segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

Parada obrigatória: Zwolle

O Zwolle teve no primeiro turno o desânimo estampado por Van den Berg (em primeiro plano). Mudou para tentar melhorar no returno (Henry Dijkman/VI Images)
Posição: 16º lugar, com 15 pontos (na frente pelo melhor saldo de gols)
Técnico: John van't Schip (até a 16ª rodada), Gert-Peter de Gunst (interino, na 17ª rodada) e Jaap Stam (a partir da 18ª rodada)
Time-base: Van der Hart (Boer); Ehizibue (Van Polen), Lam, Van den Berg e Paal; Dekker, Namli e Hamer (Leemans); Flemming; Van Crooij e Van Ooijen
Maiores vitórias: Zwolle 2x0 Excelsior (8ª rodada) e De Graafschap 0x2 Zwolle (14ª rodada) 
Maior derrota: Zwolle 1x4 Ajax (14ª rodada)
Copa da Holanda: eliminado nas oitavas de final, pelo AZ
Competição europeia: nenhuma
Artilheiros: Mike van Duinen e Vito van Crooij (atacantes), ambos com 4 gols 
Destaque: Mike van Duinen (atacante)
Objetivo do início: vaga nos play-offs pela Liga Europa/meio de tabela
Avaliação: a fragilidade defensiva e a inconstância renderam um turno ruim, e sinalizaram fim de linha para o trabalho do técnico John van't Schip. A ver se o meio de tabela ainda pode ser alcançado
Fará intertemporada em... Mijas, balneário na Espanha, de 3 a 9 de janeiro

Quando a temporada começou, o Zwolle já tinha com que se preocupar. Havia um objetivo: escapar de uma campanha terrível como a do segundo turno em 2017/18, quando o clube só venceu três partidas, perdeu 13, e decaiu após atuações agradáveis no turno, terminando por ficar fora até da repescagem por vaga na Liga Europa. Para tanto, os "Dedos Azuis" teriam de se recompor sem boa parte dos destaques. O auxiliar técnico Dwight Lodeweges, o zagueiro Philippe Sandler, o meio-campista Younes Mokhtar, os atacantes Piotr Parzyszek e Stef Nijland: todos eles deixaram o clube. Restaria ver se os remanescentes (e as novidades, como o atacante Mike van Duinen e o meio-campo Clint Leemans) conseguiriam melhorar o time, ainda sob o comando de John van't Schip.

Não conseguiram. Porque os Zwollenaren formaram um time irregular. Ora os temores aumentaram - como nas três primeiras rodadas, com três derrotas. Ora, a esperança renascia - como entre a sexta e a oitava rodadas, com duas vitórias e um empate. Todavia, a defesa penava: lesões renitentes no joelho levaram Dirk Marcellis, experiente e firme na espinha dorsal do Zwolle, a anunciar o fim da carreira. Restou jogar aos leões o jovem Sepp van den Berg, 17 anos. Ainda houve uma lesão do lateral direito e capitão Bram van Polen; uma punição disciplinar ao reserva Darryl Lachman, que foi rebaixado ao time B; e até entre os goleiros, a irregularidade imperou - Diederik Boer, quase um estandarte do clube, começou mal a temporada, cedeu lugar a Mickey van der Hart, mas algumas falhas deste devolveram a vaga ao arqueiro de 38 anos.

O ataque foi pior ainda: penou pela falta de efetividade. Apenas 14 bolas na rede: só o De Graafschap marcou menos gols no Campeonato Holandês. Jogando em casa, o time foi o pior do campeonato: nas nove partidas no Mac³Park Stadion, só uma vitória. E não houve como segurar o técnico John van't Schip após o 5 a 0 para o AZ, nas oitavas de final da Copa da Holanda. A reta final do primeiro turno na Eredivisie foi péssima: um empate e três derrotas - a última, já sob o comando do interino Gert-Peter de Gunst. Pensar na repescagem pela Liga Europa só será possível em caso de uma reação irresistível, logo que o returno comece. Se o caso é de "um passo de cada vez", o Zwolle deve pensar no meio da tabela. A ver se o trabalho do novo técnico, Jaap Stam, emplaca já na intertemporada.

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