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sexta-feira, 30 de junho de 2023

A Holanda na Copa feminina - as 23 convocadas: Roord

  
Por muito tempo, Jill Roord sonhou em deixar de ser a "camisa 12" para virar titular absoluta da Holanda. Sonho realizado: ela vai à Copa como um dos destaques laranjas (KNVB Media)

Ficha técnica
Nome: Jill Jamie Roord
Posição: Meio-campista/atacante
Data e local de nascimento: 22 de abril de 1997, em Oldenzaal (Holanda)
Clubes na carreira: Twente (2012 a 2017), Bayern de Munique-ALE (2017 a 2019), Arsenal-ING (2019 a 2021) e Wolfsburg-ALE (2021 a 2023 - já anunciou a transferência para o Manchester City-ING)
Desempenho na seleção: 85 jogos e 20 gols, desde 2015
Torneios pela seleção: Copa de 2015 (não jogou), Euro 2017 (3 jogos, nenhum gol), Copa de 2019 (7 jogos, 1 gol), torneio olímpico de 2020+1 (4 jogos, 1 gol) e Euro 2022 (4 jogos, um gol)

(Versão revista e ampliada do texto de apresentação para o guia deste blog na Copa de 2019)

Pouco antes da Copa de 2019, Jill Roord era a "reserva titular" da seleção feminina da Holanda (Países Baixos). Começava no banco, mas sempre entrava em campo - algo expresso até no fato de usar frequentemente a camisa 12 naquele tempo. Ao site Sportnieuws, ela reconhecia: "Eu fui a camisa 12 na Euro [2017], mas é um número feio. Às vezes eu me sinto a 'número 12'. Agora quero um outro número. Ainda sou jovem, jogo bem e me orgulho disso. Mas também quero ser titular, oras. Talvez fosse melhor jogar com a camisa 23, sem expectativas, do que jogar com a camisa 12. Quero ter mais tempo de jogo". Quatro anos depois, o sonho dela está realizado. Roord é titular absoluta das Leoas Laranjas. Vai à terceira Copa do Mundo da carreira como nome importante na ligação entre meio-campo e ataque da seleção holandesa. Talvez o mais importante.

A jogadora já teve em casa uma fonte de interesse pelo futebol: seu pai, René Roord, atuou pelo Twente nos anos 1980. Até prometia ter carreira sólida (chegou a jogar um Mundial Sub-20 masculino pela Holanda, em 1983), mas sérias lesões fizeram René encerrar a passagem pelo campo já em 1987, indo ser técnico em categorias de base do amador Quick '20. Mas ficaram as relações firmes com o Twente  - tão firmes que, atualmente, René Roord é o diretor de futebol feminino do clube. E tais relações ajudaram a filha a impulsionar a carreira dela. Porque foi exatamente no clube de Enschede que ela ganhou as primeiras chances no futebol, na equipe sub-12. Enquanto Roord subia nas categorias de base dos Tukkers, o Twente também embalava no futebol feminino holandês, sendo um dos melhores clubes do campeonato nacional. A partir de 2010, vieram as aparições nas categorias de base da seleção feminina: Jill começou no sub-15 da Holanda, e foi pelo sub-16, sub-17, sub-19...

Até que chegou o ano de 2012 - mais precisamente, chegou a temporada 2012/13. O Twente participaria da BeNeLeague conjunta com a Bélgica, e Roord enfim foi promovida à equipe principal. Foram poucos jogos para a meio-campista ofensiva, mas ela já conseguiu mostrar que era "elemento-surpresa" no ataque e deu sua ajuda no título do Twente: em cinco jogos na campanha, dois gols. Em 2013/14, veio o bicampeonato da BeNeLeague para os Tukkers, e aí a jovem Jill já apareceu mais: 27 jogos, 13 gols. Melhor ainda: em 2014, foi destaque no título da Holanda na Euro Sub-19 feminina, sendo a principal meio-campista de um time que contava com futuras colegas de seleção principal, como Vivianne Miedema e Dominique Janssen.

O time feminino do Twente foi muito bem no começo da década. E Roord aproveitou a boa fase para impulsionar a carreira (sportintwente.nl)

Titular absoluta no Twente, Roord já mostrara confiabilidade na seleção. Até por isso, recebeu sua primeira chance na equipe holandesa adulta, na reta final de preparação para a Copa de 2015, jogando na vitória por 7 a 0 sobre a Tailândia, num amistoso em fevereiro. E a novata agradou o técnico Roger Reijners a ponto de merecer convocação para o Mundial do Canadá. Inclusive, marcou seu primeiro gol pela seleção justamente no amistoso de despedida para o torneio (7 a 0 na Estônia, em 20 de maio de 2015). Roord ficou sem nenhum minuto jogado, mas a experiência na Copa já a consolidou como opção digna de nota no meio-campo holandês.

E o desempenho pelo Twente só ampliava mais a impressão de que ela ainda seria útil à seleção da Holanda. Em 2015/16, seu melhor momento pelos Tukkers: campeã da Eredivisie feminina (agora, já disputada isoladamente) e goleadora da competição, com 20 gols em 24 jogos. Mesmo com as mudanças de comando na seleção, Roord continuou convocada com frequência. Esteve no título da Euro em 2017, e saiu do banco para jogar em três das seis partidas da campanha vitoriosa - contra Bélgica e Noruega, na fase de grupos, e contra a Inglaterra, na semifinal.

A boa impressão que os desempenhos de Roord davam no Twente renderam recompensa logo que a Euro terminou: no meio do alarido pelo título da Holanda, o Bayern de Munique a contratou. Jogando na Alemanha, Roord manteve o ritmo de jogo na primeira temporada, com 24 jogos e 9 gols pelos Vermelhos. Mas em 2018/19, caiu um pouco de produção, embora isso tenha aumentado sua média de gols: foram 19 jogos, marcando sete gols pela Frauen-Bundesliga. Sem contar as participações em Liga dos Campeões feminina, aumentando a experiência: foram 6 jogos e 4 gols, num Bayern que chegou às semifinais. Já valeu para conseguir um salto na carreira: antes mesmo que 2018/19 acabasse, o Arsenal anunciava a chegada de Roord - seria mais uma holandesa nas Gunners.

Na seleção em si, havia pouco a questionar: Roord seguiu como nome certo nas convocações de Sarina Wiegman. Em geral, aproveitava bem as chances que recebia, substituindo as titulares habituais do meio-campo. Ainda iria à Copa do Mundo de 2019 como reserva, mas começaria a mudar isso exatamente na França. Em primeiro lugar, porque já não era mais a "camisa 12", embora seguisse inscrita com um número típico de jogadoras reservas (vestiu a camisa 19 na Copa). Em segundo lugar, porque entrou em todas as partidas da campanha do vice-campeonato das Leoas Laranjas, fosse pouco (três minutos no 2 a 1 no Japão, nas oitavas de final, e nos 2 a 0 na Itália, nas quartas) ou muito (entrou a partir da segunda parte do tempo normal contra a Suécia, na semifinal). Em terceiro lugar, porque foi dela um momento salvador da Holanda. E justamente na estreia: Roord veio da reserva para fazer 1 a 0 na Nova Zelândia, aos 90' + 1, evitando um empate que seria até decepcionante, tantas eram as expectativas.

Roord não se tornou titular da Holanda na Copa feminina de 2019, mas começou a indicar que se tornaria, com um gol importante e participações em todas as partidas (Alex Grimm/Getty Images)


Roord também pavimentou seu caminho para a titularidade na seleção a partir da boa temporada de estreia que fez pelo Arsenal. Tendo ao lado várias compatriotas - Sari van Veenendaal, Dominique Janssen, Daniëlle van de Donk, Vivianne Miedema (esta, aliás, virou uma amiga fora do campo) -, a meio-campista fez 27 jogos, e marcou cinco gols pelas Gunners, na temporada 2019/20. Teve mais destaque num amistoso, é verdade: num 6 a 0 contra o Tottenham, marcou três gols. Só teve o caminho atrapalhado por causa da eclosão da pandemia de COVID-19. Mas antes que ela acontecesse, no Torneio da França, Roord já tivera três chances como titular da Holanda: ainda em 2019, jogou todos os minutos contra Estônia, Turquia e Rússia, pelas eliminatórias da Euro. Pouco depois, em março de 2020, quase simultaneamente à eclosão da pandemia, uma oportunidade no 3 a 3 contra a França.

No Arsenal, Roord teve um bom começo, e um fim mediano (David Price/Arsenal FC/Getty Images)

Bastou a temporada 2020/21 poder começar para Roord despontar de vez. Menos no Arsenal: terceiro colocado no Campeonato Inglês, fez seis gols nas duas primeiras rodadas (três em cada jogo), mas só faria mais um - sete gols em 19 jogos da Super League inglesa. Mais pela seleção, logo na primeira partida após a retomada, a meio-campista (agora usando a camisa 6) foi destaque, marcando o gol do 1 a 0 sobre a Rússia, nas eliminatórias da Euro, ainda em 2020. No ano seguinte, seria convocada para o torneio olímpico. E ali, sim, se tornaria titular absoluta - ainda que pelo motivo lamentável do corte de Sherida Spitse. Para Roord, valeu pelo gol, e passes para outros dois, nos 10 a 3 sobre Zâmbia, na estreia. E por começar o seu primeiro torneio grande em que iniciava os 90 minutos jogando, ainda que sendo substituída no intervalo contra a China, na fase de grupos, e na prorrogação, na eliminação para os Estados Unidos, nas quartas de final olímpicas. A mudança na seleção levou, indiretamente, a uma mudança de clubes: Roord partiria para o Wolfsburg antes que a temporada 2021/22 começasse.

No clube alemão, se não virou protagonista, Roord teve mais. Mais títulos: já teve a dupla coroa na Alemanha, com o Wolfsburg levando campeonato e copa nacionais. Mais gols: foram 10 dela pelo Wolfsburg na Frauen-Bundesliga, e mais sete pela DFB-Pokal Frauen - sem contar mais seis na Liga dos Campeões feminina, em que o Wolfsburg foi semifinalista. Mais um torneio como titular da seleção: Roord obviamente esteve entre as convocadas para a Euro feminina, e migrava para o ataque na escalação de Mark Parsons, indo para a ponta-direita. Começou bem, fazendo o gol de empate de uma estreia complicada (1 a 1) contra a Suécia. 

Na Euro feminina de 2022, as atuações de Roord em campo foram eclipsadas pelas palavras fora dele sobre Mark Parsons (Harriet Lander/Getty Images)

Porém, uma entrevista dada ao diário De Volkskrant, no decorrer do torneio, tornou sua situação mais polêmica. Roord opinou sobre o trabalho de Mark Parsons com palavras educadas, mas ligeiramente aborrecidas: "Quando ele começa a falar coisas mais profundas, 50% das jogadoras sai [da preleção]. Eu também. Até acho interessante, mas também fico pensando: o que ele está falando?". Mesmo que Roord tenha dito que só fosse "sarcasmo", pegou tão mal, numa Euro já turbulenta da Holanda, que muitos até defenderam seu corte imediato. O fato dela ter começado as quartas de final da Euro, contra a França, no banco de reservas, só aumentou a impressão pública de que Roord havia falado publicamente o que não devia.

No Wolfsburg, Roord teve o destaque tão buscado em clubes (Gaspafotos/MB Media/Getty Images)

Veio a eliminação, a demissão de Mark Parsons (Roord opinou ao diário Algemeen Dagblad: "O que eu aprendi com Parsons? Bem... acho uma pergunta difícil"), mas a meia/atacante continuou nas convocações de Andries Jonker - só ficou fora ao pedir para ser poupada, como nos amistosos de fevereiro, contra a Áustria. Com a lesão que tirará a amiga Miedema da Copa, teve a titularidade assegurada - agora, voltando ao meio-campo. Continuou importante no Wolfsburg, mesmo sem a produção da temporada passada: titular, com mais um troféu (a Copa da Alemanha), e chegando à final da Liga dos Campeões - com direito a gol na semifinal contra o Arsenal. 

Porém, pouco antes da decisão, Roord voltou a falar algo que lhe deixou em polêmica: em declaração à TV3, emissora de televisão da Catalunha, ela se disse admiradora do Barcelona, justamente o adversário do Wolfsburg. Jogou normalmente a final, mas não se pode dizer que surpreendeu o que aconteceu semanas depois, já durante a preparação para a Copa do Mundo de mulheres: a atacante foi confirmada como o novo reforço do Manchester City, voltando ao futebol inglês. 

Mas a estreia no City fica para depois. Agora, Jill Roord tem em 2023 a importância para a seleção que sonhava em 2019. Está em mais um Mundial. E não é com a camisa 12.

(Rico Brouwer/Soccrates/Getty Images)

sábado, 25 de maio de 2019

As 23 Leoas: Roord

Entre 12 de maio e 4 de junho, o Espreme a Laranja traz um texto descrevendo a carreira de todas as 23 convocadas para a seleção da Holanda que disputará a Copa do Mundo feminina. 


Mesmo jovem, Jill Roord já vem sendo convocada há algum tempo para a seleção feminina holandesa. Só não é possível ser titular no meio-campo. Ainda (onsoranje.nl)
Se nada de errado ocorrer, já é previsível a escalação do meio-campo da seleção feminina da Holanda na Copa do Mundo: Sherida Spitse controlando a marcação e iniciando a saída de bola, enquanto a criação ofensiva fica a cargo de Daniëlle van de Donk e Jackie Groenen. Entretanto, há uma reserva imediata a esse trio. Uma meio-campista que já se acostumou ao banco de reservas, e exatamente por isso, só deseja uma chance para entrar no time das Leoas e não sair mais: Jill Roord.

A jogadora já teve em casa uma fonte de interesse pelo futebol: seu pai, René Roord, atuou pelo Twente nos anos 1980. Até prometia ter carreira sólida (chegou a jogar um Mundial Sub-20 masculino pela Holanda, em 1983), mas sérias lesões fizeram René encerrar a passagem pelo campo já em 1987, indo ser técnico em categorias de base do amador Quick '20. Mas ficaram as relações firmes com o Twente.

Tais relações ajudaram a filha a impulsionar a carreira dela. Porque foi exatamente no clube de Enschede que ela ganhou as primeiras chances no futebol, na equipe sub-12. Enquanto Roord subia nas categorias de base dos Tukkers, o Twente também embalava no futebol feminino holandês, sendo um dos melhores clubes do campeonato nacional. A partir de 2010, vieram as aparições nas categorias de base da seleção feminina: Jill começou no sub-15 da Holanda, e foi pelo sub-16, sub-17, sub-19...

Até que chegou o ano de 2012 - mais precisamente, chegou a temporada 2012/13. O Twente participaria da BeNeLeague conjunta com a Bélgica, e Roord enfim foi promovida à equipe principal. Foram poucos jogos para a meio-campista ofensiva, mas ela já conseguiu mostrar que era "elemento-surpresa" no ataque e deu sua ajuda no título do Twente: em cinco jogos na campanha, dois gols. Em 2013/14, veio o bicampeonato da BeNeLeague para os Tukkers, e aí a jovem Jill já apareceu mais: 27 jogos, 13 gols. Melhor ainda: em 2014, foi destaque no título da Holanda na Euro Sub-19 feminina, sendo a principal meio-campista de um time que contava com algumas colegas atuais no time da Copa, como Vivianne Miedema e Dominique Bloodworth (então, Janssen).

O time feminino do Twente foi muito bem no começo da década. E Roord aproveitou a boa fase para impulsionar a carreira (sportintwente.nl)
Titular absoluta no Twente, Roord já mostrara confiabilidade na seleção. Até por isso, recebeu sua primeira chance na equipe holandesa adulta, na reta final de preparação para a Copa de 2015, jogando na vitória por 7 a 0 sobre a Tailândia, num amistoso em fevereiro. E a novata agradou o técnico Roger Reijners a ponto de merecer convocação para o Mundial do Canadá. Inclusive, marcou seu primeiro gol pela seleção justamente no amistoso de despedida para o torneio (7 a 0 na Estônia, em 20 de maio de 2015). Roord ficou sem nenhum minuto jogado, mas a experiência na Copa já a consolidou como opção digna de nota no meio-campo holandês.

E o desempenho pelo Twente só ampliava mais a impressão de que ela ainda seria útil à seleção da Holanda. Em 2015/16, seu melhor momento pelos Tukkers: campeã da Eredivisie feminina (agora, já disputada isoladamente) e goleadora da competição, com 20 gols em 24 jogos. Mesmo com as mudanças de comando na seleção, Roord continuou convocada com frequência. Esteve no título da Euro em 2017, e saiu do banco para jogar em três das seis partidas da campanha vitoriosa - contra Bélgica e Noruega, na fase de grupos, e contra a Inglaterra, na semifinal.

A boa impressão que os desempenhos de Roord davam no Twente renderam recompensa logo que a Euro terminou: no meio do alarido pelo título da Holanda, o Bayern de Munique a contratou. Jogando na Alemanha, Roord manteve o ritmo de jogo na primeira temporada, com 24 jogos e 9 gols pelos Vermelhos. Mas em 2018/19, caiu um pouco de produção, embora isso tenha aumentado sua média de gols: foram apenas 11 jogos, mas marcando sete gols pelo Bayern. Sem contar as participações em Liga dos Campeões Feminina, aumentando a experiência.

Após o tempo de Bayern, Roord terá chance no Arsenal. E pode se valer de bom desempenho no clube para alcançar a titularidade na seleção (Arsenal.com)
Na Holanda, havia pouco a questionar: Roord seguiu como nome certo nas convocações de Sarina Wiegman. Em geral, aproveitava bem as chances que recebia, substituindo as titulares habituais do meio-campo. Por isso, não só foi convocada para a Copa, mas já terminou a temporada 2018/19 de transferência anunciada para o Arsenal. E ela chega ao segundo Mundial da carreira já apregoando: quer jogar mais na seleção. Em entrevista ao site Sportnieuws, ela reconheceu: "Eu fui a camisa 12 na Euro [2017], mas é um número feio. Às vezes eu me sinto a "número 12". Agora quero um outro número. Ainda sou jovem, jogo bem e me orgulho disso. Mas também quero ser titular, oras. Talvez fosse melhor jogar com a camisa 23, sem expectativas, do que jogar com a camisa 12. Quero ter mais tempo de jogo".

Será difícil concretizar isso nesta Copa do Mundo. Mas se Jill Roord for bem nas vezes em que entrar em campo, como tem sido na seleção holandesa, aumentam suas chances de chegar à titularidade tão sonhada no pós-Copa.

Ficha técnica
Nome: Jill Jamie Roord
Posição: Meio-campista
Data e local de nascimento: 22 de abril de 1997, em Oldenzaal (Holanda)
Clubes na carreira: Twente (2012 a 2017), Bayern de Munique-ALE (2017 a 2019) e Arsenal-ING (desde 2019 - contrato já assinado, estreará depois da Copa do Mundo feminina)
Desempenho na seleção: 40 jogos e 3 gols, desde 2015