Kuyt, novamente, alcançou marca importante. Mas não tão importante quanto a volta do Feyenoord às vitórias (Kay Int Veen/ANP) |
Se ganhasse o jogo fora de casa, o NEC chegaria à quarta posição do Campeonato Holandês - e ainda amenizaria um pouco a turbulência interna que vive, com discordâncias crescentes entre o técnico Ernest Faber e a direção. Já o Excelsior está naquela situação em que cada ponto conta: em 16º lugar, a primeira posição na zona de repescagem/rebaixamento, os Kralingers não venciam havia 12 jogos, maior jejum dentro da temporada atual. Não impressiona, então, que o time de Nijmegen tenha começado melhor a partida: no início do jogo, o atacante Anthony Limbombe chutou duas vezes próximo ao gol. E outro da linha de três avantes, Joey Sleegers, exigiu a defesa do goleiro Tom Muyters. Só que o Excelsior conseguiu abrir o placar, graças a um erro justamente do grande destaque dos Nijmegenaren na temporada: o atacante Christian Santos.
Aos 13 minutos do primeiro tempo, após tentar dominar um lançamento, Santos perdeu a bola, e os mandantes partiram para o contra-ataque, no qual Tom van Weert arriscou o chute de fora da área; a bola desviou no defensor Wojciech Golla e deixou o arqueiro Brad Jones sem chances de evitar que ela fosse às redes. Desde então, o Excelsior cresceu no jogo, trazendo perigo pelo resto da partida (principalmente em chutes de Stanley Elbers, já no segundo tempo). O NEC ainda tentou o empate, mas somente Santos trazia algum perigo à defesa bem postada. Até que Van Weert apareceu de novo, já no fim da partida: aos 35 minutos, ele se antecipou a Jones e escorou cruzamento de Adil Auassar para fazer 2 a 0. Enfim, o Excelsior teve novas razões para sorrir, como lembrou o destaque do jogo à FOX Sports: "Eu fui importante com meus dois gols, mas é uma noite para todo mundo comemorar". Já o NEC amargou seu quarto jogo sem vitória. E as discordâncias entre Ernest Faber e os diretores crescem...
Twente 2x0 Groningen (sábado, 27 de fevereiro)
O recém-chegado El Azzouzi sobe de produção. E o Twente sobe junto dele (Frank Hillen & Ron Jonker/fctwente,nl) |
Certo, a reação mais impressionante desta temporada da Eredivisie é a do AZ. Mas o Twente também começa a querer protagonizar uma história admirável de ressurreição na liga. Em casa, motivados após a vitória inquestionável da rodada passada (3 a 0 no Cambuur), os Tukkers tentariam o quinto triunfo consecutivo contra um adversário que faz campanha elogiável, disputando vaga nos play-offs pela Liga Europa. E os mandantes nem precisaram de muito tempo para se imporem em campo: já aos 16 minutos do primeiro tempo, Zakaria El Azzouzi recebeu passe do lateral direito Hidde ter Avest, driblou um defensor num curto espaço e tocou na saída do goleiro para fazer 1 a 0. Depois, aos 23, o Groningen ainda teve boa chance para o empate, mas Oussama Idrissi chutou para fora após cruzamento de Lorenzo Burnet.
Já no segundo tempo, a superioridade do Twente seguiu, mas com alguma tensão. As chances surgiam para a equipe rubra, mas eram desperdiçadas. Aos sete minutos, Chinedu Ede chutou cruzado, mas Rasmus Lindgren desviou para escanteio; depois, Etiënne Reijnen tirou outra bola, também em cima da linha, após outro chute de Ede. Para os donos da casa, felizmente, a tensão virou alívio no final: aos 35 minutos, Hakim Ziyech lançou Kamohelo Mokotjo, e o sul-africano cruzou para Jerson Cabral desviar e definir o placar da quinta vitória consecutiva do Twente (terceira sem gols sofridos). Os Tukkers respiram mais tranquilos na 11ª posição, com 31 pontos, nove acima da zona de repescagem/rebaixamento.
Demorou, mas o gol de Van Ginkel ajudou o PSV a desmontar a retranca do ADO Den Haag (ANP/Pro Shots) |
Diante do líder do Campeonato Holandês, o ADO Den Haag sabia o que fazer: cuidar bastante da sua defesa, para evitar os contra-ataques altamente eficientes do time de Eindhoven. Então, o técnico Henk Fräser fortaleceu a defesa: na escalação, o trio de atacantes comumente escalado na equipe de Haia foi trocado por um 4-1-4-1, com Édouard Duplan tendo a função de ser o ponta-de-lança para armar as jogadas e ajudar Mike Havenaar, atacante isolado (a Ruben Schaken, restou o banco). Enquanto isso, o meio-campo ganhou mais um volante com Kyle Ebecilio - fora a dupla de zaga costumeira, com Vito Wormgoor e Tom Beugelsdijk, que se impõe pela força física e pela firmeza na na marcação (firmeza até demais, às vezes).
Pelo menos no primeiro tempo, a intenção deu certo. Jogando até com cinco na área que defendia, de modo compactado com o meio-campo, o Den Haag conteve as bolas cruzadas para a área, deixando Luuk de Jong sem muito espaço nos 45 minutos iniciais. E o PSV, por sua vez, também teve culpa na falta de gols: mostrou-se pouco criativo e até lento nas tentativas. Somente Jürgen Locadia tentava alguma coisa, em jogadas individuais e infrutíferas pela esquerda; na direita, sua área mais comum de atuação, Gastón Pereiro novamente teve mau dia. A única chance real dos Boeren veio numa bola parada, aos 21 minutos: em escanteio, Héctor Moreno entrou desviando a bola, que foi no travessão.
Só na etapa final o PSV corrigiu seus defeitos. Santiago Arias participou mais dos ataques, tirando o isolamento de Locadia. Já avançando bastante no primeiro tempo, Marco van Ginkel continuou fazendo isso. E os lançamentos de Andrés Guardado e Jetro Willems começaram a ameaçar mais a defesa até então bem fechada do ADO Den Haag. E o gol do PSV até demorou a sair: aos 26 minutos, antes mesmo que as entradas de Maxime Lestienne e Joshua Brenet tivessem algum efeito tático, Davy Pröpper cobrou escanteio, Locadia dominou e chutou, e Van Ginkel desviou de calcanhar (em posição legal) para abrir o placar, até lembrando o histórico gol do goleiro adversário, Martin Hansen, na estreia das equipes na temporada, em agosto passado. O meio-campo marcava seu terceiro gol em quatro partidas no time de Eindhoven, comprovando o acerto de sua vinda por empréstimo: Van Ginkel tem até mais chegada ofensiva do que Guardado.
Aí, os visitantes tiveram de se arriscar no ataque, que já tinha de volta o trio de atacantes (Schaken entrara em campo aos 19 minutos). Foi o que os mandantes mais queriam: os Hagenaren deixavam os espaços para contragolpes e lançamentos. Assim surgiu o gol que definiu a partida, aos 37 minutos: Guardado cobrou rapidamente uma falta, lançando para a área, e Luuk de Jong (em posição duvidosa) usou do porte físico respeitável para conter a bola da marcação de Beugelsdijk e tocar na saída do goleiro Hansen, fazendo 2 a 0 - seu 18º gol na liga, seu 50º gol com a camisa do time de Eindhoven. O PSV teve mais dificuldades do que tivera na maioria de seus jogos mais recentes. Mas cumpriu, pois, sua tarefa: manter a liderança da Eredivisie.
Cambuur 1x0 Zwolle (sábado, 27 de fevereiro)
Era mesmo o Cambuur? Jogando em casa, o último colocado do campeonato ainda não vencera em 2016. Pior: desde que Bartholomew Ogbeche deixou o clube rumo ao Willem II, o time de Leeuwarden não marcava - ou seja, havia quatro partidas. Isso, sem contar a sequência de sete derrotas que jogou os auriazuis na lanterna. E o adversário recebido no Cambuur Stadion era respeitável, disputando firmemente um lugar na Nacompetitie por vaga na Liga Europa. E mesmo com todos esses fatores contrários, o Cambuur dominou a partida desde que ela começou. Já nos minutos iniciais do primeiro tempo, o meio-campo Sander van de Streek e o atacante Martijn Barto conseguiram boas chances.
O volume ofensivo dos donos da casa sufocou inesperadamente o Zwolle. No entanto, nada de gol, aumentando o sofrimento para sair da lanterna. No segundo tempo, os espaços aumentaram: aos 16 minutos, Ouasim Bouy levou o segundo amarelo e foi expulso, ao segurar Barto. A entrada de mais um atacante, Jergé Hoefdraad, ampliou ainda mais os chutes ao gol defendido por Mickey van der Hart. E o destino caprichou: só aos 39 minutos do segundo tempo a insistência do Cambuur foi premiada, com Jack Byrne dominando na entrada da área e chutando para fazer o gol salvador e merecido. Nos estertores da partida, os Zwollenaren ainda deram grande susto: o lateral esquerdo Bart Schenkeveld forçou grande defesa do arqueiro Leonard Nienhuis. E aí, sim, o apito final veio, dando a primeira vitória do Cambuur em 2016, que o tirou (momentaneamente) da lanterna. Sim, o time ainda segue em situação aflitiva. Mas precisava de um triunfo como este, vindo com esforço e merecimento.
Era mesmo o Cambuur? Jogando em casa, o último colocado do campeonato ainda não vencera em 2016. Pior: desde que Bartholomew Ogbeche deixou o clube rumo ao Willem II, o time de Leeuwarden não marcava - ou seja, havia quatro partidas. Isso, sem contar a sequência de sete derrotas que jogou os auriazuis na lanterna. E o adversário recebido no Cambuur Stadion era respeitável, disputando firmemente um lugar na Nacompetitie por vaga na Liga Europa. E mesmo com todos esses fatores contrários, o Cambuur dominou a partida desde que ela começou. Já nos minutos iniciais do primeiro tempo, o meio-campo Sander van de Streek e o atacante Martijn Barto conseguiram boas chances.
O volume ofensivo dos donos da casa sufocou inesperadamente o Zwolle. No entanto, nada de gol, aumentando o sofrimento para sair da lanterna. No segundo tempo, os espaços aumentaram: aos 16 minutos, Ouasim Bouy levou o segundo amarelo e foi expulso, ao segurar Barto. A entrada de mais um atacante, Jergé Hoefdraad, ampliou ainda mais os chutes ao gol defendido por Mickey van der Hart. E o destino caprichou: só aos 39 minutos do segundo tempo a insistência do Cambuur foi premiada, com Jack Byrne dominando na entrada da área e chutando para fazer o gol salvador e merecido. Nos estertores da partida, os Zwollenaren ainda deram grande susto: o lateral esquerdo Bart Schenkeveld forçou grande defesa do arqueiro Leonard Nienhuis. E aí, sim, o apito final veio, dando a primeira vitória do Cambuur em 2016, que o tirou (momentaneamente) da lanterna. Sim, o time ainda segue em situação aflitiva. Mas precisava de um triunfo como este, vindo com esforço e merecimento.
Vitesse 0x1 Willem II (sábado, 27 de fevereiro)
Mesmo com um desempenho mais irregular neste returno de Eredivisie, o Vitesse segue firme na zona de play-offs por Liga Europa. Mais do que isso: teria um adversário, em tese, fácil, já que o Willem II sofre com a proximidade da região de repescagem/rebaixamento e era mais um clube a não ter vencido em 2016. De quebra, os visitantes de Tilburg não teriam dois atacantes, os lesionados Bruno Andrade e Bartholomew Ogbeche. A irregularidade de um time e os temores de outro resultaram num primeiro tempo morno, com poucas chances. Na segunda etapa, o Vitesse até se mobilizou mais. Aos nove minutos, os mandantes aurinegros conseguiram perigosa chance: Marvelous Nakamba dominou no meio-campo e chutou forte, mandando a bola no travessão (não sem antes um desvio salvador do goleiro dos Tilburgers, Kostas Lamprou).
Mas justamente quando os Arnhemmers prometiam mais pressão, veio o gol para o Willem II: aos 15, Lucas Andersen cobrou escanteio da esquerda, e Terell Ondaan se antecipou na primeira trave, desviando de cabeça para fazer 1 a 0. Gol comemorado por Ondaan, enfim titular após grave lesão no joelho da qual se recuperou (nos últimos jogos, saiu do banco). E o Willem II segurou-se na defesa para conseguir sua primeira vitória fora de casa contra o Vitesse desde 2001, mantendo-se por um fio fora da zona perigosa. Aos Arnhemmers, restou aguentar mais vaias da torcida: a sétima posição está mantida pelas derrotas de NEC e Zwolle, mas a irregularidade e a falta de ação ofensiva preocupam.
Mesmo com um desempenho mais irregular neste returno de Eredivisie, o Vitesse segue firme na zona de play-offs por Liga Europa. Mais do que isso: teria um adversário, em tese, fácil, já que o Willem II sofre com a proximidade da região de repescagem/rebaixamento e era mais um clube a não ter vencido em 2016. De quebra, os visitantes de Tilburg não teriam dois atacantes, os lesionados Bruno Andrade e Bartholomew Ogbeche. A irregularidade de um time e os temores de outro resultaram num primeiro tempo morno, com poucas chances. Na segunda etapa, o Vitesse até se mobilizou mais. Aos nove minutos, os mandantes aurinegros conseguiram perigosa chance: Marvelous Nakamba dominou no meio-campo e chutou forte, mandando a bola no travessão (não sem antes um desvio salvador do goleiro dos Tilburgers, Kostas Lamprou).
Mas justamente quando os Arnhemmers prometiam mais pressão, veio o gol para o Willem II: aos 15, Lucas Andersen cobrou escanteio da esquerda, e Terell Ondaan se antecipou na primeira trave, desviando de cabeça para fazer 1 a 0. Gol comemorado por Ondaan, enfim titular após grave lesão no joelho da qual se recuperou (nos últimos jogos, saiu do banco). E o Willem II segurou-se na defesa para conseguir sua primeira vitória fora de casa contra o Vitesse desde 2001, mantendo-se por um fio fora da zona perigosa. Aos Arnhemmers, restou aguentar mais vaias da torcida: a sétima posição está mantida pelas derrotas de NEC e Zwolle, mas a irregularidade e a falta de ação ofensiva preocupam.
Heracles 0x5 Roda JC (domingo, 28 de fevereiro)
Que o Heracles sofreu uma queda de desempenho no returno, após a saída de seu destaque Oussama Tannane, estava claro, até pelas duas derrotas seguidas (AZ e PSV). Que as várias contratações da janela de transferências fortaleceram o time do Roda JC, também era visível. Porém, faltava um resultado para deixar claras essas duas tendências. O jogo em Almelo rendeu esse resultado. Desde o primeiro minuto de jogo, os visitantes de Kerkrade se impuseram no ataque (setor mais fortalecido pelas contratações). Duas delas fizeram a jogada do primeiro gol, aos 28 minutos da etapa inicial: Georgi Zhukov recebeu passe longo de Kristoffer Peterson, superou Brahim Darri na corrida e tocou para as redes. E aos 43, de novo Peterson preparou para outro recém-chegado concluir: o sueco cruzou para Mike van Duinen, que dominou, livrou-se da marcação e bateu para fazer 2 a 0. Irreconhecível no primeiro tempo, o Heracles tentou ser mais ofensivo, com as entradas de Jaroslav Navrátil (já no intervalo) e Paul Gladon (no começo da etapa complementar).
Mas o Roda JC é que continuou ditando o ritmo da partida, mesmo no campo do Polman Stadion. A ponto de fazer 3 a 0 ainda antes de Gladon entrar em campo: aos quatro minutos, Rydell Poepon - mais uma contratação em janeiro! - aproveitou rebote do goleiro Bram Castro, em chute de Van Duinen, para marcar 3 a 0. Com a vitória garantida, os Koempels até se deram ao luxo de perderem boas chances (como um chute de Tom van Hyfte que mandou a bola na trave) antes de definirem a goleada: aos 34, em cobrança de córner, o zagueiro Arjan Swinkels desviou para Poepon concluir, marcando seu segundo gol. E nos acréscimos, aos 47, o belga Maecky Ngombo fez valer de novo a fama de "talismã": novamente saído do banco (substituiu Van Duinen aos 36), novamente marcou, definindo a goleada por 5 a 0, que manteve o Roda JC acima de Willem II e Excelsior na disputa para fugir da zona de repescagem/rebaixamento. E o Heracles, agora com treze gols sofridos nas últimas três partidas, vê seu bom momento na temporada se afastar mais e mais, precisando voltar a vencer para ficar na zona dos play-offs por um lugar na Liga Europa.
Que o Heracles sofreu uma queda de desempenho no returno, após a saída de seu destaque Oussama Tannane, estava claro, até pelas duas derrotas seguidas (AZ e PSV). Que as várias contratações da janela de transferências fortaleceram o time do Roda JC, também era visível. Porém, faltava um resultado para deixar claras essas duas tendências. O jogo em Almelo rendeu esse resultado. Desde o primeiro minuto de jogo, os visitantes de Kerkrade se impuseram no ataque (setor mais fortalecido pelas contratações). Duas delas fizeram a jogada do primeiro gol, aos 28 minutos da etapa inicial: Georgi Zhukov recebeu passe longo de Kristoffer Peterson, superou Brahim Darri na corrida e tocou para as redes. E aos 43, de novo Peterson preparou para outro recém-chegado concluir: o sueco cruzou para Mike van Duinen, que dominou, livrou-se da marcação e bateu para fazer 2 a 0. Irreconhecível no primeiro tempo, o Heracles tentou ser mais ofensivo, com as entradas de Jaroslav Navrátil (já no intervalo) e Paul Gladon (no começo da etapa complementar).
Mas o Roda JC é que continuou ditando o ritmo da partida, mesmo no campo do Polman Stadion. A ponto de fazer 3 a 0 ainda antes de Gladon entrar em campo: aos quatro minutos, Rydell Poepon - mais uma contratação em janeiro! - aproveitou rebote do goleiro Bram Castro, em chute de Van Duinen, para marcar 3 a 0. Com a vitória garantida, os Koempels até se deram ao luxo de perderem boas chances (como um chute de Tom van Hyfte que mandou a bola na trave) antes de definirem a goleada: aos 34, em cobrança de córner, o zagueiro Arjan Swinkels desviou para Poepon concluir, marcando seu segundo gol. E nos acréscimos, aos 47, o belga Maecky Ngombo fez valer de novo a fama de "talismã": novamente saído do banco (substituiu Van Duinen aos 36), novamente marcou, definindo a goleada por 5 a 0, que manteve o Roda JC acima de Willem II e Excelsior na disputa para fugir da zona de repescagem/rebaixamento. E o Heracles, agora com treze gols sofridos nas últimas três partidas, vê seu bom momento na temporada se afastar mais e mais, precisando voltar a vencer para ficar na zona dos play-offs por um lugar na Liga Europa.
De Graafschap 0x1 Heerenveen (domingo, 28 de fevereiro)
Com todos os adversários diretos saindo da rodada com vitória, restava ao De Graafschap seguir com a boa sequência do returno para "devolver" a última colocação da tabela ao Cambuur. Jogando em casa, os Superboeren tentaram fazer isso tão logo o jogo começou: ainda antes do primeiro minuto da etapa inicial, Vincent Vermeij livrou-se da marcação de Jeremiah "Jerry" St. Juste e ficou livre para chutar, mas o goleiro Erwin Mulder defendeu o arremate. Momentos depois, o time de Doetinchem chegou mesmo a abrir o placar, aos 11 minutos, com Youssef El Jebli, mas seu gol foi anulado, por empurrar o lateral esquerdo Caner Cavlan antes da conclusão da jogada. Já o Heerenveen (que chegou para o jogo numa incômoda 12ª posição) tentou algumas coisas, com os atacantes Henk Veerman e Sam Larsson, mas nada que assustasse a torcida presente no estádio De Vijverberg.
Já no segundo tempo, com tantas chances perdidas, o De Graafschap se amuou em campo. Foi a sorte dos visitantes da Frísia: mesmo sem trazer tanta pressão ao gol adversário, começaram a ter mais espaço para tentarem algo. Na primeira vez, Veerman chutou para fora, aos nove minutos. Na segunda, aos 23, veio o único gol do jogo: Veerman fez sua jogada individual, cruzou para a área, a defesa do De Graafschap rebateu, e Morten Thorsby ficou livre para aproveitar a sobra, arrematar e fazer 1 a 0. Em desvantagem, o time mandante até ganhou mais atacantes, com as entradas de Nathan Kabasele e Piotr Parzyszek, mas não fez muito para evitar a sua primeira derrota em casa no ano, amargando a volta à última posição do campeonato. O Heerenveen apostou num estilo conservador e se deu bem, retomando o 11º lugar e ainda almejando lugar na zona dos play-offs por Liga Europa.
Com todos os adversários diretos saindo da rodada com vitória, restava ao De Graafschap seguir com a boa sequência do returno para "devolver" a última colocação da tabela ao Cambuur. Jogando em casa, os Superboeren tentaram fazer isso tão logo o jogo começou: ainda antes do primeiro minuto da etapa inicial, Vincent Vermeij livrou-se da marcação de Jeremiah "Jerry" St. Juste e ficou livre para chutar, mas o goleiro Erwin Mulder defendeu o arremate. Momentos depois, o time de Doetinchem chegou mesmo a abrir o placar, aos 11 minutos, com Youssef El Jebli, mas seu gol foi anulado, por empurrar o lateral esquerdo Caner Cavlan antes da conclusão da jogada. Já o Heerenveen (que chegou para o jogo numa incômoda 12ª posição) tentou algumas coisas, com os atacantes Henk Veerman e Sam Larsson, mas nada que assustasse a torcida presente no estádio De Vijverberg.
Já no segundo tempo, com tantas chances perdidas, o De Graafschap se amuou em campo. Foi a sorte dos visitantes da Frísia: mesmo sem trazer tanta pressão ao gol adversário, começaram a ter mais espaço para tentarem algo. Na primeira vez, Veerman chutou para fora, aos nove minutos. Na segunda, aos 23, veio o único gol do jogo: Veerman fez sua jogada individual, cruzou para a área, a defesa do De Graafschap rebateu, e Morten Thorsby ficou livre para aproveitar a sobra, arrematar e fazer 1 a 0. Em desvantagem, o time mandante até ganhou mais atacantes, com as entradas de Nathan Kabasele e Piotr Parzyszek, mas não fez muito para evitar a sua primeira derrota em casa no ano, amargando a volta à última posição do campeonato. O Heerenveen apostou num estilo conservador e se deu bem, retomando o 11º lugar e ainda almejando lugar na zona dos play-offs por Liga Europa.
Utrecht 1x2 Feyenoord (domingo, 28 de fevereiro)
Havia nove partidas sem vencer (e só tendo obtido o primeiro ponto no returno na rodada passada), o Feyenoord teria uma oportunidade importante para voltar a triunfar. Não só pelo fato do Utrecht ser um adversário direto na zona da Nacompetitie por Liga Europa, mas também por experimentar uma ligeira ascensão, com duas vitórias nos dois jogos mais recentes. Para tentar vencer, então, o Stadionclub apostou na formação tática que mais deu certo nos bons tempos do primeiro turno: um 4-3-3 básico, com Dirk Kuyt e Eljero Elia ladeando Michiel Kramer no ataque, enquanto apostava-se na rapidez do meio-campo (com Tonny Trindade de Vilhena e Karim El Ahmadi) para auxiliar nas jogadas ofensivas. Já o Utrecht estava na dele: jogando no habitual 4-4-2 "losango", também supunha que a velocidade dos pontas-de-lança (principalmente Yassin Ayoub) ajudaria Sébastien Haller na frente.
Pelo menos no início, deu certo para os mandantes. Porque tão logo começou a partida no estádio De Galgenwaard, os Utregs saíram na frente: aos três minutos do primeiro tempo, após bola afastada por Sven van Beek, Ayoub dominou e lançou em profundidade. E Haller se livrou da linha de impedimento, ficando livre para tocar colocado na saída de Kenneth Vermeer e abrir o placar. Mais um capítulo na via-crúcis do Feyenoord? Não desta vez, porque o meio-campo começou a aparecer. Enquanto Marko Vejinovic (novamente titular) segurava as pontas na marcação, Vilhena e El Ahmadi saíam rapidamente para o jogo. Paralelamente, Kramer fazia papel até inesperado, voltando para ajudar na saída de bola. E numa dessas jogadas, saiu o empate, aos 19 minutos: El Ahmadi roubou a bola, que ficou com Kramer. E o atacante saiu veloz pela esquerda, chegando à área e cruzando para Vilhena escorar, meio desequilibrado, para as redes defendidas por Robbin Ruiter.
Aí, a partida diminuiu sua velocidade, com as duas equipes se controlando. O Utrecht tentou responder com Nacer Barazite, aos 38, mas Van Beek cortou o chute colocado do camisa 10 dos anfitriões. A réplica do Feyenoord foi mais eficiente: aos 44, Vilhena chegou pela esquerda e cruzou meio despretensiosamente. E Kramer destacou-se: fez corta-luz inteligente, deixando Dirk Kuyt livre na pequena área para virar o jogo. Nada menos do que o 300º gol da carreira do atacante, seu 15º na temporada - o mais velho jogador a chegar a tal marca, desde a temporada 1959/60.
Enfim na frente do placar, o Stadionclub colocou-se na defesa, quando o segundo tempo começou. Não demorou para o Utrecht notar, e para que o técnico Erik ten Hag fortalecesse as jogadas aéreas, colocando em campo Ruud Boymans, outra referência na grande área junto de Haller. Só que os Rotterdammers não repetiriam o mesmo erro cometido contra o Roda JC, na rodada passada, quando também chamaram o adversário para a área, permitindo o empate: aos poucos, saíram mais para o contra-ataque, aproveitando o bom dia de Vilhena (e a entrada de Jens Toornstra). E tiveram até mais chances: numa delas, aos 29, Kramer até fez o gol, mas ele foi anulado, por falta - real - do atacante. No fim, o Utrecht tentou um abafa e causou dois grandes sustos, com duas bolas tiradas em cima da linha por Van Beek. Na última delas, após chute de Boymans, o zagueiro comemorou. Com justiça: pouco depois, veio o apito final, e o Feyenoord venceu na Eredivisie, pela primeira vez desde 6 de dezembro. Apostando numa formação que já deu certo. E que o trouxe de volta à terceira colocação.
Ajax 4x1 AZ (domingo, 28 de fevereiro)
Havia nove partidas sem vencer (e só tendo obtido o primeiro ponto no returno na rodada passada), o Feyenoord teria uma oportunidade importante para voltar a triunfar. Não só pelo fato do Utrecht ser um adversário direto na zona da Nacompetitie por Liga Europa, mas também por experimentar uma ligeira ascensão, com duas vitórias nos dois jogos mais recentes. Para tentar vencer, então, o Stadionclub apostou na formação tática que mais deu certo nos bons tempos do primeiro turno: um 4-3-3 básico, com Dirk Kuyt e Eljero Elia ladeando Michiel Kramer no ataque, enquanto apostava-se na rapidez do meio-campo (com Tonny Trindade de Vilhena e Karim El Ahmadi) para auxiliar nas jogadas ofensivas. Já o Utrecht estava na dele: jogando no habitual 4-4-2 "losango", também supunha que a velocidade dos pontas-de-lança (principalmente Yassin Ayoub) ajudaria Sébastien Haller na frente.
Pelo menos no início, deu certo para os mandantes. Porque tão logo começou a partida no estádio De Galgenwaard, os Utregs saíram na frente: aos três minutos do primeiro tempo, após bola afastada por Sven van Beek, Ayoub dominou e lançou em profundidade. E Haller se livrou da linha de impedimento, ficando livre para tocar colocado na saída de Kenneth Vermeer e abrir o placar. Mais um capítulo na via-crúcis do Feyenoord? Não desta vez, porque o meio-campo começou a aparecer. Enquanto Marko Vejinovic (novamente titular) segurava as pontas na marcação, Vilhena e El Ahmadi saíam rapidamente para o jogo. Paralelamente, Kramer fazia papel até inesperado, voltando para ajudar na saída de bola. E numa dessas jogadas, saiu o empate, aos 19 minutos: El Ahmadi roubou a bola, que ficou com Kramer. E o atacante saiu veloz pela esquerda, chegando à área e cruzando para Vilhena escorar, meio desequilibrado, para as redes defendidas por Robbin Ruiter.
Aí, a partida diminuiu sua velocidade, com as duas equipes se controlando. O Utrecht tentou responder com Nacer Barazite, aos 38, mas Van Beek cortou o chute colocado do camisa 10 dos anfitriões. A réplica do Feyenoord foi mais eficiente: aos 44, Vilhena chegou pela esquerda e cruzou meio despretensiosamente. E Kramer destacou-se: fez corta-luz inteligente, deixando Dirk Kuyt livre na pequena área para virar o jogo. Nada menos do que o 300º gol da carreira do atacante, seu 15º na temporada - o mais velho jogador a chegar a tal marca, desde a temporada 1959/60.
Enfim na frente do placar, o Stadionclub colocou-se na defesa, quando o segundo tempo começou. Não demorou para o Utrecht notar, e para que o técnico Erik ten Hag fortalecesse as jogadas aéreas, colocando em campo Ruud Boymans, outra referência na grande área junto de Haller. Só que os Rotterdammers não repetiriam o mesmo erro cometido contra o Roda JC, na rodada passada, quando também chamaram o adversário para a área, permitindo o empate: aos poucos, saíram mais para o contra-ataque, aproveitando o bom dia de Vilhena (e a entrada de Jens Toornstra). E tiveram até mais chances: numa delas, aos 29, Kramer até fez o gol, mas ele foi anulado, por falta - real - do atacante. No fim, o Utrecht tentou um abafa e causou dois grandes sustos, com duas bolas tiradas em cima da linha por Van Beek. Na última delas, após chute de Boymans, o zagueiro comemorou. Com justiça: pouco depois, veio o apito final, e o Feyenoord venceu na Eredivisie, pela primeira vez desde 6 de dezembro. Apostando numa formação que já deu certo. E que o trouxe de volta à terceira colocação.
Klaassen destaca-se novamente; com velocidade nas trocas de passe, o Ajax conteve a surpresa AZ (ANP/Pro Shots) |
Desde que perdeu a primeira posição na tabela do Campeonato Holandês para o PSV, o Ajax sabe o que precisa fazer: rodada após rodada, tem de manter a proximidade de um ponto para o rival de Eindhoven. Tropeços são proibidos. E o desafio da 25ª rodada seria o mais difícil até agora nessa tarefa: afinal, a Amsterdam Arena receberia como oponente o AZ, anabolizado pelo crescimento de produção de alguns destaques e uma sequência de sete vitórias seguidas no returno. Para conter o ataque de Vincent Janssen e pressionar a defesa liderada por Ron Vlaar, os Ajacieden decidiram apostar no que é sua ênfase tradicional: deter a posse de bola e trocar passes rapidamente.
Deu muito certo. Nos 45 minutos iniciais, o Ajax encaminhou a vitória, segurando a bola e tornando inócua a presença dos jogadores mais perigosos do adversário: sem a bola, como Markus Henriksen armaria as jogadas para Janssen? Somente o iraniano Alireza Jahanbakhsh tentou algo, inofensivamente. A aposta dos Amsterdammers rendeu resultado já aos 13 minutos: em rápida triangulação perto da área, Anwar El Ghazi deixou a bola com Nemanja Gudelj, e o sérvio cruzou da direita, para que Arkadiusz "Arek" Milik lustrasse ainda mais o domingo de seu 22º aniversário, fazendo 1 a 0.
Mais alguns minutos, e duas chances se seguiram. Aos 16, Mitchell Dijks chutou da esquerda, pela linha de fundo; no minuto seguinte, de novo pela canhota, Amin Younes avançou e chutou, para boa defesa do uruguaio Sergio Rochet. O domínio do Ajax teve mais uma mostra aos 24, quando Davy Klaassen cabeceou por cima, mandando a bola perto do gol. Finalmente, aos 28, uma parceria repetiu-se para o segundo gol Ajacied; Younes (dos melhores em campo, de novo) veio pela esquerda e cruzou para Klaassen escorar de primeira, marcando o segundo gol. AZ? Só apareceu aos 38, num chute relativamente perigoso do volante Ben Rienstra, que o goleiro Jasper Cillessen rebateu sem perigo.
Já com um 2 a 0 confortável no placar, o Ajax até deixou a bola ficar mais nos pés do AZ, desde que marcou o segundo gol. Mas seus ataques continuaram sendo mais agudos, eficientes e eficazes. Prova disso veio no segundo tempo: aos sete minutos, El Ghazi chegou à área com a bola dominada, mas foi desarmado por Stijn Wuytens. Sem problemas: Klaassen aproveitou a bola sobrada, entrou e bateu forte à esquerda de Rochet para fazer 3 a 0. Jogo definido? Nem tanto: pouco depois, aos 12 minutos, El Ghazi recebeu segundo cartão amarelo injusto (seu toque não foi tão forte para derrubar o lateral esquerdo dos Alkmaarders, Ridgeciano Haps), e foi expulso. Aí, os visitantes se animaram mais. E conseguiram, afinal, o gol, aos 19 minutos: Joris van Overeem lançou do meio, e Janssen tabelou com Henriksen de cabeça, recebendo de volta, entrando na área e tocando no contrapé de Cillessen para conferir seu 16º gol na temporada.
Aí, para conter as esperanças do time de Alkmaar num eventual empate, Frank de Boer colocou Ricardo van Rhijn em campo, no lugar de Younes. O 4-3-3 se transformou num 5-3-2 mais fechado, que impediu as jogadas aéreas adversárias de trazerem mais perigo. De quebra, aos 44 minutos, em rápido contragolpe, Milik ganhou de Vlaar na corrida e marcou pela segunda vez, fazendo 4 a 1 e garantindo a vitória do Ajax, em sua nona partida de invencibilidade - maior sequência do time na temporada.
Se serve de consolo, o AZ segue na parte de cima da tabela (4º posição - mesma pontuação do Feyenoord, mas menor saldo de gols), e terá um adversário fácil na próxima rodada (pega o Excelsior, em casa). Mas, ao goleá-lo, o Ajax mostrou que a reação tinha limite. A disputa do título da Eredivisie segue e seguirá entre Amsterdã e Eindhoven.
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