Um jogo, um parágrafo, um vídeo: como foi a 19ª rodada da Eredivisie

Zwolle 2x2 Heracles Almelo (terça-feira, 26 de janeiro)

Logo no primeiro ataque diante do time da casa, o Heracles conseguiu 1 a 0: bastaram 39 segundos de jogo para Lucas Schoofs completar um cruzamento às redes. Valeu demais para os visitantes de Almelo. Primeiro, porque o time pôde se concentrar na defesa - só permitiu ao Zwolle uma chance, num chute de Eliano Reijnders, aos 27'. Depois, porque os Almelöers seguiram trazendo perigo nos contra-ataque. E um erro do goleiro Michael Zetterer permitiu a Delano Burgzorg fazer 2 a 0, nos acréscimos. Como na rodada passada, o Zwolle precisava reagir. Começou a fazer isso logo que o segundo tempo começou, com reforços recém-chegados: aos 49', Virgil Misidjan passou, e Thomas Buitink diminuiu para 2 a 1. O Heracles ainda assustou num cabeceio de Robin Pröpper, aos 52'. Mas tentativas de Immanuel Pherai e Sam Kersten pressionavam. Reza Ghoochannejhad veio do banco. E de cabeça, aos 73', o iraniano fez o gol de um empate que, pelo menos, manteve as equipes estáveis.

Emmen 0x2 PSV (terça-feira, 26 de janeiro)

Os visitantes de Eindhoven estavam sem vários lesionados (Mario Götze, Cody Gakpo, Noni Madueke) nem o técnico Roger Schmidt, suspenso. Coube ao auxiliar Lars Kornetka comandar um time que rondou o gol desde o começo - num chute de Eran Zahavi aos 10', em outro chute de Donyell Malen na sequência, num arremate de Olivier Boscagli aos 26', num cabeceio de Zahavi aos 28'. Mas não só os Boeren fracassaram nas tentativas, como levaram susto nos acréscimos, com o chute de Jari Vlak na trave. No segundo tempo, o PSV seguiu tentando. Zahavi aos 56', Adrian Fein aos 68', Malen aos 78'... o Emmen só assustou com Nikolai Laursen. Mas o alívio dos visitantes no placar só veio no fim, pelos pés de um reserva. Aos 78', o brasileiro Mauro Júnior cruzou, a bola passou direto por todos, e foi para as redes: 1 a 0. Já aos 88', outro cruzamento de Mauro Júnior foi cabeceado por Zahavi: PSV 2 a 0, com dificuldades inesperadas.

Groningen 3x0 ADO Den Haag (terça-feira, 26 de janeiro)

Qualquer esperança que o ADO Den Haag tivesse para dificultar o jogo se acabou aos 18', com a belíssima cobrança de falta em que Ramon-Pascal Lundqvist abriu o placar. A partir daí, o Groningen levou o jogo como quis. Poderia ter ampliado o placar aos 39', em outra falta de Lundqvist (bola no travessão). Ou aos 41', no chute de Mohamed El Hankouri (na rede pelo lado de fora). Mas o gol veio aos 43', com Jorgen Strand Larsen, de cabeça. No segundo tempo, o ritmo seguiu o mesmo: muitas chances de gol impedidas pelo goleiro Luuk Koopmans - como Alessio da Cruz, aos 56' -, até que as redes fossem mesmo balançadas, com o mesmo Da Cruz, aos 68', contando com "desvio" de Dario del Fabro. O ADO Den Haag? Só chutou a gol uma vez em todo o jogo (Marko Vejinovic, aos 65'). Por aí se tem uma ideia do domínio dos Groningers em campo.

AZ 0x1 Utrecht (quarta-feira, 27 de janeiro)

O AZ ainda trouxe uma ilusão inicial logo aos 3', quando Myron Boadu exigiu defesa atenta do goleiro Eric Oelschlägel. Mas logo o Utrecht começou a ter mais a bola. A rondar mais o ataque dos Alkmaarders. E assustou com um chute de Gyrano Kerk (aos 16' - o goleiro Marco Bizot pegou) e outro de Hidde ter Avest (chutou por cima aos 18'). Só aí o time da casa se aprumou e foi mais à frente, tendo boa chance com Owen Wijndal, aos 35'. Ainda assim, era pouco. Os Utregs voltaram a atacar tão logo o segundo tempo começou - numa falta de Adam Maher espalmada por Bizot, aos 48'. Rondavam a área. E aos 69', Sander van de Streek deu a estocada final - fez 1 a 0 num chute de fora da área, mandando a bola no ângulo. No desespero, o AZ ainda tentou: com Yukinari Sugawara aos 85', num cruzamento que passou por Boadu e Tijjani Reijnders aos 87'... mas o Utrecht conseguiu sua terceira vitória seguida, ensaiando uma reação. E esfriando as perspectivas do AZ no resto da temporada.

VVV-Venlo 4x1 Vitesse (quarta-feira, 27 de janeiro)

Desde que a partida começou em Venlo, o time da casa estabeleceu uma "blitz" notável. O goleiro Remko Pasveer evitou o gol por duas vezes: aos 5', num desvio de Giorgos Giakoumakis, e aos 15', num chute do estreante Christos Donis. Mas aos 16', começou o programa que tanto tem agradado aos Venlonaren na temporada: o show de Giakoumakis, aberto pelo 1 a 0 do grego, de cabeça. Aos 28', roteiro repetido: Vito van Crooij cruzou, Giakoumakis cabeceou, 2 a 0. E aos 43', o atacante do VVV fez o mais bonito: de fora da área, encobriu Pasveer para o 3 a 0. Sim, paralelamente, o Vitesse tentava o ataque - principalmente com Oussama Tannane, que acertou o travessão duas vezes (51' e 70'). Aos 59', até veio o gol de honra do Vites, com Armando Broja, completando cruzamento. Só que, aos 80', para não deixar dúvidas de que o destaque era ele, Giakoumakis fez 4 a 1, de cabeça. Quatro gols num só jogo (pela segunda vez na temporada!), 20 gols nesta Eredivisie... o grego brilha no VVV.

Fortuna Sittard 2x1 RKC Waalwijk (quarta-feira, 27 de janeiro)

No começo, o Fortuna Sittard tentou mais. O chute de Emil Hansson, aos 11', ainda foi fraco. Mas Mats Seuntjens trouxe mais perigo, aos 16', arrematando na trave após passe de Ben Rienstra. Na reta final do primeiro tempo, o RKC Waalwijk decidiu mostrar o que podia. Mas aí, o goleiro Yanick van Osch estava atento, defendendo os chutes de Lennerd Daneels (25') e Paul Quasten (39'). Já no princípio da etapa complementar, os Fortunezen voltaram à frente. E aí, foi para balançar as redes. Aos 54', Seuntjens fez 1 a 0; e aos 63', o goleiro Kostas Lamprou rebateu o chute de Seuntjens, mas Lisandro Semedo estava atento para aproveitar e ampliar. No fim do jogo, os visitantes ainda assustaram: David Min diminuiu de cabeça para 2 a 1, aos 84', quase empatou ainda depois... mas o time de Sittard conseguiu vencer. E cada vez mais, se estabiliza no meio da tabela: já é o 10º colocado.

Heerenveen 3x0 Feyenoord (quarta-feira, 27 de janeiro)

O Feyenoord até começou dando esperanças à torcida, num chute de Nicolai Jorgensen, aos 14'. Esperanças que acabaram rápido: logo o Heerenveen, mais intenso e ofensivo, tomou conta do jogo. Deu susto num chute de Mitchell van Bergen, aos 17'. E sete minutos bastaram para o Fean encaminhar sua primeira vitória, após onze rodadas: aos 23', Joey Veerman tocou na saída do goleiro para fazer 1 a 0, e aos 30', o zagueiro Pawel Bochniewicz desviou para as redes e fez 2 a 0. De quebra, Joey Veerman quase fez o terceiro, aos 42'. No segundo tempo, qualquer tentativa do Feyenoord ser mais ofensivo parou aos 50', quando Van Bergen marcou 3 a 0. Depois, até que o Stadionclub visitante tentou - Luis Sinisterra aos 52', Bryan Linssen aos 72'... mas o anfitrião assustou, com Henk Veerman, aos 63'. E, de mais a mais, a vantagem já estava bem encaminhada, diante de um Feyenoord incapaz de evitar sua terceira derrota seguida, se enfraquecendo na parte de cima da tabela.

Sparta Rotterdam 0x0 Twente (quinta-feira, 28 de janeiro)

O estreante Luciano Narsingh bem que chegou à área para tentar o primeiro gol do Twente, aos 3'. Alarme falso: no resto do primeiro tempo, só chutes de média distância trouxeram algum perigo (e pouco perigo). Do lado do Sparta, Lennart Thy tentou aos 23' (o goleiro Joël Drommel pegou) e Abdou Harroui, aos 32', para fora. Pelo Twente, Queensy Menig arriscou aos 36'. O primeiro tempo desanimado deu lugar a um começo promissor de segundo tempo. Pelo menos, por parte dos Spartanen: quase abriram o placar num bate-rebate aos 47', e Dirk Abels mandou para fora aos 57'. De novo, alarme falso: depois desse pico de emoção, o jogo voltou a ficar morno em Roterdã. No fim, só chutes, de novo: Danilo aos 82', Danzell Gravenberch aos 85'... e nada mais, num empate sem gols e sem graça.

Ajax 3x1 Willem II (quinta-feira, 28 de janeiro)

O Ajax teve mais a bola no começo do jogo. Mas sem espaço para tabelar, vieram os chutes de curta (Antony, aos 8') e de média distância (aos 26', Daley Blind bateu, Sébastien Haller desviou, e a bola acertou o travessão). Mas não só o Ajax era monótono, como o Willem II até se arriscou em dois contra-ataques: tanto aos 31' quanto aos 42', Ché Nunnely finalizou para fora. Ainda assim, o alívio dos Ajacieden pareceu vir aos 51': Davy Klaassen fez 1 a 0, numa "meia-puxeta". Porém, os visitantes de Tilburg voltaram a trazer temor com o belo empate, aos 62': Kwasi Wriedt passou, Nunnely ajeitou, Vangelis Pavlidis finalizou. O Ajax voltou a ser lento - e nos raros avanços, o goleiro Jorn Brondeel agiu (como aos 73', em ótima defesa no cabeceio de Haller). Alguns reservas vieram a campo... e um deles, Brian Brobbey, salvou o dia. Aos 83', no primeiro toque na bola, o jovem fez 2 a 1. E aos 87',  Brobbey passou para Dusan Tadic fazer o terceiro gol de um triunfo inesperadamente árduo do líder.

Um jogo, um parágrafo, um vídeo: a 18ª rodada da Eredivisie

Willem II 1x3 Zwolle (sexta-feira, 22 de janeiro)

Os visitantes começaram assustando num chute de Sai van Wermeskerken, aos 7'. Mas foi o Willem II que chegou ao primeiro gol, aos 10', com Kwasi Wriedt marcando pela segunda rodada seguida, após jogada do estreante Lindon Selahi. Aí, as duas equipes alternaram chances - ora Dean Huiberts quase empatou aos 21', ora Mats Köhlert exigiu ótima defesa de Michael Zetterer aos 24'. Porém, o lance mais crucial do jogo foi uma expulsão, já perto do intervalo. Talvez exagerada - mas ao tentar atingir a bola, mesmo sem intenção, Wriedt acertou a perna de Huiberts e recebeu o vermelho. Com um a menos no Willem II, o iraniano Reza Ghoochannejhad saiu do banco para o ataque, no lugar de Mike van Duinen. E o iraniano foi o nome da virada: empatou o jogo aos 58', virou para 2 a 1 aos 62', e completou a vitória fora de casa dos Zwollenaren aos 71', convertendo pênalti. Visitantes mais estáveis no meio da tabela - e segue o drama inesperado do Willem II, penúltimo colocado.

ADO Den Haag 0x0 Emmen (sábado, 23 de janeiro)

O que se poderia esperar de um jogo entre o penúltimo e o último colocado da Eredivisie, ambos precisando da vitória? Mais tensão do que bom futebol. Mesmo lanterna, mesmo fora de casa, até que o Emmen começou melhor nos contra-ataques - simbolizou isso com a bola na trave de Michael de Leeuw, aos 24'. Só depois o Den Haag começou a tentar mais o gol, em chutes de fora - como o de Milan van Ewijk, já nos acréscimos da etapa inicial. No segundo tempo, de certa forma, isso seguiu. Os mandantes de Haia, tentando em bolas paradas (Marko Vejinovic acertou a trave aos 50') e chutes de fora (Vejinovic, aos 66', e John Goossens, aos 78'). O Emmen, nas chegadas - raras - pelos lados: numa delas, aos 63', Caner Cavlan teve boa chance. As últimas chances foram em sequência: Martin Laursen para o Emmen, aos 90', e Ricardo Kishna, para o ADO Den Haag, aos 90'. Mas ficou o 0 a 0. Que não ajuda absolutamente ninguém a escapar da aflitiva situação na tabela.

Vitesse 1x0 Groningen (sábado, 23 de janeiro)

O Vitesse começou o jogo monopolizando as ações ofensivas. Só faltava um melhor posicionamento - Armando Broja, por exemplo, esteve impedido por várias vezes, tendo até gol anulado aos 31' - e uma mira melhor nos chutes (Oussama Tannane, aos 8', e Matus Bero, aos 29', perderam boas chances). Tudo isso se corrigiu aos 36': Riechedly Bazoer mandou fortemente a bola no travessão, ela quicou dentro, o VAR alertou o juiz Bjorn Kuipers, e foi o 1 a 0 do Vites. Mesmo com a vantagem, por boa parte do segundo tempo os mandantes de Arnhem seguiram com chances (Tannane aos 67', Bazoer aos 75'). Só que o Groningen, de ataque praticamente inativo na etapa inicial, buscava o empate aos poucos: num voleio de Ahmed El Messaoudi ao 60', numa falta de Mohamed El Hankouri aos 72'... até mesmo o goleiro Sergio Padt foi para o ataque nos acréscimos, quase acertando o cabeceio. Mas a pressão final de nada adiantou. Segue a primorosa campanha do Vitesse.

PSV 2x0 RKC Waalwijk (sábado, 23 de janeiro)

Sem nomes como Philipp Max (adoentado) e Donyell Malen (poupado, no banco), o PSV até demorou para chegar pela primeira vez ao gol - só aos 17', em cabeceio de Eran Zahavi. De quebra, mais um atacante dos Boeren se lesionou: Noni Madueke, substituído por Malen já aos 22'. E o RKC Waalwijk assustou logo depois, no desvio de Lennerd Daneels aos 26' (Yvon Mvogo evitou o gol) e no chute de Ayman Azhil na trave, aos 27'. Só aí os mandantes se impuseram em Eindhoven: Malen quase fez aos 31', Mauro Júnior tentou aos 35'... e no minuto único de acréscimo, Zahavi fez 1 a 0, numa cobrança perfeita de falta. Foi a senha para o PSV controlar mais as ações no segundo tempo. Denzel Dumfries quase fez aos 57'; um recuo repentino do zagueiro Ahmed Touba forçou o goleiro Kostas Lamprou a evitar o gol no susto, aos 62'; e aos 73', finalmente, Pablo Rosario completou rápido ataque para as redes, garantindo a vitória segura dos Eindhovenaren.

Heracles Almelo 1x0 Heerenveen (sábado, 23 de janeiro)

Do jeito como a partida começou em Almelo, parecia que os Heraclieden iriam firmes em busca da vitória. Aos 5', Silvester van der Water teve grande chance, mas chutou longe; aos 8', quem tentou foi Rai Vloet, mas também desperdiçou a chance. Minutos depois, o Heerenveen teve mais espaço: Mitchell van Bergen arrematou aos 31', Siem de Jong tentou aos 33' (pouco antes de sair, lesionado), mas o goleiro Janis Blaswich pegou sem problemas. A partir daí, o jogo mergulhou num longo marasmo. Pouquíssimas emoções aconteceram - o Heracles trouxe "quase emoções" aos 66', num contra-ataque interceptado por Ibrahim Dresevic na hora certa, e aos 76', num chute de Van der Water. Talvez por ter sido o único a tentar mais, o time da casa teve o prêmio no final: aos 89', o estreante Ahmed Kutucu cruzou, Delano Burgzorg dominou, e chutou em diagonal para o 1 a 0 que tranquilizou o Heracles - e tirou mais terra do buraco do Fean, sem vencer há onze jogos.

Fortuna Sittard 1x2 Ajax (domingo, 24 de janeiro)

As expectativas de um Fortuna retraído diante do líder Ajax se acabaram logo aos 5', quando Emil Hansson forçou André Onana a espalmar a bola. A partir daí, o primeiro tempo foi lá e cá: foi Zakaria Labyad chutando para fora aos 12', foi Lisandro Semedo errando chute na cara do gol aos 18'... e esta última chance fez falta para os mandantes: no escanteio no minuto seguinte, Perr Schuurs desviou, a bola bateu no ombro de Sebastian Polter, e foi para as redes no 1 a 0 do Ajax. E até que os Ajacieden foram mais à frente no resto da etapa inicial - num cabeceio de Antony aos 29', por exemplo. Só que o Fortuna seguia avançando quando tinha chance. E no começo do segundo tempo, veio o empate, com Mickaël Tirpan. Mas quando poderiam surpreender de vez, os Fortunezen se resguardaram. E o Ajax voltou a atacar. Teve um gol anulado aos 57', com Labyad. Mas aos 65', Sébastien Haller marcou o que seria o gol da vitória. Mais difícil do que o líder isolado pensava...

Twente 0x1 VVV-Venlo (domingo, 24 de janeiro)

Veloz como quase sempre é no ataque, o Twente acuou o VVV-Venlo na defesa durante boa parte do primeiro tempo. Teve muitas chances, e em duas delas o goleiro Thorsten Kirschbaum evitou o gol com os pés - por sinal, as duas de Danilo, aos 5' e aos 26'. Queensy Menig também tentou duas vezes, aos 32' e aos 44'. Houve ainda um chute de Gijs Smal por cima do gol, aos 13'. Só que... nada de bola na rede, pelo lado de dentro. E aí, o VVV-Venlo começou a se aproximar, aos poucos - como numa cobrança de falta de Vito van Crooij, aos 56'. Danilo quase fez, ainda, aos 66'. Mas os visitantes de Venlo foram chegando, Joël Drommel evitou um gol com os pés aos 72'... e aos 78', após jogada pela direita, Torino Hunte puniu a ineficiência do Twente, com um belo chute no ângulo, para fazer o 1 a 0 da vitória dos Venlonaren, invictos em 2021, impondo a quinta derrota seguida em casa dos Tukkers na Eredivisie.

Utrecht 1x0 Sparta Rotterdam (domingo, 24 de janeiro)

O Utrecht começou no ataque, com a bola. E rápido: bastaram 39 segundos no cronômetro para um chute de Bart Ramselaar exigir defesa de Maduka Okoye. Depois, aos 5', um cabeceio de Willem Janssen, à queima-roupa, bloqueado. Aos 13', Gyrano Kerk completou cruzamento, e Okoye rebateu. Aos poucos, porém, o ritmo do jogo diminuiu. Já defensivo, o Sparta só tentou mais seriamente numa falta de Sven Mijnans, aos 38'. E ainda tomou um susto, nos acréscimos, quando um chute de Django Warmerdam foi bloqueado na hora exata. Porém, o marasmo se espalhou no jogo durante a etapa complementar: os Spartanen seguiram sem chances, e os Utregs deixaram de criar as que vinham criando. Com isso, a partida ficou com menos emoções - e já haviam sido poucas. Mas a que veio, aos 88', definindo a vitória, valeu bastante para os Utregs, no belo chute de Othman Boussaid, mandando a bola no ângulo esquerdo, indefensável.

Feyenoord 2x3 AZ (domingo, 24 de janeiro)

O AZ teve dificuldades no começo. Mas na primeira vez em que trocou passes, aos 10', fez 1 a 0: na triangulação concluída por Jesper Karlsson. Só aí o Feyenoord começou a buscar mais o ataque. Principalmente, em chutes de longe: Steven Berghuis aos 15', Ridgeciano Haps aos 24'... tomava contra-ataques (Karlsson aos 22', Myron Boadu aos 28'), mas era o preço a ser pago. E o Stadionclub o pagou feliz, pelo empate que veio aos 32', com Nicolai Jorgensen. Só que a esperança Feyenoorder caiu duramente logo após o intervalo, aos 47', quando Boadu fez 2 a 1. E o jogo voltou ao equilíbrio: contragolpes do AZ (como um aos 56'), tentativas do Feyenoord. Numa delas, até inesperada, veio o empate: chute de Mark Diemers, aos 58'. Só que os visitantes de Alkmaar seguiam perto do gol, no contra-ataque. E chegaram ao 3 a 2 - de novo Boadu, aos 70'. A bola na trave de Reijnders, aos 88', e o pênalti perdido por Teun Koopmeiners, nos acréscimos, foram só notas curtas numa animadora vitória.

Um jogo, um parágrafo, um vídeo: a 17ª rodada da Eredivisie

Emmen 1x4 Vitesse (sábado, 16 de janeiro)

Com uma jogada individual de Armando Broja (novamente titular) em apenas alguns segundos de jogo, o Vitesse já indicava: queria uma vantagem precoce. Conseguiu-a logo aos dois segundos, quando Thomas Buitink fez 1 a 0, aproveitando um "deixa que eu deixo" da defesa do Emmen. E aos 9', com troca de passes na área do time da casa, Oussama Tannane fez 2 a 0. Tranquilo na frente, o Vites pôde cuidar mais da defesa. E até levou alguns sustos: Michael de Leeuw (aos 10'), Marko Kolar (aos 21')... e o maior deles, o chute de Sergio Peña no travessão, segundos antes do intervalo. Porém, tão logo a etapa final começou, já aos 49', Broja fez 3 a 0, praticamente assegurando a vitória dos visitantes de Arnhem. Está certo que o Emmen ainda teve um gol de honra, aos 58', quando De Leeuw aproveitou falha da defesa. Mas o Vitesse seguiu tranquilo - e Patrick Vroegh ainda transformou a vitória em goleada sobre o lanterna da Eredivisie, com chute em diagonal, aos 90' + 3.

Sparta Rotterdam 3x5 PSV (sábado, 16 de janeiro)

Num campo parcialmente coberto pela neve que caiu antes do jogo, o Sparta Rotterdam tratou de surpreender logo aos 4', fazendo 1 a 0 num belo chute de Bryan Smeets. E o resto do primeiro tempo foi atrapalhado pelo campo sintético com a neve - foram duas lesões: Smeets e, pelo PSV, Cody Gakpo - e pela bola branca, quase indistinguível. Mas o PSV começou a se aproximar do ataque pelos lados, conseguiu o empate (Mauro Júnior, aos 24') e quase virou, em chutes de Mohamed Ihattaren (22' e 34'). No começo do segundo tempo, aos 47', efetivamente veio o 2 a 1, com Donyell Malen (inicialmente poupado, substituiu Gakpo) - e já aos 49', Noni Madueke completou triangulação para o terceiro gol. Quando Philipp Max fez 4 a 1, aos 72', em chute rasteiro, a goleada parecia consumada. Mas um reserva, que entrou no Sparta pouco depois, reanimou o time da casa: aos 75', Danzell Gravenberch diminuiu para 4 a 2. Quando Reda Kharchouch marcou o terceiro dos Spartanen, aos 87', de pênalti, a esperança de um empate tardio cresceu mais. Malen a frustrou, com o quinto gol do PSV, aos 90' + 3, completando um jogo inesperadamente animado.

Utrecht 2x0 Heracles Almelo (sábado, 16 de janeiro)

Com três gols na rodada passada, Sinan Bakis (Heracles) poderia até estar mais badalado. Mas foi o jogo começar, para o Utrecht se impor mais no ataque, com um velho conhecido: Gyrano Kerk. Ele tentou aos 15', num desvio, e aos 23', num chute colocado. Nas duas vezes, o goleiro Janis Blaswich evitou o gol. Porém, Blaswich falhou quando não podia: aos 31', Adam Maher cobrou falta, Sander van de Streek desviou de cabeça, e o arqueiro dos Heraclieden deixou a bola passar para o 1 a 0 dos Utregs. No segundo tempo, de certa forma, viu-se a mesma história. Blaswich apareceu bem aos 51', contendo a finalização de Van de Streek, e aos 68', espalmando a conclusão de Kerk por cima do gol. Porém, aos 72', Maher bateu nova falta, de longe, o camisa 1 alemão dos visitantes de Almelo rebateu, e Adrián Dalmau estava a postos para conferir no rebote. 2 a 0 merecido para os mandantes, com mais chances.

Zwolle 0x2 Fortuna Sittard (sábado, 16 de janeiro)

O Fortuna Sittard não parou de atacar enquanto não balançou as redes do Zwolle. Já aos 3', o goleiro Michael Zetterer pegou cabeceio de Sebastian Polter. Aos 13', Roel Janssen desviou escanteio para fora. Depois, Zetterer brilhou, evitando gols do estreante Mickaël Tirpan (16') e Zian Flemming (36'). De quebra, Emil Hansson mandou a bola no travessão, aos 37'. Só no começo do segundo tempo é que os mandantes deram algum sinal de vida, em chutes de Mike van Duinen (50' e 55'). Mas justo após esta "visita da saúde" aos Zwollenaren, o Fortuna fez o merecido 1 a 0, aos 57', em belo chute de Flemming. Na reta final, o goleiro dos Fortunezen ainda trabalhou (Yanick van Osch evitou gols de Thomas Lam, aos 80', e Van Duinen, aos 87'). Mas num contra-ataque, aos 89', Mats Seuntjens fez jogada individual para o 2 a 0. Quatro vitórias nos últimos seis jogos: os auriverdes de Sittard já estão em 11º lugar,

AZ 2x1 ADO Den Haag (sábado, 16 de janeiro)

No primeiro tempo, o AZ repetiu a história conhecida que tanto preocupa a sua torcida: criou muitas chances, sem converter nenhuma delas em gol. Foi o cabeceio de Teun Koopmeiners aos 7', espalmado pelo goleiro Luuk Koopmans; o desvio de Myron Boadu no travessão, aos 22'; a nova defesa de Koopmans, aos 28', em chute de Jesper Karlsson; e o novo erro de Boadu, aos 32'. Parecia claro que ia acontecer, e aconteceu no segundo tempo: contido na defesa até ali, o ADO Den Haag fez 1 a 0 aos 58', num lance fortuito (Michiel Kramer aproveitou erro de Bruno Martins Indi, após escanteio). E os mandantes de Alkmaar tiveram de partir desordenadamente para o ataque. Até que Zakaria Aboukhlal, vindo do banco, desviou cruzamento de Fredrik Midtsjo para o 1 a 1, aos 72'. Aos 85', Boadu chutou em diagonal, na trave. E aos 89', o mesmo Aboukhlal aproveitou erro do Den Haag para virar o jogo e garantir uma vitória mais dramática do que se esperava. Os Alkmaarders seguem com perspectivas.

RKC Waalwijk 1x1 Willem II (domingo, 17 de janeiro)

Se tanto um time quanto o outro, ambos sofrendo com a ameaça das últimas posições, precisavam da vitória, o RKC começou fazendo melhor seu serviço. Logo aos 4', Finn Stokkers tentou, e o goleiro Jorn Brondeel pegou. Aos 7', Ché Nunnely assustou para o Willem II, após falha da defesa, mas o goleiro Kostas Lamprou estava atento e pegou. Só que os mandantes de Waalwijk tentaram mais: Richard van der Venne aos 13', Paul Quasten aos 17', Ayman Azhil aos 25'... até que, já no fim da primeira etapa, Stokkers foi puxado por Pol Llonch, o pênalti foi marcado, e Anas Tahiri fez 1 a 0. Mas se o domínio foi dos "Católicos" na etapa inicial, o Willem II reagiu no segundo tempo. Vangelis Pavlidis buscou (aos 49' e 54'), Mats Köhlert quase conseguiu (aos 56', chutou para fora)... só que o empate do Willem II veio aos 60', com Kwasi Wriedt, de cabeça. Ficou no placar o empate. Pior para os visitantes, ainda na antepenúltima posição; e não muito melhor para os mandantes...

Groningen 2x2 Twente (domingo, 17 de janeiro)

No primeiro tempo, foi o Twente. Um erro do goleiro Sergio Padt quase entregou o gol nos pés de Danilo, aos 8'. Mas os Tukkers logo balançariam a rede sem erro: aos 12', Dario Dumic cabeceou com precisão após escanteio, para o 1 a 0 dos visitantes. Pouco depois, aos 22', a esperteza do ataque deu o 2 a 0: Ramiz Zerrouki roubou a bola, Luka Ilic passou, Thijs van Leeuwen chutou para o gol. Só aí o Groningen "acordou". Começou a trazer perigo aos 35', quando Tomas Suslov exigiu defesa do goleiro Joël Drommel, com os pés. E já no começo da etapa complementar, aos 47', Ahmed El Messaoudi completou cruzamento para o 2 a 1. Foi a senha para a pressão decisiva dos Groningers, diante da defesa encurralada do Twente. Simbolizada em outra defesa de Drommel com os pés, aos 63'. E concretizada, enfim, com o empate vindo em outro cruzamento, aos 66' - desta vez, Jorgen Larsen concluiu. O segundo tempo foi dos mandantes, num jogo animado.

VVV-Venlo 1x1 Heerenveen (domingo, 17 de janeiro)

Mesmo precisando mais da vitória (afinal, ainda está ameaçado pelas últimas posições), a única chegada do VVV-Venlo nem foi uma chance de gol - foi um cruzamento de Zinedine Machach, aos 11', que passou pouco acima de Joshua John. Já o Heerenveen foi mais perigoso, quando chegou: aos 41', Henk Veerman recebeu livre na área, mas o goleiro Thorsten Kirschbaum evitou o gol com os pés. No segundo tempo, as chances seguiram escassas. Pelo lado do Fean, aos 54', outra tentativa de Joey Veerman; o VVV quase foi beneficiado por um gol contra (desvio de Sherel Floranus, aos 63'). Mas os Venlonaren se aproximaram mais num voleio de Georgios Giakoumakis, aos 70'. E coube a Joshua John enfim abrir o placar, já aos 78', com um belo chute no ângulo. Parecia a resolução. Não foi, por mérito de Benjamin Nygrén: aos 89', com outro bonito arremate colocado, ele salvou um ponto para o Heerenveen. Que, no entanto, se preocupa cada vez mais: já são dez jogos sem vitória.

Ajax 1x0 Feyenoord (domingo, 17 de janeiro)

Enquanto o Feyenoord cuidava da defesa, o Ajax dominava as ações no começo do Klassieker. Sébastien Haller cabeceou para fora aos 7', Nicolás Tagliafico também tentou de cabeça (aos 17', para fora), os Ajacieden pressionavam a defesa do Stadionclub constantemente (levando a erros, como o de Lutsharel Geertruida aos 19')... e o gol até demorou: veio aos 24', num chute de Ryan Gravenberch, após belo drible em Marcos Senesi. A partir daí, o Ajax se resguardou. E os Feyenoorders tiveram mais espaço para tentarem. Pararam em André Onana: num chute de Ridgeciano Haps aos 33', numa tentativa de Jens Toornstra (36'), num chute de Leroy Fer (38'), num arremate de Toornstra que balançou a rede pelo lado de fora aos 45'. A pressão esporádica do Stadionclub seguiu em Amsterdã, durante o segundo tempo, diante de um Ajax retraído. Nicolai Jorgensen teve gol (corretamente) anulado aos 62', Steven Berghuis perdeu duas boas chances (aos 58' e 77'), e a sorte ajudou o Ajax nos acréscimos: Onana fez grande defesa em chute de Fer, aos 90' + 4, e Luis Sinisterra cabeceou no travessão, no último lance do jogo. O Feyenoord tentou. Mas a vitória ficou para o Ajax, líder isolado.

Um jogo, um parágrafo, um vídeo: a 16ª rodada da Eredivisie

Vitesse 1x0 Utrecht (terça-feira, 12 de janeiro)

Quando o jogo começou em Arnhem, até que o Utrecht pressionou mais: por exemplo, aos 2', num chute de Mimoun Mahi, e aos 4', num cabeceio de Willem Janssen. Mas logo o Vitesse impôs sua superioridade no jogo. Poderia ter feito - aliás, até fez - o gol com Oussama Darfalou, aos 11', mas a jogada foi anulada (impedimento de Loïs Openda). Mas aos 26', valeu: Eli Dasa fez a jogada na direita, e cruzou para Danilho Doekhi fazer 1 a 0, desviando com o joelho. No segundo tempo, o técnico René Hake bem que tentou fazer dos Utregs um time mais ofensivo, com as entradas de Didier Mokono e Moussa Sylla. Na reta final, Gyrano Kerk - sempre ele - teve chances de empate, aos 72' e 73'. Mas o Vites também teve suas chances (com Oussama Tannane, aos 68'). Neutralizou os Utregs sem muitos problemas. E garantiu mais uma vitória, dando sequência na ótima campanha que faz.

Heracles Almelo 4x0 Emmen (terça-feira, 12 de janeiro)

Sinan Bakis rondou o gol desde que a partida em Almelo se iniciou. Teve sua chance aos 10', após um erro de Ricardo van Rhijn no recuo de bola, mas o goleiro Dennis Telgenkamp pegou - assim como fez aos 14', quando Bakis voltou a chutar, após passe de Delano Burgzorg. Mas aos 26', enfim, Bakis balançou as redes, aproveitando rebote do goleiro após escanteio, em seu primeiro gol na Eredivisie. Caminho aberto para um dia tranquilo dos Heraclieden. E um ótimo dia de Bakis - que fez 2 a 0 aos 44', após tabelar com Sebastian van der Water. O Emmen só teve uma única chance de diminuir - aos 54', em cabeceio de Miguel Araujo. E a superioridade do time da casa teve sequência com o terceiro gol de Bakis no jogo, aos 64', após passe de Rai Vloet. Caberia justamente a Vloet tentar, aos 71' (Telgenkamp rebateu). E o próprio meio-campista fez o quarto gol do Heracles, aos 87', consolidando a goleada que tranquilizou mais os Almelöers na tabela, diante de um Emmen sem vitórias, cada vez mais lanterna.

PSV 1x3 AZ (quarta-feira, 13 de janeiro)

Na fase inicial da partida em Eindhoven, o AZ segurou o PSV, que só teve espaço em chutes de longa distância - aos 17', com Eran Zahavi, e aos 19', com Donyell Malen. Dos visitantes de Alkmaar, só um chute de Jesper Karlsson, aos 6'. Mas aos poucos, surgiram os espaços para contra-ataque do AZ. Num deles, aos 31', Calvin Stengs lançou com precisão, e Myron Boadu só parou derrubado por Yvon Mvogo na área: pênalti, e Teun Koopmeiners converteu para o 1 a 0. O gol já era importante - mas ficou menor, diante do primor que foi o 2 a 0 do mesmo Koopmeiners, aos 38', de letra, completando escanteio. Porém, na etapa final, com a entrada de Mauro Júnior, o PSV ficou mais no ataque. E as esperanças se reacenderam com o gol dos Boeren, aos 59', em perfeita cobrança de falta de Philipp Max. Os Alkmaarders tiveram dificuldades, mas se seguraram. E o prêmio pelo esforço veio aos 90': em jogada individual, Stengs fez 3 a 1. Uma vitória que ressalta: o AZ está bem vivo no campeonato.

ADO Den Haag 1x4 VVV-Venlo (quarta-feira, 13 de janeiro)

O jogo em Haia começou minutos mais tarde, pelo prosaico motivo da camisa do goleiro Luuk Koopmans (Den Haag) se parecer demais com a camisa de linha dos visitantes. Melhor teria sido para Koopmans que demorasse mais: já aos 6', ele teve de buscar a bola no fundo das redes, quando Georgios Giakoumakis fez 1 a 0, de pênalti. Era só o começo do show do atacante grego. Aos 17', ele quase fez o segundo (Koopmans evitou). Num jogo direto entre dois times tentando fugir das últimas posições, o ADO Den Haag foi à luta para tentar o empate: Milan van Ewijk (51') e Vincent Besuijen (54') tentaram, mas aí o goleiro Kirschbaum apareceu. Então, o show de Giakoumakis viveu seu ápice. Aos 58', o grego fez 2 a 0, de cabeça. Samy Bourard ainda deu esperanças aos Hagenaren, diminuindo aos 65', mas Giakoumakis reapareceu aos 68', fazendo 3 a 1. E aos 87', de pênalti, ele garantiu o 4 a 1. Quatro gols no jogo, 16 gols na liga: como descrever esta atuação do goleador da Eredivisie?

Fortuna Sittard 0x1 Sparta Rotterdam (quarta-feira, 13 de janeiro)

Fortuna Sittard e Sparta Rotterdam entravam em campo com dois retrospectos promissores no momento atual do campeonato: os Fortunezen vinham com invencibilidade de cinco rodadas, e os Spartanen só haviam perdido na rodada passada, para o Feyenoord. A primeira estocada coube aos mandantes de Sittard: aos 5', um chute forte de Lazaros Rota já fez o goleiro Maduka Okoye. Mas durante um bom tempo, o jogo teve mais disputas do que chances. Só no segundo tempo surgiu uma chance de gol, para o Sparta, aos 58'. E os visitantes aproveitaram: Mario Engels passou, e Lennart Thy finalizou para o 1 a 0. Aí, os visitantes se aguentaram. Na zaga, Michael Heylen evitou o empate, aos 72'; no gol, Okoye pegou a última chance do Fortuna, em cobrança de falta por Zian Flemming, aos 90'. A reação do Fortuna parou. A do Sparta voltou, após o solavanco da derrota na rodada passada.

Feyenoord 1x0 Zwolle (quarta-feira, 13 de janeiro)

De um lado, o Feyenoord começou a pressionar o Zwolle de vez em quando: num chute de Leroy Fer aos 10', nas tentativas de Lucas Pratto (desvio aos 22', chute rente à trave aos 24'), na grande chance que Jens Toornstra perdeu aos 44'. Mais concentrado na defesa, os Zwollenaren só tentaram algo aos 15', num chute de fora de Bram van Polen, e aos 45', quando Yuta Nakayama foi à área e tentou, fazendo o goleiro Nick Marsman pegar. Quando o segundo tempo começou, porém, o Stadionclub foi com tudo em busca do gol. Pratto cabeceou para fora aos 48', o goleiro Michael Zetterer salvou os visitantes duas vezes (aos 54', em duas tentativas de Ridgeciano Haps e Pratto; aos 63', num cabeceio de Pratto)... mas aos 64', enfim, a água mole Feyenoorder furou a pedra dura, num chute de Luis Sinisterra, no canto esquerdo. Os Zwollenaren só assustaram de novo com Virgil Misidjan, aos 73'. Mas o Feyenoord se segurou: mais uma vitória sem gols sofridos, seguindo na disputa do título.

Heerenveen 1x1 RKC Waalwijk (quinta-feira, 14 de janeiro)

O Heerenveen praticamente abriu o jogo fazendo 1 a 0, aos 7'. Com quem? Com a dupla dos Veerman, como sói acontecer: Joey cruzou após rebote de chute dele mesmo, e Henk conferiu. Só que o Fean não fez quase mais nada na etapa inicial. Só tentou o gol com Henk Veerman, aos 19' - o goleiro Kostas Lamprou rebateu. Já o RKC Waalwijk foi tímido nas tentativas: ora errava sozinho (Finn Stokkers mandando para fora, aos 12'), ora era impedido (o goleiro Erwin Mulder afastou a cobrança de falta de Anas Tahiri, aos 29'). Todavia, os visitantes de Waalwijk tinham mais a bola. Rondavam mais o ataque. E o prêmio veio na forma do empate, aos 56', com Richard van der Venne completando o cruzamento de Thierry Lutonda. Só aí o jogo ficou mais equilibrado. Pelo Heerenveen, Mitchell van Bergen tentou aos 76' (Lamprou pegou); pelo RKC, Vitalie Damascan acertou a trave no penúltimo minuto de jogo. E o empate final acabou sem ajudar ninguém.

Twente 1x3 Ajax (quinta-feira, 14 de janeiro)

Na primeira tentativa do Twente no jogo, o perigo: Vaclav Cerny fez André Onana trabalhar já aos 5' (e teve de sair, por lesão no joelho durante a jogada). Na primeira tentativa do Ajax, aos 7', o gol, por uma dupla esperada: cruzamento de Antony, cabeceio de Sébastien Haller - titular -, 1 a 0. Estava aberto o caminho para um bocado de chances dos visitantes de Amsterdã: Quincy Promes (16'), Dusan Tadic (duas, aos 26' e 27'), Antony (aos 41')... todos eles perderam gols. E o Twente, por sua vez, assustou, em lances como chutes de Queensy Menig (42') e Danilo (nos acréscimos). No começo do segundo tempo, Menig até empatou aos 47', mas o gol foi anulado por impedimento. E o Ajax seguiu perdendo chances e chances: Davy Klaassen (50'), Promes (55'), Zakaria Labyad (80')...  Teve um castigo: aos 84', num escanteio, Ryan Gravenberch rebateu mal, e Julio Pleguezuelo empatou. Aí, Klaas-Jan Huntelaar entrou em campo, aos 89', para tentar salvar a vitória. Salvou: aos 90', em seu primeiro toque na bola, fez 2 a 1. Huntelaar fez mais: aos 90' + 1, marcou o terceiro. Se realmente foi a despedida do veterano atacante (talvez voltando ao Schalke 04), terá sido marcante, valiosa para o líder.

Willem II 2x3 Groningen (quinta-feira, 14 de janeiro)

O primeiro tempo em Tilburg só teve um momento de emoção: foi aos 41', quando Mohamed El Hankouri bateu para boa defesa do goleiro Jorn Brondeel. Bem diferente do segundo tempo, que já começou com El Hankouri aproveitando: aos 50', ele fez 1 a 0, completando passe de Tomas Suslov. Porém, o Willem II - precisando bem mais da vitória, penúltimo colocado como está - partiu em busca dos gols. Conseguiu aos 60', empatando com Ché Nunnely. Quase virou aos 65', quando Kwasi Wriedt teve um gol anulado. E finalmente, a sorte ajudou no 2 a 1 dos Tricolores mandantes, aos 79': o zagueiro Wessel Dammers cometeu gol contra. Mas se um zagueiro dos Groningers errou, outro acertou: aos 84', Ko Itakura empatou. O Willem II tentava o gol (Mats Köhlert chegou a ter gol anulado aos 85'), mas deixava espaço para os contra-ataques visitantes. Nos acréscimos, tomou o 3 a 2: Alessio da Cruz teve campo livre, passou, e El Hankouri virou de novo o jogo sobre o desesperado Willem II.

Um jogo, um parágrafo, um vídeo: a 15ª rodada da Eredivisie

RKC Waalwijk 0x1 ADO Den Haag (sábado, 9 de janeiro)

Desde o começo do primeiro jogo do Campeonato Holandês em 2021, o ADO Den Haag deixou claro: se aguentaria na defesa, mas traria perigo nos contra-ataques (como no chute de Samy Bourard, aos 6') e nas bolas altas (como os complementos de Michiel Kramer, aos 10', e Boy Kemper, aos 15'). Coube justamente a Kemper premiar o bom começo com o gol feito, aos 17', num chute que o goleiro Kostas Lamprou ainda desviou, tentando defender. No primeiro tempo, o RKC Waalwijk só teve alguma chance aos 26', num chute de Lennerd Daneels bloqueado pelo estreante Daryl Janmaat - o time da casa pediu pênalti, mas o juiz Serdar Gözübüyük e o VAR deixaram passar. Já na etapa final, com os visitantes de Haia na defesa, os mandantes foram ao ataque em Waalwijk. Quase empataram duas vezes no fim - Saïd Bakari, aos 89', em chute que o goleiro Luuk Koopmans pegou, e Thierry Lutonda, nos acréscimos, na rede pelo lado de fora. Mas o Den Haag se aguentou, e ganhou três pontos valiosos.

Emmen 1x4 Twente (sábado, 9 de janeiro)

O lanterna Emmen até iniciou animado no ataque, mas o Twente logo o abateu decisivamente, com três golpes. O primeiro deles, já aos 16': Vaclav Cerny, após jogada individual do lateral Jayden Oosterwolde. Aos 33', Queensy Menig fez um belíssimo gol: chute colocado que ainda bateu no travessão. E aos 42', houve tempo ainda para Jesse Bosch fazer 3 a 0 - e a vantagem dos visitantes de Enschede poderia estar até maior, por chances como a bola que Cerny mandou por cima do gol aos 28'. O Emmen (que tentara na etapa inicial com Caner Cavlan, aos 40') ainda teve leves esperanças ao diminuir o placar no segundo tempo - aos 59', o goleiro Joël Drommel falhou, e Miguel Araujo aproveitou de cabeça. Mas para acabar com qualquer perspectiva de reação dos anfitriões, Cerny fez 4 a 1, seu segundo no jogo, aos 63'. Goleada inquestionável. E isso, porque Danilo, goleador atual da Eredivisie, ficou no banco...

Heracles Almelo 0x2 Vitesse (sábado, 9 de janeiro)

Com duas defesas bem fechadas, só os chutes de fora da área traziam algum perigo. E os do Heracles Almelo chegaram até mais perto: aos 5', Silvester van der Water tentou, o goleiro Remko Pasveer rebateu, e Lucas Schoofs completou para fora. Aos 10', Pasveer soltou outro chute, de Rai Vloet. O Vites deu a sua estocada aos 14', com Oussama Tannane. Sem muitas chances mais, o primeiro gol só podia sair assim: aos 38', após escanteio rebatido e uma sobra de chute de Eli Dasa, Matus Bero bateu, a bola desviou, e era o 1 a 0 do Vitesse. O segundo tempo ficou à feição dos visitantes de Arnhem: durante um bom tempo, os Heraclieden tentaram o empate aqui e ali, principalmente nos cruzamentos de Giacomo Quagliata, mas nada conseguiam. Até que Bero quase fez, aos 77', desviando cruzamento. E aos 83', ele mesmo definiu mais um triunfo do Vites, completando cruzamento de Dasa, num rápido contra-ataque, para marcar seu segundo gol no jogo.

Zwolle 1x1 AZ (sábado, 9 de janeiro)

O Zwolle começou a toda velocidade. E se valeu disso para chegar ao 1 a 0 já aos nove minutos: com roubada de bola no meio-campo, Eliano Reijnders cruzou da direita, e Pelle Clement completou desviando com o bico da chuteira direita. Só a partir da metade da etapa inicial é que o AZ começou a trazer perigo vez por outra no ataque - como aos 37', num cabeceio de Teun Koopmeiners. Só no segundo tempo, pressionados para buscarem a virada, é que os visitantes de Alkmaar ficaram mais ofensivos. O empate poderia ter vindo aos 54', num arremate de Tijjani Reijnders (irmão de Eliano, do Zwolle), mas Kenneth Paal evitou. Poderia ter vindo aos 63', mas Bram van Polen evitou o chute de Myron Boadu na hora exata. Veio aos 67', num chute colocado de Fredrik Midtsjo. Os dois times tentaram aqui e ali, o AZ quase virou em cobrança de falta de Koopmeiners no travessão (79')... mas ficou um empate amargo para os visitantes.

Utrecht 2x2 Groningen (sábado, 9 de janeiro)

O Utrecht começou até mais ofensivo: teve chances aos 8', num chute cruzado de Bart Ramselaar, e aos 9', em arremate de Gyrano Kerk, espalmado pelo goleiro Sergio Padt. Mas quando o Groningen foi à frente, foi para balançar as redes. Aos 16', Patrick Joosten completou cruzamento para fazer 1 a 0; aos 21', Larsen mesmo finalizou para o 2 a 0. O Utrecht era dominado, perdia Eljero Elia (lesionado)... parecia difícil se recuperar. Mas veio uma esperança, aos 39', no chute de Bart Ramselaar que, com desvio, diminuiu o placar para 2 a 1. Na etapa final, aos poucos, os Utregs monopolizaram a bola, buscando o empate. Adrián Dalmau teve a chance aos 62' (Ko Itakura bloqueou o chute), Mimoun Mahi aos 64' (Padt defendeu no reflexo), Dalmau atacou de novo aos 77'... mas assim como no último jogo de 2020, contra o AZ, o empate dos mandantes em 2 a 2 veio nos acréscimos, com Kerk. Um empate que não aliviou muito a situação do Utrecht - mas, pelo começo do jogo, poderia ter sido bem pior.

Sparta Rotterdam 0x2 Feyenoord (domingo, 10 de janeiro)

Durante algum tempo, a defesa do Sparta Rotterdam fechou os espaços para o Feyenoord atacar tocando, com bola no chão. O que fez o Stadionclub? Bola pelo alto. Numa delas, veio o gol, aos 11': após escanteio rebatido, Steven Berghuis lançou, Marcos Senesi ajeitou, e Lutscharel Geertruida completou para o 1 a 0 - o gol chegou a ser anulado, mas o VAR alertou o juiz Dennis Higler que não havia impedimento. Espaço aberto, e o Feyenoord quase fez 2 a 0 com o estreante Lucas Pratto, que mandou na trave aos 31'. No segundo tempo, mais chances erradas pelos visitantes no clássico de Roterdã: Pratto perdeu ótima chance aos 56', Luis Sinisterra tocou por cima do gol aos 65', Mark Diemers chutou e o goleiro Maduka Okoye rebateu aos 76'... a sorte do Feyenoord é que o Sparta trouxe pouquíssimo perigo - só num chute de Mario Engels, aos 85'. E nos acréscimos, Nicolai Jorgensen encerrou longo jejum de gols, confirmandoq que o Feyenoord segue na disputa.

VVV-Venlo 2x1 Willem II (domingo, 10 de janeiro)

Num jogo direto pela fuga das últimas posições, os visitantes de Tilburg (que precisavam mais da vitória) começaram melhores. Já tiveram chance aos 8', com Ché Nunnely. E aos 15', abriram o placar - Jan-Arie van der Heijden mandou para as redes, após bate-rebate na área. De quebra, poderiam até ter ampliado depois, com Kwasi Wriedt. O VVV-Venlo só tentara aos 11', com Jafar Arias, e aos 36', com Joshua John - ambos, chutes defendidos por Jorn Brondeel. Mas no segundo tempo,  os Venlonaren começaram a pressionar paulatinamente. Coube ao principal destaque do time trazer uma vitória valiosa. Aos 78', Derrick Köhn pôs a mão na bola, o juiz Jochem Kamphuis marcou pênalti após ouvir o VAR, e Georgios Giakoumakis converteu para o 1 a 1 (seu 11º gol nesta Eredivisie, igualando Danilo, do Twente, como goleador). E nos acréscimos, aos 90' + 3, Giakoumakis se isolou como goleador, virando o jogo - virada salva no último lance do jogo, por grande defesa de Thorsten Kirschbaum.

Heerenveen 1x3 Fortuna Sittard (domingo, 10 de janeiro)

O Heerenveen até começou pressionando - aos 11', num chute do estreante Siem de Jong, e principalmente aos 13', quando Henk Veerman, livre na área, cabeceou para fora. Azar do Fean: em três falhas da defesa, o Fortuna Sittard praticamente assegurou a vitória, ainda no primeiro tempo. Aos 20', Ben Rienstra fez 1 a 0; quatro minutos depois, Emil Hansson conseguiu pegar bola perdida na ponta, cruzou, e George Cox ampliou; aos 37', o goleiro Erwin Mulder falhou na saída de bola, afastou fraco a bola, e Zian Flemming aproveitou a sobra para fazer 3 a 0, num chute colocado. De quebra, já no segundo tempo, mandou uma bola na trave aos 55', com Lisandro Semedo. Nem mesmo uma reaparição dos Veerman, no gol de honra do Heerenveen (aos 72', Joey passou, Henk finalizou), colocou em perigo a quarta vitória dos Fortunezen nas últimas cinco partidas do campeonato.

Ajax 2x2 PSV (domingo, 10 de janeiro)

No esperado primeiro clássico da temporada, o PSV começou com tudo. Abriu o placar logo aos 2', em bela jogada concluída por Eran Zahavi (titular de novo). E seguiu trazendo perigo, em lances como cobrança de falta de Philipp Max, aos 9' (André Onana espalmou) e os contragolpes rápidos. Num deles, aos 21', o segundo gol dos Boeren: Ibrahim Sangaré roubou a bola, Zahavi tabelou com Donyell Malen, este cruzou, e o israelense marcou. Só aí o Ajax, lento na partida até então, se acelerou. Já pressionou numa bola na trave de Dusan Tadic, aos 28'. E veio o gol Ajacied, aos 40', com Quincy Promes. Para buscar o empate, valeu até fazer Sébastien Haller já estrear, no segundo tempo. O Ajax melhorou mais, quase empatou aos 47' (chute de Tadic), teve um gol anulado de Haller aos 51' (impedido), o PSV assustou em sequência (Max, aos 54', e Zahavi, aos 55')... mas afinal veio o 2 a 2, com Antony, aos 65'. E os dois rivais seguiram trocando chances, num clássico atraente e empolgante. 

Parada obrigatória: Emmen

Derrotas nos minutos finais, a ausência de vitórias na temporada, azares mil: desta vez será difícil para o Emmen desafiar os prognósticos (Pro Shots/VI Images)

Posição: 18ª colocação, com 5 pontos

Técnico: Dick Lukkien

Time-base: Wiedwald (Telgenkamp); Bijl, Van Rhijn, Araujo e Cavlan; Chacón e Tibbling; Laursen, Peña e Jansen; Kolar (De Leeuw)

Maior vitória: ainda não venceu no Campeonato Holandês

Maior derrota: Emmen 0x5 Ajax (10ª rodada)

Copa da Holanda: classificado para as oitavas de final, nas quais enfrentará o Heerenveen

Competição europeia: nenhuma

Artilheiro: Michael de Leeuw (atacante), com 5 gols

Objetivo do início: escapar do rebaixamento

Avaliação: Parece que a magia acabou. Como único time que ainda não venceu na temporada (mesmo que alguns atacantes até ajudem), o Emmen terá de fazer um tremendo esforço para não voltar à segunda divisão, após três anos

Desde que estreou na primeira divisão holandesa, há três anos, o Emmen protagoniza uma espécie de "conto de fadas". Raramente chegava ao meio da tabela, mas vencia seus adversários diretos (e às vezes, até surpreendia clubes mais fortes), desafiava os prognósticos, ficava na primeira divisão. Era algo notável, para um dos menores orçamentos da Eredivisie. Porém, contos de fadas não duram para sempre, e esta temporada parece esfregar isso na cara dos Emmenaren. Só o fato de ser o único clube, entre os 18 da elite neerlandesa, que ainda não venceu após 14 rodadas, já deixa clara a dificuldade que a equipe terá para evitar o rebaixamento dessa vez. De nada adianta a campanha que já o leva às oitavas de final da Copa da Holanda.

Não que o time alvirrubro não tente. Sim, há esforço. Sim, aqui e ali há uma boa atuação ou outra: Miguel Araujo na zaga, Sergio Peña e Marko Kolar no meio, Michael de Leeuw no ataque. No entanto, sempre aparece algo a evitar que o time consiga um bom resultado. Já na primeira rodada, contra o VVV-Venlo, em casa, o time chegou a abrir 2 a 0 de vantagem, tomou a virada, ainda empatou, mas perdeu (5 a 3). Contra PSV (2 a 1, 2ª rodada) e Feyenoord (3 a 2, 7ª rodada), duas derrotas sofridas nos acréscimos do segundo tempo. Contra o ADO Den Haag, adversário direto, empate em casa (1 a 1, 13ª rodada). Contra o Utrecht (14ª rodada), o time chegou a virar o placar, mas também tomou a virada (de 2 a 1 para 3 a 2). Há certas mudanças para minorar os problemas - como a troca de goleiros: Dennis Telgenkamp deu lugar a Felix Wiedwald -, mas a vitória ainda não veio. Se ela demorar ainda mais, a certeza será cada vez maior: o conto de fadas do Emmen estará perto do fim, e o time não será "feliz para sempre".

Parada obrigatória: ADO Den Haag

O ADO Den Haag até se esforça em campo, com nomes como Kramer, mas os resultados seguem terríveis (Pro Shots/VI Images)

Posição: 17º colocado, com 7 pontos

Técnico: Aleksandar Rankovic (até a 8ª rodada) e Ruud Brood

Time-base: Koopmans; Van Ewijk, Del Fabro, Pinas e Faye; De Boer, Rigo (Pascu) e Bourard; Besuijen, Kramer e Ould-Chikh

Maior vitória: VVV-Venlo 1x2 ADO Den Haag (4ª rodada)

Maior derrota: Sparta Rotterdam 6x0 ADO Den Haag (9ª rodada)

Copa da Holanda: classificado para as oitavas de final, nas quais enfrentará o Vitesse

Competição europeia: nenhuma

Artilheiro: Michiel Kramer (atacante), com 3 gols

Objetivo do início: escapar do rebaixamento

Avaliação: Mudanças de técnico, mudanças de jogadores, mas a situação do time de Haia segue a mesma: uma aflitiva luta contra o rebaixamento. Só o esforço pode salvar o time da queda direta - e talvez até salve

Já em 2019/20, o caminho do ADO Den Haag parecia irremediavelmente destinado ao rebaixamento. Tanto que a equipe era a penúltima colocada da Eredivisie, já com sete pontos atrás da 16ª posição (que, pelo menos, oferece uma "segunda chance" ao ocupante, via repescagem). A pandemia encerrou forçosamente o campeonato - e salvou, por linhas tortas, o Den Haag da queda quase certa. Foi como se um estudante relapso estivesse perto da data da prova final, na qual um resultado previsivelmente ruim o levaria à recuperação... e a escola fosse fechada por tempo indeterminado. Era uma "segunda chance" para o time de Haia tomar jeito. Não tomou. E novamente, amarga o risco gigantesco da queda. Ele pode não ser tão grande quanto era no campeonato passado - são só dois pontos de diferença em relação ao 16º lugar, barreira ainda transponível -, mas é grande.

Vender vários jogadores experientes, ídolos da torcida (como o zagueiro Tom Beugelsdijk, por exemplo), em detrimento de um time jovem, deixaram os Hagenaren desarvorados em campo, às vezes. Presa fácil para os ataques adversários, o pior mandante da Eredivisie - nenhuma vitória em casa - demitiu Aleksandar Rankovic buscando um técnico que protegesse mais a defesa e tivesse melhor relação com os jogadores. Buscou o experiente Ruud Brood. Mas o começo foi ainda pior: um 6 a 0 inapelável do Sparta Rotterdam. Se há algo a defender no Den Haag, é o esforço que os jogadores deixam em campo. Esforço personificado em resultados como a vitória sobre o VVV-Venlo (vinda nos acréscimos, com gol de David Philipp), o empate contra o Utrecht, as tentativas de nomes como Luuk Koopmans, Milan van Ewijk e Michiel Kramer, as contratações dos veteranos Daryl Janmaat e Marko Vejinovic... mas de nada adiantará se esforçar, caso os resultados não venham rápido. Se o Den Haag não reagir, logo será tarde demais.

Parada obrigatória: VVV-Venlo

O VVV-Venlo tem muitos fatores a atrapalhar sua campanha - mas conta com Giakoumakis (centro) e seus gols para ajudá-lo a se manter na primeira divisão (Pro Shots/VI Images)

Posição: 16ª colocação, com 9 pontos (atrás pelo pior saldo de gols)

Técnico: Hans de Koning

Time-base: Kirschbaum (Delano van Crooij); Pachonik, Kum, Gelmi e Schmitz (Schäfer); Post, Linthorst e Vito van Crooij; Joshua John, Giakoumakis e Arias

Maior vitória: Emmen 3x5 VVV-Venlo (1ª rodada)

Maior derrota: VVV-Venlo 0x13 Ajax (6ª rodada)

Copa da Holanda: classificado para as oitavas de final, nas quais enfrentará o Go Ahead Eagles (segunda divisão)

Competição europeia: nenhuma

Artilheiro: Georgios Giakoumakis (atacante), com 10 gols

Objetivo do início: escapar do rebaixamento

Avaliação: Sim, ainda é possível que os Venlonaren fujam da queda. No entanto, precisam se cuidar para não empatarem em pontos com os adversários diretos: uma certa goleada os prejudica demais nos critérios de desempate.

Quando, na sexta rodada, em 24 de outubro de 2020, o VVV-Venlo foi vítima da maior goleada da história profissional do Campeonato Holandês, tal resultado foi um prato feito para que se pudesse pensar que os Venlonaren eram um bando de peladeiros de várzea. Nem tanto ao mar, nem tanto à terra. Sim, naquele dia, o VVV teve uma atuação extremamente infeliz, "potencializada" pela expulsão do zagueiro Christian Kum, que abriu caminho para o festim de 13 gols do Ajax. Entretanto, ao se ver toda a campanha, notam-se aqui e ali elementos que podem evitar a queda da equipe aurinegra. O principal deles: os gols de Georgios Giakoumakis. Já em sua primeira partida no VVV, o atacante grego fez três gols nos 5 a 3 diante do Emmen. Com dez gols, Giakoumakis disputa o topo da tabela de goleadores do campeonato. E ainda tem um parceiro de ataque razoável em Jafar Arias. A goleada sofrida distorceu os desempenhos defensivos - sem o 13 a 0, o time de Venlo seria "só" a sexta pior defesa da Eredivisie. Além do mais, ora bolas, pelo menos o time está no mata-mata da Copa da Holanda.

Dito tudo isso... sim, o VVV-Venlo é uma equipe ruim. Tem lá suas fragilidades defensivas, ao contrário do que vinha mostrando nas temporadas anteriores. Só ganhou uma partida nas últimas sete rodadas. Basta tomar um gol para desmoronar e se abrir aos adversários, falha que nem os gols de Giakoumakis conseguem esconder - um indício disso veio até na última rodada de 2020, quando o time chegou a abrir o placar diante do PSV, mas se desmilinguiu após tomar o empate, abrindo caminho para a goleada dos Boeren. Para piorar, já até perderam para adversários diretos contra o rebaixamento (a primeira vitória do ADO Den Haag, penúltimo colocado, foi justamente sobre o VVV - 2 a 1). Mesmo assim, com tudo isso, se conseguirem uma sequência razoável, ainda podem desgarrar um pouco da zona de repescagem/rebaixamento. Só não podem empatar em pontos - porque aí, o primeiro critério de desempate é o saldo de gols, e nisso, sim, a situação dos Venlonaren é insolúvel. Culpa dos 13 a 0...

Parada obrigatória: Willem II

O Willem II sonhou antes da temporada começar. Caiu duramente na realidade. Mas a boa atuação contra o Ajax, com Wriedt (foto) como destaque, acendeu uma luz no fim do túnel (Pro Shots/VI Images)

Posição: 15ª colocação, com 9 pontos (na frente do VVV-Venlo pelo melhor saldo de gols)

Técnico: Adrie Koster

Time-base: Ruiter; Owusu, Peters, Holmén e Köhn; Saglam, Van der Heijden (Pol Llonch) e Trésor; Nunnely, Pavlidis e Köhlert

Maior vitória: Willem II 4x0 Heracles Almelo (2ª rodada)

Maior derrota: AZ 5x3 Willem II (13ª rodada)

Copa da Holanda: eliminado pelo Vitesse, na segunda fase

Competição europeia: Liga Europa (eliminado pelo Rangers-ESC, na terceira fase preliminar)

Artilheiro: Vangelis Pavlidis (atacante), com 5 gols

Objetivo do início: meio da tabela/vaga nos play-offs pela Liga das Conferências

Avaliação: Eis, talvez, a maior decepção de todo o campeonato. Com praticamente a mesma equipe que teve vaga na fase preliminar da Liga Europa, os Tricolores penam com uma defesa frágil, um ataque muito inofensivo... e uma inesperada ameaça de rebaixamento

Antes mesmo do Campeonato Holandês começar, o Willem II tinha muito ânimo para a temporada 2020/21. Afinal, a vaga na segunda fase preliminar da Liga Europa caíra no colo dos Tricolores, pela interrupção da Eredivisie anterior, impedindo os "play-offs" por tal vaga. E superar o Progrès Niederkorn luxemburguês aumentou o sonho de uma surpresa. Sonho impedido duramente pelo Rangers, que se aproveitou da ineficiência ofensiva da equipe de Tilburg para impor 4 a 0 a ela. De certa forma, foi um sinal dos dois principais problemas que tornaram o Willem II uma das decepções da temporada: a fraqueza da defesa e a falta de perigo no ataque. Até incrível, para um time praticamente inalterado entre a temporada passada e esta, de começo razoável, com goleada no Heracles Almelo (4 a 0, na 2ª rodada). 

Porém, resultados como o 4 a 1 do Feyenoord, em plena Tilburg, na 4ª rodada, deixaram claro como o meio-campo era ofensivo demais - e tudo acabava estourando na defesa. Além do mais, mesmo que os atacantes seguissem rápidos nas pontas, Vangelis Pavlidis não vinha tendo o mesmo desempenho goleador de 2019/20. Resultado: mais fracassos. Adrie Koster tentou proteger mais o time, fazendo do veterano Jan-Arie van der Heijden titular, alternando-o entre a zaga (aí, num esquema com cinco jogadores) e o meio-campo. Não deu certo: uma sequência de cinco derrotas jogou o Willem II nas últimas posições - incluindo aí uma derrota para o AZ, na 13ª rodada, que foi até risível (o time chegou a abrir 2 a 0, mas permitiu que os de Alkmaar virassem para 5 a 3). E a situação difícil segue. Mas, ora bolas, o time conseguiu empatar com o líder Ajax, na partida derradeira de 2020 - 1 a 1, 14ª rodada -, com boas atuações de nomes como o atacante Kwasi Wriedt. Quem sabe não seja a reação chegando...

Parada obrigatória: RKC Waalwijk

Nem o terrível começo deixou o RKC Waalwijk afundado na zona de rebaixamento. E duas vitórias reanimaram o clube. Mas vieram maus resultados, e o alerta ainda é grande (Pro Shots/VI Images)

Posição: 14ª colocação, com 12 pontos

Técnico: Fred Grim

Time-base: Lamprou; Bakari, Touba, Meulensteen e Wouters (Quasten); Tahiri, Anita e Van der Venne; Ngonge, Stokkers (Damascan) e Ola John (Daneels)

Maior vitória: Twente 0x2 RKC Waalwijk (10ª rodada)

Maior derrota: RKC Waalwijk 1x4 PSV (13ª rodada)

Copa da Holanda: eliminado pelo Cambuur (segunda divisão), na primeira fase

Competição europeia: nenhuma

Artilheiro: Finn Stokkers (atacante), com 5 gols

Objetivo do início: escapar do rebaixamento

Avaliação: Vitórias aqui e ali ajudam os "Católicos" a se segurarem pouco acima da zona de repescagem/rebaixamento. Mas convém não bobear, numa parte inferior da tabela recheada de altos e baixos

Como na temporada passada, o RKC Waalwijk começou a Eredivisie penando nas últimas posições: já foram três derrotas nos três primeiros jogos. De quebra, a equipe de Waalwijk apresentava uma fragilidade grande na defesa, permitindo muitos ataques dos adversários - sem conseguir grande perigo no ataque. E o técnico Fred Grim tentou sanar esse problema com algumas mudanças no time. No ataque, Sylla Sow foi perdendo a posição para Ola John; no meio-campo, Nicolás Olsak deu lugar a Anas Tahiri; na defesa, o lateral esquerdo Paul Quasten tomou a vaga de Luuk Wouters.

Ainda assim, como há times ainda piores do que a equipe auriazul no campeonato, o time se mantinha acima da zona de repescagem/rebaixamento. De quebra, duas vitórias, contra Twente (esta, fora de casa) e Sparta Rotterdam, aumentaram o respiro maior do RKC - e até trouxeram perspectivas de repetir a história de reação que, por exemplo, Sparta Rotterdam e Fortuna Sittard vivem. Perspectivas diminuídas com o péssimo final de ano que o time viveu em campo, com três derrotas nos três últimos jogos. Resta pontuar, e bem, contra os adversários diretos nas últimas posições (e, quem sabe, surpreender contra um ou outro time) para não afundar na tabela. O perigo ainda é grande.

 

Parada obrigatória: Fortuna Sittard

O Fortuna Sittard estava em situação indefensável, até que algumas mudanças aconteceram, dentro e fora de campo. E o fim de 2020 trouxe fortes esperanças (Pro Shots/VI Images)

Posição: 13ª colocação, com 13 pontos

Técnico: Kevin Hofland (até a 8ª rodada) e Sjors Ultee (primeiro interinamente, depois efetivado)

Time-base: Van Osch (Koselev); Rota, Angha, Janssen e Cox; Tekie, Smeets e Seuntjens; Semedo (Flemming), Polter e Hansson

Maior vitória: Fortuna Sittard 3x2 Willem II (11ª rodada)

Maior derrota: Ajax 5x2 Fortuna Sittard (7ª rodada)

Copa da Holanda: classificado para as oitavas de final, nas quais enfrentará o NEC (segunda divisão)

Competição europeia: nenhuma

Artilheiro: Sebastian Polter (atacante), com 6 gols

Objetivo do início: escapar do rebaixamento

Avaliação: Era muito difícil achar que o Fortuna conseguiria escapar até mesmo da lanterna. Mas algumas mudanças vieram, em campo e fora dela, e ajudaram numa arrancada nas rodadas mais recentes, que aumentou demais a esperança da torcida

Por um longo tempo, o Fortuna Sittard pareceu irremediavelmente condenado a uma das duas posições que amargam o rebaixamento no Campeonato Holandês - último ou penúltimo lugar, não importava muito. Tudo bem, o time era até esforçado e houve até um resultado digno de nota no começo da campanha: o 3 a 3 com o AZ, que era 3 a 1 até a reta final do jogo, na 3ª rodada. Ainda assim, por mais que os atacantes se esforçassem (Sebastian Polter nas finalizações, Lisandro Semedo e Zian Flemming com velocidade), por mais que George Cox trouxesse perigo e boas atuações na lateral esquerda, de nada adiantava, com a fragilidade que a defesa do Fortuna tinha - fragilidade expressa, por exemplo, nas constantes falhas que o goleiro Alexei Koselev cometia em bolas aéreas. Até que o técnico Kevin Hofland foi demitido. 

Sjors Ultee, o treinador da temporada 2019/20 (que vinha sendo diretor técnico do clube), novamente trocou o escritório pelo campo. Algumas mudanças foram feitas para estabilizar as atuações do clube - como por exemplo, a efetivação de Yanick van Osch no gol, ou a escalação mais habitual de Flemming como um dos três atacantes. Veio maior eficiência nas finalizações. E os Fortunezen conseguiram uma arrancada até inesperada, nas rodadas finais de 2020. 3 a 2 no Willem II, 2 a 1 fora de casa no Heracles Almelo (primeira vitória fora de casa após dois anos), 2 a 1 no RKC Waalwijk com gol nos acréscimos do segundo tempo... e o sobe-desce dos times na parte de baixo da tabela abriu o caminho para que o time de Sittard subisse rumo ao 13º lugar. Nada impede que caia de novo. Mas para quem estava afundado nas últimas posições, ter essa possibilidade é valioso, muito valioso.

Parada obrigatória: Heracles Almelo

O Heracles Almelo amargou resultados ruins durante boa parte do começo da Eredivisie. Só duas vitórias, no fim de 2020, trouxeram alguma esperança de reação (Pro Shots/VI Images)

Posição: 12ª colocação, com 15 pontos

Técnico: Frank Wormuth

Time-base: Blaswich (Brouwer); Breukers, Rente, Pröpper e Knoester (Hardeveld); Bijleveld (Schoofs), Kiomourtzoglou e Vloet; Van der Water (De la Torre), Szöke (Bakis) e Burgzorg

Maior vitória: Heracles Almelo 4x1 Utrecht (7ª rodada)

Maior derrota: Ajax 5x0 Heracles Almelo (9ª rodada)

Copa da Holanda: classificado para as oitavas de final, nas quais enfrentará o Feyenoord

Competição europeia: nenhuma

Artilheiro: Rai Vloet (meio-campista), com 7 gols

Objetivo do início: vaga nos play-offs pela Liga de Conferências/meio de tabela

Avaliação: Não só os Heraclieden não conseguiram decolar até aqui, como escorregaram perigosamente no decorrer da primeira metade da temporada. Pelo menos, terminaram 2020 dando alguma esperança

Na primeira rodada do Campeonato Holandês, quando o Heracles Almelo venceu o ADO Den Haag com grande facilidade (2 a 0, numa boa atuação de Silvester van der Water), parecia um bom augúrio para o restante da temporada. Só que Van der Water deu um sinal pessoal de turbulência: por sua insatisfação com a negativa do clube de Almelo em negociá-lo com um clube da MLS, chegou a ser barrado do grupo de jogadores. Para o Heracles, pior ainda foi ver a sequência da campanha: entre a 2ª e a 12ª rodada, apenas uma vitória dos Almelöers. Alguns resultados fizeram até crer num time mais frágil do que de fato é, como os 4 a 0 do Willem II sofridos já na segunda rodada - ou mesmo os 5 a 0 impostos pelo líder Ajax. Os nomes iam e vinham da escalação, ela própria mudava (às vezes cinco, às vezes quatro homens na defesa), sem que as consequências positivas viessem.

Além do mais, algumas dessas derrotas mostravam uma incapacidade preocupante da equipe em fazer frente aos adversários. Ora por incompetência: contra o RKC Waalwijk, na 5ª rodada, o time até perdeu pênalti, e amargou o 1 a 0 sofrido em casa. Ora por impossibilidade mesmo: na 10ª rodada, mesmo com jogo em Almelo, o AZ foi francamente superior no 2 a 1. Sim, há bons jogadores aqui e ali no Heracles: o goleiro Janis Blaswich fez falta por uma lesão muscular, Rai Vloet tem alguma capacidade no meio, Delano Burgzorg dá algum trabalho na frente. Porém, o time chegou a escorregar para a 15ª posição, apenas uma acima da zona de repescagem/rebaixamento. Pelo menos, 2020 terminou com duas vitórias contra adversários melhor colocados, como um respiro bem vindo: 2 a 1 no Heerenveen e 1 a 0 no Groningen, ambos os triunfos fora de casa. Pode ser um valioso impulso para a esperança de que o Heracles Almelo melhore um pouco e não precise terminar 2020/21 sofrendo.

Parada obrigatória: Zwolle

Van Duinen, uma das únicas certezas num Zwolle ainda cheio de dúvidas, embora esteja numa temporada menos afligida pelas últimas posições (Pro Shots/VI Images)

Posição: 11ª colocação, com 16 pontos 

Técnico: John Stegeman

Time-base: Zetterer; Van Wermeskerken (Van Polen), Nakayama, Kersten e Paal; Reijnders, Drost e Saymak (Leemans); Huiberts, Van Duinen e Pherai 

Maior vitória: Zwolle 4x0 Sparta Rotterdam (3ª rodada)

Maior derrota: Twente 5x1 Zwolle (7ª rodada)

Copa da Holanda: eliminado pelo Excelsior (segunda divisão), na segunda fase

Competição europeia: nenhuma

Artilheiro: Clint Leemans (meio-campista/atacante) e Mike van Duinen (atacante), ambos com 3 gols

Objetivo do início: escapar do rebaixamento

Avaliação: Até agora, os Zwollenaren cumprem o objetivo. Porém, o excesso de empates ainda deixa fortes desconfianças sobre a capacidade de se manter em posição segura. Ainda fica a dúvida sobre como (e se) interferirá no time o fim de ciclo de trabalho sob o técnico John Stegeman

Pode um time pequeno, mesmo obtendo bons resultados (como o 2 a 1 no Vitesse, de virada, na 11ª rodada), mesmo seguindo no meio da tabela, seguir atraindo certa desconfiança sobre suas possibilidades efetivas na temporada? Pode... se esse time for o Zwolle. Afinal de contas, os "Dedos Azuis" tiveram um excesso de empates diante de adversários até diretos na fuga das últimas posições: por exemplo, o 1 a 1 contra o RKC Waalwijk (4ª rodada) ou o 0 a 0 com o Emmen (13ª rodada). E contra adversários mais fortes, o único destaque foi a supracitada vitória contra o Vitesse. Com muita bondade, os empates contra Utrecht e AZ entram na lista. De resto, nenhuma surpresa dessas que catapultam um time. Além do mais, há certa indecisão sobre a escalação de alguns jogadores. Tome-se por exemplo Sai van Wermeskerken: vai e vem entre defesa e meio-campo, sem se estabilizar. A mesma coisa com Yuta Nakayama, ora jogando na zaga (sua posição de origem), ora improvisado no meio. 

Dali para frente, a indecisão aumenta mais. Eliano Reijnders - boa revelação -, Dean Huiberts, Immanuel Pherai: todos eles se alternam entre o campo e o banco, sem causar mudança real no jogo dos Zwollenaren. Talvez, a única alteração digna de nota tenha sido no meio da área, onde Mike van Duinen fez por merecer tirar de Reza "Gucci" Ghoochannejhad o título de "homem-gol". A sorte do Zwolle é que, com a inconstância de quem vem atrás - e a útil vitória sobre o ADO Den Haag, na 14ª rodada antes da pausa de inverno -, ele se estabilizou na 11ª posição. Porém, saber desde já que o técnico John Stegeman sairá ao fim da temporada não deixa de ser um sinal de que há coisas a serem corrigidas. Até para evitar outra temporada de sofrimento contra a ameaça de repescagem/rebaixamento, deixando os torcedores mais tranquilos.