Wijnaldum personificou o alívio da Holanda: enfim, após algum tempo, uma boa atuação (EPA)
Mesmo se perdesse ou empatasse contra a Bósnia, na penúltima rodada do grupo 1 da Liga das Nações, a seleção masculina da Holanda (Países Baixos) ainda manteria as chances de classificação à semifinal do torneio europeu de amistosos. Só que tais possibilidades, previsivelmente, piorariam a pressão sobre os jogadores - e, principalmente, sobre o técnico Frank de Boer. Mas nada disso preocupou a Laranja ao longo dos 90 minutos em Amsterdã. Enfim, ela voltou a jogar bem. E conseguiu um 3 a 1 duplamente útil: tanto por manter suas chances de classificação aos "Quatro Finais", quanto por confirmá-la como cabeça-de-chave no sorteio das eliminatórias europeias para a Copa de 2022, em dezembro.
E essa boa atuação teve alguns destaques já aparecendo, no primeiro tempo. É claro, o maior deles foi Georginio Wijnaldum. Capitão da seleção enquanto Virgil van Dijk estiver ausente, o meio-campista não só foi seguro em sua posição original, como também "resolveu" um problema renitente desta seleção: a finalização. "Gini" aproveitou os espaços vazios, chegou à área... e assim fez os dois primeiros gols, antes mesmo dos 15 minutos, acalmando a seleção. De certa forma, dava sequência a uma agradável tendência vista em suas atuações vestindo laranja desde o ano passado: marcar gols. Foram sete, nas últimas 12 partidas do time nacional neerlandês.
Porém, nem só de Wijnaldum viveria a seleção no primeiro tempo. Memphis Depay voltou a jogar bem: pela esquerda, o camisa 10 da Laranja atormentou seus marcadores. Darko Todorovic (escalado às pressas no lugar de Branimir Cipetic, lesionado no aquecimento), Dennis Hadzikadunic, Sinisa Sanicanin: quem caiu pela esquerda, sofreu demais com a criação de jogadas de Memphis e com sua movimentação. Ambas características que criaram boas chances - como aos 11', num chute do próprio Depay (defendido por Ibrahim Sehic), e aos 30', quando fez parte de uma triangulação. E enquanto esteve em campo, no segundo tempo, Memphis também fez o que dele se espera: personificou o ataque holandês, trouxe perigo quando teve a bola nos pés, e coroou tudo isso com o terceiro gol, aos 55'.
Dribles, jogadas, o gol: Memphis Depay foi outro destaque na vitória da Laranja (AFP)
Além de Wijnaldum e Memphis Depay, mais nomes apareceram bem. Se a lateral esquerda ainda sofre com a falta de opções - ou de opções defensivas demais -, Owen Wijndal já começa a sinalizar que pode resolver esses problemas. O jovem lateral do AZ não só foi opção constante de jogadas com Depay e cruzamentos, mas também teve sua boa chance: logo aos 3', um cruzamento seu foi sinuoso até bater na trave. Pela direita, o mesmo valeu para quem ajudou no ataque por ali. Denzel Dumfries mostrou sua superioridade em relação a Hans Hateboer na lateral, com força física e precisão nos cruzamentos. Já Steven Berghuis se fortaleceu como opção a ser escalado na frente: trocou de posição com Memphis Depay, acelerou jogadas, chutou (principalmente no segundo tempo) até cruzou para uma jogada que poderia ser de gol - mas não foi, com a tentativa erradamente anulada de Luuk de Jong (única nota negativa do ataque) aos 26'.
Mais frágil, a Bósnia só teve espaço para chegar aos ataques a partir de chutes, no primeiro tempo - como fizeram Miralem Pjanic, aos 13', e Rade Krunic, aos 33'. Nem mesmo nos contra-ataques havia espaço: coordenado por um Davy Klaassen que justificou plenamente sua escalação, a Holanda voltava a tempo de evitá-los. Só no segundo tempo, com mais cansaço, os visitantes trouxeram mais perigo. Ainda mais com a entrada de Ismail Prevljak: o atacante reserva fez um gol aos 63', tão logo entrara em campo, e quase diminuiu ainda mais a vantagem holandesa, aos 77'. Enquanto esteve em campo, Edin Visca também deu algum trabalho (nada demasiado, mas trabalho) pela direita.
Mas nada que perturbasse a primeira vitória da Laranja sob o comando de Frank de Boer. Tenha chances maiores ou menores contra a Polônia, na última rodada da Liga das Nações, na próxima quarta-feira, enfim, a seleção masculina deu um sinal positivo. Era necessário.
Liga das Nações da UEFA - Liga A - Grupo 1
Holanda 3x1 Bósnia Data: 15 de novembro de 2020 Local: Johan Cruyff Arena (Amsterdã) Árbitro:François Letexier (França)
Gol: Georginio Wijnaldum, aos 6' e 14'; Memphis Depay, aos 55', e Ismail Prevljak, aos 63'
Holanda Tim Krul; Denzel Dumfries (Hans Hateboer), Stefan de Vrij, Daley Blind e Owen Wijndal (Patrick van Aanholt); Davy Klaassen, Frenkie de Jong e Georginio Wijnaldum (Donny van de Beek); Steven Berghuis (Calvin Stengs), Luuk de Jong e Memphis Depay (Quincy Promes). Técnico: Frank de Boer
Bósnia Ibrahim Sehic; Darko Todorovic, Dennis Hadzikadunic, Sinisa Sanicanin e Sead Kolasinac; Gojko Cimirot, Miralem Pjanic (Almedin Ziljkic) e Rade Krunic (Amar Rahmanovic); Edin Visca (Benjamin Tatar), Armin Hodzic (Ismail Prevljak) e Amer Gojak (Vladan Danilovic). Técnico: Dusan Bajevic
O gol de Van de Beek foi o começo de um bom segundo tempo da Holanda contra a Espanha. Ainda é pouco (BSR Agency)
O amistoso contra a Espanha serviria para duas coisas na seleção masculina da Holanda (Países Baixos): dar chance a reservas e tentar se aproximar da garantia da vaga no pote 1 do sorteio das eliminatórias da Copa de 2022. Porém, o mau nível técnico mostrado pela Laranja nos três jogos sob o comando de Frank de Boer tornava a possibilidade de uma derrota muito grande e preocupante. Pois bem: a derrota não veio. E a reação vista no segundo tempo foi até promissora. Só que a melhora vista no empate em 1 a 1 foi leve. Até demais.
Porque, no primeiro tempo, o que se viu foi uma Holanda repetindo o principal erro visto até aqui sob Frank de Boer: a lentidão excessiva na defesa. Prato cheio para a Espanha atacar - e nem era necessário contar com o apoio do meio-campo: bastava o trio Gerard Moreno-Álvaro Morata-Marco Asensio acelerar os ataques com a bola nos pés para colocar sob riscos a defesa holandesa. Piorando a situação, Nathan Aké foi mais uma vítima da roda-viva de jogos na Europa, sofrendo lesão muscular com cinco minutos de jogo.
Restou a Daley Blind entrar, para fazer a dupla de zaga com Joël Veltman. Uma dupla de zaga lenta demais. E que ainda errou no gol de Sergio Canales, aos 18': o passe de Morata em profundidade enganou Veltman, que deixou o lado direito completamente aberto para Canales entrar na área e finalizar cruzado ao gol. De quebra, Asensio tinha pleno espaço pela esquerda, em outra má atuação de Hans Hateboer no aspecto de marcação.
Aké se lesionou com apenas cinco minutos de jogo: como se já não faltassem zagueiros à Holanda (AP)
No meio-campo, Georginio Wijnaldum estava sem espaço para avançar, diante da rápida volta espanhola para a defesa. Frenkie de Jong também via poucos lugares para lançar em profundidade. Resultado: restavam só cruzamentos, de Owen Wijndal (já melhor na esquerda) ou de Hateboer (mais raros). E o ataque quase não causou problemas à Espanha - só se viu um chute a gol da Holanda nos primeiros 45 minutos, com Luuk de Jong. A Espanha rondou bem mais a área. Teve uma boa chance com Morata, aos 34', rebatida por Marco Bizot, goleiro estreante. E a desvantagem de momento deixava claro: ou a Holanda melhorava, acelerava, ou a derrota era praticamente inevitável.
Frank de Boer notou tudo isso: a fragilidade defensiva, a lentidão do meio-campo, a inação do ataque. E as quatro mudanças feitas no intervalo foram precisas. Principalmente no ataque: no lugar de Steven Berghuis, Calvin Stengs se mexeu mais na frente. Atraiu mais a marcação. E isso já ajudou no lance do empate neerlandês em Amsterdã, aos 47': no meio da área, junto a Depay, Stengs possibilitou que Donny van de Beek estivesse livre para ajeitar a bola cruzada por Wijndal, chutando rasteiro para o 1 a 1.
Na defesa, Stefan de Vrij mostrou mais firmeza ao lado de Veltman, no miolo de zaga, permitindo que Blind avançasse ao meio-campo para auxiliar o setor. Foi necessário, porque o ar mais ofensivo da Holanda causou o efeito colateral esperado: mais espaço para os contra-ataques da Espanha. Aí, Bizot mostrou algum serviço, defendendo chutes de Hector Bellerín (aos 61') e Adama Traoré (aos 66'). E quando nem Bizot conseguiu pegar, Koke errou a finalização, aos 60'.
De quebra, no meio-campo, Klaassen mostrou ser promissor, com muitos lançamentos precisos para acelerar contra-ataques. Pela direita, Stengs e Denzel Dumfries também aumentava o ritmo de jogo da Holanda. E tudo isso levou a pelo menos três chances valiosas que a Holanda teve para ganhar. Aí, houve demérito de quem poderia colocar a esférica no filó adversário. Tanto Memphis Depay (aos 69') quanto Luuk de Jong (aos 88') ficaram na frente do gol, sozinhos na área, após cruzamentos bem medidos de Dumfries. Mas faltou força ao arremate de Memphis, e Unai Simón fez boa defesa. Luuk de Jong fez pior ainda: dominou, quis driblar Simón... e perdeu ângulo para chutar.
De todo modo, essa reação vista no segundo tempo ainda foi pouca para evitar que a Holanda seguisse sem vitórias, no quarto jogo sob Frank de Boer (marca histórica). E já deixa preocupação sobre o que será feito na Liga das Nações, com duas rodadas em que a vitória é necessária para manter alguma chance de avanço às semifinais.
Amistoso
Holanda 1x1 Espanha Data: 11 de novembro de 2020 Local: Johan Cruyff Arena (Amsterdã) Árbitro:Davide Massa (Itália) Gols: Sergio Canales, aos 18'; Donny van de Beek, aos 47'
Holanda Marco Bizot; Hans Hateboer (Denzel Dumfries), Joël Veltman, Nathan Aké (Daley Blind) e Owen Wijndal; Georginio Wijnaldum (Davy Klaassen), Donny van de Beek e Frenkie de Jong (Stefan de Vrij); Steven Berghuis (Calvin Stengs), Luuk de Jong e Memphis Depay (Ryan Babel). Técnico: Frank de Boer
Espanha Unai Simón; Héctor Bellerín, Eric García, Iñigo Martínez (Sergio Ramos) e José Luis Gayà (Sergio Reguilón); Koke, Rodri e Sergio Canales (Marcos Llorente); Gerard Moreno (Ferrán Torres), Álvaro Morata (Dani Olmo) e Marco Asensio (Adama Traoré). Técnico: Luis Enrique
Frank de Boer está mais liberado para dar sua cara à seleção. Mas tem muitos problemas nestas datas FIFA (BSR Agency)
Quando Frank de Boer assumiu a seleção masculina da Holanda (Países Baixos), muito se comentou que sua contratação se dera porque ele se mostrara disposto a seguir a linha de trabalho que Ronald Koeman deixara na Laranja. Há algumas semanas, perguntado sobre isso pelos jornalistas Maarten Wijffels e Mikos Gouka, do diário Algemeen Dagblad, o próprio Koeman se mostrou farto disso: "Falam que a seleção precisa prosseguir na minha linha. Isso me enche um pouco o saco. Sim, é bom que a união siga, mas agora eles têm outro técnico, com outra visão. Aconselharia Frank a se focar". Pois bem: é exatamente assim que a Laranja tentará superar seus desafios nestas próximas datas FIFA - começando nesta quarta-feira, no amistoso contra a Espanha, em Amsterdã, e continuando para tentar voltar à semifinal da Liga das Nações, nas duas rodadas finais: contra Bósnia (próximo domingo, em Amsterdã) e Polônia (na quarta, 18, em Chorzow).
Se fosse só jogar as partidas, a situação neerlandesa seria mais fácil. Porém, do 1 a 1 com a Itália até agora, muitas coisas aconteceram. A maioria delas, influindo negativamente na seleção. Para começo de conversa, uma ausência presente, marcante, dolorosa: três dias depois de jogar contra a Azzura pela Oranje, capitaneando a equipe como habitual, Virgil van Dijk se viu com o ligamento cruzado anterior rompido no Everton x Liverpool do Campeonato Inglês. Não jogará pela seleção, nem nestas datas FIFA, nem nas próximas, e talvez fique de fora da Euro 2021-que-era-2020. Numa defesa já combalida pela falta de Matthijs de Ligt, ainda se recuperando de cirurgia na clavícula, era talvez o pior cenário, a perda mais lamentável que poderia acontecer no grupo de convocados habituais.
Claro, o impacto de não ter o sustentáculo da zaga, a voz de comando dentro de campo, ainda pesa entre os 23 convocados. A começar por alguém que viveu o mesmo drama que Van Dijk: Memphis Depay. Recuperado do problema em seu joelho, o atacante foi sincero à FOX Sports holandesa: "Quando vi a falta [do goleiro Jordan Pickford em Van Dijk], eu usei umas palavras que não posso falar agora. Como pode? Machucar alguém daquela maneira? É maluco para mim". À NOS, Memphis estendeu as óbvias condolências - e seu apoio - ao zagueiro: "Eu sei como ele se sente. Falei com ele, acho que todos aqui fizeram o mesmo. É muito duro que tenha acontecido, mas sei que ele é mentalmente forte, e que isso o fará mais forte ainda".
Porém, Van Dijk não foi a única ausência na lista desde que ela foi anunciada, na sexta-feira passada, originalmente com 25 convocados. Para começo de conversa, o novo capítulo dos problemas foi o mais temerário: nesta terça, Tonny Vilhena (que voltava às convocações) testou positivo para o novo coronavírus. Foi imediatamente desligado do grupo que treina no centro da federação, na cidade de Zeist, mas deixou a pergunta previsível: como ficam os 23 jogadores que tiveram contato com ele? Antes de Vilhena, já viera uma pequena lesão que tirou Steven Bergwijn de combate, uma leve gripe que forçou o corte de Mohamed Ihattaren...
Krul, Bizot (de costas), Drommel... e continua a desconfiança sobre os goleiros da seleção masculina (BSR Agency)
Mas pouca coisa simboliza tão bem o azar vivido pela seleção da Holanda quanto o ocorrido com os goleiros. Titular sob Frank de Boer (pelo menos por enquanto), Jasper Cillessen sofreu uma lesão muscular no sábado. Foi cortado, e seu substituto, prontamente anunciado: Justin Bijlow, subindo de produção no Feyenoord, presença frequente nos goleiros da seleção sub-21. Pois a infelicidade do jovem Bijlow (21 anos) veio logo no domingo: uma lesão no tornozelo sofrida no aquecimento pré-jogo entre Feyenoord e Groningen, pelo Campeonato Holandês, e Bijlow também foi cortado. Restou a Frank de Boer chamar Joël Drommel, outro jovem arqueiro, do Twente.
Tais lesões ressuscitaram o assunto da falta de confiança nos arqueiros à disposição da seleção principal, hoje em dia. Para tentar minorar a desconfiança, os dois principais nomes da camisa 1 serão postos à prova: Marco Bizot - se recuperando no AZ, após mau começo de temporada - estreará pela Laranja contra a Espanha, ao passo que Tim Krul será o nome debaixo das traves nos jogos da Liga das Nações. Capacidade, ambos já provaram que têm. E diante do que Frank de Boer comentou sobre as condições de Cillessen, com ou sem lesão ("É esperar como ele volta. Espero que volte jogando. Se ele ficar no banco, e ficar assim por quatro meses..."), os jogos podem ser chances para que um ou outro tome a camisa 1 da seleção e não largue mais. Já para Drommel, só estar na seleção adulta já é um feito, para um goleiro que chegou a ser multado pela federação no ano passado, ao largar a seleção sub-21 para ficar no Twente. "Eu nem me toquei ainda do significado", exultou o arqueiro ao site do clube em que atua.
Resta a Frank de Boer apostar em voltas - como Davy Klaassen, retornando à seleção após três anos, graças às atuações seguras no meio-campo do Ajax, ao qual mal voltou e já virou titular absoluto. Ou apostar numa postura mais ofensiva do que a vista contra a Itália. Na entrevista coletiva desta terça, o treinador apregoou: voltará a escalar a seleção com três atacantes, já contra a Espanha. "A Itália jogou contra nós com Barella quase como um segundo atacante, de tão avançado. Então, para [Frenkie] De Jong não ficar sobrecarregado, cinco na defesa. Será desnecessário contra a Espanha”. Resta, também, esperar que nomes importantes e promissores se deem melhor do que vêm se dando em seus clubes - e De Boer citou o exemplo de Donny van de Beek, numa reserva incompreendida para muitos no Manchester United: "Ele está bem lá. É difícil, mas ainda acho que ele jogará tempo suficiente". E finalmente, esperar que os destaques ajudem: Stefan de Vrij - o único zagueiro confiável, fora os lesionados -, Georginio Wijnaldum - o capitão, na ausência de Van Dijk -, Frenkie de Jong ("Posso jogar na zaga se o treinador quiser, mas sou um meio-campista"), Memphis Depay ("Sempre quero mostrar meu melhor lado: se é como centroavante, é como centroavante, se é na esquerda, tudo bem").
Afinal, se Ronald Koeman hoje tem sua cabeça focada no Barcelona e disse para a seleção holandesa deixar essa história de "linha Koeman" de lado, Frank de Boer assumiu na coletiva: "Então, agora, é a versão De Boer 1.0". Resta à seleção, ainda sem vitórias sob o novo técnico, esperar que seja uma versão de qualidade do programa, sem necessitar de atualizações demais, muito menos de formatações.
Fortuna Sittard 2x2 Zwolle (sexta-feira, 6 de novembro)
Entre dois times pressionados (o Fortuna Sittard era o lanterna; e com goleada sofrida na rodada passada, alguns torcedores foram questionar o técnico John Stegeman no Zwolle), o Fortuna se aliviou primeiro. Aos 6', Zian Flemming passou, e Emil Hansson chutou para o 1 a 0 dos mandantes auriverdes. E o time da casa até pressionou mais ao longo do primeiro tempo, com George Cox (aos 20') e Hansson (aos 28'). Mas o time a fazer foi o Zwolle - com sorte: aos 35', o zagueiro Jaroslaw Jach cometeu gol contra, de cabeça. Aí, Cox comprovou sua importância no Fortuna Sittard: ele, que já marcara contra o Ajax, fez 2 a 1 ainda antes do intervalo. Coube ao bode expiatório do Zwolle na rodada passada salvar os visitantes no segundo tempo: em cobrança de falta perfeita, Thomas Lam - que falhara contra o Twente - fez 2 a 2. Dali por diante, as chances foram poucas: a maior delas, para o Zwolle: Mike van Duinen cabeceou na trave, aos 77'. Mas o empate ficou no placar.
ADO Den Haag 2x4 Twente (sábado, 7 de novembro)
Bem que o ADO Den Haag tentou superar a crise que viveu nesta semana - incluindo demissão de auxiliares técnicos (Rick Hoogendorp e Michele Santoni). Mas o Twente impôs sua superioridade no primeiro tempo: rondou a área, criou chances... até Queensy Menig fazer 1 a 0, aos 41'. Já no segundo tempo, quando Danilo marcou o 2 a 0 aos 59', aproveitando falha de Shaquille Pinas, parecia o tiro de misericórdia no time da casa em Haia. Até porque os Tukkers seguiam criando chances - como com Menig e Tyrone Ebuehi, aos 72'. Em busca da reação, o Den Haag teve a entrada de vários atacantes. Um deles, Bilal Ould-Chikh, ajudou no primeiro gol, aos 76': seu chute bateu no travessão, ricocheteou no zagueiro Julio Pleguezuelo e foi para as redes. Quando Samy Bourard fez 2 a 2, aos 86', parecia vir um empate surpreendente para premiar o esforço do ADO Den Haag. Danilo não deixou: aos 88', virou goleador da Eredivisie com o 3 a 2. Nos acréscimos, Thijs van Leeuwen ainda marcou o quarto.
VVV-Venlo 3x2 Heracles Almelo (sábado, 7 de novembro)
O Heracles Almelo teve dois méritos no primeiro tempo em Venlo. Aguentou a pressão na defesa, e viu o VVV-Venlo perder grandes chances. Primeiro, aos 20': Evert Linthorst chutou por cima. Logo depois, aos 24', o goleiro Koen Bucker (terceiro arqueiro dos Heraclieden, titular com as lesões de Janis Blaswich e Michael Brouwer) pegou pênalti batido por Georgios Giakoumakis. E no ataque, o segundo mérito dos visitantes foi ser eficiente: aos 38', numa das únicas chances, Silvester van der Water fez 1 a 0. Porém, um demérito anulou tudo isso, ainda na etapa inicial: Adrián Szöke levou o cartão vermelho, desnecessariamente. Claro, o VVV-Venlo voltou com toda a pressão na etapa final. E virou o placar em 20 minutos - Jafar Arias fez 1 a 1 aos 61', Vito van Crooij virou aos 67'. Outro lance desnecessário trouxe o Heracles de volta ao jogo: aos 78', em outro pênalti, Rai Vloet fez 2 a 2. Mas Giakoumakis se refez do erro do pênalti do melhor jeito possível: fazendo o 3 a 2 da vitória, aos 88'.
RKC Waalwijk 0x2 Sparta Rotterdam (sábado, 7 de novembro)
Em mais um jogo entre dois clubes cada vez mais afligidos pela última posição, a arbitragem freou a alegria de ambos na etapa inicial. Para o Sparta, o gol de Bart Vriends foi anulado (falta sobre o goleiro Kostas Lamprou); para o RKC Waalwijk, quase houve um pênalti - Vitalie Damascan alegou ter sido empurrado -, mas o juiz Ingmar Oostrom pediu que o jogo seguisse. Além disso, os dois times também trocavam chances vez por outra. Só no segundo tempo os Spartanen despontaram. Começando pelo 1 a 0, aos 59', em cabeceio de Lennart Thy - o juiz ainda ouviu o VAR sobre possível impedimento, mas validou o gol. Sim, os mandantes de Waalwijk ainda assustaram. Principalmente aos 78', quando Morad El Kaddouti cruzou para Richard van der Venne perder ótima chance, de cabeça. Mas Abdou Harroui carregava os contra-ataques do time visitante. E foi ele, nos acréscimos, que decretou o alívio com o 2 a 0: o Sparta Rotterdam poderia comemorar a primeira vitória na Eredivisie, após oito rodadas.
Utrecht 0x3 Ajax (domingo, 8 de novembro)
Tendo mais a posse de bola, o Ajax rondava mais a área do Utrecht (que tinha o auxiliar René Hake comandando interinamente, após a saída de John van den Brom para o Racing Genk belga). Porém, as finalizações dos Ajacieden eram impedidas pela postura fechada dos Utregs em casa. Só aos 20' veio um momento perigoso, num chute de Zakaria Labyad, defendido pelo goleiro Maarten Paes com os pés. Aos 37', o Ajax foi ainda mais perigoso: Dusan Tadic mandou a bola no travessão. No entanto, nada de gol. E todo cuidado era pouco, porque o Utrecht podia até ser mais retraído, mas não estava morto. Uma prova disso veio no primeiro tempo - aos 44', André Onana rebateu com os pés chute rasteiro de Gyrano Kerk. Outra, já na etapa final, aos 56': Mimoun Mahi cruzou, e Kerk só não fez 1 a 0 porque finalizou errado. O desafogo dos visitantes de Amsterdã só veio aos 63': David Neres cruzou, a defesa do Utrecht falhou, e Tadic pôde desviar de cabeça para Davy Klaassen fazer 1 a 0. A partir de então, os Godenzonen deslancharam. Fizeram 2 a 0 aos 71', quando Lassina Traoré sofreu pênalti e Tadic converteu. Poderiam até ter marcado o terceiro aos 79', quando Paes fez grande defesa em chute de Klaassen. Sem problema: nos acréscimos, quase sem ângulo, Quincy Promes confirmou a vitória que manteve o Ajax na liderança.
Feyenoord 2x0 Groningen (domingo, 8 de novembro)
Na fase inicial do jogo, com rapidez nas laterais, o Groningen até que assustou o Feyenoord em De Kuip. Quase os visitantes do norte holandês fizeram o primeiro gol, no espaço de um minuto. Aos 18', Gabriel Gudmundsson cruzou, a bola encobriu o goleiro Nick Marsman (novamente no lugar de Justin Bijlow, lesionado no aquecimento) e atingiu o travessão; aos 19', Damil Dankerlui lançou Remco Balk em profundidade, e o atacante chutou na área - Marsman evitou o gol com os pés. Os Feyenoorders só reagiram na reta final da etapa inicial. E até conseguiram balançar as redes com Mark Diemers, aos 41' - mas o gol foi anulado: o VAR alertou que Bryan Linssen, impedido, atrapalhara o goleiro Sergio Padt. Pelo menos, tão logo o segundo tempo começou, o gol do Feyenoord foi para valer: aos 50', Steven Berghuis cobrou escanteio, e de cabeça, Lutsharel Geertruida fez seu segundo gol na semana (marcara pela Liga Europa). O Groningen até buscou o ataque vez por outra, mas o Stadionclub ficou bem mais perigoso com a vantagem. Padt espalmou chute de Ridgeciano Haps aos 58'; Malacia acertou a bola na trave aos 69'; e finalmente, aos 82', Haps foi derrubado por Dankerlui quando iria escorar o cruzamento de Berghuis. Danny Makkelie marcou pênalti, Dankerlui foi expulso, e Berghuis fez o 2 a 0 que mantém a invencibilidade do Feyenoord na Eredivisie sob o comando de Dick Advocaat.
Vitesse 3x1 Emmen (domingo, 8 de novembro)
O primeiro gol do Vitesse já poderia ter vindo aos 3': Armando Broja até colocou a bola nas redes, mas estava impedido. Sem problemas: aos 7', Oussama Tannane coroou sua volta ao time de Arnhem (de suspensão e de infecção pelo novo coronavírus) fazendo 1 a 0, de pênalti. Tirando o atraso e confirmando sua importância na equipe de Arnhem, Tannane marcou seu segundo no jogo - e o segundo do Vitesse, aos 26'. Porém, como já ocorrera contra o ADO Den Haag, uma atuação tranquila do Vites foi levemente ameaçada por uma expulsão: aos 28', Riechedly Bazoer cometeu dura falta em Sergio Peña, e o VAR fez o juiz Jeroen Manschot transformar o cartão amarelo inicial em vermelho. Porém, com dez ou com onze, o Vitesse era francamente superior ao Emmen. E fez 3 a 0 ainda no primeiro tempo, com Loïs Openda. Ao Emmen, restou só o consolo do gol de honra de Michael de Leeuw, aos 58'. Nota de rodapé, na sétima vitória do Vitesse em oito jogos - melhor começo da história do time de Arnhem na Eredivisie.
Heerenveen 0x3 AZ (domingo, 8 de novembro)
Bem que o Heerenveen, sonhando em quebrar o seu recorde histórico de pontos após oito rodadas da Eredivisie, quis assustar no começo: teve uma chance para isso, aos 15', quando o chute de Henk Veerman foi rebatido, e Benjamin Nygrén mandou a sobra por cima. Todavia, com mais velocidade, o AZ foi dominando o ataque ao longo do primeiro tempo. Já deu um primeiro sinal de força num chute de Jesper Karlsson, aos 26'. E a primeira estocada para valer foi aos 29': com o zagueiro Jan Paul van Hecke colocando a mão na bola, foi marcado o pênalti - e pênalti, nos pés de Teun Koopmeiners, quase sempre vira gol dos Alkmaarders, como virou. De outra confiável válvula de escape ofensiva dos visitantes - os avanços de Owen Wijndal, na esquerda - veio o 2 a 0 do AZ, aos 40': Wijndal cruzou, e o lateral esquerdo Lucas Woudenberg cometeu gol contra. Já encaminhada, a vitória ficou praticamente garantida logo que o segundo tempo se iniciou: aos 47', Karlsson chutou colocado, acertando o canto. Depois, o AZ só se assustou com uma bola na trave de Mitchell van Bergen, aos 89'.
PSV 3x0 Willem II (domingo, 8 de novembro)
Só o lance do primeiro minuto em Eindhoven já deixou claro que o PSV teria facilidade para se recompor, após a goleada sofrida para o PAOK na Liga Europa: Ibrahim Sangaré deixou Donyell Malen livre, e o atacante chutou, para o goleiro Jorn Brondeel rebater. Sempre com a bola, sempre no ataque, os Boeren prensaram o Willem II no campo de defesa. E o primeiro gol, aos 14', comprovou a boa fase de Philipp Max: o lateral esquerdo alemão dominou o lançamento de Pablo Rosario e tocou na saída do goleiro. Já o 2 a 0, aos 21', foi um prêmio à insistência de Denzel Dumfries: novamente titular após infecção pelo novo coronavírus, o lateral direito manteve a bola na direita, até o cruzamento para Mario Götze concluir cruzado. Só em desvantagem já grande é que os visitantes de Tilburg tiveram mais espaço para atacar. Ainda assim, atacaram pouco no primeiro tempo: só um arremate de Ché Nunnely, aos 29'. Na etapa final, os Tricolores assustaram mais - principalmente aos 57', quando Yvon Mvogo defendeu dois chutes em sequência (um de Ole Romeny, outro de Nunnely no rebote). Mas essa pressão tomou um duro golpe com a expulsão de Derrick Köhn, aos 63', deixando o Willem II com dez. E o PSV não só manteve a vantagem que já tinha, sem problemas, como a ampliou: aos 82', de novo com Dumfries cruzando da direita, Malen completou para definir o triunfo.
Diante das perspectivas dos clubes holandeses nesta terceira rodada da fase de grupos da Liga Europa, pode-se dizer que, outra vez, vieram surpresas. O AZ até buscou repetir a história da vitória contra o Napoli, mas afinal fraquejou contra a Real Sociedad, fora de casa. O PSV repetiu algo já vivido nesta Europa League - mas repetiu o pior que poderia repetir, repetiu o que se vira na estreia contra o Granada espanhol: uma vantagem promissora virou uma goleada preocupante sofrida para o PAOK, na Grécia. De quem menos se esperava - o Feyenoord, abatido após a goleada para o Wolfsberger austríaco - veio a surpresa: o Stadionclub se reanimou no torneio, talvez tenha reanimado até sua própria temporada no aspecto geral, ao vencer o CSKA Moscou e ir à segunda posição do grupo K.
O Feyenoord demorou para embalar diante do CSKA Moscou. Mas quando embalou, construiu uma vitória que lhe devolveu a vida na Liga Europa (Twitter/Feyenoord)
O cenário geral antes do Stadionclub jogar era de um certo desânimo. Primeiro, como já dito, por ter caído duramente na rodada passada. Segundo, por causa das lesões que ainda perturbam o reduzido grupo do time de Roterdã: sim, o goleiro Justin Bijlow e o destaque Steven Berghuis retornaram a campo, mas ainda seguem em recuperação Nicolai Jorgensen, a opção Róbert Bozeník, Leroy Fer... Terceiro, pelo que se viu nos primeiros 45 minutos: o Feyenoord só fez o goleiro Igor Akinfeev trabalhar sério na reta final, com um chute de Berghuis afastado em cima da linha. Porém, não só as chances foram escassas em De Kuip, como se um time tentou mais rondar o ataque, foi o CSKA, fazendo Bijlow trabalhar vez por outra.
Tudo isso mudou no segundo tempo. Berghuis continuou sendo ativo no ataque, mas passou a ter mais auxílio para jogadas, com o crescimento de produção de Orkun Kökcü. Pela esquerda, se nem conseguia atacar com eficiência nem defender com segurança na primeira etapa, Ridgeciano Haps enfim melhorou ofensivamente nos 45 minutos finais. Com mais rapidez, o Feyenoord foi mais perigoso. E os "erros" de arbitragem que prejudicaram o time na semana passada beneficiaram nesta. Afinal, Haps parecia impedido no primeiro gol, aos 63', completando triangulação na pequena área. E Lutsharel Geertruida certamente estava à frente no terceiro gol do Feyenoord, aos 72'. Mas sem VAR na fase de grupos da Liga Europa, ficou o dito pelo não dito. De mais a mais, o belo gol de Kökcü que ampliara a vantagem, aos 71', deixava claro como o time da casa crescera. O gol contra acidental de Marcos Senesi atrapalhou um pouco, mas nada que colocasse em risco a vitória que voltou a alimentar esperanças em De Kuip. Até em termos de Campeonato Holandês.
O PSV fez um primeiro tempo tão seguro que ainda está procurando compreender os porquês da queda brusca: PAOK aproveitou e goleou (Reuters)
Esperanças foi tudo que o PSV deu a quem viu o primeiro tempo do jogo em Tessalônica, contra o PAOK. Recuperado do novo coronavírus, Pablo Rosario foi aprovado para retornar ao time titular dos Eindhovenaren - e fez ótimo primeiro tempo. De quebra, a defesa dos Boeren repeliu com facilidade os ataques do time grego. E os atacantes da equipe holandesa eram perigosos nos contra-ataques, facilitados pela ótima atuação de Mohamed Ihattaren. Simbolizada pelo lance que ajudou o time a abrir o placar, aos 21': passando a bola com o calcanhar, Ihattaren deixou Donyell Malen livre. Malen só parou porque foi derrubado na área, e Eran Zahavi cobrou para o 1 a 0. Em vantagem no placar, sem correr riscos, o PSV parecia firme para vencer. Só parecia.
Porque os jogadores que vieram do banco no PAOK tornaram o ataque da equipe da casa mais veloz. Porque a alteração no PSV (Adrian Fein, no lugar de Rosario) tirou a força de marcação no meio. Porque Ryan Thomas, improvisado na lateral direita, teve um segundo tempo para se esquecer. E principalmente, porque a defesa se desorganizou em tudo: nas bolas paradas, nos contra-ataques... Cenário perfeito para o PAOK fazer o que fez: transformar a desvantagem em goleada, em apenas 21 minutos do segundo tempo. Aos 47', Stefan Schwab estava livre para aproveitar rebote da defesa e fazer 1 a 1; aos 55', o mesmo com Andrija Zivkovic, que recebeu da esquerda para virar o jogo; aos 58', Christos Tzolis (vindo do banco, um dos principais homens a mudar o jogo) teve toda liberdade para avançar, chutar e fazer 3 a 1; e Zivkovic, finalmente, marcou o quarto, aos 66'. Só resta ao PSV se preocupar: em terceiro lugar no grupo E, será melhor vencer ao reencontrar o PAOK na quarta rodada, em Eindhoven. E tendo em mente o que o zagueiro Jordan Teze alertou: "O que aconteceu no segundo tempo não pode acontecer".
O AZ se fechou na defesa contra a Real Sociedad. Ainda assim, perdeu. Mas sem o goleiro Bizot, poderia ter sido bem pior (Getty Images)
Se o PSV desmoronou de uma hora para outra no segundo tempo, o AZ vendeu caríssimo a derrota para a Real Sociedad. Desde o começo do jogo no Anoeta, em San Sebastián, ficou claro que o time basco é que mandaria no jogo. E os visitantes de Alkmaar se concentrariam em duas coisas: se defenderem, e caso fosse possível e houvesse eficiência num contra-ataque fugidio, conseguir o gol da vitória, repetindo o que se fez contra o Napoli. Pelo menos no primeiro tempo, quase deu certo. Porque, pelo menos uma vez, os Alkmaarders se arriscaram no ataque, num chute de Owen Wijndal aos 37'. E principalmente, porque Marco Bizot voltou a ter uma atuação daquelas que justificam suas convocações para a seleção da Holanda: o goleiro do AZ fez pelo menos três ótimas defesas - e quando não defendia, tinha sorte, como ao ver Portu atrapalhando Alexander Isak de finalizar para o gol vazio, aos 32'.
Bizot continuou sendo preponderante no começo da etapa complementar: pegou chutes de Portu (46'), Mikel Oyarzábal (51'), os escanteios da Real Sociedad se avolumavam sem vazar a meta... até que, aos 58', um chute torto de Mikel Merino acabou virando um "cruzamento", que Portu completou na pequena área para o gol vazio. Bizot lamentou o 1 a 0: se estivesse atento, talvez tivesse pego a bola. Em desvantagem, o AZ até chegou mais ao ataque, com alguns nomes vindos do banco - como Zakaria Aboukhlal (convocado para a seleção de Marrocos), que teve boa chance, aos 75'. De quebra, Bizot evitou um placar maior da Real Sociedad. E se serve de consolo, no empate triplo de Napoli, Real Sociedad e AZ na primeira posição do grupo F - todos com seis pontos -, o AZ lidera o grupo, por ter melhor saldo de gols. Caso haja um empate na quarta rodada, contra a equipe espanhola, os Alkmaarders seguirão bem para a classificação à segunda fase.
Mas estava claro: as derrotas de PSV e AZ poderiam prejudicar a situação da Holanda no coeficiente. Até que o Feyenoord, de quem menos se esperava, animou tudo.
O Ajax sofreu sustos dentro e fora de campo contra o Midtylland, mas pôde respirar ao fim de tudo: a primeira vitória abre possibilidades na Liga dos Campeões (EPA)
O medo estava no ambiente do Ajax, antes do jogo contra o Midtjylland, terceiro compromisso dos Ajacieden pelo grupo D da Liga dos Campeões. Afinal de contas, na segunda-feira da véspera, a ameaça constante do novo coronavírus caiu no meio do grupo de jogadores: do nada, o clube só relacionara 17 jogadores (apenas um deles, goleiro) para a viagem à cidade dinamarquesa de Herning. Sem confirmação oficial do Ajax, restou à imprensa holandesa noticiar que as ausências - incluindo André Onana, Davy Klaassen, Ryan Gravenberch e Dusan Tadic - se davam por testes positivos para o vírus. Sem contar o medo de um resultado negativo em campo, que poderia prejudicar muito o clube na Champions League. Fora dos gramados, o Ajax tentou se resolver às pressas. E dentro de campo, pelo menos, conseguiu a vitória buscada - que o deixa bem vivo, até pela goleada sofrida pela Atalanta para o Liverpool, que prejudicou o saldo de gols da equipe italiana.
Para se resolver após o surto de infecções, entre segunda e terça, o Ajax viveu uma roda-viva nada recomendável. Primeiro, a situação ficou ainda mais confusa pela diferença dupla de protocolos: entre os procedimentos de Holanda (Países Baixos) e Dinamarca em relação a viagens, e entre o modo de testes de Ajax e UEFA. Tal diferença causou estremecimentos, como deixaram claro Erik ten Hag, na entrevista coletiva da segunda, e o diretor geral Edwin van der Sar, já na terça, antes do jogo, ao diário De Telegraaf. O clube de Amsterdã se apressou: fez exames em vários dos inicialmente ausentes. Tão logo o resultado saiu negativo, Onana, Tadic e Gravenberch viajaram à Dinamarca já na noite de segunda-feira; também liberados, Klaassen e o goleiro reserva Maarten Stekelenburg pegaram o avião horas antes da partida, e já foram do aeroporto direto para o estádio.
Pelo menos, o Ajax não estaria tão combalido em campo. E quando Antony complementou a triangulação com Quincy Promes (cruzou) e Tadic (ajeitou), com apenas 48 segundos de bola rolando, para fazer 1 a 0, parecia que os visitantes teriam um final feliz para uma história de sofrimentos. Está certo que havia sustos na defesa já naquele momento inicial do jogo, principalmente nos avanços de Anders Dreyer pela esquerda, mas o Ajax se controlava, para tentar construir o resultado nos contra-ataques. Nem precisou se esforçar tanto para conseguir o segundo gol, vindo aos 13', após um erro de iniciante do Midtjylland: o lateral-esquerdo Paulinho recuou a bola, o goleiro Mikkel Andersen pegou, o juiz marcou o tiro livre indireto, e Tadic bateu forte.
Só que, como já indicado, o Midtjylland já assustava o Ajax. E os Leões conseguiram diminuir pouco depois, quando enfim Dreyer teve espaço para chutar, aos 18', mandando a bola no canto esquerdo de Onana. Por sinal, tal lance mostrou como o jogo ofensivo que é a bênção do Ajax é também sua maldição - eram sete jogadores Ajacieden no campo de ataque. Foi a senha para o crescimento do time dinamarquês: puxado por Dreyer e Jens Cajuste, com o crescimento de Pione Sisto e Sory Kaba, o Midtjylland começou a rondar a área do Ajax. Com as más atuações de Jurgen Ekkelenkamp, que não conseguia segurar a bola no meio, e Perr Schuurs, errando passes demais e dando espaço perto da área, a equipe da casa teve chances de empatar. Só não empatou por sua própria incompetência (aos 30', sozinho na área, Dreyer mandou por cima do gol) ou por méritos de Onana (o goleiro camaronês defendeu bem arremates de Dreyer, aos 21', e Sisto, aos 31').
Com o gol precoce e muita movimentação na direita, Antony confirmou seu papel preponderante no Ajax (Getty Images)
O fim do primeiro tempo trouxe alívio ao Ajax. Para diminuir o ritmo frenético do Midtjylland e fazer o time neerlandês ficar mais com a bola, Davy Klaassen saiu do banco. Só que nem isso deu muito certo: embora a pressão em busca do empate tivesse diminuído, os Ajacieden estavam mais concentrados na defesa - até porque, no ataque, só Antony e Tadic colaboravam, com Quincy Promes em outro dia de pouquíssimas aparições. Falando em Antony, quase coube a ele o lance do alívio, chegando a colocar a bola nas redes num contra-ataque acelerado pelo bom passe de "Nous" Mazraoui, aos 65'. O gol foi anulado pelo VAR (impedimento de Antony existiu, de fato), mas o Ajax se acalmou mais a partir dali. Até voltou a chutar mais - como com Mazraoui, aos 74'. E só teve mais dois sustos: em cabeceio de Kaba, aos 75', e em defesa de Onana aos 90' + 1, espalmando a falta cobrada por Evander, substituto de Cajuste.
E o Ajax conseguiu uma vitória que pode lhe catalisá-lo para se credenciar ao avanço para as oitavas de final, caso consiga vencer a volta sobre o Midtjylland em Amsterdã - tudo rumo ao duelo da última rodada, que deve ser decisivo contra a Atalanta, em casa. Parafraseando um pouco a expressão: entre (falsos?) testes positivos e sustos, salvaram-se todos.
Liga dos Campeões - fase de grupos - Grupo D
Midtjylland 1x2 Ajax
Local: Arena Herning/MCH Arena (Herning)
Data: 3 de novembro de 2020
Árbitro: Bobby Madden (Escócia)
Gols: Antony, a 1', Dusan Tadic, aos 15', e Anders Dreyer, aos 18'
Midtjylland
Mikkel Andersen; Joel Andersson (Dion Cools), Erik Sviachenko, Alexander Scholz e Paulinho; Frank Onyeka e Jens-Lys Cajuste (Evander); Anders Dreyer (Bozhidar Kraev), Pione Sisto e Awer Mabil; Sory Kaba (Lasse Vibe) Técnico: Brian Priske
Ajax André Onana; Noussair Mazraoui (Sean Klaiber), Perr Schuurs (Edson Álvarez), Lisandro Martínez e Nicolás Tagliafico; Ryan Gravenberch, Jurgen Ekkelenkamp (Davy Klaassen) e Daley Blind; Antony (Lassina Traoré), Dusan Tadic e Quincy Promes. Técnico: Erik ten Hag
Nenhum jogador tem tantas razões para lamentar a partida em Enschede como Thomas Lam. Afinal, o volante/defensor finlandês do Zwolle falhou logo aos cinco minutos. Diante de um time com ataque tão elogiável, foi fatal: Queensy Menig roubou a bola e fez 1 a 0 para os Tukkers. Ainda assim, os visitantes de Zwolle seguiram no jogo: tiveram a bola, e criaram chances perigosas (por exemplo, em finalização de Eliano Reijnders). Porém, aos 29', Lam errou de novo: tentou recuar a bola ao goleiro Michael Zetterer, a bola saiu curta, e Danilo aproveitou para fazer 2 a 0. Mas o gol que se destacou na vitória só veio aos 34': um primoroso voleio de Wout Brama, de primeira, completando escanteio fora da área. Como "bode expiatório", Lam deixou o campo aos 36'. Afinal, o Twente já estava com a vitória encaminhada... e consolidou a goleada no segundo tempo. Aos 50', a dupla que atrai atenções no ataque foi responsável pelo 4 a 0: Danilo dominou, passou ao lado, e Vaclav Cerny completou para o gol vazio. O Zwolle ainda teve o seu gol de honra (aos 74', com Reijnders), mas a atuação mais atenta dos mandantes foi premiada com outro gol: Luka Ilic, aos 84'.
Ajax 5x2 Fortuna Sittard (sábado, 31 de outubro)
Bastaram sete minutos para o Fortuna Sittard mostrar que o Ajax não teria a mesma facilidade que teve contra o VVV-Venlo. Foi quando George Cox fez um surpreendente 1 a 0, chutando em diagonal após jogada de Zian Flemming. De quebra, os contra-ataques do Fortuna assustavam em Amsterdã - em dois deles, André Onana trabalhou pegando chutes de Mats Seuntjens (9') e Sebastian Polter (24'). O Ajax tinha posse de bola massiva, mas não achava espaços para finalizar. Quando achava, errava: por exemplo, aos 19', quando o goleiro Yanick van Osch rebateu chute de Davy Klaassen, e Jurgen Ekkelenkamp falhou na sobra. O alívio Ajacied só veio aos 32': com pênalti marcado após Lassina Traoré ser agarrado por Ben Rienstra, Davy Klaassen ainda errou, mas a bola bateu na trave e na mão do goleiro antes de Klaassen aproveitar o rebote. Antes ainda do intervalo, aos 45', a virada: Traoré cabeceou no travessão, e Klaassen conferiu na sobra. E o Ajax pôde fazer um segundo tempo tranquilo. Que ficou ainda mais tranquilo quando Brian Brobbey, estreando no time principal, fez 3 a 1 aos 74', "na sorte", com a bola batendo nele. De quebra, mais dois pênaltis renderam mais dois gols: Dusan Tadic, aos 86', e Quincy Promes, já nos acréscimos. Ainda houve tempo para o belo segundo gol de Cox no jogo, aos 90' + 5, mas o Ajax já não temia mais sustos. Sabia que seguiria líder.
Groningen 2x1 VVV-Venlo (sábado, 31 de outubro)
Em geral, a partida foi fácil para o Groningen. O primeiro gol já poderia ter vindo aos 13': Daniel van Kaam colocou a bola nas redes, mas o juiz Allard Lindhout anulou o gol - antes de cruzar a bola, Jorgen Strand Larsen acertara o braço no rosto do zagueiro Arjan Swinkels. Mas aos 26', o 1 a 0 foi para valer: Alessio da Cruz cruzou, a bola passou por Larsen, mas não por Patrick Joosten, que completou para as redes. Diante de um VVV-Venlo quase sem ação ofensiva, os Groningers até que foram lentos demais. Mas quando voltaram ao ataque, foi para fazer 2 a 0, já na etapa final: aos 48', em novo cruzamento de Da Cruz, Larsen marcou pela terceira vez em dois jogos. Para os visitantes, o único ponto positivo foi a bela puxeta com que Georgios Giakoumakis diminuiu a vantagem do Groningen, já nos acréscimos.
Willem II 1x3 Vitesse (sábado, 31 de outubro)
Com um Vitesse mais fragilizado (o destaque Oussama Tannane já cumprira suspensão, mas testou positivo para o novo coronavírus), o Willem II começou melhor em casa, com chances como um chute de Pol Llonch, aos 14', rebatido pelo goleiro Remko Pasveer. E aos 27', os Tricolores mandantes abriram o placar: Mike Trésor cruzou, e Ché Nunnely completou para fazer 1 a 0. Só em desvantagem é que o Vitesse foi ao ataque. No entanto, o empate só veio na etapa final, aos 56', com Loïs Openda, num cruzamento que foi direto para as redes (intencional?). A partir de então, o jogo entrou numa troca de chances. O Willem II tendo mais a bola, mas o Vitesse aproveitando mais. E sendo premiado com a virada, aos 63', graças a Armando Broja. Os Tricolores mandantes seguiram criando chances: Vangelis Pavlidis perdeu o gol cara a cara com Pasveer aos 76', Derrick Köhn cruzou a bola no travessão aos 84'. Justamente depois desta última chance, os visitantes chegaram ao 3 a 1, aos 85', com Patrick Vroegh. Sexta vitória em sete jogos: mais uma prova de força do time de Arnhem.
Heracles Almelo 4x1 Utrecht (domingo, 1º de novembro)
Substituindo Maarten Paes - em quarentena, infectado que foi pelo novo coronavírus - no Utrecht, o goleiro Thijmen Nijhuis vinha sob pressão, após falhar na Copa da Holanda. E o começo do jogo dificultou mais sua situação: logo aos 2', Nijhuis saiu mal do gol, e deixou a meta livre para Rai Vloet fazer 1 a 0. Os Heraclieden tiveram chances, mas só fizeram 2 a 0 no minuto final da etapa inicial, com cabeceio estiloso de Silvester van der Water. Para reagir, o Utrecht teve três nomes vindos do banco para o segundo tempo. E numa falha da defesa do Heracles, veio o gol que colocou os Utregs de volta ao jogo, aos 62': Tim Breukers recuou bola curta demais, Marco Rente derrubou Bart Ramselaar na área, e Simon Gustafson converteu o pênalti marcado. Mas se o Utrecht voltara ao jogo, Vloet brilhou para tirá-lo: o meia fez 3 a 1 no minuto seguinte, em chute desviado em Willem Janssen, e aproveitou rebote para marcar seu terceiro gol, aos 72'. A primeira derrota do Utrecht na Eredivisie foi dura.
Emmen 2x3 Feyenoord (domingo, 1º de novembro)
Um erro do goleiro Nick Marsman (substituindo o lesionado Justin Bijlow) rendeu o primeiro gol do Emmen, aos 5': Marsman saiu desastradamente do gol, derrubou Michael de Leeuw, e o juiz Bjorn Kuipers marcou o pênalti que Anco Jansen converteu. O Feyenoord correu atrás do empate - mas ora mandava a bola por cima, ora o goleiro Felix Wiedwald pegava. De quebra, a lesão na coxa que tirou Steven Berghuis do jogo, aos 35', fez o Stadionclub visitante temer mais ainda. Só que o próprio Emmen "facilitou", com a expulsão desnecessária de Anco Jansen, minutos depois. E o substituto de Berghuis colaborou para o empate: afinal, Naoufal Bannis sofreu o pênalti que Mark Diemers converteu para o 1 a 1, aos 40'. Todavia, De Leeuw assumiu a responsabilidade nos Emmenaren, recolocando os donos da casa na frente aos 42' com um belíssimo chute - e nova falha de Marsman, adiantado demais. Desta vez, a corrida dos Feyenoorders atrás do empate demorou menos: nos acréscimos, Luciano Narsingh tocou para Jens Toornstra empatar. Já a busca pela virada levou todo o segundo tempo. O Feyenoord tentava com Bryan Linssen, com Narsingh (chutou no travessão aos 51'), com Toornstra... mas de novo seguia a incompetência: ora ia para fora, ora Wiedwald pegava. Com Nicolai Jorgensen e Róbert Bozeník lesionados, ainda faltavam atacantes. Mas a água mole furou a pedra dura nos segundos finais: aos 90' + 4, Bannis cabeceou para o 3 a 2 e aliviou o Stadionclub.
PSV 4x0 ADO Den Haag (domingo, 1º de novembro)
O PSV vinha com problemas e vinha irritado para o jogo. Problemas, por ter mais dois que testaram positivo para o novo coronavírus (Jorrit Hendrix e o goleiro reserva Vincent Muller), somados a vários desfalques ainda em quarentena. Irritado, pela recusa da federação holandesa em adiar a partida, após pedido do clube de Eindhoven. Pois os Boeren tiveram mais problemas fora do que dentro de campo. No primeiro gol, aos 16', o pênalti ainda foi duvidoso - o carrinho de Milan van Ewijk em Eran Zahavi pareceu leve demais, e o juiz Jochem Kamphuis reviu o lance antes de confirmar. Mas quando Zahavi fez 1 a 0, estava claro que os Eindhovenaren teriam um dia tranquilo, diante de um fragílimo Den Haag. Vieram mais chances no primeiro tempo, com Mohamed Ihattaren (o zagueiro Shaquille Pinas tirou em cima da linha aos 31') e Donyell Malen (nos acréscimos). Mas só no segundo tempo as chances viraram gols. Aos 51', Noni Madueke, substituto de Malen, fez 2 a 0 num chute no canto direito. Levando o jogo quase sem problemas, os mandantes poderiam ter feito aos 76', com Mario Götze. Mas a vitória enfim virou uma goleada nos minutos finais. Aos 84', Ryan Thomas recebeu do estreante Richard Ledezma e marcou o terceiro; e nos acréscimos, Madueke fez o quarto. Em suma, o PSV teve mais trabalho fora do que dentro de campo.
Sparta Rotterdam 1x4 Heerenveen (domingo, 1º de novembro)
Nem mesmo a definição da troca de goleiro - sobrou para Benjamin van Leer, substituído por Maduka Okoye - livrou o Sparta de mais um dia difícil: mesmo jogando fora de casa, o Heerenveen foi plenamente dominante. E começou a provar isso cedo: já aos 7', estava 1 a 0 para os visitantes da Frísia, graças ao segundo gol de Benjamin Nygrén em duas partidas seguidas do sueco. Aos 25', de cabeça, o zagueiro Jan Paul van Hecke completou escanteio para fazer 2 a 0. E aos 42', um tiro de meta errado de Okoye caiu nos pés de Nygrén, que deixou Henk Veerman livre para marcar o terceiro. Na etapa complementar, a facilidade das coisas para o Heerenveen seguiu grande. E numa jogada da "dupla dos Veerman", surgiu o terceiro gol: aos 57', Joey Veerman lançou, e Henk Veerman fez o seu sétimo gol no campeonato, se isolando como goleador. Depois, o Sparta até teve bolas na trave, com Lennart Thy e Abdou Harroui. E veio o consolo do gol de honra, nos acréscimos, em pênalti batido por Thy.
AZ 3x0 RKC Waalwijk (domingo, 1º de novembro)
Como em dois dos últimos três jogos pelo Campeonato Holandês, o AZ abriu o placar rapidamente: já aos 5', Calvin Stengs completou cruzamento de Teun Koopmeiners para o 1 a 0. Como em várias de suas partidas na Eredivisie, o time de Alkmaar criou chances para encaminhar a vitória já no primeiro tempo. E como também costuma fazer, perdeu todas elas: ou pelo travessão evitar o gol (aconteceu com Albert Gudmundsson, aos 16'), ou pelos méritos do goleiro Kostas Lamprou (evitou gol de Jesper Karlsson, aos 23'), ou por chute para fora (foi o que ocorreu com Owen Wijndal, aos 34'). Na etapa final, Lamprou se sobressaiu. O goleiro grego do RKC Waalwijk defendeu uma tentativa de Karlsson, aos 48', evitou o gol após cabeceio de Stengs, aos 60', e finalmente pegou um pênalti: aos 67', após o recém-entrado Paul Quasten derrubar Gudmundsson, Koopmeiners bateu para a defesa de Lamprou. De quebra, o AZ tivera um gol anulado - Dani de Wit colocara a bola nas redes, mas estava impedido. Temor de empate dos visitantes? Não desta vez. Aos 72', Karlsson lançou, e Gudmundsson fez 2 a 0. E já nos acréscimos, o islandês marcou seu segundo gol no jogo, garantindo a primeira vitória do AZ neste Campeonato Holandês. Ao contrário das cinco rodadas anteriores, desta vez não teve empate.