O PSV agradece: Navarone Foor mostrou que o NEC seria duro adversário para o Ajax. E foi, arrancando empate (ANP/Pro Shots) |
De Graafschap 3x0 Roda JC (sexta-feira, 11 de março)
Embora tenha tido melhores resultados nas últimas rodadas - e até mostre mais técnica do que o De Graafschap -, o Roda JC não teve a menor esperança de um bom resultado no jogo que abriu a rodada. Desde o início da partida no estádio De Vijverberg, os mandantes foram muito melhores. Mostraram o tradicional ânimo, mas também tiveram um pouco mais de técnica. Vista, por exemplo, no primeiro gol, aos 30 minutos do primeiro tempo: após cruzamento de Cas Peters, Youssef El Jebli tirou dois zagueiros da jogada com um drible de corpo, e chutou colocado para fazer o primeiro gol dos Superboeren (e seu primeiro pela Eredivisie). A torcida, já animada, se empolgou a ponto de não parar nem mesmo com o acidente que interrompeu a partida por alguns minutos: logo após o gol, uma placa eletrônica de publicidade caiu do lado de dentro do gramado. Os próprios adeptos ajudaram a erguê-la.
No segundo tempo, precisando empatar, o Roda JC criou mais chances. Mas três momentos praticamente definiram o clima e o resultado do jogo. Aos dois minutos, Rydell Poepon perdeu chance clara de gol, chutando para defesa do goleiro Hidde Jurjus. Aos cinco, o De Graafschap fez 2 a 0: Mark Diemers cobrou escanteio, e Robin Pröpper subiu para cabecear e marcar o gol. Pouco depois, aos quinze, uma oportunidade valiosa para os Koempels voltarem ao jogo: Nathaniel Will agarrou Arjan Swinkels na área, e o juiz marcou o pênalti... que Jurjus agarrou sem dar rebote, após cobrança de Poepon. Ali o De Graafschap definitivamente mostrou que o dia era seu. Nem mesmo a entrada do reserva Maecky Ngombo, que costuma deixar sua marca nas redes tão logo sai do banco, animou os visitantes desta vez. Para completar, o atacante reserva Piotr Parzyszek ainda fez 3 a 0, nos acréscimos, logo após substituir El Jebli. Era a confirmação de uma vitória merecida, que novamente tirou o De Graafschap da última posição.
Twente 2x1 Zwolle (sábado, 12 de março)
Ziyech e Cabral, os destaques habituais, apareceram para salvar o Twente de novo (Gerrit van Keulen/VI Images) |
A temporada do Twente tem sido um turbilhão de emoções. Fora de campo, os problemas econômicos que talvez forcem o clube até a deixar o futebol profissional por um tempo; dentro, pelo menos neste returno, a equipe mostra uma aplicação elogiável o suficiente para tirá-la das últimas colocações, levando-a a uma posição mais confortável na tabela. A torcida reconheceu isso: antes do jogo, milhares de pessoas se dirigiram ao estádio com gritos de apoio ao clube e uma faixa: "Twente leeft" ("O Twente vive"). Mas tudo levava a crer que os Tukkers novamente viveriam um dia melancólico em casa. No gramado do Grolsch Veste, o Zwolle dominou o primeiro tempo. Até demorou para fazer o primeiro gol: aos 28 minutos, Wouter Marinus cobrou falta, e o goleiro Nick Marsman rebateu a bola com um soco. Na sequência da jogada, então, Dirk Marcellis cruzou para a área, e Kingsley Ehizibue completou para o gol, fazendo 1 a 0. Em vantagem, os Zwollenaren sequer sofriam pressão dos mandantes.
No segundo tempo, tudo mudou. E não demorou quase nada para o Twente renascer no jogo, graças a um destaque há muito conhecido, e quase sempre confiável: Hakim Ziyech. O marroquino fez mais uma das suas para empatar o jogo, com seu 15º gol na temporada: aos dois minutos, dominou a bola pela direita, cortou para a esquerda e bateu colocado, mandando a bola no ângulo canhoto do arqueiro Mickey van der Hart. A igualdade animou os Tukkers, que foram atrás da virada. E ela também não demorou muito para chegar. Aos 12 minutos, Jerson Cabral repetiu Ziyech: veio pela direita, ajeitou com a perna esquerda, chutou, gol. 2 a 1, a quarta vitória seguida em casa, a sexta de todo o ano. A reação em campo comprovou o que a faixa da torcida dizia: sim, o Twente vive. As dificuldades não acabaram, e provavelmente imporão tempos difíceis. Mas o Twente vive.
O PSV de Luuk de Jong tropeçou inesperadamente contra o Heerenveen: pelo menos o atacante marcou (Broer van den Boom Fotografie/VI Images) |
PSV 1x1 Heerenveen (sábado, 12 de março)
Quem tem, tem medo. Vivendo uma temporada bastante irregular, o Heerenveen ainda jogaria contra o PSV sem o volante Joey van den Berg, suspenso pela expulsão contra o Utrecht. Com o cenário nada auspicioso que teria - jogar fora de casa, contra o líder do Campeonato Holandês -, o técnico Foppe de Haan decidiu-se por um esquema contido: 4-4-2, apenas com Morten Thorsby a armar o jogo para Mitchell te Vrede e Sam Larsson tentarem algo na frente. Enquanto isso, os Boeren estavam tranquilos: sem nenhum desfalque entre os titulares habituais, Luciano Narsingh já foi escalado no Philips Stadion, para ganhar algum entrosamento com vistas ao importantíssimo jogo da terça-feira, contra o Atlético de Madrid, pela volta das oitavas de final da Liga dos Campeões.
Eis que o Heerenveen saiu ganhando nesse cenário. Num 4-4-2 bem compactado, os frísios deixaram o PSV com a função de criar as jogadas. Todavia, exatamente pela compactação dos visitantes, nenhum dos meio-campistas (Marco van Ginkel, Andrés Guardado ou Davy Pröpper) tinha espaço para tanto - minorando, pois, a participação de Luuk de Jong, Narsingh e Jürgen Locadia. A única chance que o time da casa teve para marcar foi aos 22 minutos: na entrada da área, a bola sobrou meio acidentalmente para Pröpper, que bateu por cima do gol defendido por Erwin Mulder. Já o Heerenveen só se arriscou de fato aos 35: Larsson arriscou de fora da área, e o goleiro Jeroen Zoet rebateu perigosamente, sem que Te Vrede conseguisse dominar a sobra. A vaia da torcida dos Eindhovenaren ao final dos primeiros 45 minutos deixava claro: algo tinha de mudar, após o empate sem gols e o jogo truncado que os visitantes alviazuis impunham.
De fato, mudou. Mais confiante, o Heerenveen foi para o ataque: já no intervalo, o meio-campo foi mudado, com a entrada de Branco van den Boomen, mais ofensivo, na vaga do zagueiro Joost van Aken (e Jeremiah "Jerry" St. Juste recuou para o miolo de zaga), mudando o esquema para o 4-3-3. Verdade que isso trouxe mais pressão no começo da etapa final: já aos cinco minutos, Jeffrey Bruma arriscou o chute, forçando defesa difícil de Mulder, e na sequência Pröpper pegou a sobra de primeira e quase fez belíssimo gol. Só que a recompensa por suportar a pressão veio rapidamente para o Heerenveen: aos oito minutos, Larsson fez passe inteligente em profundidade e deixou Te Vrede livre para tocar na saída de Zoet, encerrando sua invencibilidade de 413 minutos sem sofrer gols. Incrível, mas merecido: o PSV estava perdendo em casa.
A pressão só aumentou, e nem demorou muito para vir o empate: já aos 12 minutos, Narsingh cruzou da direita e Luuk de Jong pintou livre na pequena área para cabecear e marcar seu 19º gol na Eredivisie. Aí, sim, o PSV deu mostras da razão de ser o líder do campeonato: dominou o jogo daí por diante. Contudo, novamente teve dificuldades em superar defesas fechadas. Aos 32 minutos, a maior chance: Van Ginkel chutou de fora da área, Mulder rebateu, e Gastón Pereiro (substituto de Narsingh) arrematou torto na sobra, mandando para fora. Outro a entrar em campo, Maxime Lestienne teve má atuação, desperdiçando jogadas. Bem segura e esforçada, a defesa do Heerenveen até conteve lances perigosos - como aos 43, quando Kenny Otigba desarmou De Jong no momento exato da finalização. E os frísios conseguiram o imprevisto: tiraram pontos do PSV em Eindhoven, no primeiro tropeço da equipe pela liga em 2016. Pelo menos, o Ajax também falhou ao tentar tomar a liderança.
Willem II 0x2 AZ (sábado, 12 de março)
Quem tem, tem medo. Vivendo uma temporada bastante irregular, o Heerenveen ainda jogaria contra o PSV sem o volante Joey van den Berg, suspenso pela expulsão contra o Utrecht. Com o cenário nada auspicioso que teria - jogar fora de casa, contra o líder do Campeonato Holandês -, o técnico Foppe de Haan decidiu-se por um esquema contido: 4-4-2, apenas com Morten Thorsby a armar o jogo para Mitchell te Vrede e Sam Larsson tentarem algo na frente. Enquanto isso, os Boeren estavam tranquilos: sem nenhum desfalque entre os titulares habituais, Luciano Narsingh já foi escalado no Philips Stadion, para ganhar algum entrosamento com vistas ao importantíssimo jogo da terça-feira, contra o Atlético de Madrid, pela volta das oitavas de final da Liga dos Campeões.
Eis que o Heerenveen saiu ganhando nesse cenário. Num 4-4-2 bem compactado, os frísios deixaram o PSV com a função de criar as jogadas. Todavia, exatamente pela compactação dos visitantes, nenhum dos meio-campistas (Marco van Ginkel, Andrés Guardado ou Davy Pröpper) tinha espaço para tanto - minorando, pois, a participação de Luuk de Jong, Narsingh e Jürgen Locadia. A única chance que o time da casa teve para marcar foi aos 22 minutos: na entrada da área, a bola sobrou meio acidentalmente para Pröpper, que bateu por cima do gol defendido por Erwin Mulder. Já o Heerenveen só se arriscou de fato aos 35: Larsson arriscou de fora da área, e o goleiro Jeroen Zoet rebateu perigosamente, sem que Te Vrede conseguisse dominar a sobra. A vaia da torcida dos Eindhovenaren ao final dos primeiros 45 minutos deixava claro: algo tinha de mudar, após o empate sem gols e o jogo truncado que os visitantes alviazuis impunham.
De fato, mudou. Mais confiante, o Heerenveen foi para o ataque: já no intervalo, o meio-campo foi mudado, com a entrada de Branco van den Boomen, mais ofensivo, na vaga do zagueiro Joost van Aken (e Jeremiah "Jerry" St. Juste recuou para o miolo de zaga), mudando o esquema para o 4-3-3. Verdade que isso trouxe mais pressão no começo da etapa final: já aos cinco minutos, Jeffrey Bruma arriscou o chute, forçando defesa difícil de Mulder, e na sequência Pröpper pegou a sobra de primeira e quase fez belíssimo gol. Só que a recompensa por suportar a pressão veio rapidamente para o Heerenveen: aos oito minutos, Larsson fez passe inteligente em profundidade e deixou Te Vrede livre para tocar na saída de Zoet, encerrando sua invencibilidade de 413 minutos sem sofrer gols. Incrível, mas merecido: o PSV estava perdendo em casa.
A pressão só aumentou, e nem demorou muito para vir o empate: já aos 12 minutos, Narsingh cruzou da direita e Luuk de Jong pintou livre na pequena área para cabecear e marcar seu 19º gol na Eredivisie. Aí, sim, o PSV deu mostras da razão de ser o líder do campeonato: dominou o jogo daí por diante. Contudo, novamente teve dificuldades em superar defesas fechadas. Aos 32 minutos, a maior chance: Van Ginkel chutou de fora da área, Mulder rebateu, e Gastón Pereiro (substituto de Narsingh) arrematou torto na sobra, mandando para fora. Outro a entrar em campo, Maxime Lestienne teve má atuação, desperdiçando jogadas. Bem segura e esforçada, a defesa do Heerenveen até conteve lances perigosos - como aos 43, quando Kenny Otigba desarmou De Jong no momento exato da finalização. E os frísios conseguiram o imprevisto: tiraram pontos do PSV em Eindhoven, no primeiro tropeço da equipe pela liga em 2016. Pelo menos, o Ajax também falhou ao tentar tomar a liderança.
O de sempre nos últimos tempos do AZ: Janssen festejado, mais uma vitória (ANP/Pro Shots) |
Pelo que se viu no estádio Koning Willem II, neste sábado, ficou claro que as derrotas para Ajax (Holandês) e Feyenoord (semifinal da Copa da Holanda) foram apenas tropeços, e não perturbaram em nada o ótimo papel que o time de Alkmaar faz neste ano. Porque o AZ dominou completamente os mandantes de Tilburg. Nem mesmo as ausências dos lesionados Markus Henriksen e Dabney dos Santos afetaram a imposição ofensiva dos Alkmaarders. Tudo graças à boa atuação do trinitário Levi Garcia, com dribles rápidos pela ponta esquerda. E, como sói acontecer, graças a Vincent Janssen: mostrando ótima fase dentro da área, o atacante se credencia mais e mais como um dos melhores jogadores da Eredivisie desta temporada. Merece plenamente a pré-convocação (que, salvo acidente, certamente será efetivada) de Danny Blind para os amistosos da seleção holandesa contra França e Inglaterra, ainda neste mês. Voltando ao jogo: de certa forma, o AZ repetiu neste sábado a história vista na rodada passada, contra o Excelsior. Dominou o jogo desde o começo, mas mostrou algum nervosismo excessivo no primeiro tempo
Tanto que o lance mais comentado dos primeiros 45 minutos não foi uma jogada, mas o pênalti que Janssen reclamou ter sofrido do zagueiro Jordens Peters. E o Willem II teve até mesmo boa chance de marcar, aos 32 minutos: Rochdi Achenteh cobrou falta, e a bola foi no travessão. De quebra, Janssen teve gol anulado por (justo) impedimento, aos 45. Mas a etapa final não deixou falsas esperanças aos Tricolores. Já aos cinco minutos, o lateral direito Derrick Luckassen quase marcou para o AZ: cabeceou a bola no travessão. Até que, enfim, Janssen pôs fim à demora. Aos 25 minutos, Funso Ojo colocou a mão na bola dentro da área. Pênalti, cartão amarelo dado a Ojo pelo juiz Edwin de Graaf, e o atacante do AZ fez 1 a 0. Mais um pouco e, aos 31 minutos, Janssen recebeu passe em profundidade de Joris van Overeem (substituto de Henriksen) e marcou o 2 a 0 final. Foi seu 19º gol na temporada: enfim, está empatado com Luuk de Jong como goleador principal do Campeonato Holandês. Janssen merecia faz tempo. E o AZ merece a sequência de sua boa fase.
Excelsior 2x1 Groningen (sábado, 12 de março)
Não é à toa que Erwin van de Looi já anunciou faz tempo que deixará o Groningen ao fim da temporada (por sinal, nesta semana seu substituto foi anunciado: Ernest Faber, do NEC). Os nortistas têm sofrido demais com a falta de definição nas escalações e no esquema tático. O resultado é sensível: quatro derrotas nas quatro rodadas anteriores, antes de visitarem o Excelsior. Pior: Michael de Leeuw, o atacante mais confiável dos Groningers, novamente ficou no banco. Pior ainda: mesmo tendo qualidade técnica maior do que a do Excelsior, que peleja na zona de repescagem/rebaixamento, o Groningen foi plenamente superado na partida jogada em Roterdã. Desde o começo, os Kralingers estiveram melhores contra um Groningen taticamente perdido.
No entanto, exatamente pela falta de qualidade técnica, os mandantes não criaram chances que dessem trabalho ao goleiro Sergio Padt, configurando um primeiro tempo fraco. Mas na etapa final, aproveitaram as chances. A primeira delas, num erro adversário: aos quatro minutos, o lateral esquerdo Lorenzo Burnet errou num recuo, e deu a bola a Rick Kruys, que cruzou para Tom van Weert escorar e fazer 1 a 0. Aos nove, Brandley Kuwas foi derrubado na área por Juninho Bacuna: pênalti, e Jeff Stans mandou para as redes. Só então Van de Looi mudou um pouco seu esquema. Enfim, De Leeuw e Oussama Idrissi entraram em campo, mobilizando mais o ataque visitante. E deles saiu o gol que diminuiu a vantagem do Excelsior, aos 26 minutos: Idrissi chutou na trave, e De Leeuw pegou o rebote para marcar. Ainda assim, as chances criadas não levaram ao empate. E o Excelsior conseguiu importante vitória: mesmo ainda na antepenúltima posição, igualou a pontuação do Willem II, primeiro fora da zona de repescagem/rebaixamento. Já o Groningen viu se agravar o clima de fim de festa: caiu para a 12ª posição, perdendo terreno na disputa por vaga nos play-offs por Liga Europa.
Não é à toa que Erwin van de Looi já anunciou faz tempo que deixará o Groningen ao fim da temporada (por sinal, nesta semana seu substituto foi anunciado: Ernest Faber, do NEC). Os nortistas têm sofrido demais com a falta de definição nas escalações e no esquema tático. O resultado é sensível: quatro derrotas nas quatro rodadas anteriores, antes de visitarem o Excelsior. Pior: Michael de Leeuw, o atacante mais confiável dos Groningers, novamente ficou no banco. Pior ainda: mesmo tendo qualidade técnica maior do que a do Excelsior, que peleja na zona de repescagem/rebaixamento, o Groningen foi plenamente superado na partida jogada em Roterdã. Desde o começo, os Kralingers estiveram melhores contra um Groningen taticamente perdido.
No entanto, exatamente pela falta de qualidade técnica, os mandantes não criaram chances que dessem trabalho ao goleiro Sergio Padt, configurando um primeiro tempo fraco. Mas na etapa final, aproveitaram as chances. A primeira delas, num erro adversário: aos quatro minutos, o lateral esquerdo Lorenzo Burnet errou num recuo, e deu a bola a Rick Kruys, que cruzou para Tom van Weert escorar e fazer 1 a 0. Aos nove, Brandley Kuwas foi derrubado na área por Juninho Bacuna: pênalti, e Jeff Stans mandou para as redes. Só então Van de Looi mudou um pouco seu esquema. Enfim, De Leeuw e Oussama Idrissi entraram em campo, mobilizando mais o ataque visitante. E deles saiu o gol que diminuiu a vantagem do Excelsior, aos 26 minutos: Idrissi chutou na trave, e De Leeuw pegou o rebote para marcar. Ainda assim, as chances criadas não levaram ao empate. E o Excelsior conseguiu importante vitória: mesmo ainda na antepenúltima posição, igualou a pontuação do Willem II, primeiro fora da zona de repescagem/rebaixamento. Já o Groningen viu se agravar o clima de fim de festa: caiu para a 12ª posição, perdendo terreno na disputa por vaga nos play-offs por Liga Europa.
Utrecht 2x2 ADO Den Haag (domingo, 13 de março)
Parecia mais um dia tranquilo para o Utrecht, durante o primeiro tempo. Jogando em casa, os Utregs dominaram completamente o ADO Den Haag, com a ofensividade que tem sido a tônica na equipe desta temporada. Os alvirrubros não foram perturbados nem mesmo pela lesão que vitimou o zagueiro Timo Letschert, pré-convocado por Danny Blind para a seleção holandesa (logo aos 14 minutos, Letschert caiu de mau jeito e lesionou o ombro, tendo de dar lugar a Ruben Ligeon). E a superioridade foi confirmada graças aos dois grandes destaques do time da casa nesta Eredivisie. Aos 38, Sébastien Haller fez um dos gols mais bonitos da rodada: recebeu passe alto de Christian Kum, dominou com a perna e bateu de voleio para as redes, fazendo 1 a 0 com seu 14º gol na temporada. Pouco depois, aos 42 minutos, Ruud Boymans completou cruzamento de Andreas Ludwig, ampliando a vantagem.
Mas o início deste minitexto disse bem: parecia mais uma dia tranquilo. Apenas parecia. O ADO Den Haag se valeu das indecisões dos mandantes para equilibrar novamente o jogo, no segundo tempo. Logo aos três minutos, Danny Bakker cobrou falta e marcou o primeiro do time de Haia - o goleiro Robbin Ruiter poderia ter coberto melhor seu ângulo. Mais algum tempo e, aos 17, Mike Havenaar deixou a bola nas redes pela 13ª vez na temporada: Édouard Duplan cruzou, e o japonês cabeceou, empatando o jogo. Nada mais apropriado para contentar o mecenas Hui Wang (enfim, apareceu na Holanda!) do que uma reação assim. E após Ruud Boymans quase recolocar os Utregs na frente, o terceiro gol quase veio para os visitantes, diante de um Utrecht inseguro na defesa: Ruben Schaken, vindo do banco, teve boa chance nos acréscimos, mas Kum tirou em cima da linha. Mesmo assim, o empate foi bom para o Den Haag - e fez o Utrecht perder um pouco de fôlego nas primeiras posições da tabela.
Parecia mais um dia tranquilo para o Utrecht, durante o primeiro tempo. Jogando em casa, os Utregs dominaram completamente o ADO Den Haag, com a ofensividade que tem sido a tônica na equipe desta temporada. Os alvirrubros não foram perturbados nem mesmo pela lesão que vitimou o zagueiro Timo Letschert, pré-convocado por Danny Blind para a seleção holandesa (logo aos 14 minutos, Letschert caiu de mau jeito e lesionou o ombro, tendo de dar lugar a Ruben Ligeon). E a superioridade foi confirmada graças aos dois grandes destaques do time da casa nesta Eredivisie. Aos 38, Sébastien Haller fez um dos gols mais bonitos da rodada: recebeu passe alto de Christian Kum, dominou com a perna e bateu de voleio para as redes, fazendo 1 a 0 com seu 14º gol na temporada. Pouco depois, aos 42 minutos, Ruud Boymans completou cruzamento de Andreas Ludwig, ampliando a vantagem.
Mas o início deste minitexto disse bem: parecia mais uma dia tranquilo. Apenas parecia. O ADO Den Haag se valeu das indecisões dos mandantes para equilibrar novamente o jogo, no segundo tempo. Logo aos três minutos, Danny Bakker cobrou falta e marcou o primeiro do time de Haia - o goleiro Robbin Ruiter poderia ter coberto melhor seu ângulo. Mais algum tempo e, aos 17, Mike Havenaar deixou a bola nas redes pela 13ª vez na temporada: Édouard Duplan cruzou, e o japonês cabeceou, empatando o jogo. Nada mais apropriado para contentar o mecenas Hui Wang (enfim, apareceu na Holanda!) do que uma reação assim. E após Ruud Boymans quase recolocar os Utregs na frente, o terceiro gol quase veio para os visitantes, diante de um Utrecht inseguro na defesa: Ruben Schaken, vindo do banco, teve boa chance nos acréscimos, mas Kum tirou em cima da linha. Mesmo assim, o empate foi bom para o Den Haag - e fez o Utrecht perder um pouco de fôlego nas primeiras posições da tabela.
Heracles Almelo 3x1 Cambuur (domingo, 13 de março)
Em queda livre no returno, o Heracles entrou em campo com um objetivo: vencer e acabar com a sequência de quatro jogos sem vitória. "Oras, e o Cambuur também não queria a vitória?", pensará o leitor. Sim, obviamente era esse, também, o objetivo dos visitantes. Só que a razão era diferente: deixar novamente a última posição da Eredivisie com o De Graafschap, que vencera na sexta. Pois bem: com maior qualidade técnica, o Heracles chegava com mais constância ao gol adversário, durante o primeiro tempo. Quase marcou, aos 22: Thomas Bruns cruzou, e Wout Weghorst completou na trave. Só que, inesperadamente, um chute do irlandês Jack Byrne, de fora da área, aos 32 minutos, deu o 1 a 0 muito bem vindo (e imerecido) ao Cambuur.
Só restou aos Heraclieden continuar criando chances em busca da virada. E a recompensa, afinal, veio no segundo tempo. Aos quatro minutos, Weghorst aproveitou um rebote, após defesa do goleiro Leonard Nienhuis em um primeiro chute seu, para empatar o jogo. A entrada de Robin Gosens fortaleceu a criação de jogadas no meio-campo, ampliando a pressão contra os atarantados Leeuwarders. Até que, aos 32 minutos, o próprio Gosens virou o jogo, de voleio. Aí, o técnico Marcel Keizer colocou mais um atacante de área no Cambuur: Kevin van Veen. Não só foi infrutífero, como o Heracles ainda teve mais um gol: aos 44, Iliass Bel Hassani fez 3 a 1 e confirmou a volta dos Almelöers às vitórias. E, por tabela, ainda deixou o Cambuur novamente na lanterna da Eredivisie.
Vitesse 0x2 Feyenoord (domingo, 13 de março)
Em queda livre no returno, o Heracles entrou em campo com um objetivo: vencer e acabar com a sequência de quatro jogos sem vitória. "Oras, e o Cambuur também não queria a vitória?", pensará o leitor. Sim, obviamente era esse, também, o objetivo dos visitantes. Só que a razão era diferente: deixar novamente a última posição da Eredivisie com o De Graafschap, que vencera na sexta. Pois bem: com maior qualidade técnica, o Heracles chegava com mais constância ao gol adversário, durante o primeiro tempo. Quase marcou, aos 22: Thomas Bruns cruzou, e Wout Weghorst completou na trave. Só que, inesperadamente, um chute do irlandês Jack Byrne, de fora da área, aos 32 minutos, deu o 1 a 0 muito bem vindo (e imerecido) ao Cambuur.
Só restou aos Heraclieden continuar criando chances em busca da virada. E a recompensa, afinal, veio no segundo tempo. Aos quatro minutos, Weghorst aproveitou um rebote, após defesa do goleiro Leonard Nienhuis em um primeiro chute seu, para empatar o jogo. A entrada de Robin Gosens fortaleceu a criação de jogadas no meio-campo, ampliando a pressão contra os atarantados Leeuwarders. Até que, aos 32 minutos, o próprio Gosens virou o jogo, de voleio. Aí, o técnico Marcel Keizer colocou mais um atacante de área no Cambuur: Kevin van Veen. Não só foi infrutífero, como o Heracles ainda teve mais um gol: aos 44, Iliass Bel Hassani fez 3 a 1 e confirmou a volta dos Almelöers às vitórias. E, por tabela, ainda deixou o Cambuur novamente na lanterna da Eredivisie.
Demorou para a estratégia do Feyenoord dar certo. Mas, uma hora, Kramer acertou, e a vitória veio (Feyenoord.nl) |
O caminho era pelas pontas. Desde o início do jogo na cidade de Arnhem, ficou claro que as duas equipes apostavam nos lados para chegarem ao gol. Pelo Vitesse, Renato Ibarra e Milot Rashica avançavam constantemente, para tentar ajudar Isaiah Brown, isolado no ataque; no Feyenoord, exatamente para dar mais velocidade aos lados ofensivos, Dirk Kuyt foi recuado ao meio-campo, para criar as jogadas, enquanto Jens Toornstra começou a partida pela direita. Porém, se ambos os adversários sabiam que o caminho era pelas pontas, as defesas também sabiam. Resultado: defesas congestionadas, com as linhas de quatro defensores auxiliadas pelos volantes. E pouquíssimas chances apareceram no primeiro tempo. A maior delas, do Feyenoord: aos 23 minutos, Eljero Elia apareceu pela esquerda e chutou cruzado, para defesa de Eloy Room, agarrando a bola. Pelo Vitesse, Lewis Baker até forçou o goleiro Kenneth Vermeer a fazer boa defesa aos 37, mas nada notável.
Na etapa final, as coisas se aceleraram um pouco mais. Pelas pontas, claro: os Arnhemmers tiveram boa chance com Ibarra, aos dez minutos, mas o equatoriano chutou cruzado para fora (acompanhando-o na marcação, Terence Kongolo teve séria distensão muscular, e teve de sair do jogo). Pouco depois, aos 24, Kuyt deixou o campo - já com cartão amarelo, está suspenso para a próxima rodada -, dando lugar a Bilal Basaçikoglu. Foi a mudança que o Feyenoord queria. As jogadas pelas pontas voltaram a ser aceleradas. E, enfim, o Stadionclub chegou ao gol: aos 29 minutos, Rick Karsdorp acelerou pela direita, recebeu a bola e cruzou para Michiel Kramer escorar, fazendo 1 a 0.
Só então, em desvantagem, é que o time da casa decidiu fortalecer o ataque, com as entradas em campo de Kelvin Leerdam, no meio, e Zhang Yuning, na frente. Mas os aurinegros apelaram para o abafa com bolas inócuas lançadas na área, facilmente rebatidas pela defesa do Feyenoord. E enfim, de novo pelo lado direito, no fim do jogo, veio o gol que desafogou os visitantes: aos 43 minutos, Basaçikoglu dominou e bateu colocado, na entrada da área, fazendo 2 a 0. Terceira vitória seguida dos Feyenoorders no Campeonato Holandês: se não dá mais para o título, pelo menos a fase mais aguda da crise passou.
Ajax 2x2 NEC (domingo, 13 de março)
Enfim, o que o Ajax tanto queria aconteceu. O PSV tropeçara, com o empate contra o Heerenveen. E o caminho estava aberto para a liderança do Campeonato Holandês. Para tanto, os Ajacieden teriam de vencer um NEC que vive sob uma importante turbulência: já confirmado como técnico do Groningen a partir da próxima temporada, Ernest Faber viu aumentar a pressão sobre si (não falta quem peça sua saída imediata do clube de Nijmegen). Todavia, se há crise, ela fica restrita ao banco de reservas, porque os Nijmegenaren mostraram uma escalação técnica o suficiente para ter criado o primeiro momento de perigo na Amsterdam Arena: logo aos dois minutos do primeiro tempo, Navarone Foor inverteu o jogo para Anthony Limbombe, e o atacante belga se esquivou da marcação de Mike van der Hoorn e Joël Veltman, entrando livre na área. Só Jasper Cillessen conseguiu evitar o gol, saindo bem para evitar o chute.
Então, os anfitriões começaram a impor o estilo habitual: posse de bola maciça, e criação mais acelerada. Não bastassem os três escalados na frente (Lasse Schöne, Arkadiusz "Arek" Milik e Amin Younes), todos os meio-campistas ajudavam no ataque. Riechedly Bazoer até cuidava mais da marcação, mas Nemanja Gudelj e Davy Klaassen se adiantavam bastante. Na primeira chance real, aos 14 minutos, uma troca de passes encontrou Klaassen na área, mas o capitão dos Amsterdammers chutou fraco para a defesa do goleiro Brad Jones. Dois minutos depois, veio o ansiado gol: Foor perdeu a bola na entrada da área, Gudelj retomou a posse, entrou na área, e chutou para Jones rebater. Na sobra, Milik fez o que um atacante digno do nome deve fazer: dominou, procurou o melhor ângulo de chute e, com classe, finalizou "cavando", tirando a bola dos três defensores que o cercavam e mandando para a rede. Era o 1 a 0 que ia colocando o Ajax na liderança da Eredivisie.
Mas já se comentou aqui: o NEC era técnico. E com tanta gente avançando e mantendo a posse de bola na frente, a defesa do Ajax ficava vulnerável. Um erro cometido, aos 19 minutos, e veio o empate: Foor dominou pela direita após passe do lateral Todd Kane, carregou a bola para o meio, se livrou da marcação de Nick Viergever e chutou no canto esquerdo, baixo, sem chances para Cillessen. O meio-campista se recuperava da falha no gol do Ajax, da melhor maneira possível: empatando o jogo. Restou aos mandantes criarem mais chances, mantendo a posse de bola. Todavia, a compactação dos visitantes no 4-4-2 impedia troca de passes pelo meio. Restou tentar algo pelas pontas. Como aos 33 minutos, quando Younes cruzou da esquerda e Milik dominou, chutando por cima do gol.
O segundo tempo começou do mesmo modo que o primeiro terminara. Pressão irrespirável do Ajax: aos dois minutos, cruzamento da esquerda, e Milik completou de cabeça para boa defesa de Jones. Depois, a resposta do NEC: aos quatro minutos, Limbombe trouxe a bola até a área pela esquerda, cruzando para Christian Santos tentar uma bicicleta. Mas, aos seis minutos, a sorte sorriu de novo para os Ajacieden: Gudelj veio pela esquerda e tentou novo cruzamento. Antes mesmo de Milik chegar, a bola bateu no zagueiro Rens van Eijden e foi para as redes, recolocando o time da casa na frente do placar. Depois do 2 a 1, as coisas se tranquilizaram mais para o Ajax. Aos 13 minutos, em chute de fora da área, Bazoer quase fez o terceiro (mandou a bola na rede pelo lado externo). Aos 19, Milik tocou colocado, mas Jones impediu o gol, espalmando com a ponta dos dedos.
Fosse como fosse, o time da casa mantinha as coisas sob controle, e o NEC parecia entregue, sem muita velocidade nem muitos contragolpes. Até os 37 minutos, quando, do nada, veio o empate do time de Nijmegen: novamente, Kane veio veloz pela direita, cruzou para a área, e Christian Santos surgiu livre para fazer 2 a 2, cabeceando da pequena área. Mais impressionante ainda: aos 42, Joey Sleegers quase virou o jogo, chutando colocado para boa defesa de Cillessen. Viktor Fischer, vindo do banco, ainda chutou para boa defesa de Jones, nos acréscimos. E, enfim, o NEC conseguiu o empate merecido, por sua atuação respeitável em um bom jogo. Ao Ajax, resta lamentar uma chance de ouro perdida para retomar a liderança, pela falta de chances (e de finalizações). Em algum lugar de Eindhoven, sorrisos foram vistos na noite holandesa deste domingo. E só aumenta a ansiedade pelo jogo decisivo entre líder e vice-líder, no Philips Stadion, no próximo domingo.
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