segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Um jogo, um parágrafo, um vídeo: a 16ª rodada da Eredivisie

Ajax 0x2 Willem II (sexta-feira, 6 de dezembro)

No começo em Amsterdã, o Ajax impôs o estilo ofensivo de sempre: aos 13', Hakim Ziyech arriscou da entrada da área, e Timon Wellenreuther rebateu. Klaas-Jan Huntelaar tentou a sobra sozinho, mas o goleiro alemão também evitou o gol. A partir daí, vieram chances, como aos 27', quando Ziyech aproveitou a bola após roubá-la de Peters, mas seu chute foi agarrado por Wellenreuther agarrou. Aí, enquanto o Ajax diminuiu o ritmo, o Willem II começou a achar espaço em contragolpes. E no segundo deles, aos 42', começou a zebra: Ché Nunnely correu livre com a bola até ser derrubado por Sergiño Dest. Pênalti claro. E Mike Trésor Ndayishimiye converteu para o 1 a 0. Motivado, o time visitante de Tilburg até teve chance do segundo gol já aos 44', num voleio de Ndayishimiye. No começo da etapa final, o Ajax obviamente pressionou: aos 47', um chute de Ziyech mandou a bola à esquerda de Wellenreuther. Os Ajacieden tentavam, mas a zaga tirava - como com Dest, aos 56' -, ou Wellenreuther defendia. Ou as chances eram perdidas - como aos 65', num chute de Van de Beek. Aí, aos 78', outro contragolpe. E numa triangulação, Ndayishimiye passou a Pavlidis, que deixou Damil Dankerlui livre para chutar cruzado e fazer o surpreendente 2 a 0. O chute de Van de Beek no travessão, aos 89', após Wellenreuther rebater, foi o sinal definitivo: após nove meses (e mais de dois anos, no caso de jogos em casa), o Ajax voltaria a perder pela Eredivisie.



ADO Den Haag 0x0 Twente (sábado, 7 de dezembro)

Algo se fez no ADO Den Haag, preocupantemente próximo do rebaixamento: no começo da semana, como já indicava, o técnico Alfons "Fons" Groenendijk pediu demissão. Mas mesmo sob o comando do interino Dirk Heesen, o time de Haia teve dificuldades em criar chances - assim como o Twente. Por isso, emoções só apareceram no segundo tempo. Aos 49', os Tukkers visitantes quase abriram o placar: Wout Brama lançou, mas Aitor Cantalapiedra finalizou em cima do goleiro Luuk Koopmans. Na reta final, tentando de qualquer maneira a vitória, o Den Haag quase a conseguiu, em dois momentos. Aos 80', Michiel Kramer (recém-vindo do banco) finalizou num voleio, mas o goleiro Joël Drommel salvou o Twente. E aos 87', Kramer tinha caminho livre para o chute, mas a bola desviou justamente num nome do time de Haia - Danny Bakker -, saindo pela linha de fundo. Um empate sem graça. Só a presença de Nasser El Khayati, se despedindo da torcida, trouxe alento.



PSV 5x0 Fortuna Sittard (sábado, 7 de dezembro)

Nem mesmo ter escalado o time com cinco homens na defesa tornou o Fortuna Sittard imune aos ataques do PSV: os jogadores dos Boeren entravam na área como queriam. O primeiro gol poderia ter saído aos 6', mas Ritsu Doan estava impedido, e a jogada foi anulada. E tudo bem, porque aos 8', o próprio Doan abriu o placar, de cabeça. Vieram depois um cabeceio de Denzel Dumfries, para fora, aos 14', e um voleio de Doan que quase causou um frango ao goleiro Alexei Koselev - a bola saiu por cima, aos 17'. O 2 a 0 até demorou antes de vir, aos 27', com Donyell Malen completando, também de cabeça, cruzamento de Michal Sadílek. O Fortuna apareceu timidamente, aos 30', num chute de Vitalie Damascan para fora, mas seguiu o domínio maciço e massivo dos Eindhovenaren. Que ampliaram para 3 a 0 aos 42': Steven Bergwijn foi derrubado por Martin Angha na área, o juiz marcou pênalti, e o próprio Bergwijn converteu. Dois minutos depois, quase o quarto gol veio antes mesmo do intervalo, mas Doan perdeu chance, após Koselev rebater toque de Bergwijn, aos 44'. Mesmo assim, não demorou para vir. Aos 52', outro pênalti - de novo Angha, derrubando Malen -, e outro gol: Ihattaren fez o 4 a 0. E o PSV, imperioso durante toda a partida, já teve o que comemorar (a primeira aparição de Ibrahim Afellay em campo após 707 dias, entrando no lugar de Dumfries) antes de Cody Gakpo fechar o placar, aos 84'.



VVV-Venlo 2x0 Emmen (sábado, 7 de dezembro)

Para se afastar um pouco da zona de repescagem/rebaixamento, o VVV-Venlo precisava vencer em casa o confronto direto contra o Emmen. Começou a dar longos passos para isso já aos sete minutos: Tobias Pachonik cruzou, e Johnatan Opoku foi soberano no jogo aéreo, subindo para cabecear e abrir o placar para os Venlonaren. Estava aberto o período de superioridade dos donos da casa, que quase ampliaram a vantagem com Haji Wright, aos 24', e Peter van Ooijen, que mandou a bola na trave aos 34'. Todavia, o Emmen compensou voltando com tudo no segundo tempo: já aos 47', uma sequência quase trouxe o empate - Nikolai Laursen tentou cruzar, a bola acertou a trave, e na sobra Michael Chacón bateu para fora. O fôlego dos visitantes diminuiu demais aos 69', quando Lorenzo Burnet foi expulso, depois de entrada dura no tornozelo de Evert Linthorst. E mesmo com alguma tensão, aos 90' + 5, num chute colocado no ângulo, Van Ooijen confirmou a merecida vitória em Venlo.



Zwolle 0x3 AZ (sábado, 7 de dezembro)

A surpreendente derrota do Ajax abrira a porta para o AZ chegar mais perto da liderança da Eredivisie. Mas no começo, o Zwolle ainda assustou, ameaçando nos minutos iniciais. Depois, virou a habitual torrente de chances da equipe de Alkmaar. Aos 11', Dani de Wit cabeceou perto do gol; aos 13', Dennis Johnsen tirou em cima da linha a bola que vinha da cabeça de Myron Boadu... e aos 15', Boadu fez 1 a 0 num belíssimo gol, de voleio, após Oussama Idrissi cruzar. O Zwolle ainda tentou algo com Lennart Thy, aos 24', mas Idrissi assumiu que era o protagonista do dia com o segundo gol dos Alkmaarders, aos 42': outro bonito chute, mandando a bola no ângulo. Na etapa final, o AZ só se preocupava em contra-atacar. Quase marcou com Owen Wijndal, que fez o goleiro Michael Zetterer defender bem aos 54'. E dez minutos depois, o valioso trio de ataque fez a jogada do 3 a 0: Stengs passou, Boadu ajeitou, Idrissi finalizou. E o AZ segue vice-líder, agora só três pontos atrás do Ajax. O sonho nunca esteve tão próximo. Ainda mais com o jogo direto contra o Ajax, na próxima rodada.




Vitesse 0x0 Feyenoord (domingo, 8 de dezembro)

O jogo começou movimentado em Arnhem. Principalmente pela volúpia com que o Vitesse (treinado pelo interino Joseph Oosting) partiu para o ataque. Teve o prêmio aos 11': após cruzamento, Tim Matavz ajeitou de cabeça, e o goleiro Nick Marsman pegou, empurrando Nouha Dicko. O juiz Pol van Boekel deixou passar inicialmente, mas ouviu o VAR e marcou o pênalti. Aí, Marsman consertou: defendeu o chute de Matavz - o pênalti quase voltou, mas o jogo seguiu. Restou ao Vitesse seguir buscando - e quase conseguir, num toque de Riechedly Bazoer no travessão, aos 13'. Porém, a partir da metade da primeira etapa, o Feyenoord começou a reagir. Aos 24', Steven Berghuis deu a primeira estocada, com um voleio. No minuto seguinte, Nicolai Jorgensen mandou para fora. E aos 34', Jens Toornstra trouxe a grande chance dos visitantes: cobrou falta no travessão. Só depois o Vites deixou a retração de lado e voltou a atacar. No começo do segundo tempo, Dicko (aos 49') e Bryan Linssen (de cabeça, aos 52') quase marcaram. Mas aí, os visitantes de Roterdã dominaram o resto do jogo. Foi Eric Botteghin quase fazendo aos 69', de cabeça (o goleiro Remko Pasveer pegou em cima da linha). Foi Luis Sinisterra tendo gol anulado aos 71', pois Jorgensen estava impedido ao lhe passar. Foi o próprio Jorgensen tocando por cima do gol, livre, aos 88'. E finalmente, foi o chute errado de Orkun Kökcü, aos 90' + 4. Invicto há cinco jogos, o Feyenoord saiu lamentando: poderia ter vencido.



Groningen 0x1 Utrecht (domingo, 8 de dezembro)

As duas equipes vinham de derrota na rodada passada, mas a pressão era um pouquinho mais forte sobre o Utrecht, com três reveses seguidos. Nem assim os Utregs perturbaram demais o gol dos Groningers: só um chute de Simon Gustafson, uma bola de Gyrano Kerk tirada em cima da linha por Ko Itakura aos 32', e mais nada. O Groningen começou a etapa final melhor: aos 51', Kaj Sierhuis bateu para grande defesa do goleiro Maarten Paes, enquanto Joel Asoro teve outra boa chance, aos 61'. Teria mais: aos 69', Deyovaisio Zeefuik mandou a bola de voleio, e Paes evitou o gol numa excelente defesa. Após se aguentar, o Utrecht teve a compensação, aos 80': uma bola perdida na linha de fundo foi alcançada por Kerk, que cruzou para Bart Ramselaar completar, marcar seu primeiro gol após o retorno ao time, e acabar com a má sequência dos Utregs.



RKC Waalwijk 1x3 Heerenveen (domingo, 8 de dezembro)

O Heerenveen teve chances para abrir o placar até mais cedo do que faria. Logo no primeiro minuto, Chidera Ejuke mandou a bola perto do gol, num chute. Depois, veio um cabeceio de Jens Odgaard, aos 9', um chute de Ibrahim Dresevic aos 12'... e finalmente, o 1 a 0, aos 25': Ejuke passou a Sherel Floranus, e o lateral cruzou para que Rodney Kongolo finalizasse com êxito a jogada. E por muito tempo o RKC pareceu entregue aos visitantes da Frísia: só tiveram uma chance, com Darren Maatsen, aos 43', enquanto o Fean por pouco não ampliou, com Odgaard, já no segundo tempo (55'). Justamente quando o jogo parecia definitivamente morno, Stijn Spierings o incendiou, aos 75', com o golaço de empate, num chute forte, que devolveu as esperanças aos mandantes - ainda mais quando Maatsen mandou no travessão, aos 79'. Só que a empolgação virou frustração de novo, aos 83': Anders Dreyer lançou Odgaard, que driblou o goleiro Etienne Vaessen e fez 2 a 1. Só para o Heerenveen ficar tranquilo de vez, Dreyer fechou o placar, aos 90' + 2.



Sparta Rotterdam 0x0 Heracles Almelo (domingo, 8 de dezembro)

Não se pode dizer que o Heracles Almelo não tentou o gol. No primeiro tempo, aos 29', Mohamed Osman cobrou falta com precisão, forçando o goleiro Ariel Harush a fazer grande defesa. Depois, aos 43', Harush impediu o gol de Robin Pröpper. No segundo tempo, já na reta final, aos 80', Mauro Júnior também buscou balançar as redes. Mesmo mais retraído, o Sparta também teve pelo menos uma boa chance de gol: aos 66', o zagueiro Jürgen Mattheij acertou a trave, cabeceando a bola. De mais a mais, a expulsão de Joey Konings, no final, deixando os Heraclieden com um homem a menos, também abriram caminho para a pressão final dos Spartanen. Mas foi pouco. E o 0 a 0 ficou no placar.


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