Vilhena impressionou. O Feyenoord também: 6 a 1 no clássico contra o Sparta, e liderança mantida junto do Ajax (ANP/Pro Shots) |
Heracles Almelo 2x0 NEC (sexta-feira, 2 de dezembro)
Vida que segue, bola que rola. Se a tragédia aérea ocorrida na Colômbia foi lembrada antes e durante cada jogo do Campeonato Holandês (com um minuto de silêncio antes de todas as partidas, mais jogadores e trios de arbitragem usando tarjas pretas nas mangas das camisas), a antepenúltima rodada do primeiro turno ocorreu normalmente. E começou com o NEC trazendo mais perigo no ataque, mesmo sem dois jogadores do setor no grupo - Reagy Ofosu e Quincy Owusu-Abeyie chegaram atrasados à preleção, e foram barrados do jogo pelo técnico Peter Hyballa. Seja como for, a primeira chance de gol foi dos visitantes de Nijmegen, com Kévin Mayi, completando perto das redes após desvio de Julian von Haacke.
Mas na primeira oportunidade que teve, o Heracles é que colocou a bola na casinha. Contando com a sorte: aos 37', Lerin Duarte arriscou de fora da área, e um desvio na zaga tirou as chances de defesa do goleiro Joris Delle. Era o 1 a 0 do Heracles. Que quase virou 1 a 1 aos 39': Mayi cabeceou a bola na trave de Bram Castro. Na etapa final, a pressão do NEC continuou: aos 50', Von Haacke quase empatou, mandando a pelota de novo na trave. Aos 74', Mohamed Rayhi também teve sua chance, finalizando perto do gol. Porém, de novo num contragolpe, o Heracles fez 2 a 0, aos 82': Thomas Bruns arrematou, Delle defendeu na primeira, mas Samuel Armenteros estava a postos para conferir a sobra e garantir a vitória dos Heraclieden, estabilizados no meio da tabela.
Go Ahead Eagles 1x3 Heerenveen (sábado, 3 de dezembro)
Derrotado na rodada passada pelo Willem II, adversário direto na tentativa de escapar da zona de repescagem/rebaixamento, o Go Ahead Eagles entrou em campo precisando da vitória. Seria difícil consegui-la, contra um Heerenveen que está logo abaixo do trio de ferro holandês, dono das três primeiras posições. Mas pareceu que o GAE iria conseguir surpreender de novo jogando em sua casa, em Deventer: já aos sete minutos, o atacante Darren Maatsen recebeu a bola de Marcel Ritzmaier e arriscou bonito chute de fora da área para fazer 1 a 0. Cresceu a esperança de uma surpresa. Que durou pouco: já aos 20', Sam Larsson fez bonito passe para Reza "Gucci" Ghoochannejhad dominar e deixar o 1 a 1 no placar do estádio Adelaarshorst.
Aos 27', coube a "Gucci" diminuir ainda mais as ilusões dos mandantes. O atacante iraniano virou o jogo para o Heerenveen em escanteio: córner cobrado, o lateral esquerdo Rochdi Achenteh rebateu errado, e ele estava lá para aproveitar e fazer 2 a 1. E o sonho dos anfitriões de deixar a última colocação foi encerrado ainda antes do intervalo: Arber Zeneli arriscou de fora, a bola bateu na trave, e sobrou para Yuki Kobayashi marcar o terceiro do Fean. Na etapa final, o Go Ahead Eagles até arriscou vez por outra - por exemplo, com um chute de Ritzmaier na trave. Mas nada que impedisse a vitória que manteve o Fean disputando o posto de "melhor do resto" na Eredivisie. E o Go Ahead Eagles, caindo cada vez mais, na última posição da tabela.
Roda JC 0x0 PSV (sábado, 3 de dezembro)
Desde que a bola rolou no Parkstad Limburg Stadion, em Kerkrade, deu para notar que o ritmo do jogo seria muito semelhante ao de outras partidas entre grandes e pequenos na Eredivisie: o grande tentando atacar, com massiva posse de bola, e o pequeno segurando-se, com uma defesa muito compactada, saindo somente nos contra-ataques. Supostamente escalado num 4-3-3, o Roda revelou que a verdade em campo era um 4-2-3-1, com defesa e meio muito próximos e recuados. Sem espaço nem velocidade para tocar a bola no chão, o PSV teve a primeira chance só aos 10 minutos: Oleksandr Zinchenko fez o lançamento da direita, a bola encobriu a defesa, e Bart Ramselaar entrou livre na área, dominando o lançamento. Porém, o meio-campista tocou por cima do gol.
Aos poucos, porém, também se via que de nada adiantava os visitantes de Eindhoven terem a posse de bola que tinham, se eram pouco criativos na hora de atacar e finalizar. Aos 14', Siem de Jong (titular, de novo) bateu de longe. E para muito longe. Os Koempels mandantes seguiam na deles: só avançavam na boa. Como aos 18', quando Mikhail Rosheuvel bateu de longe, exigindo defesa de Jeroen Zoet, que agarrou a bola com alguma dificuldade. Só aos 24 minutos é que surgiu uma chance respeitável de gol, para os Boeren: Ramselaar deixou a Luuk de Jong, que estava na área. O capitão se desvencilhou da marcação, ficou frente a frente com o goleiro Benjamin van Leer e bateu, mas Van Leer fez ótima defesa à queima-roupa.
O Roda JC teve a sua oportunidade aos 30': em bola vinda de cruzamento da direita, Héctor Moreno tirou parcialmente, mas a sobra ficou limpa para Mikhail Rosheuvel bater forte e rasteiro. Só não entrou porque Santiago Arias estava na pequena área e tirou providencialmente, colocando o pé na frente. Depois, o PSV ainda pôde reclamar de jogada incorretamente anulada pelo juiz Kevin Blom, aos 34': Luuk de Jong saiu livre de marcação numa bola alta, em posição legal. O atacante tocou para as redes, mas o juiz apontou impedimento inexistente. Depois, aos 44', ainda houve tempo para Abdul Ajagun arriscar de fora da área, mandando a bola pela linha de fundo, relativamente perto do gol.
No segundo tempo, o Roda é que teve uma boa chance para o 1 a 0: logo aos 49', Ajagun dominou livre a bola na meia-lua, mas bateu fraco, fácil para a defesa de Zoet. Paralelamente, os visitantes de Eindhoven seguiam tocando e tocando, numa lentidão exasperante. Só aos 62' criaram algo digno de nota, numa troca de passes que terminou com o chute de Arias espalmado por Van Leer, por cima do gol. Imediatamente depois, Steven Bergwijn e Luciano Narsingh substituíram, respectivamente, Zinchenko e Gastón Pereiro. Sem sucesso. O 0 a 0 foi o nono tropeço do PSV nos últimos 12 jogos fora contra o Roda JC pela Eredivisie, num jogo em que ter visto tinta secar teria sido mais interessante. Só restou a Luuk de Jong repetir a ladainha de tropeços anteriores. "Desse jeito não seremos campeões", advertiu o camisa 9 à FOX Sports holandesa. Não serão mesmo. Já estão seis pontos atrás da dupla Feyenoord/Ajax.
Derrotado na rodada passada pelo Willem II, adversário direto na tentativa de escapar da zona de repescagem/rebaixamento, o Go Ahead Eagles entrou em campo precisando da vitória. Seria difícil consegui-la, contra um Heerenveen que está logo abaixo do trio de ferro holandês, dono das três primeiras posições. Mas pareceu que o GAE iria conseguir surpreender de novo jogando em sua casa, em Deventer: já aos sete minutos, o atacante Darren Maatsen recebeu a bola de Marcel Ritzmaier e arriscou bonito chute de fora da área para fazer 1 a 0. Cresceu a esperança de uma surpresa. Que durou pouco: já aos 20', Sam Larsson fez bonito passe para Reza "Gucci" Ghoochannejhad dominar e deixar o 1 a 1 no placar do estádio Adelaarshorst.
Aos 27', coube a "Gucci" diminuir ainda mais as ilusões dos mandantes. O atacante iraniano virou o jogo para o Heerenveen em escanteio: córner cobrado, o lateral esquerdo Rochdi Achenteh rebateu errado, e ele estava lá para aproveitar e fazer 2 a 1. E o sonho dos anfitriões de deixar a última colocação foi encerrado ainda antes do intervalo: Arber Zeneli arriscou de fora, a bola bateu na trave, e sobrou para Yuki Kobayashi marcar o terceiro do Fean. Na etapa final, o Go Ahead Eagles até arriscou vez por outra - por exemplo, com um chute de Ritzmaier na trave. Mas nada que impedisse a vitória que manteve o Fean disputando o posto de "melhor do resto" na Eredivisie. E o Go Ahead Eagles, caindo cada vez mais, na última posição da tabela.
Luuk de Jong fervendo de raiva: após ensaiar reação contra ADO Den Haag, PSV tropeçou de novo (ANP/Pro Shots) |
Roda JC 0x0 PSV (sábado, 3 de dezembro)
Desde que a bola rolou no Parkstad Limburg Stadion, em Kerkrade, deu para notar que o ritmo do jogo seria muito semelhante ao de outras partidas entre grandes e pequenos na Eredivisie: o grande tentando atacar, com massiva posse de bola, e o pequeno segurando-se, com uma defesa muito compactada, saindo somente nos contra-ataques. Supostamente escalado num 4-3-3, o Roda revelou que a verdade em campo era um 4-2-3-1, com defesa e meio muito próximos e recuados. Sem espaço nem velocidade para tocar a bola no chão, o PSV teve a primeira chance só aos 10 minutos: Oleksandr Zinchenko fez o lançamento da direita, a bola encobriu a defesa, e Bart Ramselaar entrou livre na área, dominando o lançamento. Porém, o meio-campista tocou por cima do gol.
Aos poucos, porém, também se via que de nada adiantava os visitantes de Eindhoven terem a posse de bola que tinham, se eram pouco criativos na hora de atacar e finalizar. Aos 14', Siem de Jong (titular, de novo) bateu de longe. E para muito longe. Os Koempels mandantes seguiam na deles: só avançavam na boa. Como aos 18', quando Mikhail Rosheuvel bateu de longe, exigindo defesa de Jeroen Zoet, que agarrou a bola com alguma dificuldade. Só aos 24 minutos é que surgiu uma chance respeitável de gol, para os Boeren: Ramselaar deixou a Luuk de Jong, que estava na área. O capitão se desvencilhou da marcação, ficou frente a frente com o goleiro Benjamin van Leer e bateu, mas Van Leer fez ótima defesa à queima-roupa.
O Roda JC teve a sua oportunidade aos 30': em bola vinda de cruzamento da direita, Héctor Moreno tirou parcialmente, mas a sobra ficou limpa para Mikhail Rosheuvel bater forte e rasteiro. Só não entrou porque Santiago Arias estava na pequena área e tirou providencialmente, colocando o pé na frente. Depois, o PSV ainda pôde reclamar de jogada incorretamente anulada pelo juiz Kevin Blom, aos 34': Luuk de Jong saiu livre de marcação numa bola alta, em posição legal. O atacante tocou para as redes, mas o juiz apontou impedimento inexistente. Depois, aos 44', ainda houve tempo para Abdul Ajagun arriscar de fora da área, mandando a bola pela linha de fundo, relativamente perto do gol.
No segundo tempo, o Roda é que teve uma boa chance para o 1 a 0: logo aos 49', Ajagun dominou livre a bola na meia-lua, mas bateu fraco, fácil para a defesa de Zoet. Paralelamente, os visitantes de Eindhoven seguiam tocando e tocando, numa lentidão exasperante. Só aos 62' criaram algo digno de nota, numa troca de passes que terminou com o chute de Arias espalmado por Van Leer, por cima do gol. Imediatamente depois, Steven Bergwijn e Luciano Narsingh substituíram, respectivamente, Zinchenko e Gastón Pereiro. Sem sucesso. O 0 a 0 foi o nono tropeço do PSV nos últimos 12 jogos fora contra o Roda JC pela Eredivisie, num jogo em que ter visto tinta secar teria sido mais interessante. Só restou a Luuk de Jong repetir a ladainha de tropeços anteriores. "Desse jeito não seremos campeões", advertiu o camisa 9 à FOX Sports holandesa. Não serão mesmo. Já estão seis pontos atrás da dupla Feyenoord/Ajax.
Excelsior 3x3 AZ (sábado, 3 de dezembro)
Se Roda JC e PSV fizeram um jogo sem muita emoção em Kerkrade, o que ocorreu em Roterdã foi o contrário. Desde o começo da partida no estádio Woudestein, mesmo na parte inferior da tabela, o Excelsior se impôs diante do AZ, que logo respondia. Essa tônica começou logo aos nove minutos: Kevin Vermeulen cruzou e deixou Stanley Elbers livre para abrir o placar. Mas a vantagem do Excelsior durou meros dois minutos: aos 11', Muamer Tankovic é que criou as condições para Robert Mühren fazer seu sexto gol no campeonato, recolocando os visitantes de Alkmaar no jogo. Sem problemas: aos 26', Wout Weghorst derrubou o zagueiro Jürgen Mattheij na área, o juiz Dennis Higler deu o pênalti, e Nigel Hasselbaink fez 2 a 1 para o Excelsior.
Sem problemas para o AZ também: após o meio-campo Mats Seuntjens já ter cabeceado a bola na trave, veio outro empate aos 34'. O lateral esquerdo Ridgeciano Haps preparou a jogada, e só ficou para Tankovic o trabalho de finalizar e fazer 2 a 2. A maluquice do jogo seguiu na etapa final, com chances de parte a parte. Até que aos 65', o meio-campista Iliass Bel Hassani perdeu a bola em seu setor, abrindo espaço para o contragolpe concluído por Hicham Faik, recolocando os Kralingers mandantes na frente. Aí, o AZ precisou esperar um pouco mais. Mas por fim, conseguiu o empate: aos 76', cabeçada fortíssima de Stijn Wuytens decretou o 3 a 3 final. Que prejudicou o Excelsior (perdeu a chance de se firmar no meio de tabela com a vitória) e o AZ (na disputa particular com o Heerenveen, deixou a quarta posição ao adversário com o tropeço). Mas que foi bem animado.
A homenagem de Nathan foi tão emocionante quanto elogiável foram o bom senso do juiz Kamphuis e da federação (ANP/Pro Shots) |
A pressão da torcida sobre o Vitesse era compreensivelmente grande: afinal de contas, para um time que poderia muito bem chegar à disputa com AZ e Heerenveen pelas migalhas que os três grandes deixam no topo da tabela, seis jogos sem vitória (e dois meses sem vencer no próprio estádio) são demais para se aguentar. Demorou até demais para vir o primeiro gol: aos 32', um carrinho do zagueiro Dirk Marcellis derrubou Lewis Baker na área, e o pênalti foi marcado. Especialista em bolas paradas, Baker não se acanhou: bateu seguro para o 1 a 0. Aos 41', veio a ampliação da vantagem do Vites: o chinês Zhang Yuning (que já tivera um gol anulado) completou de cabeça um cruzamento de Milot Rashica para as redes. O jogo seguiu sob controle do Vitesse no segundo tempo. Mas é justo dizer: a entrada do volante Django Warmerdam aumentou um pouco a organização do Zwolle, e o clube visitante passou a atacar mais.
Numa dessas investidas, aos 67', veio o gol: Warmerdam cobrou escanteio, e o lateral direito Bart Schenkeveld subiu para cabecear e diminuir a vantagem. Voltava o temor aurinegro de uma nova decepção. Temor que aumentou nos acréscimos: o goleiro Mickey van der Hart, do Zwolle, foi para a área em escanteio, e num voleio, mandou a bola na trave. Por sorte, no rebote, um rápido contra-ataque foi puxado, e o brasileiro Nathan concluiu para fazer 3 a 1. E protagonizar na comemoração o gesto mais bonito da rodada: tirou a camisa do clube, mostrando por baixo uma preta, com o distintivo da Chapecoense. Aí veio o melhor: o juiz Jochem Kamphuis mostrou bom senso exemplar e não puniu Nathan com o amarelo, como as regras pedem. Enquanto Nathan terminou o jogo às lágrimas com a triste lembrança, Kamphuis justificou: "Eu decidi imediatamente não puni-lo com o amarelo. Foi um acontecimento terrível, e deve ter sido muito especial para ele poder homenagear os amigos dessa maneira. Sei que vou ouvir [perguntas da federação]. Acho interessante que perguntem, mas sei que tomei a decisão justa".
Tomou mesmo. Tanto que a federação não só não o puniu, como o parabenizou, nas palavras do diretor de operações Gijs de Jong: "Às vezes, você precisa fazer algo diferente. E Jochem teve perfeitamente essa sensibilidade. Árbitros são seres de carne e osso, precisamos deixar claro. Claro que regras são regras. Mas ontem foi uma exceção".
ADO Den Haag 0x2 Utrecht (domingo, 4 de dezembro)
Em meio à explosiva crise interna eclodida nesta semana, entre o chinês Hui Wang, acionista majoritário, e o conselho deliberativo do clube, o ADO Den Haag esperava minorar o impacto dela com uma vitória sobre o Utrecht. Aliás, além de minorar o impacto das turbulências fora do campo, o triunfo também ajudaria bem dentro dele: nas dez partidas mais recentes pela Eredivisie, o Den Haag só conseguira quatro pontos. Todavia, após primeiros minutos de poucas emoções em campo, o Utrecht começou a aprofundar a crise dos mandantes auriverdes: aos 30', Yassin Ayoub fez a jogada individual, chegou à linha de fundo e cruzou rasteiro para Nacer Barazite completar, fazendo 1 a 0 para os Utregs. E o primeiro tempo poderia ter se encerrado com um 2 a 0 no placar: Sébastien Haller perdeu boa chance, aos 36', tocando livre por cima do gol. Sem contar o pênalti cometido pelo zagueiro Tom Beugelsdijk em Ayoub, aos 44', que foi visto pelo árbitro Pol van Boekel como falta fora da área.
Só restava aos mandantes de Haia atacar. O que quase levou ao empate, no princípio do segundo tempo: aos 51, Gervane Kastaneer acertou a trave, cara a cara com o goleiro David Jensen (substituto do lesionado Robbin Ruiter). Pouco depois, as entradas de Sheraldo Becker e Dennis van der Heijden converteram o esquema do time anfitrião de 4-4-2 para 4-3-3 bem ofensivo. E o final do jogo teve um ritmo bem acelerado. Aos 75', imediatamente após golaço de Haller (bicicleta) ser anulado por impedimento, Beugelsdijk recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso, deixando o ADO Den Haag com dez. Porém, o Den Haag ainda mandou uma bola na trave, aos 82', com Aschraf El Mahdioui. Para, no minuto seguinte, após receber passe de Richairo Zivkovic, Haller enfim colocar a bola nas redes para valer. Um 2 a 0 que leva o Utrecht à sexta posição, com 15 pontos ganhos nos últimos sete jogos, comprovando a reação após um começo difícil de primeiro turno. Ao ADO Den Haag, em 15º lugar, resta lidar com duas crises: a esportiva e a diretiva.
Feyenoord 6x1 Sparta Rotterdam (domingo, 4 de dezembro)
Em mais um minuto de silêncio pela catástrofe que vitimou boa parte do grupo de trabalho da Chapecoense na terça passada, novo ato de simpatia: os onze jogadores do Sparta Rotterdam vestiram camisas pretas com o distintivo do clube catarinense e a frase "we are with you" (em inglês, "estamos com vocês"). Além disso, as imagens da tevê holandesa exibiram constantemente o brasileiro Eric Botteghin, e um solitário torcedor com bandeira do Brasil nas arquibancadas de De Kuip. Concluída a homenagem, bastou o primeiro minuto de jogo para notar que o clássico de Roterdã seria "ataque contra defesa": Tonny Vilhena cobrou uma falta na entrada da área, mandando a bola na barreira.
Ao longo daqueles primeiros minutos, o que se notava era só o Feyenoord em mais uma de suas boas atuações, unindo velocidade na troca de passes dos meio-campistas (não à toa, Vilhena e Karim El Ahmadi eram os melhores em campo) à proximidade com os atacantes. Ao Sparta, só restava povoar demais a defesa, com até cinco jogadores na área tentando fechar os espaços, e apostar nos contra-ataques. Só deu certo uma vez, aos 11': Zakaria El Azzouzi saiu rápido pela direita, inverteu o jogo para Loris Brogno (enfim, titular dos Kasteelheren, novamente), e o atacante belga chutou forte para Brad Jones rebater com dificuldade, antes de Eric Botteghin tirar pela linha de fundo. Aos 21', Jens Toornstra ainda teve uma chance, arriscando para fora.
Todavia, estava claro: bastava o Feyenoord encaixar uma troca de passes, que o gol sairia. A superioridade era clara demais para isso não acontecer. E nem precisou de muitos passes para o 1 a 0, aos 24': Eljero Elia saiu pela esquerda para cruzar a bola, Rick van Drongelen tirou-a da área na primeira vez, mas a sobra ficou limpa para Vilhena arriscar belo chute, no canto direito do goleiro Roy Kortsmit, colocando o Stadionclub na frente - e possibilitando ao meio-campista homenagear a mãe falecida na comemoração. Aos 37', Dirk Kuyt quase marcou: recebeu a bola na área e fintou um zagueiro com um corte seco, mas seu arremate saiu fraco demais. Tudo bem: Toornstra compensou isso aos 43', fazendo 2 a 0 num outro golaço de fora da área. Pela direita, o camisa 28 recebeu a bola de Nicolai Jorgensen, matou na coxa e deixou-a quicar no chão antes de um arremate de bate-pronto, que encobriu Kortsmit e foi no ângulo direito.
A volúpia ofensiva do Feyenoord continuou no segundo tempo: logo aos 51', Elia cruzou da esquerda, e Jorgensen ajeitou na primeira trave, batendo à queima-roupa para Kortsmit defender sem dar o rebote. No minuto seguinte, em contragolpe, com a defesa do time da casa frouxa (até pela vantagem), enfim o Sparta teve outra chance no jogo: El Azzouzi chegou à área e deixou com Stijn Spierings, mas o chute rasteiro do camisa 10 dos Spartanen foi bem defendido por Brad Jones. Se os rivais citadinos não fizeram o seu gol, o Feyenoord foi atrás rumo à goleada. Conseguida com a ajuda de Jorgensen. Aos 59', uma jogada clássica da equipe rendeu o terceiro gol: bola pelo lado direito, Toornstra cruzou, e o camisa 9 escorou para as redes seu 10º gol pelo Campeonato Holandês. Mais cinco minutos, e o próprio dinamarquês puxou jogada de ataque, deixou a bola com Elia, e recebeu de volta para finalizar rasteiro, da entrada da área, no canto direito de Kortsmit, garantindo o 4 a 0, o 11º tento na Eredivisie e o isolamento no topo da tábua de goleadores.
Algumas chances foram perdidas, ainda, mas deu tempo para que Eric Botteghin fosse mais um brasileiro a marcar na rodada (aos 73', de cabeça, completando cruzamento de Miquel Nelom) e a homenagear a Chapecoense - agora, apenas apontando para a tarja preta e para o céu. Nada mais tirava a vitória do Feyenoord. Mesmo depois do gol do Sparta - aos 86', Thomas Verhaar marcou de cabeça -, Elia ainda acertou chute cruzado aos 90' + 1 para ratificar de vez a goleada que garantiu aos Rotterdammers mais uma semana na liderança da liga. Nada mal para se animar antes do decisivo jogo contra o Fenerbahçe, pela Liga Europa. Que pode dar a vaga na segunda fase do torneio continental, lustrando ainda mais a boa temporada que se vive em De Kuip.
Em meio à explosiva crise interna eclodida nesta semana, entre o chinês Hui Wang, acionista majoritário, e o conselho deliberativo do clube, o ADO Den Haag esperava minorar o impacto dela com uma vitória sobre o Utrecht. Aliás, além de minorar o impacto das turbulências fora do campo, o triunfo também ajudaria bem dentro dele: nas dez partidas mais recentes pela Eredivisie, o Den Haag só conseguira quatro pontos. Todavia, após primeiros minutos de poucas emoções em campo, o Utrecht começou a aprofundar a crise dos mandantes auriverdes: aos 30', Yassin Ayoub fez a jogada individual, chegou à linha de fundo e cruzou rasteiro para Nacer Barazite completar, fazendo 1 a 0 para os Utregs. E o primeiro tempo poderia ter se encerrado com um 2 a 0 no placar: Sébastien Haller perdeu boa chance, aos 36', tocando livre por cima do gol. Sem contar o pênalti cometido pelo zagueiro Tom Beugelsdijk em Ayoub, aos 44', que foi visto pelo árbitro Pol van Boekel como falta fora da área.
Só restava aos mandantes de Haia atacar. O que quase levou ao empate, no princípio do segundo tempo: aos 51, Gervane Kastaneer acertou a trave, cara a cara com o goleiro David Jensen (substituto do lesionado Robbin Ruiter). Pouco depois, as entradas de Sheraldo Becker e Dennis van der Heijden converteram o esquema do time anfitrião de 4-4-2 para 4-3-3 bem ofensivo. E o final do jogo teve um ritmo bem acelerado. Aos 75', imediatamente após golaço de Haller (bicicleta) ser anulado por impedimento, Beugelsdijk recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso, deixando o ADO Den Haag com dez. Porém, o Den Haag ainda mandou uma bola na trave, aos 82', com Aschraf El Mahdioui. Para, no minuto seguinte, após receber passe de Richairo Zivkovic, Haller enfim colocar a bola nas redes para valer. Um 2 a 0 que leva o Utrecht à sexta posição, com 15 pontos ganhos nos últimos sete jogos, comprovando a reação após um começo difícil de primeiro turno. Ao ADO Den Haag, em 15º lugar, resta lidar com duas crises: a esportiva e a diretiva.
Feyenoord 6x1 Sparta Rotterdam (domingo, 4 de dezembro)
Em mais um minuto de silêncio pela catástrofe que vitimou boa parte do grupo de trabalho da Chapecoense na terça passada, novo ato de simpatia: os onze jogadores do Sparta Rotterdam vestiram camisas pretas com o distintivo do clube catarinense e a frase "we are with you" (em inglês, "estamos com vocês"). Além disso, as imagens da tevê holandesa exibiram constantemente o brasileiro Eric Botteghin, e um solitário torcedor com bandeira do Brasil nas arquibancadas de De Kuip. Concluída a homenagem, bastou o primeiro minuto de jogo para notar que o clássico de Roterdã seria "ataque contra defesa": Tonny Vilhena cobrou uma falta na entrada da área, mandando a bola na barreira.
Ao longo daqueles primeiros minutos, o que se notava era só o Feyenoord em mais uma de suas boas atuações, unindo velocidade na troca de passes dos meio-campistas (não à toa, Vilhena e Karim El Ahmadi eram os melhores em campo) à proximidade com os atacantes. Ao Sparta, só restava povoar demais a defesa, com até cinco jogadores na área tentando fechar os espaços, e apostar nos contra-ataques. Só deu certo uma vez, aos 11': Zakaria El Azzouzi saiu rápido pela direita, inverteu o jogo para Loris Brogno (enfim, titular dos Kasteelheren, novamente), e o atacante belga chutou forte para Brad Jones rebater com dificuldade, antes de Eric Botteghin tirar pela linha de fundo. Aos 21', Jens Toornstra ainda teve uma chance, arriscando para fora.
Todavia, estava claro: bastava o Feyenoord encaixar uma troca de passes, que o gol sairia. A superioridade era clara demais para isso não acontecer. E nem precisou de muitos passes para o 1 a 0, aos 24': Eljero Elia saiu pela esquerda para cruzar a bola, Rick van Drongelen tirou-a da área na primeira vez, mas a sobra ficou limpa para Vilhena arriscar belo chute, no canto direito do goleiro Roy Kortsmit, colocando o Stadionclub na frente - e possibilitando ao meio-campista homenagear a mãe falecida na comemoração. Aos 37', Dirk Kuyt quase marcou: recebeu a bola na área e fintou um zagueiro com um corte seco, mas seu arremate saiu fraco demais. Tudo bem: Toornstra compensou isso aos 43', fazendo 2 a 0 num outro golaço de fora da área. Pela direita, o camisa 28 recebeu a bola de Nicolai Jorgensen, matou na coxa e deixou-a quicar no chão antes de um arremate de bate-pronto, que encobriu Kortsmit e foi no ângulo direito.
A volúpia ofensiva do Feyenoord continuou no segundo tempo: logo aos 51', Elia cruzou da esquerda, e Jorgensen ajeitou na primeira trave, batendo à queima-roupa para Kortsmit defender sem dar o rebote. No minuto seguinte, em contragolpe, com a defesa do time da casa frouxa (até pela vantagem), enfim o Sparta teve outra chance no jogo: El Azzouzi chegou à área e deixou com Stijn Spierings, mas o chute rasteiro do camisa 10 dos Spartanen foi bem defendido por Brad Jones. Se os rivais citadinos não fizeram o seu gol, o Feyenoord foi atrás rumo à goleada. Conseguida com a ajuda de Jorgensen. Aos 59', uma jogada clássica da equipe rendeu o terceiro gol: bola pelo lado direito, Toornstra cruzou, e o camisa 9 escorou para as redes seu 10º gol pelo Campeonato Holandês. Mais cinco minutos, e o próprio dinamarquês puxou jogada de ataque, deixou a bola com Elia, e recebeu de volta para finalizar rasteiro, da entrada da área, no canto direito de Kortsmit, garantindo o 4 a 0, o 11º tento na Eredivisie e o isolamento no topo da tábua de goleadores.
Algumas chances foram perdidas, ainda, mas deu tempo para que Eric Botteghin fosse mais um brasileiro a marcar na rodada (aos 73', de cabeça, completando cruzamento de Miquel Nelom) e a homenagear a Chapecoense - agora, apenas apontando para a tarja preta e para o céu. Nada mais tirava a vitória do Feyenoord. Mesmo depois do gol do Sparta - aos 86', Thomas Verhaar marcou de cabeça -, Elia ainda acertou chute cruzado aos 90' + 1 para ratificar de vez a goleada que garantiu aos Rotterdammers mais uma semana na liderança da liga. Nada mal para se animar antes do decisivo jogo contra o Fenerbahçe, pela Liga Europa. Que pode dar a vaga na segunda fase do torneio continental, lustrando ainda mais a boa temporada que se vive em De Kuip.
Willem II 0x0 Twente (domingo, 4 de dezembro)
Quando veio a primeira chance do jogo na cidade de Tilburg (aos 11', Kamohelo Mokotjo arrematou no ângulo, exigindo boa defesa do goleiro Kostas Lamprou), parecia que o Twente faria valer sua superioridade técnica e sua melhor posição na tabela do campeonato. Que nada: aos 19', o Willem II começou sua pressão. Jordy Croux cruzou da direita, e Fran Sol Ortiz cabeceou na pequena área, para fora, raspando a trave. Mais três minutos, e Croux fez tudo sozinho na segunda jogada de perigo, aos 22', batendo perto do gol. Aos 32', de novo Croux cruzou, de novo Fran Sol complementou, de novo a bola passou perto. Finalmente, aos 40', Anouar Kali arriscou de fora, forçando o guarda-valas Nick Marsman a salvar o Twente. Enfim, foi até injusto o Willem II sair da etapa inicial sem um gol.
Os Tukkers visitantes precisavam reagir. Foi o que fizeram na etapa complementar. Já aos 51', o atacante Yaw Yeboah cobrou falta com perigo, e Lamprou fez boa defesa. Aos 58', quem apareceu foi o destaque do Twente na temporada: após cruzamento de Bersant Celina, Enes Ünal quase foi às redes pela 10ª vez na Eredivisie, chutando para fora a bola, de voleio. Aos 73', precisando sair da pressão, o técnico Erwin van de Looi tirou o meio-campista Thom Haye, colocando Jari Schuurman em campo. As equipes trocaram chances até o final. Aos 81', o volante Dylan Seys cabeceou para fora; dois minutos depois, Kali teve a grande chance para dar a vitória aos anfitriões tricolores, mas arrematou para fora. Um 0 a 0 que não merecia tal placar, com muitas chances no Willem II Stadion.
Quando veio a primeira chance do jogo na cidade de Tilburg (aos 11', Kamohelo Mokotjo arrematou no ângulo, exigindo boa defesa do goleiro Kostas Lamprou), parecia que o Twente faria valer sua superioridade técnica e sua melhor posição na tabela do campeonato. Que nada: aos 19', o Willem II começou sua pressão. Jordy Croux cruzou da direita, e Fran Sol Ortiz cabeceou na pequena área, para fora, raspando a trave. Mais três minutos, e Croux fez tudo sozinho na segunda jogada de perigo, aos 22', batendo perto do gol. Aos 32', de novo Croux cruzou, de novo Fran Sol complementou, de novo a bola passou perto. Finalmente, aos 40', Anouar Kali arriscou de fora, forçando o guarda-valas Nick Marsman a salvar o Twente. Enfim, foi até injusto o Willem II sair da etapa inicial sem um gol.
Os Tukkers visitantes precisavam reagir. Foi o que fizeram na etapa complementar. Já aos 51', o atacante Yaw Yeboah cobrou falta com perigo, e Lamprou fez boa defesa. Aos 58', quem apareceu foi o destaque do Twente na temporada: após cruzamento de Bersant Celina, Enes Ünal quase foi às redes pela 10ª vez na Eredivisie, chutando para fora a bola, de voleio. Aos 73', precisando sair da pressão, o técnico Erwin van de Looi tirou o meio-campista Thom Haye, colocando Jari Schuurman em campo. As equipes trocaram chances até o final. Aos 81', o volante Dylan Seys cabeceou para fora; dois minutos depois, Kali teve a grande chance para dar a vitória aos anfitriões tricolores, mas arrematou para fora. Um 0 a 0 que não merecia tal placar, com muitas chances no Willem II Stadion.
Sánchez (à direita) não deixou o Groningen se engraçar muito: fez o primeiro gol na vitória do Ajax (ANP/Pro Shots) |
Ajax 2x0 Groningen (domingo, 4 de dezembro)
Quando começou o jogo derradeiro da rodada, na Amsterdam Arena, o Groningen deu a primeira estocada, aos dois minutos: Ruben Yttegaard Jenssen arriscou rasteiro de fora da área, e o goleiro André Onana esticou-se para espalmar a bola no canto esquerdo. Ficava a pergunta: contra um visitante que se ensaiava destemido, conseguiria o Ajax impor seu estilo de marcação por pressão e toques rápidos de bola? Ainda mais após os oito minutos, quando Albert Rusnák quase marcou, chutando cruzado na área.
Não demorou muito para que o time da casa desse a resposta: sim, fora só um susto, logo o time da casa ditaria o ritmo do jogo. Começou aos 9', com a primeira chance Ajacied. Amin Younes mandou a bola da esquerda, a zaga rebateu, e Lasse Schöne mandou a sobra de primeira, num voleio que forçou o goleiro Sergio Padt a espalmar por cima. No escanteio subsequente, veio o 1 a 0: Davinson Sánchez entrou pelo meio da área e completou de cabeça para as redes, marcando seu terceiro gol na temporada.
Começava então o já conhecido frenesi ofensivo dos alvirrubros de Amsterdã na temporada. Aos 12', após escanteio, Younes dominou pela área e deixou de calcanhar a Donny van de Beek (no lugar do suspenso Davy Klaassen), que finalizou para boa defesa de Padt. Jogada mais perigosa ainda viria no minuto seguinte: Younes puxou a bola desde a esquerda, e deixou-a com Vaclav Cerny (substituto do lesionado Bertrand Traoré). O camisa 30 ajeitou e bateu na rede pelo lado de fora.
Mantendo a posse de bola e prensando a defesa do Groningen contra seu próprio gol, de novo o Ajax se impunha. Depois, o ritmo foi caindo aos poucos. Periodicamente, em arremates de longa distância, os anfitriões ainda pressionavam. Assim ocorreu aos.23', quando Kasper Dolberg arriscou de fora da área, e Padt novamente precisou aparecer, defendendo o chute alto em dois tempos. Aí, a equipe preferiu manter a posse de bola, evitando dar espaço para os contragolpes. E só voltou a atacar aos 42'. O Ajax trocou passes no campo de ataque, e Joël Veltman inverteu o jogo com Daley Sinkgraven. Da esquerda, o lateral arrematou cruzado, de fora da área, e Padt defendeu de novo.
As estatísticas ao final dos primeiros 45 minutos comprovavam: com 18 chutes contra 3, o Ajax novamente sufocava um adversário. Porém, o time voltou desatento no segundo tempo. Deixava mais espaços para jogadas do Groningen. Numa delas, em bola parada, quase veio o empate, aos 52'. Yoëll van Nieff cobrou falta da direita. Onana deixou completamente descoberto o canto, para tentar sair do gol. Resultado: Van Nieff mandou ali a bola, e o empate só não se consumou porque a bola bateu na trave.
Para eliminar qualquer temor maior, aos 55', Younes (talvez o melhor jogador da partida) apareceu novamente. O alemão de ascendência libanesa recebeu a bola, cortou para o meio e arriscou de pé direito. A bola foi quase precisa: na junção do travessão com a trave esquerda de Padt. Depois, o Groningen só tentou finalizar mais uma vez, aos 63': Simon Tibbling arriscou o cruzamento, mas Mimoun Mahi fracassou na finalização: seu voleio saiu totalmente errado, deixando a bola com Onana.
O Ajax também conservava a sua vantagem, sem muita velocidade. Apenas tentou uma jogada aos 66', quando Hakim Ziyech, de fora da área, para perto do gol. Ziyech já até havia sido derrubado, em jogada na qual torcida e jogadores do Ajax pediram pênalti, ignorado pelo juiz Serdar Gözübüyük. Este só apontou a marca da cal aos 72', numa jogada que envolveu um velho conhecido que estava de volta. Após passar semanas "de castigo" na equipe B do Ajax, por briga com o técnico Peter Bosz, Anwar El Ghazi foi reintegrado ao elenco do time principal. Entrou em campo aos 60', substituindo Van de Beek. E aos 72', recebeu passe em profundidade de Veltman, caiu na área ao passar por Rusnák, e o pênalti foi marcado. Ziyech bateu mal, o goleiro Padt até desviou na bola, mas ela entrou no canto esquerdo: 2 a 0.
O que não quer dizer que o Ajax passou o resto do jogo sem percalços. Aos 78', Van Weert cruzou da esquerda, e Rusnák, do meio da área, perdeu grande chance, batendo por cima do gol de Onana. Dois minutos depois, veio a chance de ratificar a vitória: num escanteio, o zagueiro Etienne Reijnen puxou Nick Viergever pela camisa, e o juiz marcou mais um pênalti. Ziyech foi de novo para a cobrança, e bateu no meio. Só que o goleiro Padt comprovou de novo porque está sendo um dos melhores desta temporada na Holanda: ficou parado no meio, e defendeu a cobrança. Pelo menos, o erro do camisa 22 não custou nada ao Ajax, que conseguiu sua 19ª partida seguida de invencibilidade. E segue unido ao Feyenoord na liderança do Campeonato Holandês.
Quando começou o jogo derradeiro da rodada, na Amsterdam Arena, o Groningen deu a primeira estocada, aos dois minutos: Ruben Yttegaard Jenssen arriscou rasteiro de fora da área, e o goleiro André Onana esticou-se para espalmar a bola no canto esquerdo. Ficava a pergunta: contra um visitante que se ensaiava destemido, conseguiria o Ajax impor seu estilo de marcação por pressão e toques rápidos de bola? Ainda mais após os oito minutos, quando Albert Rusnák quase marcou, chutando cruzado na área.
Não demorou muito para que o time da casa desse a resposta: sim, fora só um susto, logo o time da casa ditaria o ritmo do jogo. Começou aos 9', com a primeira chance Ajacied. Amin Younes mandou a bola da esquerda, a zaga rebateu, e Lasse Schöne mandou a sobra de primeira, num voleio que forçou o goleiro Sergio Padt a espalmar por cima. No escanteio subsequente, veio o 1 a 0: Davinson Sánchez entrou pelo meio da área e completou de cabeça para as redes, marcando seu terceiro gol na temporada.
Começava então o já conhecido frenesi ofensivo dos alvirrubros de Amsterdã na temporada. Aos 12', após escanteio, Younes dominou pela área e deixou de calcanhar a Donny van de Beek (no lugar do suspenso Davy Klaassen), que finalizou para boa defesa de Padt. Jogada mais perigosa ainda viria no minuto seguinte: Younes puxou a bola desde a esquerda, e deixou-a com Vaclav Cerny (substituto do lesionado Bertrand Traoré). O camisa 30 ajeitou e bateu na rede pelo lado de fora.
Mantendo a posse de bola e prensando a defesa do Groningen contra seu próprio gol, de novo o Ajax se impunha. Depois, o ritmo foi caindo aos poucos. Periodicamente, em arremates de longa distância, os anfitriões ainda pressionavam. Assim ocorreu aos.23', quando Kasper Dolberg arriscou de fora da área, e Padt novamente precisou aparecer, defendendo o chute alto em dois tempos. Aí, a equipe preferiu manter a posse de bola, evitando dar espaço para os contragolpes. E só voltou a atacar aos 42'. O Ajax trocou passes no campo de ataque, e Joël Veltman inverteu o jogo com Daley Sinkgraven. Da esquerda, o lateral arrematou cruzado, de fora da área, e Padt defendeu de novo.
As estatísticas ao final dos primeiros 45 minutos comprovavam: com 18 chutes contra 3, o Ajax novamente sufocava um adversário. Porém, o time voltou desatento no segundo tempo. Deixava mais espaços para jogadas do Groningen. Numa delas, em bola parada, quase veio o empate, aos 52'. Yoëll van Nieff cobrou falta da direita. Onana deixou completamente descoberto o canto, para tentar sair do gol. Resultado: Van Nieff mandou ali a bola, e o empate só não se consumou porque a bola bateu na trave.
Para eliminar qualquer temor maior, aos 55', Younes (talvez o melhor jogador da partida) apareceu novamente. O alemão de ascendência libanesa recebeu a bola, cortou para o meio e arriscou de pé direito. A bola foi quase precisa: na junção do travessão com a trave esquerda de Padt. Depois, o Groningen só tentou finalizar mais uma vez, aos 63': Simon Tibbling arriscou o cruzamento, mas Mimoun Mahi fracassou na finalização: seu voleio saiu totalmente errado, deixando a bola com Onana.
O Ajax também conservava a sua vantagem, sem muita velocidade. Apenas tentou uma jogada aos 66', quando Hakim Ziyech, de fora da área, para perto do gol. Ziyech já até havia sido derrubado, em jogada na qual torcida e jogadores do Ajax pediram pênalti, ignorado pelo juiz Serdar Gözübüyük. Este só apontou a marca da cal aos 72', numa jogada que envolveu um velho conhecido que estava de volta. Após passar semanas "de castigo" na equipe B do Ajax, por briga com o técnico Peter Bosz, Anwar El Ghazi foi reintegrado ao elenco do time principal. Entrou em campo aos 60', substituindo Van de Beek. E aos 72', recebeu passe em profundidade de Veltman, caiu na área ao passar por Rusnák, e o pênalti foi marcado. Ziyech bateu mal, o goleiro Padt até desviou na bola, mas ela entrou no canto esquerdo: 2 a 0.
O que não quer dizer que o Ajax passou o resto do jogo sem percalços. Aos 78', Van Weert cruzou da esquerda, e Rusnák, do meio da área, perdeu grande chance, batendo por cima do gol de Onana. Dois minutos depois, veio a chance de ratificar a vitória: num escanteio, o zagueiro Etienne Reijnen puxou Nick Viergever pela camisa, e o juiz marcou mais um pênalti. Ziyech foi de novo para a cobrança, e bateu no meio. Só que o goleiro Padt comprovou de novo porque está sendo um dos melhores desta temporada na Holanda: ficou parado no meio, e defendeu a cobrança. Pelo menos, o erro do camisa 22 não custou nada ao Ajax, que conseguiu sua 19ª partida seguida de invencibilidade. E segue unido ao Feyenoord na liderança do Campeonato Holandês.
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