O Feyenoord reagiu à eliminação na Liga Europa do melhor jeito possível: com uma exibição de gala contra o AZ. 4 a 0 foi pouco (ANP/Pro Shots) |
Groningen 2x0 Roda JC (sexta-feira, 9 de dezembro)
Pode-se dizer que está em crise um time que não perdia havia sete rodadas? Claro, se esse time for o Roda JC. Afinal de contas, de nada adiantava tal invencibilidade se ela era formada por seis empates e apenas uma vitória, sequência que manteve o time oscilando entre a última e a penúltima posição durante este primeiro turno. Ainda assim, conseguir vencer o Groningen, no jogo de abertura da 16ª e última rodada do turno, poderia significar um grande impulso para sair da zona de repescagem/rebaixamento. Mas a realidade não demorou a se impor: já aos dez minutos, o Groningen abriu o placar. Ruben Yttegaard Jenssen fez boa jogada individual, e deixou a bola limpa para Mimoun Mahi finalizar e marcar seu quinto gol na competição.
A bem da verdade, os mandantes só não ampliaram a vantagem ainda nos primeiros 45 minutos porque o goleiro Benjamin van Leer salvou o Roda JC por algumas vezes - por exemplo, num perigoso cruzamento de Hans Hateboer, ou num chute à queima-roupa de Tom van Weert. Mesmo francamente defensivo (a tal ponto que até abdicou de atacar - deu apenas oito chutes no jogo, contra 18 do Groningen), o Roda até se animou mais a avançar no segundo tempo, com oportunidades para Tom van Hyfte, Nestoras Mytides e Abdul Ajagun. Porém, nenhum deles foi competente no "último toque". Sorte dos mandantes, que fizeram 2 a 0 aos 71': após escanteio, Alexander Sorloth aproveitou a sobra após bate-rebate e mandou para as redes, encerrando a invencibilidade do Roda JC.
NEC 3x0 ADO Den Haag (sábado, 10 de dezembro)
Como o blog citou na coluna cujo signatário envia ao site Trivela toda sexta (e é republicada aqui, também na sexta), o ADO Den Haag vive uma preocupante crise interna - que já não é debelada pelos resultados dentro de campo, como foi em 2015/16. Para piorar, não teria sua zaga titular em campo (Tom Beugelsdijk e Thomas Meissner estavam suspensos). A esperança era fiada no fato de que o NEC, adversário desta penúltima rodada do turno, também faz uma campanha irregular. Todavia, rapidamente a equipe de Nijmegen pôs fim a qualquer possibilidade de bom resultado para os visitantes. Já aos 10 minutos, os anfitriões abriram o placar: com um bom passe em profundidade, Ferdi Kadioglu deixou Kévin Mayi na cara do gol, e o atacante colocou a esférica no filó adversário.
Mais dois minutos, e um gol contra ampliou a vantagem do NEC: o zagueiro Dario Dumic cabeceou, e a bola desviou no zagueiro Tyronne Ebuehi, deixando o arqueiro Ernestas Setkus sem chances de defender. Posteriormente, Édouard Duplan até teve chance para diminuir, mas seu arremate saiu fraco, aos 43'. E no minuto seguinte, o NEC é que marcou de novo: Mayi deixou com Mohamed Rayhi, que chutou forte para as redes. No segundo tempo, o cenário seguiu inalterado, com o NEC mantendo o jogo sob controle e aprofundando a crise do ADO Den Haag: apenas uma posição acima da zona de repescagem/rebaixamento, com só uma vitória nos últimos 13 jogos. E até o técnico Zeljko Petrovic já parece cansado. Confessou, à FOX Sports holandesa: "Fiquei furioso no vestiário. Quem joga assim não é digno de vestir a camisa deste clube". E segue(m) a(s) crise(s) em Haia.
Como o blog citou na coluna cujo signatário envia ao site Trivela toda sexta (e é republicada aqui, também na sexta), o ADO Den Haag vive uma preocupante crise interna - que já não é debelada pelos resultados dentro de campo, como foi em 2015/16. Para piorar, não teria sua zaga titular em campo (Tom Beugelsdijk e Thomas Meissner estavam suspensos). A esperança era fiada no fato de que o NEC, adversário desta penúltima rodada do turno, também faz uma campanha irregular. Todavia, rapidamente a equipe de Nijmegen pôs fim a qualquer possibilidade de bom resultado para os visitantes. Já aos 10 minutos, os anfitriões abriram o placar: com um bom passe em profundidade, Ferdi Kadioglu deixou Kévin Mayi na cara do gol, e o atacante colocou a esférica no filó adversário.
Mais dois minutos, e um gol contra ampliou a vantagem do NEC: o zagueiro Dario Dumic cabeceou, e a bola desviou no zagueiro Tyronne Ebuehi, deixando o arqueiro Ernestas Setkus sem chances de defender. Posteriormente, Édouard Duplan até teve chance para diminuir, mas seu arremate saiu fraco, aos 43'. E no minuto seguinte, o NEC é que marcou de novo: Mayi deixou com Mohamed Rayhi, que chutou forte para as redes. No segundo tempo, o cenário seguiu inalterado, com o NEC mantendo o jogo sob controle e aprofundando a crise do ADO Den Haag: apenas uma posição acima da zona de repescagem/rebaixamento, com só uma vitória nos últimos 13 jogos. E até o técnico Zeljko Petrovic já parece cansado. Confessou, à FOX Sports holandesa: "Fiquei furioso no vestiário. Quem joga assim não é digno de vestir a camisa deste clube". E segue(m) a(s) crise(s) em Haia.
Siem de Jong (à esquerda) marcou o gol que tirou o PSV do sufoco. E pôde comemorar com o irmão Luuk (Jeroen Putmans/VI Images) |
PSV 1x0 Go Ahead Eagles (sábado, 10 de dezembro)
Talvez a semana que passou tenha sido a pior para o PSV em muito tempo. Pelo Holandês, decepcionou no empate sem gols contra o Roda JC; pela Liga dos Campeões, a falta de ação do meio-campo e a ineficiência do ataque exasperaram a torcida, tornando justa a eliminação dos torneios continentais, sem nem mesmo a Liga Europa como consolação. Assim, vencer o lanterna da Eredivisie se tornava alta e duplamente necessário. Para reanimar-se rumo à segunda metade da temporada (que só terá a disputa da liga para os Boeren) e para conter a crise já relativamente aberta. E até que o PSV tentou isso desde o começo. Já aos cinco minutos, Luuk de Jong fez o pivô, ajeitando para Davy Pröpper, que chutou por cima do gol. Mais tarde, aos 14', após cruzamento de Daniel Schwaab, Oleksandr Zinchenko tentou um cabeceio para mandar a bola a Luuk de Jong, mas ele foi fraco, e o goleiro Theo Zwarthoed não teve dificuldades.
Aos poucos, Luciano Narsingh foi ganhando destaque nas jogadas ofensivas. Aos 15', o camisa 11 dos Eindhovenaren fez a primeira delas: numa boa jogada individual, driblou o lateral direito Joey Groenbast com um corte seco e chegou à grande área armando o chute, mas a bola rasteira bateu em Sander Fischer e saiu pela linha de fundo. Depois, aos 21', Narsingh recebeu de Joshua Brenet, cortou para o meio da entrada da área, mas bateu para fora. Outra boa oportunidade veio aos 23', com Gastón Pereiro: após troca de passes na área, a bola foi parar com o atacante uruguaio, que chutou em cima do lateral Rochdi Achenteh.
E o incômodo filme das últimas partidas da temporada se repetia para o PSV. Posse de bola não faltava (73% no primeiro tempo!), mas sem mobilidade para superar a fechada defesa do Go Ahead Eagles - atuando num 5-3-2, às vezes até no 5-4-1 -, ela de nada servia. Os visitantes de Deventer eram inteligentes: espaçavam os laterais para conter os avanços de Santiago Arias e Brenet, povoavam o meio da área para impossibilitar as finalizações de Luuk de Jong. As chances seguiam: aos 25', Narsingh bateu cruzado na área, e Zwarthoed rebateu.
E aos 28', a maior delas: Narsingh deixou a bola em profundidade com Bart Ramselaar. O meio-campista entrou em velocidade e tocou na saída de Zwarthoed, mas a bola foi caprichosamente na trave. Oleksandr Zinchenko, colega de Ramselaar no meio-campo, apareceu no fim: aos 39', o ucraniano cobrou falta, Zwarthoed espalmou a bola, e De Jong ainda cabeceou o rebote, mas o goleiro do Go Ahead Eagles teve reflexos suficientes para, mesmo caindo, espalmar de novo para fora. Depois, aos 45', Zinchenko cobrou falta de longe, e o goleiro rebateu com dificuldades. Sem contar finalização de Narsingh na rede pelo lado de fora.
No segundo tempo, enfim o Go Ahead Eagles teve mais chances, ainda que pouco perigosas: aos 52', Darren Maatsen entrou na área, mas finalizou para fora, e Marcel Ritzmaier tentou encobrir Zoet de fora da área no minuto seguinte, mandando a pelota perto do gol. Mas o que continuava impressionando negativamente era a falta de ação ofensiva do PSV. E quando Phillip Cocu decidiu mudar as coisas, a reação foi inicialmente negativa: ao tirar Gastón Pereiro para colocar Siem de Jong, ouviram-se vaias aqui e ali. Siem disse à FOX Sports holandesa: "Não sei porque a vaia ocorreu. Talvez fosse por quererem um zagueiro saindo para a entrada do atacante".
O fato é que, se a vaia era para o mais velho dos irmãos De Jong, ele a calou do melhor jeito possível: fazendo o gol que os Boeren tanto precisavam, seu primeiro pelo clube. Aos 68', Brenet cruzou, e o camisa 10 desviou para marcar o 1 a 0 da vitória que, pelo menos por enquanto, minorou as desconfianças de torcida e imprensa. Ainda assim, ficou a lição: o PSV precisará ser muito mais eficiente no ataque, se quiser superar o Ajax no clássico da próxima semana, pela última rodada do turno.
Aos poucos, Luciano Narsingh foi ganhando destaque nas jogadas ofensivas. Aos 15', o camisa 11 dos Eindhovenaren fez a primeira delas: numa boa jogada individual, driblou o lateral direito Joey Groenbast com um corte seco e chegou à grande área armando o chute, mas a bola rasteira bateu em Sander Fischer e saiu pela linha de fundo. Depois, aos 21', Narsingh recebeu de Joshua Brenet, cortou para o meio da entrada da área, mas bateu para fora. Outra boa oportunidade veio aos 23', com Gastón Pereiro: após troca de passes na área, a bola foi parar com o atacante uruguaio, que chutou em cima do lateral Rochdi Achenteh.
E o incômodo filme das últimas partidas da temporada se repetia para o PSV. Posse de bola não faltava (73% no primeiro tempo!), mas sem mobilidade para superar a fechada defesa do Go Ahead Eagles - atuando num 5-3-2, às vezes até no 5-4-1 -, ela de nada servia. Os visitantes de Deventer eram inteligentes: espaçavam os laterais para conter os avanços de Santiago Arias e Brenet, povoavam o meio da área para impossibilitar as finalizações de Luuk de Jong. As chances seguiam: aos 25', Narsingh bateu cruzado na área, e Zwarthoed rebateu.
E aos 28', a maior delas: Narsingh deixou a bola em profundidade com Bart Ramselaar. O meio-campista entrou em velocidade e tocou na saída de Zwarthoed, mas a bola foi caprichosamente na trave. Oleksandr Zinchenko, colega de Ramselaar no meio-campo, apareceu no fim: aos 39', o ucraniano cobrou falta, Zwarthoed espalmou a bola, e De Jong ainda cabeceou o rebote, mas o goleiro do Go Ahead Eagles teve reflexos suficientes para, mesmo caindo, espalmar de novo para fora. Depois, aos 45', Zinchenko cobrou falta de longe, e o goleiro rebateu com dificuldades. Sem contar finalização de Narsingh na rede pelo lado de fora.
No segundo tempo, enfim o Go Ahead Eagles teve mais chances, ainda que pouco perigosas: aos 52', Darren Maatsen entrou na área, mas finalizou para fora, e Marcel Ritzmaier tentou encobrir Zoet de fora da área no minuto seguinte, mandando a pelota perto do gol. Mas o que continuava impressionando negativamente era a falta de ação ofensiva do PSV. E quando Phillip Cocu decidiu mudar as coisas, a reação foi inicialmente negativa: ao tirar Gastón Pereiro para colocar Siem de Jong, ouviram-se vaias aqui e ali. Siem disse à FOX Sports holandesa: "Não sei porque a vaia ocorreu. Talvez fosse por quererem um zagueiro saindo para a entrada do atacante".
O fato é que, se a vaia era para o mais velho dos irmãos De Jong, ele a calou do melhor jeito possível: fazendo o gol que os Boeren tanto precisavam, seu primeiro pelo clube. Aos 68', Brenet cruzou, e o camisa 10 desviou para marcar o 1 a 0 da vitória que, pelo menos por enquanto, minorou as desconfianças de torcida e imprensa. Ainda assim, ficou a lição: o PSV precisará ser muito mais eficiente no ataque, se quiser superar o Ajax no clássico da próxima semana, pela última rodada do turno.
Sam Larsson apareceu para virar o jogo no Heerenveen (VI Images) |
Heerenveen 2x1 Excelsior (sábado, 10 de dezembro)
O Heerenveen pode até ser um dos times que ousa desafiar os três grandes holandeses, fazendo boa campanha na Eredivisie. Mas não foi isso que se viu durante o primeiro tempo no estádio Abe Lenstra. O time da casa jogou muito lentamente, sem criatividade. E o Excelsior aproveitou, conseguindo duas oportunidades. Na primeira, Nigel Hasselbaink bateu para boa defesa do goleiro Erwin Mulder, aos 13'. Na segunda, aos 43', o gol chegou, com algo de fortuito. Khalid Karami cruzou da direita, a bola bateu na mão de Lucas Bijker, e o juiz Pol van Boekel apitou o pênalti que Hasselbaink cobrou bem, para colocar os visitantes de Roterdã na frente. Logo no minuto seguinte, Reza "Gucci" Ghoochannejhad cabeceou, a pelota foi no braço do zagueiro Bas Kuipers, e Van Boekel mandou o jogo seguir. Claro, saiu de campo vaiado pela torcida do Heerenveen.
Pelo menos, não demorou muito para a superioridade dos mandantes se restabelecer na província da Frísia, durante o segundo tempo. Já aos 48', veio o empate: Arber Zeneli fez o pivô, e deixou a bola à feição para Sam Larsson arrematar forte e deixar o 1 a 1 registrado no placar. Pouco depois, aos 53', Larsson bateu de novo, para defesa difícil do arqueiro Tom Muyters. A virada do Heerenveen estava caindo de madura. E antes que ela "apodrecesse", veio o 2 a 1 esperado, já no final da partida: aos 79', Larsson cobrou falta com perfeição, no ângulo de Muyters, para decretar a vitória que mantém o Fean disputando ponto a ponto com o AZ a quarta posição - e o honroso título de "melhor do resto", enquanto o triunvirato de grandes da Holanda continua estanque na disputa do título.
Pelo menos, não demorou muito para a superioridade dos mandantes se restabelecer na província da Frísia, durante o segundo tempo. Já aos 48', veio o empate: Arber Zeneli fez o pivô, e deixou a bola à feição para Sam Larsson arrematar forte e deixar o 1 a 1 registrado no placar. Pouco depois, aos 53', Larsson bateu de novo, para defesa difícil do arqueiro Tom Muyters. A virada do Heerenveen estava caindo de madura. E antes que ela "apodrecesse", veio o 2 a 1 esperado, já no final da partida: aos 79', Larsson cobrou falta com perfeição, no ângulo de Muyters, para decretar a vitória que mantém o Fean disputando ponto a ponto com o AZ a quarta posição - e o honroso título de "melhor do resto", enquanto o triunvirato de grandes da Holanda continua estanque na disputa do título.
Zwolle 0x0 Willem II (sábado, 10 de dezembro)
Já no primeiro minuto de jogo em Zwolle, no Mac³Park Stadion, o goleiro do Willem II, Kostas Lamprou, precisou aparecer duas vezes, em chutes de Bram van Polen e Queensy Menig. Era o começo de um jogo de "ataque contra defesa"? Quase isso. Certo, o Zwolle até atacou mais no primeiro tempo, mesmo. Mas eficiência, que é necessária, foi item raro de se ver no ataque dos Zwollenaren. Prova disso foi a chance perdida por Menig, aos 33': recebeu passe e ficou livre com a bola, na cara de Lamprou, mas preferiu tentar driblar o goleiro grego a chutar ao gol. Resultado: bola para fora, quando o arremate enfim veio.
Na etapa complementar, enfim, o Willem II saiu para tentar o gol. E quase conseguiu, aos 53': Thom Haye passou por dois marcadores, mas chutou para a defesa do goleiro Mickey van der Hart. A partir daí, as duas equipes passaram a buscar mais o gol. Pelo lado mandante, Menig perdeu outro gol aos 63', chutando rebote por cima; pelo visitante, Bartholomew Ogbeche exigiu boa aparição de Van der Hart, aos 66'. No final, a torcida precisou mesmo ver o "oxo" no placar. Azar, principalmente, do Zwolle: há três jogos sem marcar, e pelejando na antepenúltima posição da tabela. Mas o Willem II também tem o que melhorar: o clube de Tilburg está pouco acima, em 13º.
Já no primeiro minuto de jogo em Zwolle, no Mac³Park Stadion, o goleiro do Willem II, Kostas Lamprou, precisou aparecer duas vezes, em chutes de Bram van Polen e Queensy Menig. Era o começo de um jogo de "ataque contra defesa"? Quase isso. Certo, o Zwolle até atacou mais no primeiro tempo, mesmo. Mas eficiência, que é necessária, foi item raro de se ver no ataque dos Zwollenaren. Prova disso foi a chance perdida por Menig, aos 33': recebeu passe e ficou livre com a bola, na cara de Lamprou, mas preferiu tentar driblar o goleiro grego a chutar ao gol. Resultado: bola para fora, quando o arremate enfim veio.
Na etapa complementar, enfim, o Willem II saiu para tentar o gol. E quase conseguiu, aos 53': Thom Haye passou por dois marcadores, mas chutou para a defesa do goleiro Mickey van der Hart. A partir daí, as duas equipes passaram a buscar mais o gol. Pelo lado mandante, Menig perdeu outro gol aos 63', chutando rebote por cima; pelo visitante, Bartholomew Ogbeche exigiu boa aparição de Van der Hart, aos 66'. No final, a torcida precisou mesmo ver o "oxo" no placar. Azar, principalmente, do Zwolle: há três jogos sem marcar, e pelejando na antepenúltima posição da tabela. Mas o Willem II também tem o que melhorar: o clube de Tilburg está pouco acima, em 13º.
Mesmo num jogo fraco, o gol de Van Wolfswinkel permitiu ao Vitesse sair numa boa de campo (ANP/Pro Shots) |
Sparta Rotterdam 0x1 Vitesse (domingo, 11 de dezembro)
Motivado por, enfim, ter ganho em casa, o Vitesse visitava um Sparta que tinha muito o que melhorar para sua própria torcida, após a goleada sofrida para o rival citadino Feyenoord. Curiosamente, quem mudou a escalação em relação à rodada passada foram os visitantes de Arnhem: recuperado de lesão, Ricky van Wolfswinkel voltou imediatamente aos titulares, enquanto o Sparta entrou em campo quase sem alterações em relação à goleada de semana passada (só mesmo o lateral esquerdo Rick van Drongelen ficou de fora). Todavia, mesmo com essas motivações, o primeiro tempo rendeu pouquíssimas emoções em Het Kasteel. Quase nenhuma mesmo. Pouquíssimos chutes a gol, equipes com dificuldades ofensivas.
A rigor, isso ficou inalterado no segundo tempo. Exceto por um chute de Loris Brogno, para fora, a partida em Roterdã era daquelas de causar bocejos até no mais empolgado torcedor - e de fazer o desinteressado dormir. Pelo menos, o Vitesse começou a procurar mais o ataque, com a entrada de Nathan no lugar de Adnane Tighadouini. E acabou ganhando o único gol de um jogo fraco, quando já se esperava pelo 0 a 0: aos 83', Kosuke Ota cobrou escanteio, e Van Wolfswinkel cabeceou para definir a vitória dos visitantes aurinegros. Ainda houve tempo para a expulsão de Stijn Spierings, deixando o Sparta com dez homens, aos 90' + 3. E numa partida desanimada, pelo menos o Vitesse saiu com a boa sensação de estar se encaixando.
Motivado por, enfim, ter ganho em casa, o Vitesse visitava um Sparta que tinha muito o que melhorar para sua própria torcida, após a goleada sofrida para o rival citadino Feyenoord. Curiosamente, quem mudou a escalação em relação à rodada passada foram os visitantes de Arnhem: recuperado de lesão, Ricky van Wolfswinkel voltou imediatamente aos titulares, enquanto o Sparta entrou em campo quase sem alterações em relação à goleada de semana passada (só mesmo o lateral esquerdo Rick van Drongelen ficou de fora). Todavia, mesmo com essas motivações, o primeiro tempo rendeu pouquíssimas emoções em Het Kasteel. Quase nenhuma mesmo. Pouquíssimos chutes a gol, equipes com dificuldades ofensivas.
A rigor, isso ficou inalterado no segundo tempo. Exceto por um chute de Loris Brogno, para fora, a partida em Roterdã era daquelas de causar bocejos até no mais empolgado torcedor - e de fazer o desinteressado dormir. Pelo menos, o Vitesse começou a procurar mais o ataque, com a entrada de Nathan no lugar de Adnane Tighadouini. E acabou ganhando o único gol de um jogo fraco, quando já se esperava pelo 0 a 0: aos 83', Kosuke Ota cobrou escanteio, e Van Wolfswinkel cabeceou para definir a vitória dos visitantes aurinegros. Ainda houve tempo para a expulsão de Stijn Spierings, deixando o Sparta com dez homens, aos 90' + 3. E numa partida desanimada, pelo menos o Vitesse saiu com a boa sensação de estar se encaixando.
AZ 0x4 Feyenoord (domingo, 11 de dezembro)
O jogo em Alkmaar colocaria frente a frente dois adversários cujas atuações na Liga Europa haviam deixado impressões bem diferentes. Tendo começado mal na fase de grupos, com um empate e duas derrotas, o AZ reagira brilhantemente - e coroara isso com a vitória sobre o Zenit (já classificado, é verdade) na quinta passada, conseguindo a classificação à segunda fase, que parecia muito difícil. Já o Feyenoord não fora sombra do time que vencera merecidamente o Manchester United na estreia pela competição europeia: mesmo precisando superar o Fenerbahçe por dois gols, o Stadionclub já começara com falhas defensivas temerárias em De Kuip. Numa delas, imperdoável, de Rick Karsdorp, Moussa Sow fez o 1 a 0 para o Fener. E o Feyenoord esturricou no gramado, desde então: não passou nem perto de conseguir o empate, que dirá a virada. E caiu na primeira fase, decepcionando.
Algo precisava mudar no clube de Roterdã para o jogo contra um adversário sempre difícil no Campeonato Holandês. E Giovanni van Bronckhorst mudou. Surpreendeu na escalação: deixou o capitão Dirk Kuyt no banco, passando a braçadeira a Tonny Vilhena e o posto na ponta-direita para Steven Berghuis. Muitas razões foram especuladas, mas a verdadeira era tática: embora a ascendência de Kuyt sobre o grupo de jogadores seja inquestionável, ele já não dá tanta velocidade ao time. E bastou a partida começar para que o Feyenoord comprovasse como Van Bronckhorst tinha acertado na escalação.
Porque os visitantes de Roterdã tiveram atuação impecável, melhor até do que a vista nos 6 a 1 sobre o Sparta, na semana passada. Envolveram o AZ rapidamente, com trocas velozes de passe, e auxílio constante entre meio-campistas e atacantes. Por sinal, a jogada do primeiro gol, aos 11 minutos, saiu apenas entre dois dos três escalados na frente: Nicolai Jorgensen ajeitou a bola para Berghuis, e o substituto de Kuyt bateu com precisão, no ângulo de Sergio Rochet, fazendo 1 a 0. Mais quatro minutos, e Eljero Elia quase fez o segundo: da esquerda, cortou para o meio e bateu na trave.
Diante de tal volúpia, até demorou o 2 a 0, aos 19'. E veio de alguém inesperado, numa bela jogada. Criticado pela insegurança mostrada contra o Fenerbahçe na Liga Europa, Jan-Arie van der Heijden respondeu às críticas com um golaço: partiu da defesa com a bola dominada, passou pela marcação e deixou com Jorgensen, que devolveu a ele. Livre na área, Van der Heijden teve o trabalho de tocar na saída de Rochet para ampliar a vantagem do Feyenoord. A sensação era unânime: 2 a 0 era muito pouco, pelo tamanho do domínio Feyenoorder no AFAS Stadion.
Se Jorgensen já podia ser considerado um dos destaques do jogo, com duas assistências, estava na hora de o goleador do Campeonato Holandês se fazer notar pela sua função mais importante. Foi o que o dinamarquês fez, ainda antes do intervalo: aos 45', Karim El Ahmadi lançou Vilhena, e o meio-campista cruzou para Jorgensen conferir, fazendo 3 a 0 e isolando-se ainda mais no topo da artilharia da competição, com 12 gols. Diante de uma partida praticamente perdida, John van den Brom ainda tentou algo no intervalo, colocando Alireza Jahanbakhsh e Dabney dos Santos no ataque.
Não deu certo: a defesa do AZ vivia péssimo dia. Sorte do Feyenoord, que pôde concluir sua goleada aos 60': em rápido contragolpe, Elia veio pela esquerda e cruzou a bola para a área. Mesmo com três marcadores contra si, Vilhena teve espaço para dominar e bater no ângulo esquerdo defendido por Rochet, cravando o 4 a 0 fora de casa. Só aí as entradas de Bart Nieuwkoop, na lateral direita, e Renato Tapia, no meio-campo, controlaram mais o ímpeto ofensivo exibido em campo. Que tinha sido suficiente para construir a goleada que praticamente tornou o Feyenoord campeão do primeiro turno na Eredivisie, com uma atuação apontada como das melhores vistas nesta temporada. O que um jogo não faz...
O jogo em Alkmaar colocaria frente a frente dois adversários cujas atuações na Liga Europa haviam deixado impressões bem diferentes. Tendo começado mal na fase de grupos, com um empate e duas derrotas, o AZ reagira brilhantemente - e coroara isso com a vitória sobre o Zenit (já classificado, é verdade) na quinta passada, conseguindo a classificação à segunda fase, que parecia muito difícil. Já o Feyenoord não fora sombra do time que vencera merecidamente o Manchester United na estreia pela competição europeia: mesmo precisando superar o Fenerbahçe por dois gols, o Stadionclub já começara com falhas defensivas temerárias em De Kuip. Numa delas, imperdoável, de Rick Karsdorp, Moussa Sow fez o 1 a 0 para o Fener. E o Feyenoord esturricou no gramado, desde então: não passou nem perto de conseguir o empate, que dirá a virada. E caiu na primeira fase, decepcionando.
Algo precisava mudar no clube de Roterdã para o jogo contra um adversário sempre difícil no Campeonato Holandês. E Giovanni van Bronckhorst mudou. Surpreendeu na escalação: deixou o capitão Dirk Kuyt no banco, passando a braçadeira a Tonny Vilhena e o posto na ponta-direita para Steven Berghuis. Muitas razões foram especuladas, mas a verdadeira era tática: embora a ascendência de Kuyt sobre o grupo de jogadores seja inquestionável, ele já não dá tanta velocidade ao time. E bastou a partida começar para que o Feyenoord comprovasse como Van Bronckhorst tinha acertado na escalação.
Porque os visitantes de Roterdã tiveram atuação impecável, melhor até do que a vista nos 6 a 1 sobre o Sparta, na semana passada. Envolveram o AZ rapidamente, com trocas velozes de passe, e auxílio constante entre meio-campistas e atacantes. Por sinal, a jogada do primeiro gol, aos 11 minutos, saiu apenas entre dois dos três escalados na frente: Nicolai Jorgensen ajeitou a bola para Berghuis, e o substituto de Kuyt bateu com precisão, no ângulo de Sergio Rochet, fazendo 1 a 0. Mais quatro minutos, e Eljero Elia quase fez o segundo: da esquerda, cortou para o meio e bateu na trave.
Diante de tal volúpia, até demorou o 2 a 0, aos 19'. E veio de alguém inesperado, numa bela jogada. Criticado pela insegurança mostrada contra o Fenerbahçe na Liga Europa, Jan-Arie van der Heijden respondeu às críticas com um golaço: partiu da defesa com a bola dominada, passou pela marcação e deixou com Jorgensen, que devolveu a ele. Livre na área, Van der Heijden teve o trabalho de tocar na saída de Rochet para ampliar a vantagem do Feyenoord. A sensação era unânime: 2 a 0 era muito pouco, pelo tamanho do domínio Feyenoorder no AFAS Stadion.
Se Jorgensen já podia ser considerado um dos destaques do jogo, com duas assistências, estava na hora de o goleador do Campeonato Holandês se fazer notar pela sua função mais importante. Foi o que o dinamarquês fez, ainda antes do intervalo: aos 45', Karim El Ahmadi lançou Vilhena, e o meio-campista cruzou para Jorgensen conferir, fazendo 3 a 0 e isolando-se ainda mais no topo da artilharia da competição, com 12 gols. Diante de uma partida praticamente perdida, John van den Brom ainda tentou algo no intervalo, colocando Alireza Jahanbakhsh e Dabney dos Santos no ataque.
Não deu certo: a defesa do AZ vivia péssimo dia. Sorte do Feyenoord, que pôde concluir sua goleada aos 60': em rápido contragolpe, Elia veio pela esquerda e cruzou a bola para a área. Mesmo com três marcadores contra si, Vilhena teve espaço para dominar e bater no ângulo esquerdo defendido por Rochet, cravando o 4 a 0 fora de casa. Só aí as entradas de Bart Nieuwkoop, na lateral direita, e Renato Tapia, no meio-campo, controlaram mais o ímpeto ofensivo exibido em campo. Que tinha sido suficiente para construir a goleada que praticamente tornou o Feyenoord campeão do primeiro turno na Eredivisie, com uma atuação apontada como das melhores vistas nesta temporada. O que um jogo não faz...
Utrecht 2x0 Heracles Almelo (domingo, 11 de dezembro)
Se foi citado aqui que a invencibilidade do Roda JC era enganosa, a do Utrecht era merecedora de atenção. Há sete jogos sem perder (quatro vitórias, três empates), os Utregs mostram clara evolução nas partidas recentes, continuada com a vitória sobre o Heracles. Que poderia ter sido obtida de maneira mais fácil: mesmo com a superioridade técnica ao longo do primeiro tempo, só um gol contra deu a vantagem ao time da casa. Aos 32', num escanteio, a bola bateu nas costas do zagueiro Mike te Wierik e foi para as redes. Porém, o Heracles não se acovardou com a desvantagem. Ao contrário: deixou de lado o 5-3-2 da escalação, com a entrada de Brandley Kuwas no intervalo, e foi à frente.
Com o Utrecht sem deixar o ataque de lado, o jogo ganhou em emoção. Principalmente aos 74', quando cada time pôs uma bola na trave em jogadas seguidas (Sébastien Haller quase fez um golaço, acertando o travessão numa bicicleta; depois, foi a vez de Robin Gosens acertar o poste, num chute de fora da área). Todavia, no fim, os donos da casa conseguiram o gol necessário para vencerem com tranquilidade. Aos 85', Te Wierik cometeu pênalti, que Haller converteu com segurança para garantir o triunfo. Depois, aos 88', o atacante Jaroslav Navrátil foi expulso. E o Utrecht pôde comemorar sua oitava partida seguida sem perder, que já o coloca na sexta posição do campeonato.
Se foi citado aqui que a invencibilidade do Roda JC era enganosa, a do Utrecht era merecedora de atenção. Há sete jogos sem perder (quatro vitórias, três empates), os Utregs mostram clara evolução nas partidas recentes, continuada com a vitória sobre o Heracles. Que poderia ter sido obtida de maneira mais fácil: mesmo com a superioridade técnica ao longo do primeiro tempo, só um gol contra deu a vantagem ao time da casa. Aos 32', num escanteio, a bola bateu nas costas do zagueiro Mike te Wierik e foi para as redes. Porém, o Heracles não se acovardou com a desvantagem. Ao contrário: deixou de lado o 5-3-2 da escalação, com a entrada de Brandley Kuwas no intervalo, e foi à frente.
Com o Utrecht sem deixar o ataque de lado, o jogo ganhou em emoção. Principalmente aos 74', quando cada time pôs uma bola na trave em jogadas seguidas (Sébastien Haller quase fez um golaço, acertando o travessão numa bicicleta; depois, foi a vez de Robin Gosens acertar o poste, num chute de fora da área). Todavia, no fim, os donos da casa conseguiram o gol necessário para vencerem com tranquilidade. Aos 85', Te Wierik cometeu pênalti, que Haller converteu com segurança para garantir o triunfo. Depois, aos 88', o atacante Jaroslav Navrátil foi expulso. E o Utrecht pôde comemorar sua oitava partida seguida sem perder, que já o coloca na sexta posição do campeonato.
O Twente comemora o gol tardio, ao fundo. E o Ajax de Ziyech sofre uma dura derrota na disputa do título (ANP/Pro Shots) |
Twente 1x0 Ajax (domingo, 11 de dezembro)
Na disputa particular com o Feyenoord pela liderança, o Ajax teria um desafio parecido ao do arquirrival: enfrentaria um adversário traiçoeiro, de boa campanha - e fora de casa. A única diferença é que os Ajacieden não exerceram no Grolsch Veste, de Enschede, o mesmo domínio exercido pelo Feyenoord em Alkmaar. O que não quer dizer que foram defensivos. Tanto que a primeira chance da partida veio dos visitantes: aos quatro minutos, no seu retorno ao Grolsch Veste onde brilhou com a camisa 10 do Twente, Hakim Ziyech cobrou falta para fora. Aos sete minutos, Amin Younes passou a bola a Anwar El Ghazi, que finalizou da esquerda, também pela linha de fundo.
Contudo, para o azar dos Amsterdammers, o Twente também vivia um bom dia. E começou a tentar o gol, também. Aos 16', Mateusz Klich cobrou falta com perigo, forçando a defesa de André Onana em dois tempos. Periodicamente, tanto Enes Ünal quanto Bersant Celina também davam trabalho à defesa dos Godenzonen. Porém, as maiores chances ainda foram do Ajax: aos 23', El Ghazi perdeu boa oportunidade (tentou fazer jogada sozinho, mas finalizou mal, muito longe), enquanto Younes quase marcou belo gol aos 44' (sua jogada tradicional: veio pela esquerda, cortou o zagueiro e bateu cruzado, rente à trave defendida por Nick Marsman).
O jogo era até razoável, mas faltava aceleração. Que veio logo no minuto inicial do segundo tempo. Kasper Dolberg, enfim, apareceu: arriscou de fora da área, mandando a bola perto do gol. Mais cinco minutos, e Lasse Schöne usou de seu ponto forte, a bola parada, para quase colocar o Ajax na frente: sua cobrança de falta exigiu boa defesa de Marsman. Acuado, o Twente só tentou algo aos 62': Celina lançou Enes Ünal na frente, e o atacante turco ficou livre para chutar. Só não marcou porque, de novo, Davinson Sánchez mostrou fabuloso poder de recuperação na jogada: o zagueiro colombiano correu atrás de Celina e o desarmou no instante exato do chute, mandando a bola para fora.
Todavia, dali por diante, nenhuma das duas equipes criou jogada de real perigo. O Ajax experimentava mais em cobranças de faltas e escanteios. E parecia que assim o jogo terminaria. Até que no último minuto de jogo, veio o duro golpe para o time de Amsterdã. Nick Viergever tocou a mão na bola, o juiz Dennis Higler viu, e não só marcou o pênalti: também deu o segundo amarelo a Viergever, expulsando-o com o vermelho consequente. Klich cobrou bem, e fez o 1 a 0 que o Ajax não poderia mais responder nos acréscimos.
O gol tardio representou um triplo golpe para o agora vice-líder do Campeonato Holandês. Após 20 partidas na temporada, de novo o Ajax saiu derrotado de campo. Pior: exatamente na última partida fora de casa pelo Campeonato Holandês em 2016, unindo as duas temporadas (2015/16 e esta), a equipe perdeu a chance de terminar invicta atuando fora da Amsterdam Arena. Mas pior, pior mesmo, foi permitir que o Feyenoord ganhasse uma vantagem de três pontos - pequena, mas muito valiosa, nesta penúltima rodada do primeiro turno. Até porque o Ajax fechará 2016 num clássico contra o PSV. Se vencê-lo já era importante, agora o é ainda mais.
Na disputa particular com o Feyenoord pela liderança, o Ajax teria um desafio parecido ao do arquirrival: enfrentaria um adversário traiçoeiro, de boa campanha - e fora de casa. A única diferença é que os Ajacieden não exerceram no Grolsch Veste, de Enschede, o mesmo domínio exercido pelo Feyenoord em Alkmaar. O que não quer dizer que foram defensivos. Tanto que a primeira chance da partida veio dos visitantes: aos quatro minutos, no seu retorno ao Grolsch Veste onde brilhou com a camisa 10 do Twente, Hakim Ziyech cobrou falta para fora. Aos sete minutos, Amin Younes passou a bola a Anwar El Ghazi, que finalizou da esquerda, também pela linha de fundo.
Contudo, para o azar dos Amsterdammers, o Twente também vivia um bom dia. E começou a tentar o gol, também. Aos 16', Mateusz Klich cobrou falta com perigo, forçando a defesa de André Onana em dois tempos. Periodicamente, tanto Enes Ünal quanto Bersant Celina também davam trabalho à defesa dos Godenzonen. Porém, as maiores chances ainda foram do Ajax: aos 23', El Ghazi perdeu boa oportunidade (tentou fazer jogada sozinho, mas finalizou mal, muito longe), enquanto Younes quase marcou belo gol aos 44' (sua jogada tradicional: veio pela esquerda, cortou o zagueiro e bateu cruzado, rente à trave defendida por Nick Marsman).
O jogo era até razoável, mas faltava aceleração. Que veio logo no minuto inicial do segundo tempo. Kasper Dolberg, enfim, apareceu: arriscou de fora da área, mandando a bola perto do gol. Mais cinco minutos, e Lasse Schöne usou de seu ponto forte, a bola parada, para quase colocar o Ajax na frente: sua cobrança de falta exigiu boa defesa de Marsman. Acuado, o Twente só tentou algo aos 62': Celina lançou Enes Ünal na frente, e o atacante turco ficou livre para chutar. Só não marcou porque, de novo, Davinson Sánchez mostrou fabuloso poder de recuperação na jogada: o zagueiro colombiano correu atrás de Celina e o desarmou no instante exato do chute, mandando a bola para fora.
Todavia, dali por diante, nenhuma das duas equipes criou jogada de real perigo. O Ajax experimentava mais em cobranças de faltas e escanteios. E parecia que assim o jogo terminaria. Até que no último minuto de jogo, veio o duro golpe para o time de Amsterdã. Nick Viergever tocou a mão na bola, o juiz Dennis Higler viu, e não só marcou o pênalti: também deu o segundo amarelo a Viergever, expulsando-o com o vermelho consequente. Klich cobrou bem, e fez o 1 a 0 que o Ajax não poderia mais responder nos acréscimos.
O gol tardio representou um triplo golpe para o agora vice-líder do Campeonato Holandês. Após 20 partidas na temporada, de novo o Ajax saiu derrotado de campo. Pior: exatamente na última partida fora de casa pelo Campeonato Holandês em 2016, unindo as duas temporadas (2015/16 e esta), a equipe perdeu a chance de terminar invicta atuando fora da Amsterdam Arena. Mas pior, pior mesmo, foi permitir que o Feyenoord ganhasse uma vantagem de três pontos - pequena, mas muito valiosa, nesta penúltima rodada do primeiro turno. Até porque o Ajax fechará 2016 num clássico contra o PSV. Se vencê-lo já era importante, agora o é ainda mais.
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