Bazoer agradece pelo seu belo gol. E o Ajax lhe agradeceu pela vitória num bom Klassieker (Laurens Lindhout Photography/VI Images) |
Ainda que fosse um jogo entre duas equipes ameaçadas pela repescagem/pelo rebaixamento, havia uma das equipes que precisava mais da vitória: o Excelsior, sem vencer havia nove partidas e já na zona perigosa, em 16º lugar. Sendo assim, os Kralingers obviamente começaram o jogo atacando mais - até porque o Willem II tinha uma zaga remendada, com o atacante Nick van der Velden improvisado na lateral direita (o titular da posição, Frank van der Struijk, estava suspenso) e com o lateral esquerdo Dico Koppers deslocado para a zaga (Jordens Peters estava lesionado). E a bem da verdade, assim o jogo seguiu. O Excelsior teve as chances mais perigosas e frequentes ao longo dos 90 minutos.
No primeiro tempo, aos 21 minutos, a primeira oportunidade foi também a mais perigosa: Brandley Kuwas, destaque dos Rotterdammers no atual momento, recebeu em profundidade de Adil Auassar e entrou livre na área, mas tocou em cima do goleiro Kostas Lamprou, que saiu bem do gol e salvou os visitantes. Pouco depois, Daan Bovenberg cruzou da direita e Kuwas escorou para Tom van Weert, que bateu em cima da zaga. E ainda houve um cabeceio de Rick Kruys, após escanteio, tirado em cima da linha por Bartholomew Ogbeche. Na etapa final, vieram até mais chances: com Auassar, Kuwas, Bovenberg, Van Weert... mas todas elas foram perdidas na ineficiência. Já os Tricolores só tiveram um chute a gol de real perigo: aos 15 minutos, quando Robbie Haemhouts forçou a defesa de Filip Kurto em arremate de longe. Mas o jogo ficou mesmo no 0 a 0. O terceiro empate sem gols consecutivo do Excelsior, que pelo menos saiu momentaneamente da zona de repescagem/rebaixamento. Zona cujo bafo segue no cangote do Willem II, em 14º.
ADO Den Haag 2x2 Roda JC (sábado, 06.02)
O ADO Den Haag tem melhor time, vinha de vitória respeitável contra o Feyenoord... enfim, tinha tudo para conter os Koempels visitantes, ainda mais por jogar em casa. E até foi ajudado por eles na abertura do placar: aos 20 minutos, o lateral direito Martin Milec recuou errado para o goleiro Benjamin van Leer. Este tentou recomeçar a jogada com os pés, mas não pegou bem no chute. E a bola ficou limpa para Kevin Jansen completar para o gol vazio, marcando pela segunda rodada consecutiva. Vitória fácil? Ora, se o Ajax abrira 2 a 0 contra o Roda JC e tomara o empate, correr atrás do Den Haag seria bem mais fácil. E o time de Kerkrade correu atrás, de fato, conseguindo o empate no minuto final do primeiro tempo, em outra falha defensiva: o espanhol Marcos Gullón cruzou, e o zagueiro Vito Wormgoor bobeou no domínio. Tom van Hyfte foi esperto, tirou a bola de Wormgoor e tocou na saída do goleiro Martin Hansen para o 1 a 1.
Na etapa complementar, o Den Haag tratou de impor novamente sua superioridade técnica: aos oito minutos, Édouard Duplan cobrou escanteio, e Timothy Derijck subiu bem na área para, de cabeça, recolocar os auriverdes na frente em Haia. Mas o Roda JC também tratou de buscar o empate: o técnico Darije Kalezic deixou a opção ofensiva clara ao colocar em campo dois atacantes recém-chegados: Maecky Ngombo, o destaque das últimas duas partidas, e o sueco Kristoffer Peterson. E foi justamente este Peterson, cedido pelo Utrecht até o fim da temporada, a novamente premiar os aurinegros com o empate na parte final do jogo: aos 36 minutos, um belo chute de fora da área foi no ângulo e decidiu o empate. Jogando sua 700ª partida em casa pela Eredivisie (e a 1400ª em toda a sua história na elite), o ADO Den Haag caiu para a 12ª posição. Já o Roda JC vê a baciada de contratações do meio de temporada dando resultado: invicto há quatro rodadas, chegou a 13º, ganhando respiro maior na disputa contra a queda. O espírito de luta deixa os Koempels mais perto da segurança do limbo do que do calor perigoso da zona de repescagem/rebaixamento.
AZ 1x0 Vitesse (sábado, 06.02)
O ADO Den Haag tem melhor time, vinha de vitória respeitável contra o Feyenoord... enfim, tinha tudo para conter os Koempels visitantes, ainda mais por jogar em casa. E até foi ajudado por eles na abertura do placar: aos 20 minutos, o lateral direito Martin Milec recuou errado para o goleiro Benjamin van Leer. Este tentou recomeçar a jogada com os pés, mas não pegou bem no chute. E a bola ficou limpa para Kevin Jansen completar para o gol vazio, marcando pela segunda rodada consecutiva. Vitória fácil? Ora, se o Ajax abrira 2 a 0 contra o Roda JC e tomara o empate, correr atrás do Den Haag seria bem mais fácil. E o time de Kerkrade correu atrás, de fato, conseguindo o empate no minuto final do primeiro tempo, em outra falha defensiva: o espanhol Marcos Gullón cruzou, e o zagueiro Vito Wormgoor bobeou no domínio. Tom van Hyfte foi esperto, tirou a bola de Wormgoor e tocou na saída do goleiro Martin Hansen para o 1 a 1.
Na etapa complementar, o Den Haag tratou de impor novamente sua superioridade técnica: aos oito minutos, Édouard Duplan cobrou escanteio, e Timothy Derijck subiu bem na área para, de cabeça, recolocar os auriverdes na frente em Haia. Mas o Roda JC também tratou de buscar o empate: o técnico Darije Kalezic deixou a opção ofensiva clara ao colocar em campo dois atacantes recém-chegados: Maecky Ngombo, o destaque das últimas duas partidas, e o sueco Kristoffer Peterson. E foi justamente este Peterson, cedido pelo Utrecht até o fim da temporada, a novamente premiar os aurinegros com o empate na parte final do jogo: aos 36 minutos, um belo chute de fora da área foi no ângulo e decidiu o empate. Jogando sua 700ª partida em casa pela Eredivisie (e a 1400ª em toda a sua história na elite), o ADO Den Haag caiu para a 12ª posição. Já o Roda JC vê a baciada de contratações do meio de temporada dando resultado: invicto há quatro rodadas, chegou a 13º, ganhando respiro maior na disputa contra a queda. O espírito de luta deixa os Koempels mais perto da segurança do limbo do que do calor perigoso da zona de repescagem/rebaixamento.
De novo Janssen marcou, de novo o AZ venceu (elfvoetbal.nl) |
A ascensão do AZ no returno do Holandês é das histórias promissoras mais irresistíveis da temporada. E tinha uma ótima oportunidade para continuar neste sábado: jogando em casa, vencer o Vitesse significaria não só manter a sequência admirável, mas também tirar pontos de um time colocado acima, entrando em definitivo na zona de play-offs por Liga Europa. E a torcida dos Alkmaarders teve o prazer de ver sua equipe repetindo a boa história das últimas rodadas: ataque veloz e confiável, sem descuidar da defesa. Contra um Vites vitimado pela estranha escolha tática do técnico Rob Maas (um 5-3-2 no qual a equipe de Arnhem nunca atuara na temporada), ficou até mais fácil. Nem tanto no primeiro tempo, quando a chance mais perigosa veio até dos visitantes (Lewis Baker chegou livre na área, mas bateu em cima do goleiro Sergio Rochet).
Mas no segundo tempo, definitivamente o AZ mostrou por que está reagindo. Primeiramente, os dois destaques ofensivos dos AZ'ers na volta da temporada participaram da mesma jogada: Vincent Janssen chutou, o arqueiro Eloy Room salvou, e Dabney dos Santos fracassou no rebote, aos 12 minutos. Pouco depois, Room apareceu bem de novo: o meio-campo Markus Henriksen cabeceou exigindo grande defesa do goleiro curaçalino. Mas aos 15 minutos, Janssen se destacou de novo: numa tentativa individual, driblou o volante Sheran Yeini, o zagueiro Arnold Kruiswijk, e encobriu Room com um leve toque. Golaço do atacante, seu 13º no campeonato (sétimo nos últimos cinco jogos): de fato, Janssen é o símbolo da reação. Depois do gol, o Vitesse até tentou alguns chutes no ataque, e fortaleceu o lado ofensivo com as entradas de Nathan e Denis Oliynyk. Mas o AZ segurou a sua quinta vitória consecutiva desde o início do returno. Já é o sexto colocado, na zona dos play-offs, e não dá sinais de que vai parar. O Vitesse, sem vencer há quatro jogos, caiu para a oitava posição. E precisa reagir. Urgentemente.
Heerenveen 1x3 Twente (sábado, 06.02)
Só o fato de não ter perdido Hakim Ziyech num encerramento da janela de transferências já era animador para o Twente encarar o jogo contra o Fean com mais otimismo. Seria difícil: afinal, os frísios já não perdiam havia três rodadas. E um fato sensível foi lembrado pelo elenco na entrada em campo: com camisetas brancas, homenageavam o zagueiro alemão Stefan Thesker. Tendo iniciado na base do Twente, mas seguido carreira, Thesker foi cedido ao clube de Enschede pelo Greuther Fürth até o fim da temporada. Jogara na rodada passada, contra o Utrecht, mas já sabia: tinha um tumor a ser removido, tendo decidido atuar por opção própria. De fato, o tumor foi extirpado em cirurgia durante a semana. E o defensor alemão (cuja recuperação ainda tem duração incerta) foi homenageado pelos colegas de clube.
Nunca se saberá, mas o fato é que os visitantes estiveram desatentos nos primeiros 45 minutos. E essa desatenção até deu a vantagem ao Heerenveen: aos 29 minutos, após escanteio, o goleiro Nick Marsman saiu do gol, mas trombou com o zagueiro Bruno Uvini, e Henk Veerman ficou livre para colocar os mandantes na frente, no estádio Abe Lenstra. Só que um lance no minuto final reanimou os Tukkers: aos 45, Ziyech cobrou falta e Bruno Uvini refez seu nome da melhor maneira possível, empatando o jogo. Depois do intervalo, o ânimo seguiu no time de Enschede. Já o Heerenveen viu a vida ainda mais dificultada aos 24 minutos da etapa final, quando o zagueiro Joost van Aken cometeu falta em Zakaria El Azzouzi, e levou o segundo amarelo - por consequência, foi expulso. Ainda demorou um pouco, mas enfim o Twente conseguiu a vitória buscada quando a partida já se encerrava. Aos 44 minutos, Jerson Cabral chutou meio estranho, mas virou o jogo. E nos acréscimos, como não poderia deixar de ser, Ziyech apareceu, marcando seu 12º gol no Campeonato Holandês e garantindo a vitória que deu um respiro maior ao Twente na busca da fuga do perigo de queda: agora, o time é o 14º colocado.
A menos que algum clube chinês apareça (a janela de lá só fecha em 25 de fevereiro), a permanência de Ziyech é o maior "reforço" que o Twente poderia desejar.
Heracles Almelo 2x0 Zwolle (sábado, 06.02)
Comemoração do gol de Bel Hassani: Heracles reage e chega à 3ª posição (ANP/Pro Shots) |
Para o Heracles, vencer significava minorar as dúvidas sobre o desempenho da equipe após a saída de Oussama Tannane - e também superar o Feyenoord, ficando momentaneamente com a terceira posição, pelo menos até o Klassieker contra o Ajax. Mas o Zwolle sempre oferece algum tipo de perigo a seus adversários, pela solidez dos Dedos Azuis na defesa. Pelo menos no sábado, não foi o que aconteceu. Desde o princípio da partida, os Heraclieden trouxeram mais perigo ofensivo. Wout Weghorst foi o principal personagem: tanto num chute suave quanto num cabeceio, tentou o gol, mas parou no arqueiro dos Zwollenaren, Mickey van der Hart. Já os visitantes reclamaram de pênalti no lateral direito Bart Schenkeveld - e o árbitro do jogo, Pol van Boekel, reconheceu o erro de não marcá-lo, após a partida.
Seja como for, o Heracles teve o que merecia logo no início do segundo tempo: aos oito minutos, Brahim Darri tentou um passe, Rick Dekker falhou na interceptação, e Iliass Bel Hassani dominou, chutando forte, no canto baixo de Van der Hart, para abrir o placar. A partir daí, a partida ficou ainda mais tranquila para os de Almelo, que só controlavam a vantagem sem que o Zwolle trouxesse muito perigo. Finalmente, aos 38, o reserva Jaroslav Navrátil resolveu definitivamente as coisas: com um toque, encobriu o goleiro, fez 2 a 0 e colocou o Heracles na terceira posição do Campeonato Holandês. Merecidamente.
Ajax 2x1 Feyenoord (domingo, 07.02)
Por um lado, o Ajax arriscou mudar. Com o desempenho insatisfatório de Ricardo van Rhijn contra o Roda JC, Frank de Boer voltou a improvisar Joël Veltman na lateral direita, enquanto Mike van der Hoorn fez a parceria com Jaïro Riedewald no miolo de zaga. E no ataque dos Ajacieden, Anwar El Ghazi começou no meio, enquanto Lasse Schöne voltou a ser titular, jogando pela direita. No Feyenoord, nem 5-3-2, nem 4-3-3: o 4-1-4-1 foi o esquema para proteger mais a defesa. Azar de Michiel Kramer e Eljero Elia, que começaram no banco, enquanto Bilal Basaçikoglu foi o encarregado de dar mais velocidade ao ataque dos visitantes no Klassieker da Amsterdam Arena. E Renato Tapia, estreando pelo Stadionclub, ficou com a função de primeiro volante, minorando os trabalhos da zaga formada por Eric Botteghin e Sven van Beek.
E após uma cerimônia tocante para homenagear John Heitinga, que encerrou carreira nesta semana que passou, o jogo começou acelerado. Talvez mais até por parte do Feyenoord, que começou trazendo mais perigo. O Ajax tentava, mas não conseguia entrar na defesa bem fechada do arquirrival. Pior: aos 9 minutos, Riedewald tentou lançar a bola do meio-campo, mas chutou o gramado e lesionou o tornozelo, forçando Frank de Boer a gastar a primeira alteração com Nick Viergever. Justamente nesses minutos de readaptação da defesa dos Amsterdammers, o Feyenoord abriu o placar: aos 13, Jens Toornstra (substituto do gripado Simon Gustafson) carregou a bola do meio-campo até as proximidades da área, e passou a Tonny Trindade de Vilhena. Este devolveu a Toornstra, que bateu cruzado, no canto esquerdo baixo, para abrir o placar.
Por alguns minutos, o Ajax baqueou. Mas liderado pelas boas atuações de Riechedly Bazoer, Davy Klaassen e Amin Younes, no ataque, os Ajacieden logo se recompuseram para tentar o empate. Conseguiram-no rapidamente: aos 21 minutos, Klaassen foi inteligente, e indicou a Younes as posições em que ele deveria estar para receber a bola. O ponta-esquerda obedeceu, recebeu, deu dois belos cortes em Van Beek e Botteghin, quase na linha de fundo, e tocou com precisão máxima no canto oposto. A bola ainda bateu na trave antes de entrar, premiando a precisão do atacante alemão de ascendência libanesa - e a perspicácia de Klaassen, que cantou a jogada. A partir daí, o jogo esquentou. No aspecto técnico e psicológico. No primeiro, Van Beek teve chances (cabeceou a bola, e Veltman tirou em cima da linha), e o Ajax respondeu aos 41, num erro de Botteghin (o brasileiro recuou curto, El Ghazi dominou pela direita, tentou driblar Vermeer, mas o goleiro do Feyenoord conseguiu cortar com os pés para a linha de fundo).
No psicológico, já na etapa final, havia olhares feios aqui e acolá, principalmente entre Klaassen e alguns do Feyenoord, como Karim El Ahmadi e Basaçikoglu. Ainda assim, o jogo permanecia agradável, com bons ataques e aquela tensão típica de grandes clássicos. Não dava para dizer quem ganharia. Quer dizer, não até os 20 minutos do segundo tempo. Aí apareceu a habilidade de Bazoer em chutes de fora da área: Younes tentou entrar na área com a bola dominada, mas Van Beek cortou. Só que o meio-campista pegou o rebote de primeira e bateu no ângulo, marcando mais um golaço para o Ajax. A vitória poderia ter sido definida aos 24, quando Klaassen foi derrubado na área por Vermeer, e o juiz Kevin Blom marcou o pênalti. Só que Nemanja Gudelj bateu muito mal, mandando a bola por cima do gol (gramado, de novo?). Com as entradas de Elia e Kramer, o Feyenoord voltou a ter três atacantes, e até pressionou. Mas o Ajax saiu-se bem, e conseguiu nova e importante vitória no Klassieker. Aos Rotterdammers, restou amargar a sexta derrota seguida, perdendo definitivamente a terceira posição para o Heracles. De fato, a disputa do título é coisa apenas para PSV e Ajax.
Por um lado, o Ajax arriscou mudar. Com o desempenho insatisfatório de Ricardo van Rhijn contra o Roda JC, Frank de Boer voltou a improvisar Joël Veltman na lateral direita, enquanto Mike van der Hoorn fez a parceria com Jaïro Riedewald no miolo de zaga. E no ataque dos Ajacieden, Anwar El Ghazi começou no meio, enquanto Lasse Schöne voltou a ser titular, jogando pela direita. No Feyenoord, nem 5-3-2, nem 4-3-3: o 4-1-4-1 foi o esquema para proteger mais a defesa. Azar de Michiel Kramer e Eljero Elia, que começaram no banco, enquanto Bilal Basaçikoglu foi o encarregado de dar mais velocidade ao ataque dos visitantes no Klassieker da Amsterdam Arena. E Renato Tapia, estreando pelo Stadionclub, ficou com a função de primeiro volante, minorando os trabalhos da zaga formada por Eric Botteghin e Sven van Beek.
E após uma cerimônia tocante para homenagear John Heitinga, que encerrou carreira nesta semana que passou, o jogo começou acelerado. Talvez mais até por parte do Feyenoord, que começou trazendo mais perigo. O Ajax tentava, mas não conseguia entrar na defesa bem fechada do arquirrival. Pior: aos 9 minutos, Riedewald tentou lançar a bola do meio-campo, mas chutou o gramado e lesionou o tornozelo, forçando Frank de Boer a gastar a primeira alteração com Nick Viergever. Justamente nesses minutos de readaptação da defesa dos Amsterdammers, o Feyenoord abriu o placar: aos 13, Jens Toornstra (substituto do gripado Simon Gustafson) carregou a bola do meio-campo até as proximidades da área, e passou a Tonny Trindade de Vilhena. Este devolveu a Toornstra, que bateu cruzado, no canto esquerdo baixo, para abrir o placar.
Por alguns minutos, o Ajax baqueou. Mas liderado pelas boas atuações de Riechedly Bazoer, Davy Klaassen e Amin Younes, no ataque, os Ajacieden logo se recompuseram para tentar o empate. Conseguiram-no rapidamente: aos 21 minutos, Klaassen foi inteligente, e indicou a Younes as posições em que ele deveria estar para receber a bola. O ponta-esquerda obedeceu, recebeu, deu dois belos cortes em Van Beek e Botteghin, quase na linha de fundo, e tocou com precisão máxima no canto oposto. A bola ainda bateu na trave antes de entrar, premiando a precisão do atacante alemão de ascendência libanesa - e a perspicácia de Klaassen, que cantou a jogada. A partir daí, o jogo esquentou. No aspecto técnico e psicológico. No primeiro, Van Beek teve chances (cabeceou a bola, e Veltman tirou em cima da linha), e o Ajax respondeu aos 41, num erro de Botteghin (o brasileiro recuou curto, El Ghazi dominou pela direita, tentou driblar Vermeer, mas o goleiro do Feyenoord conseguiu cortar com os pés para a linha de fundo).
No psicológico, já na etapa final, havia olhares feios aqui e acolá, principalmente entre Klaassen e alguns do Feyenoord, como Karim El Ahmadi e Basaçikoglu. Ainda assim, o jogo permanecia agradável, com bons ataques e aquela tensão típica de grandes clássicos. Não dava para dizer quem ganharia. Quer dizer, não até os 20 minutos do segundo tempo. Aí apareceu a habilidade de Bazoer em chutes de fora da área: Younes tentou entrar na área com a bola dominada, mas Van Beek cortou. Só que o meio-campista pegou o rebote de primeira e bateu no ângulo, marcando mais um golaço para o Ajax. A vitória poderia ter sido definida aos 24, quando Klaassen foi derrubado na área por Vermeer, e o juiz Kevin Blom marcou o pênalti. Só que Nemanja Gudelj bateu muito mal, mandando a bola por cima do gol (gramado, de novo?). Com as entradas de Elia e Kramer, o Feyenoord voltou a ter três atacantes, e até pressionou. Mas o Ajax saiu-se bem, e conseguiu nova e importante vitória no Klassieker. Aos Rotterdammers, restou amargar a sexta derrota seguida, perdendo definitivamente a terceira posição para o Heracles. De fato, a disputa do título é coisa apenas para PSV e Ajax.
De Graafschap 1x1 NEC (domingo, 07.02)
Sabe-se que o venezuelano Christian Santos é o grande destaque do NEC na temporada, e que foi cortejado durante a janela de transferências recém-encerrada. O que ainda não se sabe é por que diabos Santos foi colocado no banco de reservas, onde ficará o restante da temporada. Por mais que seu contrato esteja se encerrando, era de se esperar um melhor tratamento dos Nijmegenaren com seu mais confiável goleador (gols na temporada). Pois bem: o lanterna De Graafschap, de certa forma, puniu a opção dos visitantes. Estes até começaram melhor: num escanteio, o romeno Mihai Roman (substituto de Santos) desviou para o zagueiro Wojciech Golla completar, exigindo boa defesa de Hidde Jurjus, em dois tempos e à queima-roupa. Todavia, num contra-ataque já aos 10 minutos, pouco depois, o De Graafschap fez 1 a 0: Andrew Driver dominou a bola após passe de Tolgahan Ciçek, e bateu quase sem ângulo para abrir o placar aos Superboeren.
Só diante das dificuldades - iniciadas já aos cinco minutos da etapa inicial, quando Mohamed Rayhi precisou ser substituído após uma dividida em jogo aéreo - o NEC apelou para seu destaque: Santos entrou logo após o intervalo, e a ofensividade dos Nijmegenaren aumentou. Meio-campo e ataque ganharam ainda mais espaço com a expulsão de Karim Tarfi, aos 24 minutos, tornando mais difícil para os Superboeren conterem o NEC. Finalmente, veio o empate, aos 34: após escanteio, Navarone Foor desviou, Jurjus deu o rebote, e Marcel Ritzmaier conferiu. Se o NEC perdeu a chance de também passar o Feyenoord na tabela, ao De Graafschap ficou a esperança: a desvantagem para o Cambuur, penúltimo colocado, é de apenas um ponto.
Groningen 2x0 Cambuur (domingo, 07.02)
Desde que a partida no Euroborg começou, não houve a menor dúvida sobre a melhor equipe em campo. O time do norte impôs facilmente sua superioridade diante do penúltimo colocado do Holandês, e aos 20 minutos fez 1 a 0 em bonita triangulação: Danny Hoesen lançou Bryan Linssen, e o atacante driblou bonito o zagueiro para cruzar da direita e ver Michael de Leeuw abrir o placar, de cabeça. Do lado dos visitantes, nenhum dos dois estreantes (o volante Rai Vloet e o atacante Kevin van Veen) conseguiu fazer coisa que valesse para os Leeuwarders.
Assim, sem correr riscos, o Groningen definiu sua vitória já na parte final do segundo tempo, em outro bonito gol. Aos 30, em jogada individual, Oussama Idrissi (que substituíra Hoesen) driblou o lateral direito Tom Hiariej e bateu colocado, mandando a bola no ângulo do gol de Leonard Nienhuis. Vitória categórica do time da casa, que manteve o sétimo lugar e a permanência na zona de play-offs por Liga Europa. Ao Cambuur, resta amargar não só ficar na penúltima posição da Eredivisie, mas também ver a aproximação crescente do lanterna De Graafschap. O perigo do rebaixamento direto só cresce.
Utrecht 0x2 PSV (domingo, 07.02)
Desde que a partida no Euroborg começou, não houve a menor dúvida sobre a melhor equipe em campo. O time do norte impôs facilmente sua superioridade diante do penúltimo colocado do Holandês, e aos 20 minutos fez 1 a 0 em bonita triangulação: Danny Hoesen lançou Bryan Linssen, e o atacante driblou bonito o zagueiro para cruzar da direita e ver Michael de Leeuw abrir o placar, de cabeça. Do lado dos visitantes, nenhum dos dois estreantes (o volante Rai Vloet e o atacante Kevin van Veen) conseguiu fazer coisa que valesse para os Leeuwarders.
Assim, sem correr riscos, o Groningen definiu sua vitória já na parte final do segundo tempo, em outro bonito gol. Aos 30, em jogada individual, Oussama Idrissi (que substituíra Hoesen) driblou o lateral direito Tom Hiariej e bateu colocado, mandando a bola no ângulo do gol de Leonard Nienhuis. Vitória categórica do time da casa, que manteve o sétimo lugar e a permanência na zona de play-offs por Liga Europa. Ao Cambuur, resta amargar não só ficar na penúltima posição da Eredivisie, mas também ver a aproximação crescente do lanterna De Graafschap. O perigo do rebaixamento direto só cresce.
Van Ginkel mal entrou e já se entrosou no PSV: foi o autor do segundo gol contra Utrecht (ANP/Pro Shots) |
O PSV já estava experimentado contra o Utrecht. Para o mal: afinal, os Utregs se impuseram com um jogo ofensivo em pleno Philips Stadion, na quinta passada, fazendo 3 a 1 nos Eindhovenaren e se classificando às semifinais da Copa da Holanda. E para o bem: exatamente pelo que se vira havia três dias, Phillip Cocu pôde fazer algumas alterações nos titulares entre um jogo e outro. Na defesa, Héctor Moreno voltou a ser improvisado na esquerda, com Nicolas Isimat-Mirin fazendo a dupla de zaga com Jeffrey Bruma - Jetro Willems, titular na derrota de quinta, ficou no banco. No ataque, Florian Jozefzoon começou um jogo pela primeira vez após a grave lesão no ligamento cruzado anterior do joelho, e Gastón Pereiro retornou à titularidade no lugar de Luciano Narsingh. Sem Andrés Guardado, ainda em recuperação, Marco van Ginkel já estreou, após seu empréstimo nesta semana.
E tais alterações deram resultado. Com o Utrecht jogando no 4-4-2, tendo seus dois destaques isolados no ataque (Sébastien Haller e Ruud Boymans), o PSV foi francamente superior na etapa inicial. Enquanto Jeroen Zoet foi "espectador privilegiado" do jogo em sua meta, os Boeren rapidamente se impuseram, esbanjando entrosamento e rapidez nos contragolpes. Num deles, aos 14 minutos, veio o primeiro gol: Van Ginkel tocou a Luuk de Jong, e este apenas desviou para a direita, deixando Santiago Arias livre. E o colombiano apenas entrou na área e tocou na saída do goleiro Robbin Ruiter, que até resvalou na bola, sem evitar o 1 a 0. Aos 20, liderança ampliada em outra jogada: novo lançamento alto, De Jong tocou de cabeça e Pereiro desviou com a perna. Foi a sorte dos Boeren: esse desvio serviu como "corta-luz" informal para Van Ginkel entrar chutando e fazer 2 a 0, marcando logo em seu primeiro jogo com a camisa do clube de Eindhoven.
No segundo tempo, enquanto Willems recebeu nova chance no PSV, o Utrecht corrigiu os erros dos primeiros 45 minutos. Se antes Haller e Boymans ficaram inativos demais na frente, não só passaram a ser mais acionados via cruzamentos, mas também receberam auxílios de Nacer Barazite, vindo do meio-campo. Não demorou muito para a primeira chance, a mais perigosa dos Utregs: aos 10 minutos, em escanteio da esquerda, Ruud Boymans chegou na primeira trave e cabeceou. Zoet saiu mal, e a bola foi no travessão. Aos 18, Christian Kum cruzou da direita, e Haller também testou firme, mas o goleiro dos PSV'ers agarrou a bola com firmeza dessa vez. Mesmo com alguns bons chutes de Barazite, fora da área, aos poucos os visitantes de Eindhoven retomaram o controle, e até trouxeram perigos em contragolpes no fim do jogo. A entrada de Stijn Schaars no lugar de Jozefzoon fechou mais o meio-campo. E o PSV garantiu sua sexta vitória consecutiva, sinalizando: não vai deixar escapar tão fácil a liderança que conquistou.
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