Junto de Dabney dos Santos, Janssen comemora: atacante do AZ foi algoz do Feyenoord (ANP/Pro Shots) |
Groningen 0x0 NEC (sexta-feira, 22.01)
Após a dura goleada sofrida em casa para o Utrecht, na rodada passada, os Groningers trataram de cuidar melhor da defesa. Some-se a isso um NEC que não foi ofensivo como costuma ser, e o resultado foi o que se viu no Euroborg: uma partida bem truncada, com poucas emoções. No primeiro tempo, o goleiro Sergio Padt até teve lá algum trabalho: defendeu um belo voleio de Navarone Foor. Mas nos 45 minutos finais, o marasmo só foi interrompido nos acréscimos, em chance clara de gol que Anthony Limbombe perdeu. Para o NEC, o empate sem gols deixou boas coisas, pelo menos: a boa estreia do zagueiro dinamarquês (de ascendência sérvia) Dario Dumic, a manutenção da boa campanha, a oitava partida sem sofrer gols no Campeonato Holandês. Para o Groningen, mesmo sem sofrer nova derrota, as vaias da torcida ao final dos dois tempos deixaram clara a necessidade de mudar algo.
Heracles Almelo 2x1 De Graafschap (sábado, 23.01)
No meio do caminho do De Graafschap tinha uma trave. Ou um travessão. Foi o poste que impediu Karim Tarfi de abrir o placar para os Superboeren, contra o Heracles, aos 18 minutos do primeiro tempo. E foi o travessão que impediu Bryan Smeets de concretizar outra chance, aos 35. E aí, mesmo jogando com menos volume ofensivo, os Heraclieden foram mais precisos: aos 37 minutos, em chute colocado e cruzado após cortar para a esquerda, Brahim Mas acho que o "Programa Livre" manteve o fôlego fez 1 a 0.
No segundo tempo, os visitantes mandaram outra bola na trave de Bram Castro, em cabeceio de Ted van de Pavert. E mesmo que insistissem mais no ataque, novamente foi o Heracles que saiu comemorando: aos 30 minutos, Thomas Bruns cobrou falta perfeitamente e fez 2 a 0, encaminhando a vitória dos Almelöers. Andrew Driver ainda diminuiu aos 41, e a pressão do De Graafschap continuou, mas não impediu a primeira vitória do Heracles no returno - mas ainda tendo o que mostrar, já que a torcida presente ao estádio Polman vaiou os alvinegros. Já os derrotados seguem na lanterna do Holandês, com reles oito pontos, após mais uma derrota que teve um quê de injustiça. E nunca se esquecerão desse acontecimento em suas retinas tão fatigadas: que neste sábado, no meio do caminho tinha uma trave (ou um travessão), tinha uma trave (ou um travessão) no meio do caminho.
No meio do caminho do De Graafschap tinha uma trave. Ou um travessão. Foi o poste que impediu Karim Tarfi de abrir o placar para os Superboeren, contra o Heracles, aos 18 minutos do primeiro tempo. E foi o travessão que impediu Bryan Smeets de concretizar outra chance, aos 35. E aí, mesmo jogando com menos volume ofensivo, os Heraclieden foram mais precisos: aos 37 minutos, em chute colocado e cruzado após cortar para a esquerda, Brahim Mas acho que o "Programa Livre" manteve o fôlego fez 1 a 0.
No segundo tempo, os visitantes mandaram outra bola na trave de Bram Castro, em cabeceio de Ted van de Pavert. E mesmo que insistissem mais no ataque, novamente foi o Heracles que saiu comemorando: aos 30 minutos, Thomas Bruns cobrou falta perfeitamente e fez 2 a 0, encaminhando a vitória dos Almelöers. Andrew Driver ainda diminuiu aos 41, e a pressão do De Graafschap continuou, mas não impediu a primeira vitória do Heracles no returno - mas ainda tendo o que mostrar, já que a torcida presente ao estádio Polman vaiou os alvinegros. Já os derrotados seguem na lanterna do Holandês, com reles oito pontos, após mais uma derrota que teve um quê de injustiça. E nunca se esquecerão desse acontecimento em suas retinas tão fatigadas: que neste sábado, no meio do caminho tinha uma trave (ou um travessão), tinha uma trave (ou um travessão) no meio do caminho.
Ajax 1x0 Vitesse (sábado, 23.01)
Enfrentando o quarto colocado da Eredivisie, o Ajax sabia que não poderia bobear, se quisesse manter a liderança e a distância para o PSV. E começou a cumprir sua tarefa da melhor maneira possível: já aos 26 segundos de jogo, o líder do campeonato estava vencendo. Mitchell Dijks insistiu na jogada pela esquerda, ganhou a dividida com Kevin Diks e cruzou para a área; Anwar El Ghazi (novamente titular) atrapalhou ainda mais a já hesitante saída de gol de Eloy Room, e o goleiro do Vitesse apenas rebateu a bola com um tapa para o meio da área. Exatamente onde chegava Riechedly Bazoer, que bateu decidido para fazer 1 a 0, marcando o gol mais rápido do Ajax na história da Amsterdam Arena. Placar aberto com rapidez, era de se esperar que os Ajacieden aproveitassem mais o início hesitante da defesa do Vitesse para pressionar e tentar rapidamente o segundo gol.
Não foi o que aconteceu. Pior: uma lesão acidental no tornozelo tirou Kenny Tete precocemente do jogo, desacelerando definitivamente as tentativas ofensivas dos Amsterdammers. Na maioria das vezes, os contra-ataques eram puxados em velocidade, por El Ghazi (que chutou bem, aos 25 minutos, para boa defesa de Room) ou até por Amin Younes. Mas pela falta de gente que oferecesse opções de passe, rapidamente os zagueiros dos Arnhemmers desarmavam-nos. E aos poucos, o Vitesse foi tomando conta da posse de bola. O que não quer dizer que a tradicional troca de posições entre seus atacantes tenha lhes trazido o gol, ou mesmo sido perigosa: Valeri Qazaishvili tentava algumas jogadas, mas era isolado pela proximidade entre a defesa e o meio-campo dos Godenzonen. Isaiah Brown vinha ajudar, do meio-campo, mas era improdutivo. Milot Rashica até prometia mais com seus dribles, mas um problema no joelho causou sua saída de campo no intervalo. De quebra, com as boas atuações de Jaïro Riedewald e Mike van der Hoorn (substituto de Tete), o Ajax sempre acertava os botes na zaga, impedindo que os ataques dos Arnhemmers chegassem perto de Jasper Cillessen.
Assim, a maioria dos 90 minutos viu um Ajax excessivamente acanhado, só tentando contragolpes infrutíferos aqui e ali; e um Vitesse que teve a posse de bola presenteada pelo adversário (62%, contra o Ajax!), mas que pouco soube o que fazer com ela, sem dar trabalho nenhum a Cillessen. E a vitória valeu apenas por manter o Ajax na primeira posição do Holandês. Mas a repetição do erro no 1 a 0 contra o ADO Den Haag (recuar cedo demais) fez valer o alerta dado por Joël Veltman após o jogo, à FOX Sports holandesa: "[Vencer] é um bom sinal, mas ainda temos muito o que melhorar".
Enfrentando o quarto colocado da Eredivisie, o Ajax sabia que não poderia bobear, se quisesse manter a liderança e a distância para o PSV. E começou a cumprir sua tarefa da melhor maneira possível: já aos 26 segundos de jogo, o líder do campeonato estava vencendo. Mitchell Dijks insistiu na jogada pela esquerda, ganhou a dividida com Kevin Diks e cruzou para a área; Anwar El Ghazi (novamente titular) atrapalhou ainda mais a já hesitante saída de gol de Eloy Room, e o goleiro do Vitesse apenas rebateu a bola com um tapa para o meio da área. Exatamente onde chegava Riechedly Bazoer, que bateu decidido para fazer 1 a 0, marcando o gol mais rápido do Ajax na história da Amsterdam Arena. Placar aberto com rapidez, era de se esperar que os Ajacieden aproveitassem mais o início hesitante da defesa do Vitesse para pressionar e tentar rapidamente o segundo gol.
Não foi o que aconteceu. Pior: uma lesão acidental no tornozelo tirou Kenny Tete precocemente do jogo, desacelerando definitivamente as tentativas ofensivas dos Amsterdammers. Na maioria das vezes, os contra-ataques eram puxados em velocidade, por El Ghazi (que chutou bem, aos 25 minutos, para boa defesa de Room) ou até por Amin Younes. Mas pela falta de gente que oferecesse opções de passe, rapidamente os zagueiros dos Arnhemmers desarmavam-nos. E aos poucos, o Vitesse foi tomando conta da posse de bola. O que não quer dizer que a tradicional troca de posições entre seus atacantes tenha lhes trazido o gol, ou mesmo sido perigosa: Valeri Qazaishvili tentava algumas jogadas, mas era isolado pela proximidade entre a defesa e o meio-campo dos Godenzonen. Isaiah Brown vinha ajudar, do meio-campo, mas era improdutivo. Milot Rashica até prometia mais com seus dribles, mas um problema no joelho causou sua saída de campo no intervalo. De quebra, com as boas atuações de Jaïro Riedewald e Mike van der Hoorn (substituto de Tete), o Ajax sempre acertava os botes na zaga, impedindo que os ataques dos Arnhemmers chegassem perto de Jasper Cillessen.
Assim, a maioria dos 90 minutos viu um Ajax excessivamente acanhado, só tentando contragolpes infrutíferos aqui e ali; e um Vitesse que teve a posse de bola presenteada pelo adversário (62%, contra o Ajax!), mas que pouco soube o que fazer com ela, sem dar trabalho nenhum a Cillessen. E a vitória valeu apenas por manter o Ajax na primeira posição do Holandês. Mas a repetição do erro no 1 a 0 contra o ADO Den Haag (recuar cedo demais) fez valer o alerta dado por Joël Veltman após o jogo, à FOX Sports holandesa: "[Vencer] é um bom sinal, mas ainda temos muito o que melhorar".
Excelsior 0x1 Roda JC (sábado, 23.01)
Jogo entre o 14º e o 15º colocados da liga. O time mandante não ganhava havia seis partidas; o outro, havia 14 (ou seja, desde agosto!). No Excelsior, o técnico Alfons "Fons" Groenendijk colocou no banco seu melhor jogador, o meio-campo Jeff Stans; no Roda JC, Darije Kalezic escalou seis novos jogadores, vindos na atual janela de transferências. Era de se esperar uma partida de baixa qualidade técnica no estádio Woudestein. Foi exatamente o que aconteceu: se não houve cenas tecnicamente lamentáveis, o que se viu foi mais vontade do que bola. Para o Roda JC, apenas o atacante Tom van Hyfte tentou algo, chutando aos 35 minutos do primeiro tempo para boa defesa do goleiro Tom Muyters; o Excelsior só avançou no final do jogo, aos 33 da etapa complementar, quando o atacante Daryl van Mieghem chegou livre à área e tocou na saída do arqueiro Benjamin van Leer. A bola passou a centímetros da trave. E quando já se pensava no empate sem gols, aos 38 minutos, Hicham Faik cobrou falta, e a bola foi direto às redes de Muyters, garantindo a primeira vitória dos visitantes desde 30 de agosto de 2015 (1 a 0 sobre o AZ, na 4ª rodada). Pelo menos, valeu a troca de posições entre ambos na tabela, fazendo os Koempels respirarem um pouco na disputa contra o rebaixamento. Muito pouco, aliás.
Heerenveen 3x1 Willem II (sábado, 23.01)
Jogo entre o 14º e o 15º colocados da liga. O time mandante não ganhava havia seis partidas; o outro, havia 14 (ou seja, desde agosto!). No Excelsior, o técnico Alfons "Fons" Groenendijk colocou no banco seu melhor jogador, o meio-campo Jeff Stans; no Roda JC, Darije Kalezic escalou seis novos jogadores, vindos na atual janela de transferências. Era de se esperar uma partida de baixa qualidade técnica no estádio Woudestein. Foi exatamente o que aconteceu: se não houve cenas tecnicamente lamentáveis, o que se viu foi mais vontade do que bola. Para o Roda JC, apenas o atacante Tom van Hyfte tentou algo, chutando aos 35 minutos do primeiro tempo para boa defesa do goleiro Tom Muyters; o Excelsior só avançou no final do jogo, aos 33 da etapa complementar, quando o atacante Daryl van Mieghem chegou livre à área e tocou na saída do arqueiro Benjamin van Leer. A bola passou a centímetros da trave. E quando já se pensava no empate sem gols, aos 38 minutos, Hicham Faik cobrou falta, e a bola foi direto às redes de Muyters, garantindo a primeira vitória dos visitantes desde 30 de agosto de 2015 (1 a 0 sobre o AZ, na 4ª rodada). Pelo menos, valeu a troca de posições entre ambos na tabela, fazendo os Koempels respirarem um pouco na disputa contra o rebaixamento. Muito pouco, aliás.
Heerenveen 3x1 Willem II (sábado, 23.01)
Com duas duras goleadas sofridas nas últimas duas partidas, o Heerenveen precisava da vitória contra o Willem II, para não perigar entrar de novo numa crise como a vivida no início da temporada. Pior: sem o suspenso Joey van den Berg e o lesionado Jeremiah "Jerry" St. Juste, a marcação do time da Frísia já entrava mais fraca no gramado do Abe Lenstra. Foi o que se viu nos primeiros 45 minutos: o Willem II dominou as ações, e poderia até ter conseguido mais gols além do obtido aos 23 minutos, quando Nick van der Velden foi empurrado na área por Stefano Marzo, após dividida entre ambos (com Van der Velden, no mínimo, facilitando o empurrão). O próprio atacante bateu e converteu a cobrança para os Tricolores.
No segundo tempo, as entradas de Morten Thorsby e Kenny Otigba visavam acelerar as investidas do Heerenveen (Thorsby) cuidando mais da marcação (Otigba). Bem pensado e bem feito: os mandantes foram à frente, pela necessidade de reação contra a derrota parcial. Era tudo ou nada. Foi tudo. Aos 25 minutos, num forte chute de fora da área, o recém-contratado Arber Zeneli marcou seu primeiro gol com a camisa do novo local de trabalho, empatando o jogo. Aos 30, Sam Larsson cobrou escanteio e Kenny Otigba desviou para virar o jogo. Finalmente, aos 33, Larsson cobrou falta para marcar o terceiro gol da rodada vindo de um tiro livre, definindo a vitória que parecia inalcançável, tendo em vista o que a equipe não mostrara no primeiro tempo. Tudo bem quando acaba bem, já que o Fean mantém sua posição no meio da tabela. Ao Willem II, a queda para a 14ª colocação inspira cuidados, embora não haja razões para preocupação.
AZ 4x2 Feyenoord (domingo, 24.01)
Precisando da vitória, para manter as já remotas esperanças de alcançar Ajax e PSV, o Feyenoord visitou um AZ que começou a partida ainda sob certo impacto: ninguém esperava a saída de Mounir El Hamdaoui, que mal voltou ao clube onde despontou e já aceitou, após três meses, uma oferta do Umm Salal, do Catar. Além do mais, pela irregularidade mostrada na temporada atual, os Alkmaarders não mereciam muita confiança. Todas essas incertezas e necessidades de superação resultaram num jogo agradável e animado no AFAS Stadion, debaixo de muita chuva. Animado até pelas falhas das defesas: jogando altas demais, eram facilmente envolvidas em jogadas pelas pontas. Principalmente no primeiro tempo.
O Feyenoord abriu o placar aos 12 minutos: Tonny Trindade de Vilhena entrou na área pela esquerda e chutou, o goleiro Sergio Rochet (de volta) rebateu fraco, e Ridgeciano Haps tentou afastar, só que seu desvio bateu em Michiel Kramer e foi para as redes, dando o gol de "presente" ao atacante. A sorte dos mandantes é que o Feyenoord conseguiu ser mais inseguro em sua marcação pelas laterais - falha crônica do Stadionclub na temporada, aliás. E isso foi punido em três minutos, ainda na etapa inicial. Aos 23, em cruzamento, Haps mandou para a área; a defesa dos Feyenoorders não cuidou da sobra, Markus Henriksen tirou Terence Kongolo da jogada com uma finta, ficou livre e tocou na saída do arqueiro Kenneth Vermeer. Aí começou a aparecer o grande destaque da vitória do AZ: Vincent Janssen, que até passou pelo Feyenoord nas categorias de base. Aos 26, Janssen fez o seu primeiro gol na partida, completando cruzamento de Alireza Jahanbakhsh e virando o jogo. No resto da etapa inicial, ainda houve boas chances aqui e ali para ambas as partes.
Mas no segundo tempo, o AZ voltou novamente ofensivo. E novamente aproveitando os excessivos espaços dados pelos Rotterdammers, desta vez no miolo de zaga. Aos oito minutos, Janssen fez bonito gol, entrando pela direita na área, fintando Sven van Beek e chutando colocado no ângulo oposto de Vermeer para fazer 3 a 1. No minuto seguinte, o quarto gol já poderia ter saído, mas Joris van Overeem chutou na trave. Sem problemas: aos 11, tentando afastar a bola após passe em profundidade, Van Beek falhou e chutou em cima de Dabney dos Santos. Este dominou e passou a Janssen, que completou para o gol vazio, confirmando seu terceiro gol na partida. Com o triunfo praticamente assegurado, o AZ relaxou, e o Feyenoord até teve espaço para diminuir - em belíssimo chute de Vilhena, de fora da área, aos 27 minutos. Mas já não era suficiente para impedir a segunda vitória seguida dos ascendentes Alkmaarders, que novamente tiveram em Janssen um atacante confiável, além de parecerem mais firmes taticamente, num 4-4-2. E o Feyenoord, derrotado pela terceira vez seguida e agora onze pontos atrás do líder Ajax, vai perdendo as esperanças que já não tinha após perder para o PSV.
Precisando da vitória, para manter as já remotas esperanças de alcançar Ajax e PSV, o Feyenoord visitou um AZ que começou a partida ainda sob certo impacto: ninguém esperava a saída de Mounir El Hamdaoui, que mal voltou ao clube onde despontou e já aceitou, após três meses, uma oferta do Umm Salal, do Catar. Além do mais, pela irregularidade mostrada na temporada atual, os Alkmaarders não mereciam muita confiança. Todas essas incertezas e necessidades de superação resultaram num jogo agradável e animado no AFAS Stadion, debaixo de muita chuva. Animado até pelas falhas das defesas: jogando altas demais, eram facilmente envolvidas em jogadas pelas pontas. Principalmente no primeiro tempo.
O Feyenoord abriu o placar aos 12 minutos: Tonny Trindade de Vilhena entrou na área pela esquerda e chutou, o goleiro Sergio Rochet (de volta) rebateu fraco, e Ridgeciano Haps tentou afastar, só que seu desvio bateu em Michiel Kramer e foi para as redes, dando o gol de "presente" ao atacante. A sorte dos mandantes é que o Feyenoord conseguiu ser mais inseguro em sua marcação pelas laterais - falha crônica do Stadionclub na temporada, aliás. E isso foi punido em três minutos, ainda na etapa inicial. Aos 23, em cruzamento, Haps mandou para a área; a defesa dos Feyenoorders não cuidou da sobra, Markus Henriksen tirou Terence Kongolo da jogada com uma finta, ficou livre e tocou na saída do arqueiro Kenneth Vermeer. Aí começou a aparecer o grande destaque da vitória do AZ: Vincent Janssen, que até passou pelo Feyenoord nas categorias de base. Aos 26, Janssen fez o seu primeiro gol na partida, completando cruzamento de Alireza Jahanbakhsh e virando o jogo. No resto da etapa inicial, ainda houve boas chances aqui e ali para ambas as partes.
Mas no segundo tempo, o AZ voltou novamente ofensivo. E novamente aproveitando os excessivos espaços dados pelos Rotterdammers, desta vez no miolo de zaga. Aos oito minutos, Janssen fez bonito gol, entrando pela direita na área, fintando Sven van Beek e chutando colocado no ângulo oposto de Vermeer para fazer 3 a 1. No minuto seguinte, o quarto gol já poderia ter saído, mas Joris van Overeem chutou na trave. Sem problemas: aos 11, tentando afastar a bola após passe em profundidade, Van Beek falhou e chutou em cima de Dabney dos Santos. Este dominou e passou a Janssen, que completou para o gol vazio, confirmando seu terceiro gol na partida. Com o triunfo praticamente assegurado, o AZ relaxou, e o Feyenoord até teve espaço para diminuir - em belíssimo chute de Vilhena, de fora da área, aos 27 minutos. Mas já não era suficiente para impedir a segunda vitória seguida dos ascendentes Alkmaarders, que novamente tiveram em Janssen um atacante confiável, além de parecerem mais firmes taticamente, num 4-4-2. E o Feyenoord, derrotado pela terceira vez seguida e agora onze pontos atrás do líder Ajax, vai perdendo as esperanças que já não tinha após perder para o PSV.
PSV 4x2 Twente (domingo, 24.01)
Do jeito que o Twente começou a partida no Philips Stadion, era de se esperar até uma surpresa do outrora perigoso time de Enschede. Mostrando rapidez no ataque e pressionando a saída de bola dos donos da casa, os Tukkers mostravam a mesma volúpia vista na goleada da rodada passada, contra o Heracles. E surpreendentemente, Hakim Ziyech não era uma andorinha solitária a não fazer verão: a velocidade do ataque pelas pontas era notável, com o destro Chinedu Ede e o canhoto Jerson Cabral. Na marcação pelo meio, Kamohelo Mokotjo segurava as pontas. E o prêmio pela superioridade inicial veio cedo para os Enschedese: aos sete minutos, Chinedu Ede avançou pela direita, cruzou a bola, e Jari Oosterwijk antecipou-se à marcação, desviando de cabeça para as redes. O 1 a 0 deixou um certo temor na torcida dos Eindhovenaren: fraquejaria o atual campeão holandês, contra um Twente que mostrava-se bastante aguerrido contra os tempos de dificuldade que vive em campo e fora dele? Justo no domingo em que Memphis Depay voltava a Eindhoven para "despedir-se" da torcida e ser homenageado após tomar o caminho do Manchester United? Enfim: o PSV tropeçaria?
Coube à dupla de mexicanos dos Boeren tranquilizar os adeptos. O aviso foi dado numa falta cobrada por Andrés Guardado, que Héctor Moreno cabeceou, forçando o goleiro Nick Marsman a fazer defesa relativamente difícil. O Twente não entendeu. Foi punido: aos 20 minutos, Guardado cobrou da esquerda e Moreno subiu para cabecear e empatar o jogo. Aos 23, com leves alterações, o mesmo filme: bola parada cobrada por Guardado (desta vez, num escanteio), Moreno subindo de cabeça, gol - o terceiro do zagueiro mexicano nos últimos dois jogos! Virando o jogo, o PSV enfim encontrou a calma, se assentou em campo e impôs a natural superioridade que tem em relação ao Twente. E a torcida acalmou-se ainda mais aos 37 minutos: em mais uma mostra de como foi o melhor em campo, Guardado fez lançamento milimétrico a Luciano Narsingh, que só precisou superar a linha defensiva dos adversários e tocar na saída de Marsman para fazer seu gol. Com 3 a 1 no placar, as homenagens a Memphis Depay no intervalo puderam ser feitas sem travo nenhum.
Nos 45 minutos finais, porém, o Twente mostrou que não perderia o ânimo para tentar uma surpresa. E Ede teve novo destaque: martelou e martelou pela ponta direita, até conseguir diminuir o placar para 3 a 2, aos 23 minutos, recebendo passe em profundidade de Mokotjo, driblando o goleiro Jeroen Zoet e colocando para as redes. Voltava a tensão no Philips Stadion. Enquanto isso, aos 32 minutos, Phillip Cocu colocou dois recuperados em campo: Jetro Willems (após lesão no joelho que o afastava desde outubro) e Florian Jozefzoon (este, então, só jogara uma partida oficial após romper o ligamento cruzado anterior de seu joelho, há um ano). E foi justamente Jozefzoon que trouxe o respiro definitivo: aos 33, Davy Pröpper deu outro passe prolongado que pegou a defesa do Twente desprevenida, o atacante dominou e tocou na saída de Marsman para fechar o placar, 54 minutos após substituir Luciano Narsingh. Mais um motivo de alegria na vitória que mantém o vice-líder PSV atento e forte na disputa do título, três pontos atrás do Ajax - e oito à frente do Feyenoord.
Utrecht 1x0 Zwolle (domingo, 24.01)
Com duas equipes que começaram 2016 goleando seus adversários na rodada passada, muitos ataques poderiam ser vistos durante os 90 minutos de jogo no estádio Galgenwaard. Não foi bem assim. Ou melhor: até houve ataques de parte a parte, mas os goleiros estiveram muito bem ao longo da partida. No primeiro tempo, destacou-se Mickey van der Hart, guarda-metas do Zwolle: salvou o gol num toque de calcanhar de Sébastien Haller (observado por emissários de vários clubes no estádio, o francês esteve apagado em campo) e numa meia-bicicleta de Yassin Ayoub.
Na etapa complementar, Lars Veldwijk e Stef Nijland tentaram levar os Zwollenaren ao terceiro triunfo nas últimas três temporadas fora de casa contra os Utregs, mas o arqueiro Robbin Ruiter estava alerta e fez boas defesas.E quando se pensava que o 0 a 0 persistiria, foi a vez de Ruud Boymans novamente entrar em ação. Voltando aos poucos após séria contusão no tornozelo, o atacante cobrou falta aos 42 minutos da etapa final para garantir a vitória que mantém a boa fase dos donos da casa. Após o jogo, falando à FOX Sports holandesa na zona mista, Boymans avisou: "Naturalmente, sinto que serei o titular no ataque caso Haller saia". Como a possibilidade do francês sair do Utrecht é grande, Boymans já provou sua utilidade ao técnico Erik ten Hag, definindo uma vitória importante.
ADO Den Haag 2x1 Cambuur (domingo, 24.01)
Fora de campo, o ADO Den Haag segue com sua situação cada vez mais periclitante. A parceria com a empresa chinesa United Vansen está por um fio. O dinheiro prometido pelo mecenas Hui Wang ainda não caiu na conta, mesmo após sucessivas promessas; a diretoria informou aos jogadores que o salário de janeiro provavelmente atrasará; cresce cada vez mais o risco de o Den Haag ir parar na temida categoria 1 da pirâmide financeira da KNVB, onde estão as agremiações em sérias dificuldades financeiras. O clube deseja romper o compromisso, mas Hui Wang tenta acalmar as coisas: promete novamente que o dinheiro cairá, mas alerta que não colocará nenhum tostão que esteja fora de seu controle.
Por tudo isso, vencer o Cambuur em casa era importantíssimo para evitar que a crise se derramasse para dentro de campo - coisa que os jogadores do time de Haia conseguiam evitar, pelo menos por enquanto. E o triunfo foi conseguido, a duras penas. No primeiro tempo, os visitantes de Leeuwarden foram melhores em campo, e abriram o placar já aos 14 minutos: Bartholomew Ogbeche tabelou com Sander van de Streek, que invadiu a área e tocou suavemente na saída do goleiro Martin Hansen, colocando na frente o penúltimo colocado da Eredivisie.
O nervosismo do Den Haag em campo era visível (e isso foi criticado pelo técnico Henk Fräser após o jogo, à FOX Sports holandesa: "O medo é sempre um mau conselheiro"). Para a etapa final da partida, então, o próprio treinador mudou as coisas: após o intervalo, mudou o meio-campo, tirando o volante Kevin Jansen e colocando Ludcinio Marengo, Com a aparição do grande destaque dos Hagenaren, o jogo virou em três minutos. Aos oito, Mike Havenaar apareceu após escanteio e cabeceou forte para fazer 1 a 1; e aos 11, o mesmo Havenaar aproveitou rebote em chute de Édouard Duplan, marcou novamente e definiu o placar da vitória do ADO Den Haag. Que continua apostando nas boas atuações de seus protagonistas, como o atacante nipônico, para evitar que a confusão fora das quatro linhas tenha consequências mais sérias.
Fora de campo, o ADO Den Haag segue com sua situação cada vez mais periclitante. A parceria com a empresa chinesa United Vansen está por um fio. O dinheiro prometido pelo mecenas Hui Wang ainda não caiu na conta, mesmo após sucessivas promessas; a diretoria informou aos jogadores que o salário de janeiro provavelmente atrasará; cresce cada vez mais o risco de o Den Haag ir parar na temida categoria 1 da pirâmide financeira da KNVB, onde estão as agremiações em sérias dificuldades financeiras. O clube deseja romper o compromisso, mas Hui Wang tenta acalmar as coisas: promete novamente que o dinheiro cairá, mas alerta que não colocará nenhum tostão que esteja fora de seu controle.
Por tudo isso, vencer o Cambuur em casa era importantíssimo para evitar que a crise se derramasse para dentro de campo - coisa que os jogadores do time de Haia conseguiam evitar, pelo menos por enquanto. E o triunfo foi conseguido, a duras penas. No primeiro tempo, os visitantes de Leeuwarden foram melhores em campo, e abriram o placar já aos 14 minutos: Bartholomew Ogbeche tabelou com Sander van de Streek, que invadiu a área e tocou suavemente na saída do goleiro Martin Hansen, colocando na frente o penúltimo colocado da Eredivisie.
O nervosismo do Den Haag em campo era visível (e isso foi criticado pelo técnico Henk Fräser após o jogo, à FOX Sports holandesa: "O medo é sempre um mau conselheiro"). Para a etapa final da partida, então, o próprio treinador mudou as coisas: após o intervalo, mudou o meio-campo, tirando o volante Kevin Jansen e colocando Ludcinio Marengo, Com a aparição do grande destaque dos Hagenaren, o jogo virou em três minutos. Aos oito, Mike Havenaar apareceu após escanteio e cabeceou forte para fazer 1 a 1; e aos 11, o mesmo Havenaar aproveitou rebote em chute de Édouard Duplan, marcou novamente e definiu o placar da vitória do ADO Den Haag. Que continua apostando nas boas atuações de seus protagonistas, como o atacante nipônico, para evitar que a confusão fora das quatro linhas tenha consequências mais sérias.
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