quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

Parada obrigatória: Vitesse

A foto é de comemoração pelo triunfo sobre o Anderlecht, nos play-offs da Conference League. Mas o Vitesse também é celebrado pelo que faz na Eredivisie: mais uma temporada firme e elogiável (VI Images)

Posição: 4ª colocação, com 39 pontos
Técnico: Thomas Letsch
Time-base: Houwen (Schubert); Doekhi, Bazoer e Rasmussen; Dasa, Bero, Huisman, Tronstad e Wittek; Openda e Frederiksen (Buitink)
Maior vitória: Cambuur 1x6 Vitesse (15ª rodada)
Maior derrota: Ajax 5x0 Vitesse (3ª rodada)
Copa da Holanda: classificado para as oitavas de final, nas quais enfrentará o DVS'33 Ermelo (quarta divisão)
Competição europeia: Conference League (enfrentará o Rapid Viena-AUT, na segunda fase)
Artilheiros: Loïs Openda (atacante), com 10 gols
Objetivo do início: vaga nos play-offs pela Conference League/vaga direta na Liga Europa
Avaliação: Até aqui, o Vitesse mostra exatamente o que é - um time sólido, firme, que pode não brilhar mas é muito consistente. E os resultados acima do esperado, principalmente na Conference League, provam a capacidade elogiável do time de Arnhem

De certa forma, a ótima temporada (mais uma) que o Vitesse faz se deve a uma correção de rota - pequena, mas talvez providencial - logo no início deste Campeonato Holandês. Não que a crise fosse grande: havia um crédito pelo vice-campeonato na Copa da Holanda e pela 4ª colocação na liga passada. Além do mais, a alegria da torcida já era aumentada pela chegada à fase de grupos da Conference League, superando o tradicional Anderlecht-BEL nos play-offs. Porém, começar a liga nacional com três derrotas em cinco jogos não era o início mais auspicioso. Muito menos tendo dois dos destaques em 2020/21, Oussama Tannane e Riechedly Bazoer, assumidamente insatisfeitos por não terem deixado Arnhem antes desta temporada. Após as três rodadas iniciais, o técnico Thomas Letsch se pacificou com Bazoer, mas puniu Tannane: desde então, o atacante está treinando com a equipe B do clube aurinegro. Por mais que fosse apenas um jogador, servia como aviso de Letsch aos outros: era hora de foco, já que o Vitesse teria coisa séria a disputar. Bastou para o time se aprumar em campo. Da quarta rodada para cá, só mais duas derrotas - e oito vitórias. 

Nas laterais, tanto Eli Dasa (direita) quanto Maximilian Wittek (esquerda) foram opções confiáveis de ataque. Mais atrás, Bazoer recolocou a cabeça no lugar, e continuou dando muita qualidade à saída de bola, como o "líbero" em que se converteu nos campos. E na frente, o belga Loïs Openda mostrou velocidade e boa finalização para seguir sendo nesta Eredivisie o que já fora na passada: garantia de bola na rede para o time de Arnhem. Até mesmo no gol, houve mudança correta: as falhas do alemão Markus Schubert deram a chance que Jeroen Houwen, há algum tempo no banco, esperava. E após o solavanco inicial, o Vitesse se recompôs e voltou a ostentar a solidez habitual em campo, para ascender e voltar a ser o "melhor do resto" no Campeonato Holandês, por enquanto. Além do mais, acabou tendo outro prêmio na Conference League: a volúpia e o esforço mostrados na fase de grupos tornaram a equipe respeitada. Provas definitivas disso foram o empate diante do Rennes-FRA, na quinta rodada (de 3 a 1 para 3 a 3, na reta final) e, principalmente, o 1 a 0 diante do Tottenham-ING. Os descaminhos do Tottenham renderam, por linhas tortas, o certo: uma vaga até inesperada na segunda fase da competição. Mais uma prova de que a correção de rota, na hora certa, não foi para mudar tanto. Foi para devolver o Vitesse ao caminho certo que ele vem traçando.

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