quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Guia da Eredivisie 2018/19: PSV

Em sua primeira experiência como treinador num time adulto, Van Bommel terá um PSV capaz de se recompor para tentar o bi holandês (Jeroen Putmans/VI Images)
Philips Sport Vereniging


Cidade: Eindhoven
Estádio: Philips Stadion (capacidade para 36.500 torcedores)
Apelidos: Boeren (em holandês, "fazendeiros" - referência ao grande número de fazendas e áreas verdes na região onde fica Eindhoven); Eindhovenaren (nativos de Eindhoven) 
Títulos: 23 Campeonatos Holandeses (merecem destaque 1 Copa dos Campeões, 1 Copa da UEFA e 9 Copas da Holanda)
Patrocínio: Energie Direct (empresa fornecedora de energia)
Técnico: Mark van Bommel
Destaque: Hirving Lozano (atacante)
Fique de olho: Mauro Júnior (atacante)
Brasileiros no elenco: Mauro Júnior (meio-campista/atacante)
Copas europeias: Liga dos Campeões - nos play-offs por vaga na fase de grupos, enfrentará o vencedor de BATE Borisov-BLR x Qarabag-AZE
Objetivo: Título
Amistosos de pré-temporada:
7 de julho - Anderlecht-BEL 5x3 PSV
14 de julho - Neuchâtel Xamax-SUI 1x1 PSV
18 de julho - Galatasaray-TUR 1x3 PSV
24 de julho - PSV 4x0 Olympiacos-GRE
28 de julho - PSV 2x1 Valencia-ESP
Principais chegadas: Lars Unnerstall (G, VVV-Venlo), Denzel Dumfries (D, Heerenveen), Nick Viergever (D, Ajax), Trent Sainsbury (D, Jiangsu Suning-CHN), Angeliño (D, Manchester City-ING - após empréstimo ao NAC Breda), Aziz Behich (D/M, Bursaspor-TUR) e Erick Gutiérrez (M, Pachuca-MEX)
Principais saídas: Hidde Jurjus (G, De Graafschap), Lars Unnerstall (G, VVV-Venlo), Santiago Arias (D, Atlético de Madrid-ESP), Jordy de Wijs (D, Hull City-ING), Jurich Carolina (D, NAC Breda), Kenneth Paal (D, Zwolle), Joshua Brenet (D, Hoffenheim-ALE) e [Marco van Ginkel (M, Chelsea)]
Valor de mercado: 122,9 milhões de euros (via Transfer Markt)


Legenda
Jogador (posição, clube)
Transferência definitiva
[Transferência definitiva após empréstimo]
Empréstimo
[retorno de empréstimo]

A temporada passada acabou com o PSV celebrando o título holandês, mostrando vários destaques: Jeroen Zoet, Santiago Arias, Marco van Ginkel, Steven Bergwijn, o revigorado Luuk de Jong e, acima de todos, Hirving Lozano, o craque do campeonato. E começaria aí a velha via-crúcis que todo campeão holandês vive, temporada após temporada: ver seus principais destaques saindo. O inesperado é que isso começou pelo técnico: após cinco anos em que consolidou sua imagem como técnico nos Boeren (sendo ídolo também, como já fora enquanto jogador), Phillip Cocu preferiu novos ares no Fenerbahçe, compreensivelmente. E o clube de Eindhoven também pareceu aceitar bem a mudança: Mark van Bommel já treinava o time sub-19 justamente como preparação, e assumiu o comando do time principal sem muitos questionamentos - e ainda terá a consultoria do sogro Bert van Marwijk.

A coisa ficaria mais preocupante com a saída de Marcel Brands: um dos principais responsáveis pela prosperidade do clube, como diretor esportivo, Brands aceitou a tentativa de se testar num grande centro, chegando à diretoria do Everton. No entanto, Brands deixou os alicerces para o PSV se manter firme e sustentável no mercado de transferências. É exatamente o que o clube tem feito, até agora. A saída de Arias era previsível? Pois bem: antes mesmo do lateral direito colombiano tomar o caminho do Atlético de Madrid, já estava contratado Denzel Dumfries, vindo de temporada promissora no Heerenveen. A mesma coisa ocorreu na lateral direita: Joshua Brenet saiu, mas já estava garantida a vinda do espanhol Angeliño, que jogou ainda melhor no NAC Breda. E se aumentar a segurança do miolo de zaga era urgente, foi medida certeira a contratação de Nick Viergever, sem espaço no Ajax.

Para melhorar, as renovações de contrato de Zoet, Luuk de Jong e Steven Bergwijn mataram no nascedouro possíveis boatos de saída dos três jogadores. Até agora, nada indica que Lozano deixará Eindhoven, nesta temporada. E há várias promessas que terão mais espaço em 2018/19: Cody Gakpo e Pablo Rosario na defesa/no meio, Donyell Malen e Mauro Júnior no ataque. Tudo isso faz com que as mudanças possam ser rapidamente aceitas dentro do modo como o PSV joga, acelerando as adaptações e tornando o time suficientemente forte para tentar o bicampeonato holandês. Claro, há coisas a acertar, como a derrota na final da Supercopa da Holanda mostrou: o time fracassou ao tentar superar a fechada defesa do Feyenoord. Mas parece haver capacidade para fazer isso, ao longo da temporada. Enfim: o PSV sofreu, mas não tanto quanto outros campeões já sofreram. Pode repetir a dose.

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