Donyell Malen, aos 24', e Luuk de Jong, aos 56'

PSV
Walter Benítez; Jordan Teze, Jerdy Schouten, Olivier Boscagli (Armando Obispo, aos 90') e Sergiño Dest; Ismael Saibari (Mauro Júnior, aos 83') e Joey Veerman; Johan Bakayoko, Malik Tillman e Hirving Lozano (Ricardo Pepi, aos 75'); Luuk de Jong. Técnico: Peter Bosz

BORUSSIA DORTMUND
Alexander Meyer; Julian Ryerson, Mats Hummels, Nico Schlotterbeck e Ian Maatsen; Marcel Sabitzer e Emre Can; Donyell Malen (Salih Özcan, aos 83'), Marco Reus (Julian Brandt, aos 62') e Jadon Sancho (Marius Wolf, aos 68'); Niclas Füllkrug (Youssoufa Moukoko, aos 83'). Técnico: Edin Terzic

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

Fichário: os jogos e os vídeos da 22ª rodada da Eredivisie 2023/24

PSV 2x0 Heracles Almelo (sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024)

Local: Philips Stadion (Eindhoven)
Árbitro: Ingmar Oostrom
Gols: Luuk de Jong, aos 18', e Olivier Boscagli, aos 56'
Jogo resumido: O PSV já começou atacando. Com a expulsão precoce de Bryan Limbombe, ficou ainda mais fácil para o líder do campeonato chegar à vitória e manter a invencibilidade - 20 vitórias, 2 empates

PSV
Walter Benítez; Jordan Teze, André Ramalho, Olivier Boscagli e Sergiño Dest (Mauro Júnior, aos 60'); Jerdy Schouten, Malik Tillman (Isaac Babadi, aos 60'), Joey Veerman (Patrick van Aanholt, aos 76') e Hirving Lozano (Shurandy Sambo, aos 85'); Luuk de Jong (Armando Obispo, aos 76') e Ricardo Pepi. Técnico: Peter Bosz

HERACLES ALMELO
Michael Brouwer; Jannes Wieckhoff, Sven Sonnenberg, Justin Hoogma e Fredrik Oppegard; Brian de Keersmaecker (Sem Scheperman, aos 85'), Ajdin Hrustic (Marko Vejinovic, aos 46') e Jordy Bruijn (Jetro Willems, aos 46'); Bryan Limbombe, Jizz Hornkamp (Mario Engels, aos 60') e Emil Hansson (Thomas Bruns, aos 60'). Técnico: Erwin van de Looi


Fortuna Sittard 1x2 AZ (sábado, 17 de fevereiro de 2024)

Local: Fortuna Sittard Stadion (Sittard)
Árbitro: Richard Martens
Gols: Iñigo Córdoba, aos 18', Vangelis Pavlidis, aos 63', e Dani de Wit, aos 90'
Jogo resumido: A bem da verdade, foi mais no esforço do que na qualidade técnica. Mas o AZ voltou a vencer no campeonato, após mais de dois meses, mantendo a quarta posição, cada vez mais pressionada

FORTUNA SITTARD
Michael Verrips; Ivo Pinto, Rodrigo Guth, Siemen Voet e Mitchell Dijks; Arijanet Ferati (Kristoffer Peterson, aos 85'), Justin Lonwijk (Jayden Braaf, aos 76') e Deroy Duarte; Alessio da Cruz (Alen Halilovic, aos 53'), Kaj Sierhuis (Ragnar Oratmangoen, aos 85') e Iñigo Córdoba (Oguzhan Özyakup, aos 85'). Técnico: Danny Buijs

AZ
Mathew Ryan; Yukinari Sugawara, Riechedly Bazoer, Wouter Goes (Bruno Martins Indi, aos 64') e David Möller Wolfe (Mayckel Lahdo, aos 64'); Jordy Clasie e Kristijan Belic (Tiago Dantas, aos 57'); Sven Mijnans (Lequincio Zeefuik, aos 85'), Dani de Wit e Ruben van Bommel (Myron van Brederode, aos 57'); Vangelis Pavlidis. Técnico: Maarten Martens


Sparta Rotterdam 4x2 Excelsior (sábado, 17 de fevereiro de 2024)

Local: Het Kasteel (Roterdã)
Árbitro: Serdar Gözübüyük
Gols: Kik Pierie, aos 11', Lance Duijvestijn, aos 16', Arno Verschueren, aos 24', Tobias Lauritsen, aos 31' e aos 75', e Charles Andreas Brym, aos 90' + 6
Jogo resumido: Num clássico citadino movimentado - quatro gols só no primeiro tempo -, o Sparta primeiro correu risco de decepcionar em casa, mas se aprumou, e contou com Lauritsen como destaque para uma boa virada

SPARTA ROTTERDAM
Nick Olij; Djevencio van der Kust, Bart Vriends (Rick Meissen, aos 66'), Mike Eerdhuijzen e Django Warmerdam (Saïd Bakari, aos 24'); Jonathan de Guzman (Metinho, aos 67'), Arno Verschueren e Joshua Kitolano; Pelle Clement (Shunsuke Mito, aos 66'), Tobias Lauritsen (Charles-Andreas Brym, aos 79') e Koki Saito. Técnico: Jeroen Rijsdijk

EXCELSIOR
Stijn van Gassel; Siebe Horemans, Casper Widell, Kik Pierie (Mimeirhel Benita, aos 87') e Arthur Zagré (Richie Omorowa, aos 81'); Cissé Sandra (Noah Naujoks, aos 81'), Lance Duijvestijn (Oscar Uddenäs, aos 72') e Julian Baas; Kenzo Goudmijn, Troy Parrott e Couhaib Driouech. Técnico: Marinus Dijkhuizen


Zwolle 0x1 Almere City (sábado, 17 de fevereiro de 2024)

Local: Mac³Park Stadion (Zwolle)
Árbitro: Martijn Vos
Gol: Thomas Robinet, aos 69'
Jogo resumido: O Almere City suportou pressão a maior parte do tempo na defesa. Mas bastou um chute de fora da área, e veio uma vitória que até aumenta o sonho do estreante na disputa por vaga nos play-offs que levam à Conference League, ao superar concorrente direto. Quem diria...

ZWOLLE
Jasper Schendelaar; Eliano Reijnders (Filip Krastev, aos 73'), Sam Kersten, Thomas Lam e Anselmo García MacNulty; Anouar El Azzouzi e Davy van den Berg; Kaj de Rooij (Silvester van der Water, aos 20') (Apostolos Vellios, aos 73'), Younes Namli e Odysseus Velanas; Lennart Thy. Técnico: Johnny Jansen

ALMERE CITY
Nordin Bakker; Sherel Floranus, Loïc Mbe Soh, Peer Koopmeiners, Joey Jacobs (Théo Barbet, aos 60') e Jochem Ritmeester van de Kamp (Damian van Bruggen, aos 90' + 1); Thomas Robinet, Álvaro Peña (Hamdi Akujobi, aos 60') e Stije Resink; Jason van Duiven (Rajiv van la Parra, aos 60') e Yoann Cathline (Kornelius Hansen, aos 90' + 1). Técnico: Alex Pastoor


Heerenveen 0x2 Go Ahead Eagles (sábado, 17 de fevereiro de 2024)

Local: Abe Lenstra (Heerenveen)
Árbitro: Erwin Blank
Gols: Jakob Breum, aos 56', e Victor Edvardsen, aos 90' + 1
Jogo resumido: O Go Ahead Eagles tomou pressão do Heerenveen durante todo o primeiro tempo, e parte do segundo. Numa jogada de bola parada, abriu o placar, e foi eficiente para conseguir uma vitória que prova a ótima campanha que faz

HEERENVEEN
Mickey van der Hart; Oliver Braude, Sven van Beek, Pawel Bochniewicz e Mats Köhlert; Thom Haye e Simon Olsson; Ché Nunnely (Loizos Loizou, aos 68'), Luuk Brouwers e Osame Sahraoui; Pelle van Amersfoort. Técnico: Kees van Wonderen

GO AHEAD EAGLES
Jeffrey de Lange; Mats Deijl, Gerrit Nauber, Joris Kramer e Bas Kuipers; Enric Llansana, Evert Linthorst e Thibo Baeten (Victor Edvardsen, aos 68'); Bobby Adekanye (Luca Everink, aos 79'), Oliver Edvardsen (Jakob Breum, aos 46') e Finn Stokkers (Soren Tengstedt, aos 68'). Técnico: René Hake 


Twente 0x1 Utrecht (domingo, 18 de fevereiro de 2024)

Local: De Grolsch Veste (Enschede)
Árbitro: Marc Nagtegaal
Gol: Jens Toornstra, aos 29'
Jogo resumido: O Utrecht aproveitou um dos únicos contra-ataques que teve, no primeiro tempo, para fazer seu gol. E se aguentou na defesa para conseguir um feito raro (vitória contra o Twente, em Enschede) e provar: está chegando à disputa por vaga nos play-offs da Conference League

TWENTE
Lars Unnerstall; Joshua Brenet (Alfons Sampsted, aos 55'), Mees Hilgers, Robin Pröpper e Gijs Smal (Youri Regeer, aos 65'); Carel Eiting (Naci Ünüvar, aos 65'), Michel Vlap (Myron Boadu, aos 55') e Michal Sadílek; Younes Taha (Mitchell van Bergen, aos 81'), Ricky van Wolfswinkel e Sem Steijn. Técnico: Joseph Oosting

UTRECHT
Mattijs Branderhorst; Hidde ter Avest, Mike van der Hoorn, Nick Viergever e Souffian El Karouani; Ryan Flamingo e Oscar Fraulo; Taylor Booth (Jeppe Okkels, aos 22') (Tim Handwerker, aos 80'), Jens Toornstra (Victor Jensen, aos 65') e Othmane Boussaïd (Niklas Westerlund, aos 81'); Sam Lammers. Técnico: Ron Jans


Ajax 2x2 NEC (domingo, 18 de fevereiro de 2024)

Local: De Goffert (Nijmegen)
Árbitro: Bas Nijhuis 
Gols: Jaydon Banel, aos 7', Jorrel Hato (contra), aos 61', Carlos Forbs Borges, aos 79', e Rober Gonzalez, aos 90' + 4
Jogo resumido: O Ajax pode até ter saído na frente, mas as fragilidades defensivas novamente foram postas à prova, diante da boa atuação do NEC. O empate, mesmo que tenha demorado, mostrou bem o que foi o jogo - e mostrou a queda Ajacied, após boas atuações

AJAX
Diant Ramaj; Tristan Gooijer, Devyne Rensch, Josip Sutalo e Jorrel Hato; Benjamin Tahirovic (Branco van den Boomen, aos 65') e Jordan Henderson; Jaydon Banel (Carlos Forbs Borges, aos 57'), Kristian Hlynsson (Julian Rijkhoff, aos 90' + 1) e Kenneth Taylor (Ar'Jany Martha, aos 65'); Brian Brobbey. Técnico: John van't Schip

NEC
Jasper Cillessen; Bart van Rooij (Sylla Sow, aos 85'), Youri Baas (Brayann Pereira, aos 76'), Philippe Sandler e Calvin Verdonk; Dirk Proper (Rober González, aos 84') e Mees Hoedemakers (Lasse Schöne, aos 76'); Sontje Hansen (Lars Olden Larsen, aos 76'), Tjaronn Chery e Kodai Sano; Koki Ogawa. Técnico: Rogier Meijer


Vitesse 1x1 Volendam (domingo, 18 de fevereiro de 2024)

Local: GelreDome (Arnhem)
Árbitro: Danny Makkelie
Gols: Bilal Ould-Chikh, aos 3', e Mica Pinto, aos 7'
Jogo resumido: No jogo entre os dois mais desesperados contra a ameaça de rebaixamento (último contra penúltimo colocado), o Vitesse se recuperou do gol precoce, empatou rápido e passou o resto da partida pressionando bem mais. Só que o empate foi o placar final. A situação de ambos segue ruim

VITESSE
Eloy Room; Carlens Arcus, Dominik Oroz, Ramon Hendriks e Mica Pinto (Enzo Cornelisse, aos 75'); Melle Meulensteen e Paxten Aaronson; Anis Hadj-Moussa, Kacper Kozlowski (Marco van Ginkel, aos 75') e Amine Boutrah (Gyan de Regt, aos 82'); Mexx Meerdink (Thomas Buitink, aos 82'). Técnico: Edward Sturing

VOLENDAM
Mio Backhaus; Oskar Buur, Brian Plat, David Mirani, Josh Flint e George Cox (Benaissa Benamar, aos 46'); Milan de Haan, Robin Maulun e Zach Booth (Darius Johnson, aos 81'); Bilal Ould-Chikh (Bram van Driel, aos 60') e Robert Mühren (Vivaldo Semedo, aos 60'). Técnico: Regilio Simons


Feyenoord 1x0 RKC Waalwijk (domingo, 18 de fevereiro de 2024)

Local: De Kuip (Roterdã)
Árbitro: Martin van den Kerkhof
Gol: Mats Wieffer, aos 84'
Jogo resumido: A busca do Feyenoord pelo gol só se aumentou com a expulsão do goleiro Etienne Vaessen, ainda no 1º tempo. Contudo, o RKC Waalwijk se dedicou bem à defesa, com muita compactação. E o gol da vitória do Stadionclub só veio nos minutos finais

FEYENOORD
Timon Wellenreuther; Lutsharel Geertruida, Thomas Beelen (Bart Nieuwkoop, aos 46'), Dávid Hancko e Quilindschy Hartman; Mats Wieffer, Calvin Stengs (Ayase Ueda, aos 46') e Quinten Timber; Yankuba Minteh (Igor Paixão, aos 62'), Santiago Giménez (Antoni Milambo, aos 86') e Luka Ivanusec (Leo Sauer, aos 78'). Técnico: Arne Slot

RKC WAALWIJK
Etienne Vaessen; Julian Lelieveld (Juriën Gaari, aos 46'), Shawn Adewoye, Dario van den Buijs e Aaron Meijers (Thierry Lutonda, aos 63'); Godfried Roemeratoe, Reuven Niemeijer (Richonell Margaret, aos 82') e Yassin Oukili; Denilho Cleonise (Jeroen Houwen, aos 39'), David Min (Ilias Takidine, aos 82') e Chris Lokesa. Técnico: Henk Fräser

O Brasil x Ajax de 1979: uma goleada, dois destaques

O Brasil goleou o Ajax em junho de 1979. E foi com dois gols e entrosamento com Zico que Sócrates, aniversariante deste 19 de fevereiro, começou a exibir seu talento nacionalmente (Gazeta Press)

Este é um texto que poderia ser publicado no dia 3 de março, quando Zico completará 71 anos de idade. Mas também pode - e será - publicado neste 19 de fevereiro, em que Sócrates (1954-2011) completaria 70 anos. Em primeiro lugar, porque qualquer coletânea de imagens retrospectivas da carreira do "Doutor" dentro de campo sempre destaca o gol com que ele abriu o placar, na goleada da Seleção Brasileira sobre o Ajax, num amistoso em 21 de junho de 1979 - aqui, o jogo na íntegra. Em segundo lugar, porque o gol foi só o começo: esta foi uma das primeiras partidas em que o meio-campista que se tornaria ícone na história do Corinthians chamou a atenção pela Seleção. Dividindo o espaço com Zico (que superou até um boicote). Embora ninguém soubesse, a dupla mostraria boa parte da técnica que impressionaria na Copa do Mundo, três anos depois. Aliás, é possível dizer que ninguém sabia, mas aquele momento de 1979 marcava o nascimento da equipe que faria papel elogiável na Copa de 1982, após idas e vindas. 

Antes do jogo: um Brasil que começava, um Ajax que iria mudar

Ainda técnico da Seleção no ano de 1979 - dividia-a com o comando do Flamengo -, Cláudio Coutinho (1939-1981) já pensava e adotava um tipo de jogo mais ofensivo do que as atuações cautelosas, até em excesso, na campanha da Copa de 1978. Tanto que muitos dos escalados para enfrentar o Ajax estariam na Espanha, três anos depois. Na zaga, Oscar e Edinho - este, reserva na Copa de 1982; no meio-campo, Falcão (a ausência mais criticada no Mundial do ano anterior), Toninho Cerezo e Zico; e Sócrates sendo experimentado como atacante. Além deles, havia outras experiências com nomes de frente. Jogariam o ponta direita Nilton Batata, um dos destaques do Santos campeão paulista de 1978 havia algumas semanas (sim, a decisão do título estadual de 1978 foi em junho de 1979); o ponta esquerda Joãozinho, causando furor no Cruzeiro com seus dribles; e tanto o meio-campo Zenon como o atacante Renato, ambos símbolos do Guarani campeão brasileiro do ano anterior. Isso, sem contar mais nomes da Copa de 1978, como o lateral direito Toninho, e o goleiro Leão, já considerado um símbolo de sua posição no país, naquela época. Em suma, o amistoso contra o Ajax era um teste importante para o Brasil. Até porque, no mês seguinte, viria a Copa América.

No Ajax, o clima era de férias, já que a temporada 1978/79 estava terminada. E ela estava bem terminada, até porque o clube comemorava mais um título holandês. De quebra, o nível técnico era elogiável, tanto que o time de Amsterdã seria semifinalista da Copa dos Campeões (o formato antigo da Liga dos Campeões) na temporada seguinte. Ainda assim, se sabia: era uma equipe muito, muito diferente do "Gloria Ajax" que impressionara o mundo no começo daquela década de 1970, com Johan Cruyff à frente. O único remanescente daqueles tempos era Ruud Krol. Ainda assim, o próprio Krol, já experiente (30 anos em 1979), já declarara que pensava em correr mundo, após tanto tempo em Amsterdã. Em 5 de junho daquele ano, ao diário Het Vrije Volk, Krol reconhecia: "Não consigo mais ter a vontade exigida para jogar por este clube. Uma mudança de ares faria bem. Já tive de jogar o suficiente neste mundinho".

Após o título holandês na temporada 1978/79, o Ajax partiria para uma excursão pela América do Sul antes das férias. Mas mudanças viriam (Voetbal International)

Mas Krol só deixaria o Ajax no ano seguinte, 1980, rumando para o Napoli-ITA. Em 1979, ele ainda capitanearia o clube, que ganhou o título holandês com goleada na última rodada - 8 a 1 no Twente, em 10 de junho - e rumou quase imediatamente para uma excursão sul-americana. Antes, a imprensa informou que ela começaria na Argentina, passaria pelo Uruguai, e terminaria no Brasil (o diário Algemeen Dagblad ainda disse que o jogo contra a Seleção estava indefinido, mas ele foi confirmado). E a delegação do Ajax veio à América do Sul pensando numa escalação quase titular. Os destaques jogariam: além de Krol, os mais falados eram os pontas Simon Tahamata (esquerda - considerado o grande talento técnico do Ajax, Tahamata começava sua passagem rápida pela seleção da Holanda) e Tscheu La Ling (direita). No meio-campo, estavam dois nomes dinamarqueses que se tornariam mais conhecidos nos anos 1980: Soren Lerby e Frank Arnesen. Porém, um dos principais destaques Ajacieden da época, o atacante inglês Ray Clarke, seria poupado da viagem. E entre os goleiros, o reserva Peter Jager teria preferência sobre o experiente Piet Schrijvers, que ficara em Amsterdã, machucado.

Com a passagem pelo Uruguai cancelada, o Ajax acabou ficando mais tempo do que esperava na Argentina. Fez três amistosos, com duas derrotas por 3 a 2, para River Plate (em 12 de junho - ao diário De Telegraaf, Ruud Krol se queixou: "O River Plate nos recebeu com dureza, foi um jogo tipicamente sul-americano") e Racing (em 14 de junho, no estádio do Vélez Sarsfield - o Racing se sagrara campeão argentino). Só haveria uma vitória do Ajax em campos argentinos, igualmente por 3 a 2, contra o Talleres, em 16 de junho de 1979. 

E depois, a delegação do Ajax já veio para o Brasil. A curiosidade era mútua, como Ruud Krol deixou claro ao De Telegraaf: "Na Argentina, só conhecem os jogadores do Ajax que também estão na seleção. O Ajax é mais famoso no Brasil, mas acho que as pessoas esperam uma equipe tão forte como a que tínhamos há seis anos. Também estamos muito curiosos com o nível técnico do Brasil". Do lado brasileiro, a curiosidade maior ia para um jogador: Simon Tahamata. Em relato para a revista Placar sobre o amistoso contra o River Plate, o jornalista argentino Pedro Urquiza alertou: "[Tahamata é] miúdo, de notável habilidade. Craque, irá dar muito trabalho a Toninho. Sabe lançar com precisão e fazer tabelas". Ao De Telegraaf, Cláudio Coutinho era até simpático ao atacante descendente de indonésios: "Gosto de ver Tahamata jogar. Ele devia vir jogar aqui [no Brasil], iria se dar bem".

Tahamata causava boa impressão, em seu surgimento no Ajax, naqueles idos (ANP)

Enfim, por mais que o favoritismo fosse do Brasil, havia respeito pelo Ajax, como a revista Placar resumiu: "O Ajax versão 1979 nada tem a ver com o time histórico da era Cruyff. Mas continua perigoso".

O jogo: Sócrates brilha no 1º tempo, Zico vence o boicote na etapa final

Contudo, bastou o jogo começar no estádio do Morumbi para que se visse: o Ajax estava em marcha lenta demais para aguentar o ritmo ofensivo que a Seleção Brasileira impôs desde que a bola rolou - só criou uma chance, aos 45', num voleio de La Ling para fora. Krol e seu companheiro de zaga, Piet Wijnberg, até tentaram sair com a bola para alguns ataques. E tanto o falado Tahamata quanto La Ling tentaram criar jogadas pelas pontas. Mas Oscar e Edinho, a dupla de zaga brasileira, nem sofreu muito para contê-los. No meio-campo, Falcão começava a se destacar, com passes longos, e Cerezo mostrou velocidade.

Só que, também desde os primeiros minutos, Sócrates deixou claro: o teste com ele como atacante (não se usava essa gíria, mas era um "falso 9") daria muito certo. Voltando para buscar a bola, o "Doutor" acelerava jogadas com seus habituais toques de calcanhar. E coroou essa ótima atuação já no primeiro gol, aos 9'. Foi o gol citado no começo deste texto. E será sempre evocado em qualquer coletânea de imagens que mostre a inteligência do "Magrão", como os mais próximos o chamavam. Falcão lançou a bola do meio-campo. Sócrates a dominou. Com um giro de corpo, se livrou da marcação de Krol e Wijnberg. E chutou colocado, no canto esquerdo de Jager, para fazer o golaço do 1 a 0.

(O primeiro gol de Brasil 5x0 Ajax, marcado por Sócrates, na transmissão da TV Cultura de São Paulo, com a narração de Luis Noriega. Exibido em 1992, no programa "Grandes Momentos do Esporte")

Sócrates não parou por aí na partida. Era sempre opção de jogo, principalmente com Nílton Batata: isso se veria aos 10', quando ele passou para Nílton chutar por cima do gol de Jager. Pouco depois, aos 14', e um chute do camisa 9 (sem usar a 8 que o tornou conhecido, principalmente, no Corinthians) atingiu o travessão. Os outros destaques do Brasil apareceram ao longo dos 45 minutos iniciais: Falcão tentou aos 21', Zico cobrou bem falta aos 34', e Jager apareceu com duas defesas. Mas Sócrates terminou o primeiro tempo ressaltando o "cartão de visitas" que dava em seu segundo jogo pela Seleção. Aos 44', após troca de passes, Toninho lançou pela direita, Nílton Batata cruzou, e o paraense fez 2 a 0 completando para o gol vazio. Já fazia por merecer a manchete que o diário De Volkskrant estampou, em 23 de junho de 1979, na notícia sobre o amistoso: "De uitblinker Socrates leest Ajax de les" (em holandês, "O destaque Sócrates dá lição ao Ajax").

Com a vantagem no placar, Cláudio Coutinho já começou o segundo tempo fazendo mais alterações. No gol, Carlos substituiu Leão; no meio-campo, Zenon estreava pela Seleção, substituindo Toninho Cerezo. E se viram dois méritos brasileiros. Em primeiro lugar, Zico e Sócrates começaram a trocar mais de posição no ataque, complicando ainda mais o Ajax. Em segundo lugar, Toninho, lateral bastante ofensivo (já jogara assim na Copa de 1978), teve o prêmio de seu gol, aos 54', após passe em profundidade de Joãozinho. E aí, foi a vez de Zico ser o destaque, superando um boicote que andava popular por aqueles tempos. Mesmo que já tivesse destaque desde o seu primeiro jogo pela Seleção Brasileira (em 25 de fevereiro de 1976, fez os dois gols da vitória por 2 a 1 sobre o Uruguai, em Montevidéu, na Taça do Atlântico, triangular amistoso que tinha ainda a Argentina), o "Galinho de Quintino" ainda era visto fora do Rio de Janeiro como alguém que tinha fama demais e bola de menos. Fora dos domínios fluminenses, era chamado pejorativamente de "craque de Maracanã".

Mesmo já a passos firmes no caminho de se tornar o maior jogador da história do Flamengo, mesmo já nome fundamental na Seleção, muitos paulistas duvidavam de Zico. Em matéria no programa Esporte Espetacular, da TV Globo, em 2021, o ex-jogador comentou que apenas dois jornalistas de rádio lhe enalteciam em São Paulo: Fausto Silva, então repórter esportivo da Rádio Globo paulista, e Wanderley Nogueira, já ativo então na Rádio Jovem Pan em que ainda está. Nos treinos antes do amistoso, já no Morumbi, ele chegou a ser vaiado ao perder um pênalti. E o boicote teve um capítulo negativo no segundo tempo. Zico fez o quarto gol (aos 70', tocando na saída do goleiro após Renato ajeitar lançamento) e o quinto (aos 75', após jogada individual de Joãozinho). Obviamente, o placar estava em 5 a 0 para o Brasil. Entretanto, por pura birra, o placar do Morumbi ficou fixo em 3 a 0, como se omitisse os gols de Zico, como se não servissem de nada. Na reportagem citada, Zico diz que só notou o boicote quando Zenon veio festejar um dos gols com ele e lhe falou que não ligasse, que ignorasse a deselegância.

Naquela época, Zico sofria com o boicote de parte - até grande - de quem acompanhava futebol em São Paulo. Começou a vencer isso com dois gols contra o Ajax, mesmo sem o registro no placar do Morumbi (Gazeta Press)

Houve outros bons momentos do Brasil, como aos 67', num chute de Nílton Batata que Jager rebateu. O Ajax só chegou duas vezes, num chute de Tahamata aos 55' (Carlos pegou) e num arremate de Soren Lerby para fora após escanteio, aos 85'. O time de Amsterdã foi completo coadjuvante, numa ótima atuação do Brasil (o De Telegraaf estampou na manchete de 23 de junho: "Um Ajax sem chances contra o Brasil"). Aquela goleada indicou um caminho. Que passaria por solavancos: a Seleção seria eliminada nas semifinais da Copa América de 1979, Cláudio Coutinho seria trocado por Telê Santana com o advento da CBF (entidade originada naquele ano)... Mas, afinal, a boa impressão seria confirmada com alguns bons momentos na Copa de 1982.

Em grande parte, com a dupla Sócrates-Zico. Que começou a brilhar contra o Ajax.


Brasil 5x0 Ajax

Data: 21 de junho de 1979
Local: Estádio Cícero Pompeu de Toledo/Morumbi (São Paulo)
Árbitro: José Roberto Wright
Gols: Sócrates, aos 9' e aos 44', Toninho, aos 54', e Zico, aos 70' e aos 75'

BRASIL
Leão (Carlos, aos 46'); Toninho, Oscar, Edinho e Júnior; Falcão, Toninho Cerezo (Zenon, aos 46') e Zico; Nílton Batata, Sócrates (Renato, aos 62') e Joãozinho. Técnico: Cláudio Coutinho

AJAX
Peter Jager; Wim Meutstege, Piet Wijnberg, Ruud Krol e Peter Boeve; Søren Lerby, Dick Schoenaker e Frank Arnesen; Tscheu La Ling (Ton Blanker, aos 68'), Karel Bonsink (Ruud Kaiser, aos 72') e Simon Tahamata. Técnico: Cor Brom

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024

Fichário: os jogos e os vídeos da 21ª rodada da Eredivisie 2023/24

RKC Waalwijk 2x0 NEC (sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024)

Local: Mandemakers Stadion (Waalwijk)
Árbitro: Jeroen Manschot
Gols: David Min, aos 7' e aos 22'
Jogo resumido: E não é que o RKC Waalwijk realizou um sonho de Carnaval? Usando sua tradicional camisa carnavalesca anual, o time da casa surpreendeu com a vitória, que alivia momentaneamente a ameaça das últimas posições

RKC WAALWIJK
Etiënne Vaessen; Julian Lelieveld, Dario van den Buijs, Shawn Adewoye e Aaron Meijers; Kévin Felida (Patrick Vroegh, aos 89'), Reuven Niemeijer (Juriën Gaari, aos 65') e Yassin Oukili; Denilho Cleonise (Richonell Margaret, aos 76'), David Min (Ilias Takidine, aos 76') e Chris Lokesa. Técnico: Henk Fräser

NEC
Jasper Cillessen; Bart van Rooij, Bram Nuytinck, Philippe Sandler e Calvin Verdonk; Dirk Proper (Youri Baas, aos 83') e Mees Hoedemakers (Rober González, aos 46'); Sontje Hansen (Sylla Sow, aos 46'), Tjaronn Chery e Kodai Sano (Yvandro Borges Sanches, aos 79'); Koki Ogawa. Técnico: Rogier Meijer

Excelsior 0x3 Twente (sábado, 10 de fevereiro de 2024)

Local: Van Donge & De Roo Stadion/Woudestein (Roterdã)
Árbitro: Rob Dieperink
Gols: Daan Rots, aos 2', e Ricky van Wolfswinkel, aos 5' e aos 13'
Jogo resumido: Só nos 13 primeiros minutos de jogo, o Twente já resolveu a partida, conseguindo sua primeira vitória fora de casa contra o Excelsior desde 2012 e se mantendo bem na disputa pelo segundo lugar

EXCELSIOR
Stijn van Gassel; Siebe Horemans, Casper Widell, Kik Pierie (Serano Seymor, aos 72') e Arthur Zagré; Rédouan El Yaakoubi (Lance Duijvestijn, aos 46'), Cissé Sandra (Noah Naujoks, aos 71') e Kenzo Goudmijn; Oscar Uddenäs (Derensili Sanches Fernandes, aos 46'), Troy Parrott e Couhaib Driouech. Técnico: Marinus Dijkhuizen

TWENTE
Lars Unnerstall; Joshua Brenet, Mees Hilgers, Robin Pröpper e Gijs Smal; Carel Eiting (Mathias Kjolo, aos 67'), Michel Vlap (Naci Ünüvar, aos 67') e Michal Sadílek; Daan Rots (Alfons Sampsted, aos 80'), Ricky van Wolfswinkel (Myron Boadu, aos 75') e Sem Steijn (Youri Regeer, aos 80'). Técnico: Joseph Oosting


Almere City 0x0 AZ (sábado, 10 de fevereiro de 2024)

Local: Yanmar Stadion (Almere)
Árbitro: Alex Bos
Jogo resumido: O AZ tentou um pouco mais o gol, o Almere City se segurou um pouco mais, só que nenhuma das equipes chegou a agitar muito a partida. No todo, o empate ficou um pouco melhor para o Almere City. O AZ já não vence há cinco rodadas na Eredivisie

ALMERE CITY
Nordin Bakker; Jochem Ritmeester van de Kamp, Joey Jacobs (Hamdi Akujobi, aos 89'), Damian van Bruggen, Théo Barbet (Loïc Mbe Soh, aos 83') e Sherel Floranus; Peer Koopmeiners, Álvaro Peña (Rajiv van la Parra, aos 63') e Stije Resink; Thomas Robinet e Yoann Cathline. Técnico: Alex Pastoor

AZ
Mathew Ryan; Yukinari Sugawara, Riechedly Bazoer, Wouter Goes e David Möller Wolfe; Jordy Clasie e Sven Mijnans; Jayden Addai (Ernest Poku, aos 66'), Kristijan Belic (Lequincio Zeefuik, aos 74') e Ruben van Bommel (Myron van Brederode, aos 66'); Vangelis Pavlidis. Técnico: Maarten Martens


Heracles Almelo 3x2 Vitesse (sábado, 10 de fevereiro de 2024)

Local: Erve Asito/Polman (Almelo)
Árbitro: Bas Nijhuis
Gols: Kacper Kozlowski, aos 24', Melle Meulensteen, aos 27', Jordy Bruijn, aos 30', Jizz Hornkamp, aos 57', e Justin Hoogma, aos 71'
Jogo resumido: O Vitesse começou com tudo, sonhando com uma vitória que amenizasse as aflições da ameaça de rebaixamento. Mas a expulsão de Isimat-Mirin, ainda no primeiro tempo, colocou tudo a perder. E o Heracles virou no segundo tempo

HERACLES ALMELO
Michael Brouwer; Jannes Wieckhoff, Navajo Bakboord (Bryan Limbombe, aos 45'), Justin Hoogma, Sven Sonnenberg (Stijn Bultman, aos 20') e Fredrik Oppegard; Brian de Keersmaecker, Ajdin Hrustic (Marko Vejinovic, aos 81') e Jordy Bruijn (Mario Engels, aos 69'); Emil Hansson e Jizz Hornkamp (Anas Ouahim, aos 81'). Técnico: Erwin van de Looi

VITESSE
Eloy Room; Carlens Arcus (Giovanni van Zwam, aos 66'), Nicolas Isimat-Mirin, Ramon Hendriks e Mica Pinto (Enzo Cornelisse, aos 32'); Paxten Aaronson e Melle Meulensteen; Anis Hadj-Moussa (Dominik Oroz, aos 45'), Kacper Kozlowski (Toni Domgjoni, aos 80') e Amine Boutrah; Mexx Meerdink (Marco van Ginkel, aos 80'). Técnico: Edward Sturing


Go Ahead Eagles 1x1 Zwolle (domingo, 11 de fevereiro de 2024)

Local: De Adelaarshorst (Deventer)
Árbitro: Dennis Higler
Gols: Lennart Thy, aos 77', e Mats Deijl, aos 90' + 9
Jogo resumido: Num "dérbi do Ijssel" que foi mais truncado, o Zwolle fazia um pouco mais por merecer a vantagem que tinha. Porém, no último lance do jogo, o zagueiro Sam Kersten cometeu pênalti, e as Águias conseguiram o empate tardio

GO AHEAD EAGLES
Jeffrey de Lange; Mats Deijl, Jamal Amofa (Finn Stokkers, aos 83'), Joris Kramer e Bas Kuipers; Evert Linthorst e Xander Blomme (Enric Llansana, aos 71'); Bobby Adekanye, Jakob Breum (Thibo Baeten, aos 71') e Oliver Edvardsen (Soren Tengstedt, aos 54'); Victor Edvardsen. Técnico: René Hake
 
ZWOLLE
Jasper Schendelaar; Bram van Polen, Sam Kersten, Thomas Lam e Anselmo García MacNulty; Nick Fichtinger e Davy van den Berg; Eliano Reijnders (Kaj de Rooij, aos 64'), Younes Namli e Odysseus Velanas (Anouar El Azzouzi, aos 86'); Lennart Thy. Técnico: Johnny Jansen


Heerenveen 3x2 Ajax (domingo, 11 de fevereiro de 2024)

Local: Abe Lenstra (Heerenveen)
Árbitro: Danny Makkelie
Gols: Pelle van Amersfoort, aos 11' e aos 46', Osame Sahraoui, aos 38', Pawel Bochniewicz (contra), aos 51', e Chuba Akpom, aos 79'
Jogo resumido: Aproveitando os contra-ataques com máxima eficiência, o Heerenveen surpreendeu e pôs fim à sequência invicta do Ajax no campeonato. Só que os Ajacieden tentaram a reação - e  reclamarão do último lance do jogo, em que o VAR julgou que a bola não passou a linha do gol...

HEERENVEEN
Mickey van der Hart; Oliver Braude (Ali Haidar, aos 85'), Sven van Beek, Pawel Bochniewicz e Mats Köhlert; Thom Haye e Simon Olsson; Patrik Walemark (Ché Nunnely, aos 55'), Luuk Brouwers e Osame Sahraoui (Nathan Tjoe-A-On, aos 89'); Pelle van Amersfoort (Syb van Ottele, aos 85'). Técnico: Kees van Wonderen

AJAX
Diant Ramaj; Tristan Gooijer, Josip Sutalo, Jorrel Hato e Borna Sosa; Jordan Henderson e Kenneth Taylor; Steven Berghuis, Kristian Hlynsson e Carlos Forbs Borges (Chuba Akpom, aos 46'); Brian Brobbey. Técnico: John van't Schip


Utrecht 4x0 Fortuna Sittard (domingo, 11 de fevereiro de 2024)

Local: De Galgenwaard (Utrecht)
Árbitro: Serdar Gözübüyük
Gols: Taylor Booth, aos 21' e aos 75', Othmane Boussaïd, aos 70', e Sam Lammers, aos 78'
Jogo resumido: Dominando o jogo desde o começo, o Utrecht manteve sua sequência invicta na Eredivisie, há quatro meses. Mas agora, começa a ter mais vitórias que empates. Começa a se afastar de vez das últimas posições. E começa a pensar, de novo, em repescagem por vaga na Conference League

UTRECHT
Mattijs Branderhorst; Hidde ter Avest, Mike van der Hoorn, Nick Viergever e Souffian El Karouani (Niklas Vesterlund, aos 82'); Ryan Flamingo (Can Bozdogan, aos 85') e Zidane Iqbal (Oscar Fraulo, aos 66'); Taylor Booth, Jens Toornstra (Victor Jensen, aos 66') e Othmane Boussaïd (Jeppe Okkels, aos 82'); Sam Lammers. Técnico: Ron Jans

FORTUNA SITTARD
Michael Verrips; Ivo Pinto, Rodrigo Guth, Dimitrios Siovas e Siemen Voet; Arijanet Ferati, Alen Halilovic (Iman Griffith, aos 73') e Deroy Duarte; Kristoffer Peterson, Kaj Sierhuis (Ragnar Oratmangoen, aos 85') e Justin Lonwijk (Iñigo Córdoba, aos 73'). Técnico: Danny Buijs


Volendam 1x5 PSV (domingo, 11 de fevereiro de 2024)

Local: KRAS Stadion (Volendam)
Árbitro: Martin van den Kerkhof
Gols: Darius Johnson, aos 2', Ismael Saibari, aos 13', Jerdy Schouten, aos 52', Jordan Teze, aos 74', Ricardo Pepi, aos 79', e Isaac Babadi, aos 85'
Jogo resumido: A vantagem precoce do Volendam foi alarme falso. Se deixou a desejar no primeiro tempo, mesmo com o empate, o PSV rumou sem muitos problemas para a goleada e a imposição na etapa final

VOLENDAM
Mio Backhaus; Oskar Buur, Benaissa Benamar, Damon Mirani (Garang Kuol, aos 78'), Josh Flint e George Cox (Achraf Douiri, aos 78'); Milan de Haan, Robin Maulun (Vivaldo Semedo, aos 46') e Darius Johnson (Barry van Driel, aos 46'); Bilal Ould-Chikh e Zach Booth. Técnico: Regilio Simons

PSV
Walter Benítez; Jordan Teze, André Ramalho, Olivier Boscagli (Armando Obispo, aos 86') e Sergiño Dest (Patrick van Aanholt, aos 77'); Jerdy Schouten e Joey Veerman (Isaac Babadi, aos 46'); Johan Bakayoko, Ismael Saibari (Malik Tillman, aos 77') e Hirving Lozano; Luuk de Jong (Ricardo Pepi, aos 77'). Técnico: Peter Bosz


Feyenoord 2x0 Sparta Rotterdam (domingo, 11 de fevereiro de 2024)

Local: De Kuip (Roterdã)
Árbitro: Pol van Boekel
Gols: Dávid Hancko, aos 57', e Lutsharel Geertruida, aos 63'
Jogo resumido: O Feyenoord insistiu por muito tempo, sem conseguir superar a defesa fechada do Sparta Rotterdam. Num pênalti, enfim, veio a abertura do caminho para a vitória

FEYENOORD
Timon Wellenreuther; Lutsharel Geertruida (Ondrej Lingr, aos 82'), Thomas Beelen (Bart Nieuwkoop, aos 70'), Dávid Hancko e Quilindschy Hartman; Mats Wieffer, Ramiz Zerrouki e Calvin Stengs (Luka Ivanusec, aos 62'); Yankuba Minteh (Alireza Jahanbakhsh, aos 70'), Ayase Ueda e Igor Paixão (Antoni Milambo, aos 62'). Técnico: Arne Slot

SPARTA ROTTERDAM
Nick Olij; Saïd Bakari, Rick Meissen, Mike Eerdhuijzen e Django Warmerdam; Pelle Clement, Arno Verschueren e Joshua Kitolano (Hamza El Dahri, aos 82'); Shunsuke Mito (Metinho, aos 72'), Charles-Andreas Brym e Koki Saito (Djevencio van der Kust, aos 72'). Técnico: Jeroen Rijsdijk