terça-feira, 1 de janeiro de 2019

Parada obrigatória: Groningen

O primeiro turno do Groningen foi difícil, e Ritsu Doan foi um dos únicos pontos positivos. Pelo menos, as coisas parecem melhorar (Getty Images)
Posição: 15º lugar, com 15 pontos (na frente pelo melhor saldo de gols em relação a Zwolle e NAC Breda)
Técnico: Danny Buijs 
Time-base: Padt; Zeefuik, Te Wierik, Chabot e Handwerker; Doan, Memisevic, Reis e Warmerdam; Mahi e Mendes Moreira
Maior vitória: Groningen 5x2 NAC Breda (14ª rodada)
Maior derrota: Vitesse 5x1 Groningen (1ª rodada)
Copa da Holanda: eliminado na primeira fase, pelo Twente
Competição europeia: nenhuma
Artilheiro: Mimoun Mahi (atacante), com 5 gols 
Destaque: Ritsu Doan (meio-campista)
Objetivo do início: meio de tabela/vaga nos play-offs pela Liga Europa
Avaliação: O começo foi tão desesperador - e tão azarado - que o time do norte holandês temeu seriamente pelo rebaixamento. O medo não acabou, mas o esforço e algumas boas atuações dão a impressão de que o time tem capacidade para subir rumo a posições mais seguras
Fará intertemporada em... Alemanha, de 8 a 11 de janeiro

Quando o campeonato começou, o Groningen desejava melhorar, em relação à difícil temporada 2017/18 que teve. Aconteceu exatamente o oposto: as rodadas iniciais foram terríveis para os Groningers. De "Orgulho do Norte" (seu apelido), não havia quase nada: apenas uma vitória, um empate e nove derrotas, nas onze primeiras rodadas. A torcida seguia deixando clarões no estádio durante as partidas em casa. E até mesmo alguns jogadores que mantinham a solidez em meio às turbulências andaram enfrentando alguns problemas. Foi o caso do goleiro Sergio Padt, titular absoluto: por uma noite detido, após discussão com policial num trem, Padt perdeu a braçadeira de capitão e o posto de terceiro goleiro da seleção holandesa nas convocações do técnico Ronald Koeman.

Até mesmo partidas em que o Groningen não merecia perder acabavam com desvantagem para o time. Foi o caso do jogo contra o PSV: o time abriu o placar, foi compacto na marcação, ofereceu dificuldades ao líder da Eredivisie. Aí, aos 43 minutos do segundo tempo, numa arrancada veloz pela direita, o lateral Denzel Dumfries fez 2 a 1 e levou a vitória para Eindhoven. Parecia até injustiça com um time que teve pelo menos dois jogadores notáveis: o meio-campo japonês Ritsu Doan, cada vez mais desenvolto e rápido na criação (até demonstrando mais habilidade), e Mimoun Mahi, livre de alguns problemas disciplinares para se manter como principal nome na hora de fazer os gols - com alguma ajuda de Mateo Cassierra, verdade. Era esperado pensar que a crise se aprofundaria, que o técnico Danny Buijs seria demitido em seu primeiro trabalho profissional... enfim, era esperado pensar todas essas coisas que só pioram a situação.

Mas a direção optou por manter Buijs - e por alterar a si própria, até porque o diretor geral Hans Nijland anunciou a saída do clube, após muito tempo. A torcida apoiou, com faixas como "Wij staan achter jullie" (em holandês, "estamos apoiando vocês"). As atuações de Doan e Mahi melhoraram. A marcação no meio-campo ficou mais forte, com o zagueiro Samir Memisevic e o lateral Django Warmerdam sendo adiantados. As vitórias começaram a vir: foram três, nas últimas rodadas do turno. Com alguns empates, a sequência serviu para tirar o Groningen da zona de repescagem/rebaixamento. E alguns reforços já adiantados, por empréstimo - o meio-campo Thomas Bruns, os atacantes Iliass Bel Hassani e Kaj Sierhuis -, dão plena razão para pensar que o Groningen pode continuar subindo no returno. Se NAC Breda e Zwolle sonham com a reação, o Groningen já a começou.

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