domingo, 4 de março de 2018

810 minuten: como foi a 26ª rodada da Eredivisie

Roda JC e Heracles tiveram níveis técnicos parecidos. Mas os visitantes de Almelo foram mais eficientes - e por isso, venceram (ANP/Pro Shots)
Roda JC 0x3 Heracles Almelo (sexta-feira, 2 de março)

Diante de um Roda JC frágil - e ainda reagindo à renovação, até surpreendente, do contrato com o técnico Robert Molenaar -, esperava-se que o Heracles se impusesse, mesmo fora de casa. Foi o que aconteceu, mais precisamente a partir dos 13', quando Brandley Kuwas fez 1 a 0, em cobrança de falta. No campo vitimado pela neve em Kerkrade (vitimado a ponto da bola ter sido trocada pela laranja típica), os Koempels mandantes tinham mais posse de bola e tentaram algumas vezes, mas pecaram pela falta de pontaria - como Mikhail Rosheuvel, que perdeu boas chances aos 28' e aos 33'.

E foi justamente a eficiência que dava mais perigo às chances dos visitantes de Almelo. Aos 39', por exemplo, Vincent Vermeij quase fez, chutando em diagonal para boa defesa de Hidde Jurjus. Porém, na sequência do lance, Kristoffer Peterson fez o segundo gol dos Heraclieden, num belo arremate colocado (diga-se de passagem: após cometer falta em Rosheuvel, ao empurrá-lo). No segundo tempo, as duas equipes tentaram algo: foi Bram Castro fazendo quatro defesas em sequência aos 68', enquanto Patrick Banggaard salvou o Roda tirando a bola de cima da linha aos 71'. Até que, no minuto final, em outra falta cobrada com precisão, Peter van Ooijen fez 3 a 0, garantindo a primeira vitória fora de casa do Heracles no campeonato - e aumentando os temores do Roda.

Alireza chutou a bola nos dois gols do AZ, mas só um deles foi para o seu nome. O outro foi contra. Tudo bem: de todo modo, ficou a vitória (ANP/Pro Shots)
Excelsior 1x2 AZ (sábado, 3 de março)

O AZ podia estar com campanha melhor, mas o Excelsior não tinha razões para temer os visitantes de Alkmaar (até porque os venceu no turno, em pleno AFAS Stadion - 2 a 0). E foi isso que se viu, num começo frenético de jogo. Exemplo disso se viu aos seis minutos: foi Ali Messaoud quase abrir o placar para os Kralingers mandantes, e logo na sequência Guus Til acertar a trave. Aos 14', Jonas Svensson tentou abrir o placar para o AZ, mas faltou direção a seu chute. Dois minutos depois, quem teve a bola nos pés foi Mike van Duinen, mas o goleiro Marco Bizot impediu o gol do Excelsior. Enfim, aos 19', alguém acertou o pé. Ou errou a mão, mesmo: porque Alireza Jahanbakhsh chutou quase sem ângulo, a bola bateu no goleiro Theo Zwarthoed e entrou para o 1 a 0 do AZ. O Excelsior manteve a postura ofensiva ainda durante o primeiro tempo: aos 28', Hicham Faik deixou Messaoud livre na área, e este bateu para outra grande defesa de Bizot.

Os Kralingers não fizeram, e tomaram, em lance parecido com o do gol contra de Zwarthoed: aos 44', Alireza finalizou, e desta vez o gol foi mesmo para a conta do atacante iraniano. No segundo tempo, restava aos anfitriões apenas tentar e tentar. Como aos 59', quando Jürgen Mattheij cabeceou a bola na área, e Wout Weghorst, habitual garantia de gols para o AZ, bancou o bom zagueiro tirando em cima da linha. Só aos 64' os Rotterdammers tiveram razões para comemorar: Levi Garcia deu a esférica a Messaoud, que enfim acertou o alvo e marcou o gol. Porém, ficou nisso a reação do Excelsior, diante de um AZ que segue com temporada esplendorosa: finalista da Copa da Holanda, sonhando até com o vice-campeonato na Eredivisie. Sonhar não custa nada, e o sonho do time de Alkmaar é real. De lamentação, só a lesão muscular que tirou Alireza do jogo, aos 89'.


O PSV era pressionado pelo Utrecht. Mas foi partir à frente, aproveitar chances como esta bonita puxeta de Luuk de Jong, e pronto: mais uma vitória (ANP/Pro Shots)
PSV 3x0 Utrecht (sábado, 3 de março)

Poucos times fora do Trio de Ferro poderiam desafiar o PSV em pleno Philips Stadion como o Utrecht, com seu bom time e a ótima sequência no returno (oito jogos sem perder - quatro vitórias, quatro empates). E os Utregs começaram o jogo impondo respeito. Já aos seis minutos, Sean Klaiber cruzou para Sander van de Streek finalizar com um voleio forte, pego com dificuldades por Jeroen Zoet. Aos 13', a oportunidade foi até mais concreta: Klaiber mandou para a área de novo, e o complemento de Mark van der Maarel acertou a trave de Zoet. Se a pressão adversária estava forte, restava aos Boeren serem eficientes. E isso começou com uma ajuda da sorte, aos 16': Joshua Brenet cobrou lateral, e Bart Ramselaar chegou dominando a bola, já na grande área. O meio-campo chutou de voleio, e ela desviou em Ramon Leeuwin, passando sobre o goleiro David Jensen e indo diretamente para as redes. Logo na primeira chance de gol que teve, o PSV fazia 1 a 0. Incrível.

Mais incrível ainda foi o segundo gol, aos 22 minutos. Afinal, se a sorte ajudara no primeiro, o segundo teve o mérito único do talento. Ramselaar passou a Santiago Arias, o colombiano cruzou da direita, e Luuk de Jong arriscou uma puxeta na finalização. Desajeitada, é verdade, até porque o atacante estava marcado. Mas o final foi o que ele queria: bola suave, no canto esquerdo de Jensen, que ficou parado, impotente, vendo o 2 a 0. Mesmo com a precisão dos donos da casa para transformarem chances em gols, os Utregs seguiram buscando o gol (com Urby Emanuelson, aos 34', e novamente Van de Streek, aos 39'). A torcida da casa se frustrou duas vezes: no gol anulado de Daniel Schwaab, aos 32' - o zagueiro alemão empurrara o adversário ao cabecear -, e no pênalti em Gastón Pereiro, que o juiz Kevin Blom marcou para voltar atrás após conversar com um auxiliar (e ainda dar cartão amarelo a Pereiro), aos 37'.

Se serve de consolo, pelo menos o Utrecht deu trabalho ao líder do Campeonato Holandês (fcutrecht.nl)
Já no começo do segundo tempo, a eficiência impressionante do líder da Eredivisie seguiu. Antes mesmo que o Utrecht pudesse pensar em voltar a pressionar, o PSV fez 3 a 0 para encaminhar definitivamente a vitória. Arias lançou a bola em profundidade do campo de defesa, após escanteio, e Bergwijn superou Sean Klaiber na corrida, com um drible da vaca. Chegou à área, mais um drible, tocou à esquerda de Jensen, 3 a 0. O resultado estava praticamente resolvido. E os Eindhovenaren poderiam jogar como gostam: deixando a bola com o adversário, apostando na velocidade dos contra-ataques.

Assim, o Utrecht seguiu buscando espaços. Ao tê-los, arriscou. Como aos 58', em chute de Yassin Ayoub, que mandou a bola perto do gol de Zoet, e aos 85', quando uma finalização colocada de Van de Streek saiu ainda mais próxima à trave. Todavia, os visitantes tiveram mesmo de suportar a primeira derrota pelo campeonato em 2018. E o PSV, sete pontos à frente, comemorou mais uma vitória baseada na constância e na eficiência - até aqui, tônicas de uma campanha que já começa a vislumbrar o doce fim com título. Ainda mais porque a conquista desse título pode ter uma delícia adicional: se ambos vencerem seus cinco jogos até o confronto direto, na 31ª rodada, o time de Eindhoven pode ser campeão holandês exatamente no clássico contra o Ajax, em casa.

Sadiq nem seria titular contra o Feyenoord. Pois não só foi, como converteu o pênalti para dar a vitória ao NAC Breda (ANP/Pro Shots)
NAC Breda 2x1 Feyenoord (sábado, 3 de março)

A "Avondje NAC" ("noite do NAC") foi animada no estádio Rat Verlegh. Começou logo no aquecimento: Mitchell te Vrede, que seria titular no ataque, se machucou e teve de dar a vaga para Sadiq Umar. Logo aos cinco minutos, Sadiq esteve em lance polêmico: após se chocar com Brad Jones na área, tentando alcançar a bola, e o juiz Bas Nijhuis nada marcar, o técnico Stijn Vreven protestou demais... e foi expulso (pela terceira vez na temporada!), deixando o banco. Ainda assim, o ritmo de jogo do NAC Breda era bem mais acelerado. E teve chance aos 14': Thomas Agyepong correu com a bola pela direita, cruzou, e lá estava Sadiq, que escorou fraco, para a defesa do goleiro do Feyenoord. Por outro lado, na primeira vez que teve o mínimo de velocidade e de espaço para sair jogando, aos 16', o Stadionclub trouxe perigo: Berghuis cruzou a bola da direita, e Jean-Paul Boëtius finalizou da entrada da área, para a defesa de Nigel Bertrams.

No minuto seguinte, já veio o prêmio aos visitantes de Roterdã: Boëtius fez a jogada pela esquerda, tabelou com Jens Toornstra e cruzou da linha de fundo. A zaga do NAC Breda ainda tentou rebater, mas a bola sobrou com Tonny Vilhena, e deste foi para o chute de Toornstra, no canto esquerdo de Bertrams, colocando o Stadionclub na frente. O que não quer dizer que os aurinegros de Breda desanimaram. Aos 23', graças a mais uma saída em velocidade, conseguiram o empate. Sadiq chegou à área entre três defensores, mas Jones saiu do gol e rebateu a bola antes mesmo dele tentar o chute. Sem problemas: pela esquerda, Thierry Ambrose acompanhava a jogada. E chutou a sobra para as redes, fazendo 1 a 1. Daí por diante, as duas equipes seguiram trocando chances, num ambiente fervilhante no estádio, com a torcida cantando a plenos pulmões.

Ao Feyenoord, outra vez, uma derrota inesperada e decepcionante (feyenoord.nl)
Com mais posse de bola, o Feyenoord já tentou ser mais efetivo desde o começo do segundo tempo - começando aos 47', num chute de Renato Tapia defendido por Bertrams. Mas aos 49', um momento de ingenuidade de Brad Jones pôs tudo a perder. Após dar um chutão para a frente, o goleiro se engalfinhou com Sadiq. Para se livrar do nigeriano, o empurrou. Nada forte, mas o suficiente para a torcida reclamar, o juiz Bas Nijhuis ser chamado pelo auxiliar de linha de fundo, ouvir o relato e marcar o pênalti (ainda dando cartão amarelo a Jones). Sadiq cobrou com perfeição: Jones num canto, bola no ângulo oposto, 2 a 1. Então, o O Stadionclub começou a buscar o empate em lances como um cabeceio de Tapia, à queima-roupa, mandando a bola por cima do gol, aos 51'. O cabeceio seguinte foi aos 54', com Kevin Diks, e Bertrams pegou a bola. Aos 61', Toornstra mandou a bola para a área em falta, e Sven van Beek evitou que ela saísse, puxando-a para a pequena área. Lá, Ambrose a tirou com um chutão. Ato contínuo, um contra-ataque quase rendeu o terceiro gol do NAC Breda: Angeliño cruzou da esquerda, e Sadiq completou escorando, rente à trave direita de Jones.

Os cruzamentos começavam a se suceder sobre a área do NAC Breda. Outro cabeceio perigoso do Feyenoord veio de um deles, aos 64': Boëtius desviou por cima do gol a bola alçada por Berghuis. Dois minutos depois, o cruzamento foi de Boëtius, para Toornstra mandar de voleio às mãos de Bertrams. Para fortalecer ainda mais a pressão, Robin van Persie entrou em campo, substituindo Eric Botteghin aos 69'. Aos 74', Berghuis tentou: um chute colocado dele, da entrada da área, mandou a bola a Bertrams. Depois, Bilal Basaçikoglu e Dylan Vente ainda foram mais dois substitutos a entrarem. Mas aos poucos, o ânimo ofensivo dos visitantes amainou, diante da concentrada defesa do NAC Breda. E outra vez, os Rotterdamers amargaram uma derrota. Pior: assim como perder do PSV significou ser derrotado em todos os clássicos da temporada, neste sábado, pela primeira vez na história da Eredivisie, um campeão foi derrotado duas vezes no campeonato por um time vindo da segunda divisão. De certa forma, um símbolo do ano decepcionante do Feyenoord.

Woudenberg teve sua reação: após falhar na rodada passada, abriu o caminho da vitória do Heerenveen (ANP/Pro Shots)
Heerenveen 2x0 Willem II (sábado, 3 de março)

As duas equipes tinham algo a justificar a busca pela vitória: o Heerenveen já estava sem vencer havia quatro rodadas, e o Willem II precisava se reanimar após a eliminação na Copa da Holanda. Todavia, apenas o time da casa pareceu ter esforço suficiente para conseguir concretizar o objetivo. O Fean foi francamente superior, e o 1 a 0 não demorou: aos 13 minutos, Lucas Woudenberg recebeu a bola de Morten Thorsby, e acertou chute de fora da área - boa recuperação para o lateral esquerdo, após ter falhado no lance do gol da derrota para o Excelsior, na rodada passada.

Mal havia começado o segundo tempo, e já veio o segundo gol do time da Frísia, com outro lateral: Denzel Dumfries cruzou, e Reza Ghoochannejhad desviou para completar o 2 a 0 da equipe da casa.  Reza ainda teve outra ótima chance aos 65', mas sua conclusão foi impedida pelo goleiro Mattijs Branderhorst. Ainda assim, salvo o contratempo da lesão que tirou Arber Zeneli de campo, nada mais ocorreria para impedir a volta aos triunfos. O Willem II? Sequer deu chutes a gol durante todo o jogo - só tentou algo aos 78', mas o espanhol Fran Sol bateu a bola em cima da zaga.

O Zwolle de Namli até dominou boa parte da partida, mas o VVV-Venlo conseguiu segurar o time da casa (Henry Dijkman/VI Images)
Zwolle 1x1 VVV-Venlo (domingo, 4 de março)

Da maneira como a partida começou no Mac³Park Stadion, supunha-se que o Zwolle colocaria fim à sequência de três derrotas seguidas. Com mais posse de bola, os "Dedos Azuis" dominaram plenamente o primeiro tempo. Só criaram poucas chances. A primeira delas, aos 23', quando Younes Namli saiu na cara do gol, mas seu chute colocado tirou o goleiro Lars Unnerstall da jogada... e a bola da meta, mandando-a para fora. Depois, Namli tentou outra vez, mas teve a conclusão interceptada por Jerold Promes.

Na etapa final, enfim, o VVV arriscou um pouco mais - e teve um pênalti não marcado aos 64', por empurrão de Philippe Sandler em Romeo Castelen, que passou em branco para o juiz Jeroen Manschot. Entre os 66' e os 67', chances seguidas: Ryan Thomas chutou para fora, perdendo a chance do Zwolle, enquanto Diederik Boer pegou do outro lado o cabeceio de Johnatan Opoku. Num jogo equilibrado, só o brilhantismo resolveria - e começou a resolver aos 68', na excepcional cobrança de falta com que Vito van Crooij fez 1 a 0 para os visitantes de Venlo. Aos 73', enfim o Zwolle empatou - Mustafa Saymak, de cabeça -, mas teve de amargar outro tropeço, o quarto seguido.

Mais importante do que a provocação de Kramer, na comemoração do gol do empate, foi a vitória do Sparta, tirando-o da última posição (Mischa Keemmink)
Sparta Rotterdam 2x1 ADO Den Haag (domingo, 4 de março)

A derrota do Roda JC na abertura da rodada abriu caminho para o Sparta deixar a lanterna. Era "só" vencer o ADO Den Haag - tarefa árdua, para um time que só vencera uma vez em 2018. E parecia que não seria desta vez. Mesmo em Het Kasteel, o Den Haag começou melhor. Poderia ter aberto o placar aos 5': Nasser El Khayati cobrou falta, e Nick Kuipers desviou de cabeça para o goleiro Jannik Huth pegar em cima da linha. No minuto seguinte, aí sim, a bola passou: Erik Falkenburg fez 1 a 0. De quebra, no final da primeira etapa, Falkenburg ainda mandou uma bola na trave. Dick Advocaat, então, mudou o ataque no intervalo, colocando Dabney dos Santos e Thomas Verhaar.

E este ajudou na jogada do empate do Sparta, aos 62': Verhaar lançou Michiel Kramer em profundidade, e o atacante tocou na saída do goleiro Robert Zwinkels para fazer 1 a 1 - sempre disposto a provocar, Kramer fingiu "comer um croquete" na comemoração (referência ao fato de efetivamente ter se alimentado no banco de reservas durante um jogo pelo Feyenoord, que pegou mal no clube e colaborou para sua saída). Kramer poderia ter virado o placar minutos depois, mas Zwinkels defendeu seu chute aos 64'. Na defesa, Huth salvou os Spartanen com ótima defesa, em cabeceio de Édouard Duplan. Finalmente, aos 82', os mandantes viraram: um chute de Robert Mühren rendeu o 2 a 1 fundamental, antes do confronto direto contra o Roda, na próxima rodada.


Bryan Linssen teve um grande dia, com dois gols. E o Vitesse impôs a segunda derrota sobre o Ajax na temporada (ANP/Pro Shots)
Vitesse 3x2 Ajax (domingo, 4 de março)

O Ajax teve de entrar com duas alterações em seu time titular. E coube justamente a um substituto ter a primeira chance de gol para o Ajax, aos três minutos: novamente ocupando o lugar aberto pela ausência de Klaas-Jan Huntelaar, ainda lesionado, Siem de Jong entrou na pequena área desviando a bola cobrada por Lasse Schöne em falta, e a mandou perto do gol de Remko Pasveer. O Vitesse só criou algo aos 11', na bola parada: um escanteio cabeceado por Guram Kashia, por cima do gol. Todavia, se a posse de bola era do Ajax (como esperado), o Vites foi bem mais eficiente para abrir o placar. E fez 1 a 0 em grande estilo, aos 16': após escanteio curto, Navarone Foor recebeu a bola na direita e bateu de longa distância. Na mira: chute certeiro e forte, no ângulo esquerdo de André Onana, mandando a esférica no filó Ajacied.

O gol motivou o Vitesse, que cresceu no jogo. Os visitantes só reapareceram numa jogada de bola parada, aos 23': David Neres sofreu falta de Faye na entrada da área, e Schöne a bateu com o perigo habitual, mas ela saiu à esquerda do gol. De outra bola parada, aos 25', Ziyech mandou um escanteio na cabeça de Matthijs de Ligt, que desviou para fora. Aos 33', os mandantes aurinegros voltaram à carga: Thulani Serero levou a bola até as proximidades da área, pelo meio, e passou a Bryan Linssen, que arrematou cruzado, para fora, com leve desvio. No escanteio seguinte, chance até mais concreta: novo escanteio, e Matt Miazga cabeceou forte no meio da área, para Joël Veltman tirar em cima da linha. Finalmente, aos 45', numa jogada aparentemente perdida, Tim Matavz dominou a bola após interceptação de Veltman. De volta após suspensão, o atacante esloveno finalizou da entrada da área, para Onana defender. O Vites coroava um primeiro tempo bem melhor, diante de um Ajax apático.

Cassierra melhorou o ataque com sua entrada. Mas o Ajax caiu - e pode ter perdido as chances de título que restavam (Jasper Ruhe/ajax.nl)
No começo do segundo tempo, a dinâmica do jogo seguiu a mesma: Ajax tinha a bola, mas chances que eram boas, só duas - e em chutes de longe, com Matthijs de Ligt, aos 48', e Justin Kluivert, aos 51'. A lentidão Ajacied foi duramente punida, aos 57'. Graças à desatenção da zaga: numa saída de bola, Onana serviu a De Ligt, e deste a bola foi para Wöber. Porém, o zagueiro austríaco (substituto do machucado Frenkie de Jong) dominou errado. E ela ficou limpa para Linssen entrar, dominar na grande área e bater cruzado para o 2 a 0. Quase ficou mais feio aos 58', em arremate de Linssen que quase traiu Onana - o goleiro camaronês precisou fazer a defesa em dois tempos. Com um ataque inapetente, só restavam a Erik ten Hag as mudanças. Assim, Justin Kluivert e Wöber saíram, para darem lugar a Amin Younes e Mateo Cassierra, respectivamente. Pois coube justamente a Cassierra reanimar os Ajacieden, com o gol para recolocar o time no jogo, aos 61': Ziyech cobrou escanteio da esquerda, e o atacante colombiano subiu sozinho na área, cabeceando à direita de Pasveer, que sequer tentou a defesa. Mais um minuto, e Younes quase completou o serviço: driblou três da esquerda para o meio, e chutou cruzado - a bola bateu levemente na trave.

Meio aturdido, o Vitesse reagiu aos 64': Matavz chutou, a bola desviou em De Ligt, e quase encobriu Onana, que tocou por cima da trave. E aos 67', um erro de Pasveer quase abriu o caminho do empate: David Neres cruzou, e o goleiro do Vitesse falhou ao tentar encaixar - Cassierra ainda tentou um voleio na sobra, mas a bola saiu. Todavia, uma cobrança de falta tranquilizou definitivamente os donos da casa em Arnhem, aos 70'. Mount mandou a bola para a área, Kashia subiu para escorar, e Linssen entrou na pequena área para completar de perto. Era o 3 a 1 do Vitesse. Cassierra ainda teve chance aos 76', chutando para Pasveer espalmar. E após uma sequência de chances, Siem de Jong até fez 3 a 2 aos 85', completando bola escorada por Younes e cruzada por Ziyech. Mas a derrota seguiu. E o Ajax ficou dez pontos atrás do PSV, com as esperanças de título ainda mais remotas. Pior: pela primeira vez desde 2012/13, perdendo as duas partidas da temporada para um time que não era nem PSV nem Feyenoord. Como agora, esse time era o Vitesse.

Twente e Groningen fizeram jogo equilibrado. E seguem em situação irregular com o empate (Pro Shots)
Twente 1x1 Groningen (domingo, 4 de março)

Para não perder terreno na disputa pela salvação da zona de repescagem/rebaixamento, o Twente começou ofensivo o jogo contra o Groningen. Aos nove minutos, Tom Boere ficou livre na área com a bola, após passe de Fredrik Jensen, mas sua finalização mandou a bola às mãos do goleiro Sergio Padt. Porém, aos poucos, a pressão dos Tukkers mandantes diminuiu: antes mesmo de outra chance de Boere, em cabeceio aos 22', o Groningen teve oportunidade com Tom van de Looi, que chutara em cima do goleiro Joël Drommel aos 15' - depois, aos 43', Ritsu Doan tentaria.

O começo do segundo tempo escancarou esse equilíbrio. Por um lado, os Groningers começaram melhor. Aos 53', Leandro Bacuna chutou forte, mas a bola saiu. Aos 58', contudo, veio a vantagem dos visitantes, num arremate de Doan. Só que, um minuto depois, quase o Twente empatou, em toque de Haris Vuckic por cima do gol - pouco depois, aos 66', quem ficou perto de marcar foi Mimoun Mahi, finalizando na saída de Drommel e mandando no travessão. Aos 70', os mandantes chegaram ao 1 a 1: Adam Maher cruzou, e Boere acertou as redes, de cabeça. Poderia ter virado o placar mais duas vezes - aos 75', na trave, e aos 84' -, mas o Twente saiu de campo apenas com um ponto. E segue sem vencer em casa.

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