O Sparta começou na frente, e esperava, enfim, uma vitória. O Heerenveen se esforçou, e Dumfries frustrou de vez o antigo clube (Pro Shots) |
Heerenveen 2x1 Sparta Rotterdam (sexta-feira, 26 de janeiro)
Com sete derrotas seguidas, o lanterna Sparta Rotterdam precisava (e precisa) se agarrar a qualquer resto de otimismo. Contra o Heerenveen, esse resto surgiu já aos três minutos de jogo: escanteio cobrado, Fred Friday desviou e o zagueiro Julian Chabot completou para o 1 a 0 dos visitantes de Roterdã. Mais: aos 5', um chute de Craig Goodwin mandou a bola sinuosamente, e o goleiro Martin Hansen teve de espalmar para fora, após rebote confuso. Parecia o dia dos Spartanen. Porém, aos 15', Reza Ghoochannejhad foi o algoz: novamente titular do Heerenveen, o atacante iraniano aproveitou a chance, empatando o jogo ao completar um contra-ataque.
A partir do 1 a 1, o jogo ficou equilibrado, com chances de parte a parte - a maior delas, aos 31', numa bicicleta de Yuki Kobayashi que passou muito perto da meta. Após o intervalo, o ritmo da partida diminuiu. Contudo, a primeira chance real para um gol no segundo tempo... foi, efetivamente, gol: aos 65', Denzel Dumfries aproveitou o espaço, avançou pela lateral direita e preferiu chutar ao invés de cruzar. Deu certo: a bola foi forte para o ângulo do goleiro Leonard Nienhuis. E o Heerenveen celebrou uma vitória também necessária (nas últimas oito partidas, apenas dois triunfos), e o Sparta amargou outra derrota. Com gol sofrido de um jogador que estava no clube até a temporada passada...
Groningen 3x3 Heracles Almelo (sábado, 27 de janeiro)
Jogadores do Heracles celebram o gol de empate. E o tento mereceu: Robin Pröpper fez o mais bonito da rodada (ANP/Pro Shots) |
No estádio Noordlease, os gols demoraram pouco entre um e outro, após um começo de poucas chances. Aos 28', o Groningen abriu o placar: Mimoun Mahi cruzou, um zagueiro rebateu de cabeça, a bola subiu, e Jesper Drost - novamente de cabeça - escorou para Tom van Weert completar e fazer 1 a 0. Mas a desvantagem do Heracles durou pouco: aos 34', numa perfeita cobrança de falta, Jamiro fez 1 a 1. Aí, apareceu novamente Mahi: ainda antes do intervalo, o marroquino participou das jogadas dos dois gols dos Groningers. Aos 43', chutou de longe, o goleiro Bram Castro rebateu, e à queima-roupa, Drost mandou para as redes. Mais dois minutos, e já veio o terceiro: Mahi veio da direita para o meio, e seu chute colocado mandou a esférica para o filó de Castro. Com a desvantagem, já no intervalo, o técnico John Stegeman fortaleceu o ataque dos visitantes de Almelo, colocando dois avantes (Paul Gladon e Brandley Kuwas).
Claro, houve mais vulnerabilidade a princípio - como aos 55', quando Django Warmerdam cruzou da esquerda, e o desvio de Mahi saiu rente à trave, quase fazendo o quarto do Groningen. Mas as mudanças acabaram compensando. Aos 63', após jogada individual, Brandley Kuwas cruzou a bola para Vincent Vermeij, que tocou para as redes e fez o segundo dos Heraclieden. Aí, sim, a pressão pelo empate cresceu. E aos 78', resultou num gol. E que gol: da direita, Robin Pröpper mandou a bola alta (cruzando ou chutando?). Adiantado demais, o goleiro Sergio Padt apenas a viu encobri-lo e parar nas redes, confirmando o 3 a 3 - e o gol mais bonito da rodada. O Heracles não vence em Groningen há seis anos, mas o empate teve certo gosto de vitória.
Zwolle 1x2 Vitesse (sábado, 27 de janeiro)
Claro, houve mais vulnerabilidade a princípio - como aos 55', quando Django Warmerdam cruzou da esquerda, e o desvio de Mahi saiu rente à trave, quase fazendo o quarto do Groningen. Mas as mudanças acabaram compensando. Aos 63', após jogada individual, Brandley Kuwas cruzou a bola para Vincent Vermeij, que tocou para as redes e fez o segundo dos Heraclieden. Aí, sim, a pressão pelo empate cresceu. E aos 78', resultou num gol. E que gol: da direita, Robin Pröpper mandou a bola alta (cruzando ou chutando?). Adiantado demais, o goleiro Sergio Padt apenas a viu encobri-lo e parar nas redes, confirmando o 3 a 3 - e o gol mais bonito da rodada. O Heracles não vence em Groningen há seis anos, mas o empate teve certo gosto de vitória.
O Vitesse festeja: aguentou a pressão do Zwolle e venceu fora de casa (ANP/Pro Shots) |
Mesmo jogando em casa, o Zwolle nem parecia o time valente que normalmente é nesta temporada: desde o começo, o Vitesse foi superior. Já poderia ter aberto o placar aos 4', quando um chute de Mason Mount foi espalmado pelo goleiro Diederik Boer. A chance foi ainda mais concreta aos 21': um passe de Tim Matavz deixou Mount cara a cara com Boer, mas o veterano goleiro teve paciência, esperou e defendeu o arremate do meio-campo inglês. Finalmente, aos 29', Bryan Linssen colocou o Vites na frente - e o 1 a 0 foi bonito, com o atacante girando para cima de Ruben Ligeon e batendo colocado. A saída de Ligeon (lesionado, deu lugar a Nicolás Freire aos 40') deu a impressão de que os anfitriões estavam ainda mais enfraquecidos.
Nada mais longe da verdade, como se viu no segundo tempo. Os Zwollenaren voltaram pressionando, e conseguiram o empate aos 58': Younes Namli arriscou de longe, da direita, e mandou a esférica no ângulo esquerdo do goleiro Remko Pasveer. Aí o jogo ficou animado: Mustafa Saymak quase virando o placar de calcanhar, aos 63', e o Vitesse suportou muita pressão. Até que saiu dela em grande estilo: aos 75', Mount fez o gol merecido, colocando o time de Arnhem na frente em excelente cobrança de falta. Restou aos mandantes buscar de novo o empate, e eles buscaram - quase conseguindo numa bicicleta de Stef Nijland, aos 87' (bola na trave), e numa falta de Philippe Sandler, aos 90'. Mas o Vitesse saiu com os três pontos de uma partida animada.
PSV fez 1 a 0 no começo do jogo, aguentou a pressão do Twente... até que nos acréscimos, Arias (esquerda) fez o 2 a 0: eficiência do líder impressiona (psv.nl) |
O primeiro ataque do PSV foi logo aos quatro minutos do primeiro tempo. E foi eficiente como sempre: Hirving Lozano passou a bola a Jorrit Hendrix, o volante inverteu o jogo com Steven Bergwijn, e o atacante cruzou da esquerda. A bola passou por todos na área, até Lozano cabecear levemente para as redes, fazendo 1 a 0. Os Boeren conseguiam um gol precoce, que os ajudaria a jogar como têm gostado: no contra-ataque. Assim quase conseguiram o segundo aos 11', quando Santiago Arias cruzou e Luuk de Jong chegou segundos atrasado. Ou aos 13', quando Joshua Brenet apareceu pela esquerda, mandou a bola na primeira trave, e ali Luuk de Jong cabeceou para a defesa do goleiro Joël Drommel. E os Eindhovenaren iam tocando para manter a posse de bola.
Chances, mesmo, o Twente só foi ter aos 26 minutos: num chute de longe, Oussama Assaidi forçou o goleiro Jeroen Zoet a rebater a bola. A mesma coisa ocorreu aos 30': Assaidi progrediu pela esquerda, passou por Arias e chutou para outra intervenção de Zoet. No lance seguinte, viu-se como o PSV pode ser perigoso nos contra-ataques: Daniel Schwaab deu um chutão, da zaga, e a bola só foi parar na frente, com Luuk de Jong. Coube a Drommel desviar para fora a finalização do camisa 9. Ainda apostando nos contragolpes, os Boeren tiveram valiosa chance numa bola parada: aos 38', Marco van Ginkel (recuperado de gripe, e titular) cobrou falta que Drommel rebateu com dificuldade.
Não faltou esforço ao Twente de Adam Maher (Ron Jonker, Anja Veurink ou Frank Hillen/FCtwente.nl) |
Pouco a pouco, o PSV voltou a assustar. Aos 72', Arias lançou Van Ginkel, e o camisa 10 dos Eindhovenaren bateu forte e cruzado, forçando Drommel a defender rebatendo. No minuto seguinte, foi a vez de Luuk de Jong tentar algo para o PSV, cabeceando para outra defesa do goleiro do Twente. Enquanto o Twente era só ataque, os Boeren esperavam a grande chance. Houve uma aos 88': a bola ficou com Hendrix num contragolpe, ele chegou à área, driblou Drommel... e errou o chute para definir, mandando para fora. No minuto seguinte, Luuk de Jong também poderia ter feito o 2 a 0, mas ficou sem ângulo ao tentar driblar Drommel, que afastou a bola. Mas no último minuto, o PSV conseguiu. Havia alguns minutos em campo, Mauro Júnior puxou contra-ataque, passou a Arias, este devolveu ao brasileiro, que deixou a bola limpa para o lateral bater forte no ângulo e garantir mais uma vitória do líder da Eredivisie. Vitória ganha a seu modo: sem brilho, com muita eficiência. O técnico do time derrotado até reclamou ("O PSV jogou um lixo de futebol", segundo Gertjan Verbeek). Mas não adianta mais chorar: os três pontos estão de novo na conta do líder.
O VVV-Venlo foi bem mais eficiente do que o NAC Breda: apenas duas chances - e numa delas, a vitória (vvv-venlo.nl) |
Em casa, o NAC Breda contou com seus melhores jogadores para criar mais chances no primeiro tempo. Um deles se sobressaiu: Manu García. Aos 13', foi do espanhol que saiu o passe para Giovanni Korte tocar na saída do goleiro Lars Unnerstall - mas o zagueiro Jerold Promes tirou em cima da linha. Depois, aos 35', chance perdida por certo egoísmo: Manu passou por quatro jogadores, mas ao invés de tocar para Thierry Ambrose, livre na área, preferiu chutar - e pegou mal, mandando a bola direto para as mãos de Unnerstall e causando óbvia raiva em Ambrose.
Só no final do primeiro tempo o VVV teve algo a buscar, num arremate de Vito van Crooij que passou por cima do gol. Na etapa complementar, seguiu a superioridade dos mandantes no estádio Rat Verlegh. E eles quase fizeram 1 a 0 aos 70', quando Rai Vloet cabeceou uma bola na trave, desviando falta cobrada por Angeliño. Porém, o que não fez, tomou: aos 73', Ralf Seuntjens escorou e Lennart Thy novamente mostrou seu valor para o time de Venlo, batendo firme para garantir o 1 a 0 dos visitantes, mantidos no meio da tabela.
Tagliafico cai, após sofrer falta de Klaiber: durante muito tempo, o jogo em Utrecht foi mais luta do que bola. Azar do Ajax (Pro Shots) |
No rápido reencontro de Erik ten Hag com o time que treinava até dezembro, o Ajax até quis trocar passes, mas fracassou, num gramado péssimo - e diante de uma equipe bem postada. Tanto que ela tentou mais. Na primeira vez que chegou à área, porém, o Ajax já marcou, aos 12' : um passe de Hakim Ziyech deixou Klaas-Jan Huntelaar livre no meio da área, e ele chutou para o gol. Porém, a comemoração foi frustrada pela anulação do juiz Danny Makkelie, apontando impedimento do camisa 9. As buscas continuavam: aos 21', Zakaria Labyad conseguiu dominar a bola suficientemente para mandá-la ao meio da área. Só que Frenkie de Jong se antecipou, impedindo a finalização de Gyrano Kerk.
Os visitantes responderam aos 25': um passe de Donny van de Beek deixou Nicolás Tagliafico livre na linha de fundo, mas o cruzamento rápido do argentino parou em Ramon Leeuwin, que tirou a bola da pequena área. Na sequência, Justin Kluivert mandou longe do gol. Mas na verdade verdadeira, só aos 30' veio algo mais merecedor de ser chamado de "chance": numa jogada individual, Ziyech trouxe a bola pelo meio, e arriscou de fora mesmo. O goleiro David Jensen espalmou para a linha de fundo. Algo parecido aconteceu aos 35': David Neres trouxe a bola da direita para o meio, e chutou forte, fazendo Jensen defender em dois tempos. Porém, mesmo durante essas duas chances, o jogo ficou até mais violento - algo visto em faltas como a obstrução de Huntelaar a Willem Janssen durante o chute de Ziyech (rendeu cartão amarelo ao camisa 9), e a dura entrada de Lukas Görtler sobre Tagliafico, também causando o cartão ao atacante do Utrecht.
Jean-Paul de Jong (à esquerda, em primeiro plano) viu o Utrecht ser um time esforçado. E surpreender o Ajax de seu antecessor e colega de comissão técnica Erik ten Hag (centro) (Pro Shots) |
Aos 77', Klaiber causou problemas ao goleiro do Ajax: o meia-direita recebeu a bola na entrada da área, de Ayoub, e bateu cruzado, mas Onana defendeu. Ziyech teria outra oportunidade para evitar o tropeço do Ajax: aos 81', numa falta na entrada da área, sua cobrança foi bem feita, mas também foi bem defendida por Jensen, que a espalmou para a linha de fundo - no escanteio da sequência, Huntelaar cabeceou para fora. A partir daí, virou ataque contra defesa: aos 84', um bate-rebate na área, com os Ajacieden chutando e os Utregs evitando, só foi interrompido de vez com a finalização de Kluivert e a ótima defesa de Jensen. A última chance foi no minuto final: Lasse Schöne cobrou falta cheia de efeito para o gol, e Jensen quase tomou o frango da rodada. Para sua sorte, o goleiro dinamarquês ainda pegou a bola em cima da linha. Görtler ainda teve uma expulsão bizarra nos acréscimos: já substituído havia muito tempo, atrapalhou Justin Kluivert a pegar a bola antes de um lateral e levou o segundo amarelo no banco de reservas. Mas nada poderia ajudar o Ajax a escapar de um tropeço que o deixou sete pontos atrás do líder PSV.
Berghuis teve todo o direito de comemorar: dois gols - um dos quais, golaço -, artilharia da Eredivisie e destaque na vitória do Feyenoord (Tom Bode/VI Images) |
Não demorou muito para o Feyenoord se impor em De Kuip. Logo aos quatro minutos de bola rolando, Nicolai Jorgensen desarmou um defensor, a bola ficou solta perto da área, e sobrou para Karim El Ahmadi, que bateu para fora. A chance seguinte veio numa triangulação longa entre os atacantes, aos 9': Steven Berghuis mandou da direita para Sam Larsson, invertendo o jogo. Da esquerda, o sueco devolveu ao ponta-direita, que já entrava na área. E deste a bola foi para Jorgensen, que escorou para fora. O ADO Den Haag até chegou num cruzamento de Sheraldo Becker, aos 10', que passou por Brad Jones sem o goleiro australiano agir. Mas o Feyenoord manteve a superioridade e a posse de bola - aparecendo em cruzamentos, como aos 15', com Tyrell Malacia. Aos 17', então, o perigo foi maior: Jorgensen fez o corta-luz, e a bola ficou à feição para o chute de Berghuis, que o goleiro Robert Zwinkels defendeu firme. E aos 24', após passe de Jens Toornstra, o atacante dinamarquês invadiu a área e chutou na trave.
Os visitantes de Haia só reapareceram aos 39', num cruzamento de Nasser El Khayati que Renato Tapia prontamente rebateu. Cinco minutos depois, Berghuis apareceu novamente com a bola pela direita, mas seu cruzamento passou direto por todos, indo para fora. Já nos acréscimos, Becker teve boa oportunidade para marcar, mas pegou fraco na bola em seu voleio. Foi a chance derradeira de um primeiro tempo em que o Den Haag sequer ameaçou o Stadionclub - cuja pressão diminuiu com o passar dos minutos. Com apenas segundos transcorridos no segundo tempo, o time de verde e amarelo assustou: El Khayati cruzou, mas Aaron Meijers falhou na finalização. O Feyenoord teve espaço aberto para o contra-ataque aos 50', quando Berghuis dominou e chegou à área - coube a Shaquille Pinas evitar que a bola fosse ao gol, afastando para escanteio.
Volta completa: aclamado pela torcida, Van Persie entrou no final do jogo, após 14 anos longe de De Kuip (Pro Shots) |
Como em boa parte do primeiro tempo, o Feyenoord seguia trocando passes, esperando o espaço para o ataque. Ele apareceu aos 54', e o time aproveitou: Berghuis recebeu a bola de Toornstra na direita, cruzou, e do outro lado apareceu Tonny Vilhena na área, para cabecear no contrapé de Zwinkels e fazer 1 a 0. O segundo já poderia ter aparecido aos 57', quando Sam Larsson mandou a bola na face externa da rede, de cabeça, aproveitando rebote de chute cruzado de Vilhena. Também poderia ter vindo aos 62', num toque de El Ahmadi que passou por Zwinkels, mas foi tirado em cima da linha por El Khayati. Mas o 2 a 0 foi para o placar mesmo aos 68'. E em grande estilo: após Elson Hooi tirar em cima da linha uma finalização de Jorgensen após escanteio, a jogada seguiu, e a bola parou com Berghuis. Da direita, o camisa 19 dos Feyenoorders arriscou chute colocado. Mandou a bola no ângulo de Zwinkels, fazendo outro golaço na rodada - seu 12º no campeonato, igualando Hirving Lozano no topo da tabela de goleadores.
O que não quer dizer que o Den Haag estava batido. O time auriverde provou isso com outro bonito tento no jogo, aos 71': em escanteio, Tom Beugelsdijk desviou de cabeça, e a bola sobrou para Lex Immers marcar com um voleio, de primeira, que levou a esférica ao canto direito de Brad Jones, que sequer esboçou reação. Aos 74', quase veio o empate da equipe de Haia, num chute de Becker que passou perto da trave direita de Jones. Estava iniciada a pressão dos Hagenaren em busca da igualdade. Aos 77', outra boa oportunidade: novamente com Becker, num voleio à queima-roupa rebatido com dificuldade por Jones. A tranquilidade só voltou quando um contra-ataque envolvendo os três destaques ofensivos do Feyenoord rendeu o 3 a 1: aos 80', Jorgensen segurou a bola num contra-ataque, até a chegada de Toornstra. Só aí passou ao meio-campista, que, da meia-lua, deu a bola a Berghuis, livre na direita, para chutar, fazer o seu 13º gol, se isolar como artilheiro da Eredivisie e garantir o primeiro triunfo do ano para o time. O alívio estava completo. Pôde-se até colocar Robin van Persie, de volta a De Kuip como jogador do Feyenoord, substituindo Jorgensen nos sete minutos finais.
Vancamp comemora o gol de empate, abraçado: começava aí a reação para o Roda JC voltar a vencer (Pro Shots) |
Aparentemente, seria mais uma rodada melancólica para os Koempels, penúltimos colocados na Eredivisie. Já com cerca de dez minutos, Milan Massop teve a chance de abrir o placar para o Excelsior. Aos 16', Massop fez: Hicham Faik cobrou falta, e o lateral esquerdo completou de cabeça deixando os visitantes de Roterdã na frente. Aí, algo começou a mudar: as chances vieram para o Roda. Aos 31 minutos, Donis Avdijaj arriscou, e a bola desviou no zagueiro Jurgen Mattheij, saindo por cima. Enfim, no último minuto do primeiro tempo, veio o empate: Mikhail Rosheuvel deixou Jorn Vancamp livre na área, e o atacante belga conferiu com um chute forte para o 1 a 1.
O time da casa continuou animado na volta do intervalo. Primeiro, Avdijaj mandou na rede pelo lado de fora; depois, aos 51', a virada chegou, novamente com Rosheuvel participando - ele cruzou, e Dani Schahin completou de cabeça para fazer 2 a 1. Houve drama aos 64', quando Mike van Duinen cabeceou e quase empatou. Depois, aos 77', Stanley Elbers mandou a bola rente à trave. Mas o Roda JC se segurou. Viu o Excelsior ficar com dez homens nos acréscimos, com o segundo cartão amarelo e a consequente expulsão de Luigi Bruins. E enfim, pôde comemorar sua primeira vitória no campeonato desde dezembro, abrindo quatro pontos de vantagem ao lanterna Excelsior.
Alireza sai para comemorar: outra vez, o iraniano se destacou na vitória fácil do AZ (Gerrit van Keulen/VI Images) |
Sem Wout Weghorst, suspenso, o técnico John van den Brom tinha alguma preocupação em como ficaria o ataque do AZ - acabou optando por improvisar Mats Seuntjens no meio do ataque. De todo modo, qualquer temor acabou rapidamente para os visitantes de Alkmaar: já aos seis minutos, Alireza Jahanbakhsh lançou o próprio Seuntjens, e o camisa 20 fez 1 a 0 contra o Willem II. Com facilidade total para avançar (principalmente pela direita), o segundo gol veio rapidamente, e do mesmo jeito: Oussama Idrissi lançou, Alireza dominou, bola do iraniano para as redes dos Tricolores. Que, pela vez deles, só tiveram um momento de perigo: aos 44', quando Bartholomew Ogbeche cabeceou, e o goleiro Marco Bizot ainda evitou o gol - visivelmente tirando a bola já dentro da meta.
Mas antes disso acontecer, os Alkmaarders já haviam tido ótima chance para o terceiro gol - aos 33', com Idrissi, que tocou por cima do gol. Isso continuou no segundo tempo. Aos 58', em sequência, Guus Til e Stijn Wuytens tiveram chances impedidas pelo arqueiro Mattijs Branderhorst. Como se não bastasse, pouco depois, o zagueiro Pantelis Hatzidiakos chegou a ter um gol invalidado por impedimento. Piorando as coisas para os mandantes em Tilburg, o técnico Erwin van de Looi (demissionário - sairá ao fim da temporada) trocou Ogbeche por Thom Haye e foi fortemente criticado pelas arquibancadas. De certa forma, um símbolo de como tudo deu errado para o Willem II - e como tudo deu certo para o AZ, ainda em terceiro lugar, mas agora só a três pontos do Ajax.
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