quinta-feira, 6 de abril de 2017

810 minuten: como foi a 29ª rodada da Eredivisie

Haller pedindo os aplausos. E os merece: de novo, foi fundamental para o Utrecht (Maurice van Steen/VI Images)

Excelsior 1x3 Utrecht (terça-feira, 4 de abril)

Do jeito que a partida em Roterdã começou, o Excelsior deu a impressão de que iniciaria abril tão bem quanto terminou março (sem derrotas). Até melhor, aliás: já aos cinco minutos, Fredy passou a bola a Mike van Duinen. Já com uma chance perdida, aos 3', Van Duinen aproveitou a nova oportunidade: bateu forte e fez 1 a 0. De quebra, o zagueiro Jürgen Mattheij chegou até a marcar um gol, aos 18', anulado por impedimento. Todavia, o Utrecht aos poucos foi reagindo - por exemplo, aos 31', numa finalização de Giovanni Troupée. E o destino acabou prejudicando os mandantes ainda na etapa inicial: com lesões no joelho, Hicham Faik e Luigi Bruins tiveram de deixar o campo, forçando o técnico Mitchell van der Gaag a gastar duas alterações nos Kralingers.

Mas o principal responsável pela derrocada do Excelsior tem nome e sobrenome. Muito conhecidos da torcida do Utrecht, aliás: Sébastien Haller. Aos 39', o atacante francês foi agarrado por Jordy de Wijs: pênalti apitado, e "Seb" cobrou para fazer o 1 a 1, isolando-se como o maior goleador estrangeiro da história dos Utregs na Eredivisie, com 41 gols. Motivado e mais veloz, o time visitante resolveu a partida já no começo do segundo tempo. Aos 49', o zagueiro Willem Janssen chutou fraco, mas Mattheij desviou acidentalmente, cometendo gol contra; e aos 55', Zakaria Labyad finalizou no travessão, mas Haller pegou a sobra e serviu-a, de cabeça, para Gyrano Kerk marcar o 3 a 1 que frustrou o Excelsior - e manteve o Utrecht como "melhor do resto", numa grande campanha.

Schaars, enfim, de volta ao campo. E o Heerenveen, enfim, de volta às vitórias (sc-heerenveen.nl)

Heerenveen 3x0 Sparta Rotterdam (terça-feira, 4 de abril)

Com Stijn Schaars, até o final do primeiro turno, o Heerenveen disputava firmemente com Utrecht e AZ o posto de "melhor do resto", logo abaixo dos três grandes. Sem o volante, com lesão muscular complicada, a equipe da Frísia perdeu o fôlego no returno. Pior: com sequência de quatro jogos sem vitória (um empate e três derrotas), aumentou o risco de perder lugar na zona dos play-offs pela Liga Europa. E houve certo sofrimento nos primeiros 45 minutos jogados no gramado do estádio Abe Lenstra: a maior chance foi dos visitantes de Roterdã, aos 18', quando Thomas Verhaar cruzou e Martin Pusic concluiu para fora, por muito pouco. É certo que Reza Ghoochannejhad também teve ótima chance aos 26': livre, o iraniano driblou o goleiro Roy Kortsmit. Mas seu chute foi tirado em cima da linha por David Mendes da Silva. E o empate sem gols ao fim do primeiro tempo fez a torcida do Fean perder a paciência: só se ouviam vaias na saída para o intervalo.

Pelo menos no segundo tempo, as razões para a torcida dos alviazuis se manifestarem seriam somente de alegria. Para começo de conversa, após quase seis meses em recuperação, Schaars voltou a se aquecer para entrar em campo. E minutos após Reza "Gucci" perder uma boa chance (Kortsmit defendeu com os pés um arremate do iraniano), enfim o time da casa abriu o placar, aos 56'. E em grande estilo: um toque sutil e quase sem ângulo de Pelle van Amersfoort, que encobriu o goleiro. O alívio virou festa quando Schaars saiu do banco, entrando no lugar do próprio Amersfoort, aos 64'. Depois, os dois gols restantes completaram a alegria. Aos 72', Sam Larsson cobrou falta alçando a bola na área, para Joost van Aken concluir de cabeça. E aos 81', enfim Reza "Gucci" deixou o dele nas redes


Foor acerta o ângulo...
... e o Vitesse supera a pressão para garantir um importante triunfo (fotos ANP/Pro Shots)

Heracles Almelo 0x1 Vitesse (quarta-feira, 5 de abril)

Pelo modo como a partida começou no estádio Polman, em Almelo, parecia que o Heracles iria engolir o Vitesse. Já aos 5', uma grande chance para os mandantes: Brandley Kuwas passou como quis por Alexander Büttner (enfim, titular na lateral esquerda, após a volta ao Vitesse) e cruzou para Samuel Armenteros, mas o atacante sueco completou nas pernas de Eloy Room, que salvou o Vites. Aos 16', o zagueiro Justin Hoogma fez Room defender outra bola difícil; aos 26', Robin Pröpper lançou a bola em profundidade para outro Robin, o Gosens, que perdeu o domínio justamente na hora do chute.

Todavia, os visitantes de Arnhem é que marcaram, aos 43'. Justamente numa falha de Gosens: ele perdeu a bola a Milot Rashica, que deu a Navarone Foor. E coube ao atacante bater bonito na bola, colocado, no canto direito do arqueiro Bram Castro, para o 1 a 0. Ainda assim, depois do intervalo, a pressão do Heracles continuou. Aos 55', Reuven Niemeijer chutou forte, na trave. Porém, um minuto depois, o time da casa perdeu um jogador: Pröpper agarrou Ricky van Wolfswinkel, e o segundo cartão amarelo que levou ao vermelho foi até demasiado para o zagueiro. Tudo bem: os Heraclieden continuaram tentando, com um perigoso chute de Kristoffer Peterson bem defendido por Room, aos 78'. De quebra, Kevin Diks também foi expulso, aos 86', deixando o Vitesse com dez. Mas o time de Arnhem segurou-se e garantiu difícil vitória, que o deixou em ótima posição nos play-offs pela Liga Europa.

Com um bonito gol, Bacuna assegurou que o Groningen voltaria às vitórias, após dez jogos (fcgroningen.nl/Twitter)

Groningen 2x0 NEC (quarta-feira, 5 de abril)

As duas equipes precisavam vencer. Por razões diferentes: apesar da posição relativamente segura na tabela, o Groningen já estava há dez jogos sem vitória na Eredivisie (sete empates, três derrotas), e não poderia perder contato com a zona dos play-offs pela Liga Europa. E o NEC deveria ter o triunfo por uma razão mais simples, mas bem mais perigosa: de derrota em derrota, fica perigosamente perto das últimas posições. Até por isso, os visitantes de Nijmegen pressionaram mais no primeiro tempo - tendo a grande chance para abrirem o placar aos 18'. Taiwo Awoniyi (titular de novo) ficou cara a cara com o goleiro Sergio Padt, e tentou driblá-lo. Mas o arqueiro dos Groningers foi mais esperto: posicionou-se bem e tirou a bola com os pés, em mais uma intervenção que justifica porque Padt trata-se de um dos melhores goleiros deste Campeonato Holandês.

Sorte do Groningen: aos 30', Julian von Haacke perdeu a bola no meio-campo para Juninho Bacuna, e o volante lançou rapidamente a bola para Mimoun Mahi, que completou o contra-ataque como se deve: nas redes, fazendo 1 a 0. Foi o lance que ditou o ritmo do resto do jogo, com os mandantes do norte mais animados. Ainda antes do intervalo, Mahi quase marcou novamente; já na etapa final, aos 48', o camisa 14 até balançou as redes, mas o gol foi anulado; aos 55', Jesper Drost arriscou para fora. Finalmente, aos 67', a torcida presente ao Noordlease Stadion teve a certeza de que, enfim, comemoraria uma vitória de novo. Um belo chute de Juninho Bacuna deu o 2 a 0 e ratificou o triunfo do Groningen - que, beneficiado pela derrota do Heracles Almelo, está a apenas um ponto dos play-offs da Liga Europa. Enquanto isso, o NEC se preocupa mais e mais: apenas três pontos acima das últimas posições.


Enfim, o ADO Den Haag vai sorrindo: mais uma vitória, e momentaneamente fora da zona da queda (ANP/Pro Shots)

Willem II 1x2 ADO Den Haag (quarta-feira, 5 de abril)

Golear o Roda JC, na rodada passada, em jogo direto contra a repescagem/rebaixamento, já fora muito importante para o ADO Den Haag. Muito mais importante seria vencer o Willem II, fora de casa - e com os donos da casa aspirando até à disputa dos play-offs pela Liga Europa. Pois bem: após um começo melhor dos mandantes em Tilburg, o Den Haag abriu o placar, aos 21'. Édouard Duplan passou a Abdenasser El Khayati, e o meio-campista venceu o goleiro Kostas Lamprou com um chute de longa distância, para o 1 a 0. Só que a comemoração não durou muito: já aos 25', Pele van Anholt cabeceou fraco, mas o goleiro Robert Zwinkels falhou e soltou a bola nos pés de Obbi Oularé, que aproveitou a sorte para balançar as redes.

Ainda antes do intervalo, o equilíbrio se fez sentir de novo no Willem II Stadion. De um lado, deu tudo certo: aos 42', novamente Duplan deu um lançamento decisivo, e Mike Havenaar ficou livre para marcar seu primeiro gol fora de casa nesta temporada, recolocando os visitantes de Haia na frente. Do outro lado, aos 44', Erik Falkenburg ficou com a faca e o queijo na mão para empatar rapidamente, mas o volante Danny Bakker impediu, com um desarme na hora exata do chute. No segundo tempo, os Tricolores foram em busca do segundo gol. E o abafa no final deu a Zwinkels a oportunidade de se redimir da falha no gol do Willem II: o goleiro fez defesa extraordinária aos 86', no reflexo e à queima-roupa, em chute de Elmo Lieftink. E o ADO Den Haag pôde celebrar a vitória que o tirou da zona de rebaixamento, num momento decisivo da temporada.

Se a derrota para o Ajax rendeu lamentações, pegar o Go Ahead Eagles foi só alegria para o Feyenoord: que goleada! (ANP/Pro Shots)

Feyenoord 8x0 Go Ahead Eagles (quarta-feira, 5 de abril)

Era necessária uma compensação do Feyenoord para a torcida, em De Kuip. Afinal de contas, não só mais um Klassieker fora perdido, no domingo passado, mas também voltara o temor da reabertura da disputa pelo título. Por mais que o adversário desta quarta fosse o Go Ahead Eagles, afligido cada vez mais fortemente pelo medo do rebaixamento, convinha vencer, para que a diferença valiosa de três pontos não virasse pó, em caso de vitória do Ajax sobre o AZ. Talvez por isso (e pelas ausências sentidas de Rick Karsdorp e, principalmente, Nicolai Jorgensen), Giovanni van Bronckhorst fez uma escalação sem apostas. Mal no meio-campo contra o Ajax, Bart Nieuwkoop foi escalado na lateral direita, enquanto Michiel Kramer recebeu nova chance no ataque.

Mal começou o jogo e já se notou que seria "ataque contra defesa": os visitantes de Deventer não estavam nem um pouco dispostos a se arriscarem no ataque. Ficaram todos na defesa, contra um Feyenoord que teria de se valer da sua velocidade na troca de passes para tentar o gol. E as chances começaram muito rapidamente. Já aos 3', Jens Toornstra mandou a bola de longe para a área, mas ela chegou fácil para a defesa de Theo Zwarthoed. Aos 5', Steven Berghuis lançou em profundidade, mas Dirk Kuyt chegou um pouco atrasado, e a bola foi direto para Zwarthoed; pouco depois, o próprio Berghuis arriscou de fora da área, para mais uma defesa do goleiro dos visitantes. No minuto seguinte, foi a vez de Toornstra bater de longe: a esférica saiu pela linha de fundo.

Restava esperar que a sorte ajudasse o Feyenoord, para que o gol viesse rápido. Com a volúpia ofensiva dos primeiros minutos (e a rapidez que se via), isso era bem provável. Finalmente, aconteceu, aos 9'. Berghuis fez jogada individual pela direita, passou pela marcação e cruzou rasteiro. Na grande área, a bola chegou à feição para Toornstra completar, à queima-roupa, fazendo 1 a 0. Estava aberto o caminho para a vitória. Que ficaria ainda mais livre aos 14', com o segundo gol do Stadionclub. Foi ainda mais fácil: pouco depois do meio-campo, Eljero Elia (de volta ao time, após lesão) dominou a bola. Cortou para o meio, se livrando da marcação de Sander Duits, e bateu seco, rasteiro, no canto direito de Zwarthoed, para ampliar a vantagem. A comemoração já era grande - isso porque nem se sabia o que viria em De Kuip...

Elia voltou, marcou gol e comemorou levantando a perna, para mostrar que realmente está recuperado (feyenoord.nl)
Chances do Go Ahead Eagles? Só uma, aos 24': Marcel Ritzmaier cruzou da direita, e Jarchinio Antonia cabeceou fraco, mandando a bola para a linha de fundo. Depois, seguiu o recital Feyenoorder, com chances e mais chances. Aos 25', Karim El Ahmadi bateu, para fora. No minuto seguinte, Miquel Nelom alçou a bola para a área, e Michiel Kramer desviou fraco, pela linha de fundo. Aos 30', o terceiro gol. E foi marcante: Elia mandou para a área, Toornstra escorou, Berghuis chutou, mas Kramer desviou em cima da defesa. Sem problemas: a bola espirrada ficou à feição para Dirk Kuyt bater no canto esquerdo de Zwarthoed, fazendo o 3 a 0 - 150º gol de Kuyt pela Eredivisie, em sua carreira.

O rolo compressor dos anfitriões seguia, diante de um meio-campo absolutamente frouxo na marcação. A ponto dos zagueiros participarem das jogadas: aos 35', Elia tabelou com Jan-Arie van der Heijden, recebeu perto da linha de fundo e cruzou. Mesmo livre na área, Kramer cabeceou mal, e a esférica saiu. El Ahmadi tentou outro arremate de média distância aos 37', mas pegou errado. Quase sem ângulo, Nelom cruzou aos 38'; porém, a bola passou pela pequena área sem ninguém para completar.

Menos mal que, aos 41', mais uma troca de passes (incluindo chance parcial inacreditavelmente perdida) rendeu o quarto gol aos Feyenoorders. Berghuis deixou a Kuyt; livre, o capitão cruzou curto. Kramer entrou na pequena área, e inacreditavelmente desviou em cima de Zwarthoed. Menos mal que, na sobra, Toornstra entrou chutando forte, para estufar as redes e consolidar a goleada. Teria mais, no primeiro tempo? Teria, sim: o quinto gol, aos 45'. Berghuis cobrou falta para a área, a bola resvalou na defesa, e Van der Heijden ficou livre na pequena área para driblar Zwarthoed e marcar o quinto dos anfitriões.

Entre um dia de vários destaques, Toornstra talvez tenha sido o maior deles: três gols (feyenoord,nl)
O técnico Robert Maaskant ainda tentou remediar o estrago já feito: fez duas alterações no intervalo - uma delas no meio-campo, tirando o avançado Daniel Crowley para colocar o volante Joey Suk. De nada adiantou: aos 50', veio o sexto gol do passeio. Elia cruzou da esquerda, e o zagueiro Xandro Schenk completou para escanteio. Apenas adiou o sofrimento: Elia mandou o córner para a área, e Eric Botteghin entrou cabeceando, mandando a bola suavemente para as redes, no sexto gol.

Com uma partida que já tinha virado exibição, até impressionou a chance do Go Ahead Eagles, aos 52'. Elvis Manu puxou rápido contragolpe para a área do Feyenoord, e bateu cruzado, mas a bola saiu - talvez com um leve desvio de Brad Jones, não notado pelo juiz Jochem Kamphuis, que apitou o tiro de meta. Aos 58', a torcida do Feyenoord explodiu em pulos e gritos. Mais um gol dos mandantes? Não: em Amsterdã, Wout Weghorst empatava o jogo entre Ajax e AZ ("Achamos até que o AZ tinha feito 2 a 1", revelou Berghuis na zona mista, após o jogo). Naquele mesmo momento, quase veio uma razão para a explosão se justificar também pelo que ocorria em De Kuip: cruzamento curto para a área, e Toornstra veio livre pelo meio. Mas o chute do camisa 28, da entrada da área, saiu por cima.

Diante de um visitante perdido, condenado a voltar à lanterna do campeonato (e com um saldo de gols bastante danificado), o Feyenoord aproveitava para experimentar jovens: além do volante Gustavo Hamer, que já entrara contra o Ajax, ganhou sua primeira chance na equipe adulta o atacante Emil Hansson. Pouco depois, seguiram os gols. Aos 72', em mais uma jogada provando sua importância na partida, Berghuis cruzou com precisão, quase da bandeirinha de escanteio, pela direita. Mandou na cabeça de Kramer, que enfim aproveitou uma chance: concluiu no canto direito de Zwarthoed para o sétimo gol.

A facilidade foi tanta que o Feyenoord até deu espaço para a estreia do garoto Hansson (feyenoord.nl)
Mesmo com o Ajax passando novamente à frente para vencer o AZ, o Feyenoord não desanimou jamais. Aos 80', Dirk Kuyt ainda arriscou mais uma vez, arrematando da direita para boa defesa de Zwarthoed. Para concluir o "dia maravilhoso" (palavras de Giovanni van Bronckhorst, após a partida), Toornstra ainda marcou seu terceiro gol na partida: aos 90', após incerteza de dois zagueiros, El Ahmadi roubou a bola e passou a Hansson, que cruzou. Kramer escorou de ombros, e o meio-campista bateu de voleio para completar a primorosa goleada - desde maio de 1987 o Feyenoord não conseguia uma goleada tão rotunda. Se havia alguma dúvida sobre a solidez do líder da Eredivisie em seu favoritismo ao título, não há mais. Derrota no Klassieker? Quem ainda lembra?

Sánchez mereceu dançar no golaço que fez: abriu caminho para a goleada do Ajax (ANP)

Ajax 4x1 AZ (quarta-feira, 5 de abril)

Está certo que a dupla Justin Kluivert e David Neres deu muito certo pelas pontas contra o Feyenoord, sendo a chave da vitória no Klassieker. Ainda assim, o técnico Peter Bosz preferiu não trocar o certo pelo duvidoso no Ajax. Recuperado das dores no joelho, Amin Younes voltou a ocupar a ponta direita, com David Neres retornando ao banco. E como Kasper Dolberg ainda se recupera da lesão muscular, seguiu a montagem tática do ataque vista no domingo passado: Bertrand Traoré no centro do ataque, Kluivert "filho" no lado direito. No AZ, apenas uma alteração tática digna de destaque: a improvisação de Alireza Jahanbakhsh no meio-campo - sem contar a volta de Tim Krul ao clube onde teve empréstimo inesperadamente discreto.

No primeiro lance do jogo, o Ajax já mostrou o ar ofensivo que tem sido sua tônica - ainda mais na Amsterdam Arena: mal o relógio batia nos 10 segundos, Traoré já arriscou de longe, Tim Krul defendeu com facilidade. Com a marcação por pressão típica deste Ajax, não demorou para o AZ se ver prensado na própria defesa. Resultado: chances e mais chances dos anfitriões Amsterdammers. A primeira, aos 8'.  Hakim Ziyech cobrou tiro livre da esquerda, a pelota foi para a pequena área, e caiu perto de Davinson Sánchez. Porém, escapou do domínio do zagueiro colombiano, e Rens van Eijden pôde afastar o perigo em cima da linha. Mais dois minutos, e houve chute de Ziyech, para fora.

Depois, aos 14', momentos após ter feito boa jogada, Traoré teve a primeira oportunidade clara de gol na partida: Daley Sinkgraven mandou a bola da esquerda, e o camisa 9 Ajacied escorou para boa defesa de Krul. Aparecendo com destaque, o próprio Traoré seria personagem principal na jogada do primeiro gol dos anfitriões. Aos 16', ele iniciou a jogada no meio, passando por Stijn Wuytens. Deu a bola a Justin Kluivert, que vinha pela direita. E o camisa 45 cruzou para Traoré entrar na corrida, pelo meio, e escorar para as redes, por baixo de Krul.

Traoré faz 1 a 0: após críticas por certa displicência no Klassieker, o atacante criou várias chances contra o AZ (ANP/Pro Shots)
Se o Feyenoord não se cansava de atacar em Roterdã, o Ajax também acelerava em Amsterdã. Aos 19', Ziyech lançou Traoré em profundidade, o burquinês entrou na grande área pela esquerda e completou para outra defesa de Krul. No escanteio subsequente, nenhum perigo. Aos 24', chute de Kenny Tete (substituto do suspenso Davy Klaassen), para fora. Mais dois minutos, e Davy Klaassen recebeu a bola na grande área, mas perdeu o ângulo ao tentar driblar Krul. O capitão Ajacied teve de recuar - e aí, Ziyech bateu forte e rasteiro. O gol só não saiu porque Ridgeciano Haps estava atento, e tirou na pequena área. Lasse Schöne protagonizaria as duas tentativas seguintes, aos 27' (voleio, para fora) e aos 29' (cobrança de falta na entrada da área, por cima do gol). Aos 32', uma razão para preocupação: choque de joelhos, entre Klaassen e Wuytens. O camisa 10 do Ajax caiu no gramado e até foi tratado, mas continuou sentindo dores no local - até por isso, deu lugar a Donny van de Beek, no intervalo.

Só então o AZ achou mais espaço: aos 34', Alireza trocou passes com Dabney dos Santos, e a bola terminou nos pés de Mattias Johansson, que chutou de fora, para a firme defesa de Onana. Os Godenzonen não deixaram que isso se repetisse: aos 36', Younes deixou a bola com Traoré, que correu com ela pela esquerda até a grande área, quando chutou, por cima do gol. Os visitantes de Alkmaar voltaram aos 40', quando Dabney dos Santos dominou pelo meio, e passou a Joris van Overeem. O meio-campista entrou na área e finalizou, mas Sánchez conseguiu evitar, tirando pela linha de fundo. Porém, no minuto seguinte, quase Justin Kluivert fez um gol para manter em alta a badalação sobre seu nome, desde a atuação no Klassieker: puxando um contragolpe rápido desde o campo de defesa, o jovem de 17 anos deixou Wuytens no chão, passou por Ridgeciano Haps e chegou livre à entrada da área, mas seu arremate foi rebatido por Krul.

No segundo tempo - talvez pela demora de Van de Beek em entrar no ritmo do jogo, talvez pela própria natureza do Ajax - o AZ melhorou. Já aos 46', da entrada da área, Wout Weghorst bateu, e a bola passou rente à trave esquerda de André Onana. Certo, o Ajax não involuiu: aos 50', Sinkgraven cruzou da esquerda, e Traoré cabeceou para fora. Porém, os Alkmaarders haviam evoluído. Aos 51', foi a vez de Jahanbakhsh mandar a bola para a área, e Onana sair para defender. Aos 54', Haps pegou bola longa passada por Wuytens. Sem espaço, recuou a Derrick Luckassen, que bateu para Onana agarrar.

O susto: na indecisão entre Sánchez e Onana, Weghorst empatou o jogo e coroou a melhora do AZ no segundo tempo (ANP/Pro Shots)

Enfim, aos 55', numa jogada que parecia despretensiosa, o AZ conseguiu o empate. Ainda do campo de defesa, Alireza fez um lançamento para a área. A bola parecia sob controle, entre Onana e Sánchez, mas Weghorst foi esperto: aproveitou a indecisão de ambos e ficou cara a cara com Onana. O goleiro ainda tentou cobrir o ângulo, mas um cabeceio sutil do goleador do AZ na temporada encobriu o arqueiro e foi morrer no fundo das redes. Os Alkmaarders comemoravam o 1 a 1 - e o Feyenoord também, já que aquele resultado momentâneo o deixava cinco pontos à frente do arquirrival que o derrotara.

Animados para a virada, os visitantes tentaram novamente aos 57': Alireza Jahanbakhsh dominou fora da área e arrematou, forçando Onana a espalmar por cima da meta. Todavia, levar o empate já serviu de alerta para o Ajax, que reagiu. Aos 60',  Ziyech cobrou falta sem perigo, nas mãos de Krul. Quatro minutos depois, em córner, Schöne mandou a bola na área, e Nick Viergever cabeceou por cima do gol. Finalmente, aos 71', o melhor jogador da partida fez 2 a 1. Sinkgraven fez jogada sozinho, cortou para o meio e deu a Traoré. Este bateu, a bola desviou em um zagueiro e saiu pela linha de fundo. No escanteio em sequência, saiu o gol do alívio para os Ajacieden: Ziyech cobrou da esquerda, Sánchez tentou cabecear, mas foi contido por Luckassen. Porém, o zagueiro colombiano resolveu da melhor maneira possível: após o quicar da bola, deu uma puxeta e a mandou para o canto direito de Krul. Um golaço, comemorado com dança e tudo, para recolocar os Amsterdammers na frente.

O AZ estava abatido, mas não desistia. Aos 76', Alireza mandou para o meio da área, mas o beque estava a postos para tirar a bola de lá. Na sequência, Kluivert cruzou da esquerda em contra-ataque, mas Mattias Johansson tirou para a linha de fundo, com o peito. O alívio veio definitivamente aos 81', com o terceiro gol. David Neres (que acabara de entrar no lugar de Kluivert) puxou contragolpe com um passe em profundidade, que encontrou Traoré livre. O camisa 9 foi derrubado por Van Eijden, já na área, e o juiz Dennis Higler apitou o pênalti que Schöne cobrou no canto direito para o 3 a 1.

Schöne aliviou o Ajax de vez na partida, ao fazer 3 a 1 (Louis van de Vuurst/Ajax.nl)
Haps ainda chutou, aos 86', para Onana agarrar sem dar rebote. No minuto seguinte, o susto que Alireza causou foi maior: chegou à área, deu um corte seco em Viergever e bateu na trave esquerda. Porém, na sequência, Dabney dos Santos finalizou muito por cima, perdendo boa oportunidade. E o Ajax acabou definitivamente com a festa aos 88'. Onana cobrou o tiro de meta, e a bola foi diretamente para Younes. Livre pela esquerda, o camisa 11 foi até a área com a bola dominada e fez o que melhor sabe: cortou para o meio e bateu rápido, no contrapé de Krul, para confirmar o 4 a 1. Uma goleada até exagerada para o Ajax, pelo que foi o jogo. Mas, ainda assim - e mesmo com a goleada impressionante do Feyenoord -, uma vitória que mantém o Ajax muito vivo. Será difícil, mas os Godenzonen estão à espreita.

O gol de Van Velzen - na foto, socando o ar - abriu o caminho para a vitória salvadora (por enquanto) do Roda JC (Jeroen Putmans/VI Images)

Roda JC 2x1 Zwolle (quinta-feira, 6 de abril)

A partida em Kerkrade colocava duas equipes que vivem em montanha-russa. O Roda JC ora se afasta, ora se afunda na zona de repescagem/rebaixamento; o Zwolle ora se aproxima, ora fica longe da zona dos play-offs para a Liga Europa. Até pela posição melhor na tabela, os visitantes arriscaram mais no primeiro tempo. Principalmente com Queensy Menig. Aos 11', o meio-campista deu belo passe de calcanhar, mas ninguém aproveitou; aos 33', Menig bateu para boa defesa do goleiro Benjamin van Leer; e aos 38', driblou Van Leer antes de finalizar, mas Frédéric Ananou tirou a bola em cima da linha. Como previsível, Menig esteve envolvido na jogada do gol do Zwolle, aos 40': o camisa 11 lançou, Ryan Thomas dominou e tocou para o meio da área, deixando a bola à feição para Younes Mokhtar concluir e fazer 1 a 0.

Porém, o Roda JC não demorou muito para conseguir o empate, já no segundo tempo: aos 48', Mohamed El Makrini cruzou, e Gyliano van Velzen desviou, meio de costas, para as redes. A partir daí, o jogo foi acelerando de ritmo. Os Koempels mandantes tinham mais a bola nos pés, mas não conseguiam criar chances. Jogando nos contra-ataques, os Zwollenaren conseguiam ser mais perigosos, e tiveram duas oportunidades de resolverem a partida, já no final. Aos 74', Nicolai Brock-Madsen ficou sozinho na área, mas seu chute saiu pela linha de fundo, rente à trave de Van Leer. E aos 79', Kingsley Ehizibue ficou em boas condições, todavia seu arremate saiu muito por cima do gol. Foi aí que o Roda JC se animou. E aos 89', penúltimo minuto, teve o prêmio pelas tantas chances perdidas do adversário: Beni Badibanga arriscou, mandou a bola na trave, e Mikhail Rosheuvel estava a postos para aproveitar o rebote e fazer o gol da virada que minorou um pouco o sofrimento do Roda - e afastou o Zwolle dos play-offs.

Numa partida agradável e equilibrada, Locadia até ajudou o PSV, mas a festa foi do Twente, com o empate (Pro Shots)

Twente 2x2 PSV (quinta-feira, 6 de abril)

A temporada do PSV andava tão melancólica quanto tranquila. Afinal de contas, as esperanças de título eram pequenas - mas os Boeren também não perderão mais a terceira posição, tantos pontos estão atrás do Utrecht. Contudo, a derrota do Feyenoord no clássico contra o Ajax deu uma ligeira animada no clima em Eindhoven. Subitamente, o bicampeão holandês se via cinco pontos atrás do líder da Eredivisie. Com alguma sorte, dava para voltar definitivamente a sonhar com o tri, nas últimas cinco rodadas. O que começaria a ser feito com o desafiante jogo desta quinta: visitar o Twente, no Grolsch Veste, em Enschede, raras vezes é uma partida tranquila.

E o PSV decidiu mostrar serviço logo que o jogo começou. Não é força de expressão: logo aos 20 segundos, veio a primeira chance de gol. Marco van Ginkel fez jogada individual até a entrada da área. Mesmo marcado, conseguiu passar a Luuk de Jong, que fez a tabela com o camisa 28. Este entrou na área e chutou, para a defesa de Nick Marsman. Aos 6', Jetro Willems tabelou com Luuk de Jong, pela esquerda, e cruzou, mas a bola rasteira passou direto por todos - e foi afastada para a linha de fundo, por Dejan Trajkovski. Os Eindhovenaren prensavam os anfitriões na defesa. Porém, aos 7', na primeira vez em que foi ao ataque, o Twente avançou para abrir o placar. Após superar a marcação de Nicolas Isimat-Mirin no meio, Enes Ünal chegou perto da área, enquanto Bersant Celina corria com a bola dominada. O kosovar cedeu a Ünal, que bateu cruzado de fora, no canto direito de Jeroen Zoet, para o 1 a 0 dos Tukkers - seu 17º na Eredivisie, dois atrás do goleador Nicolai Jorgensen.

Estava mudado o jogo. O Twente provava que traria perigo, aproveitando os espaços que o PSV deixava pelos lados. Aos 11, Fredrik Jensen veio pela direita e cruzou para o meio. Héctor Moreno conseguiu interceptar e tirar a bola da área, mas ficava o alerta. Ainda assim, o time de Eindhoven não fraquejaria, trazendo perigo nas bolas altas. Aos 14', Willems cobrou escanteio, e Jürgen Locadia completou num voleio que ainda desviou na zaga do Twente, passando perto da trave esquerda de Marsman. No minuto seguinte, outro cruzamento, de Davy Pröpper - que, muito alto, ficou fácil para a defesa do goleiro do Twente. Mas foi numa bonita troca de passes que o PSV afinal chegou ao empate, aos 17'. Andrés Guardado puxou a jogada, passando a bola a Pröpper. Este tabelou com os irmãos de Jong (Luuk e Siem), e de volta com a bola, deixou a Locadia, que vinha com liberdade total pela esquerda. O camisa 19 fez, então, o que está voltando a fazer: dominou e bateu com segurança, cruzado, no canto esquerdo de Marsman, para o 1 a 1.

Enes Ünal comemora seu gol com Celina e Jensen: o Twente falou grosso em casa, como quase sempre (Peter Lous Fotografie/VI Images)

Nem sofrer o gol de empate abalou os Tukkers mandantes. Mesmo prensados na defesa pela maior posse de bola do PSV, saíam rápida e perigosamente para o ataque. Aos 19', Enes Ünal carregou a bola sozinho, e driblou facilmente Moreno, mas seu chute foi travado por Nicolas Isimat-Mirin. No minuto seguinte, os forasteiros até reagiram: Santiago Arias apareceu livre e acelerou contra-ataque pela direita, mas seu cruzamento não deu em nada. E aos 24', começou uma sequência de ataques do Twente. Um erro da defesa do PSV rendeu a grande chance seguinte do jogo: Isimat-Mirin errou ao tentar tirar de cabeça, mandando a bola em cima de Fredrik Jensen. O meio-campista ficou com a pelota, livre, cara a cara com Zoet, tocou na saída do goleiro, mas a conclusão foi torta. Celina ainda tentou consertar, mas Isimat-Mirin se redimiu, tirando em cima da linha. No escanteio que se seguiu, Ünal cabeceou livre, para ótima defesa de Zoet. Finalmente, aos 26', em mais um tiro de canto, Joachim Andersen desviou: mais uma bola na trave.

As chances se alternavam. Se o voleio de Locadia era afastado pela defesa aos 35', Trajkovski arriscava por cima do gol aos 37'. Aos 39', a subida rápida do Twente rendeu outra boa chance: Jensen ficou no 1-contra-1, com a finalização bem possível, mas parou no preciso desarme de Moreno. O PSV respondeu aos 41': Guardado iniciou a jogada e passou a Arias. O lateral colombiano perdeu o ângulo, mas conseguiu pegar a bola a tempo, na linha de fundo, e tentou o cruzamento. Trajkovski salvou o Twente, tirando a bola. A última oportunidade do primeiro tempo foi aos 45': Jensen pegou a bola no meio-campo, carregou-a e passou-a a Celina. O camisa 10 dos Tukkers entrava na área pela esquerda, ajeitou e finalizou, mas o arremate saiu fraco, sem problemas para Zoet defender. E os primeiros 45 minutos se encerraram, dando agradabilíssima impressão à torcida: jogo disputado, com chances de parte a parte.

No começo do segundo tempo, o PSV atacou mais. Começou com uma jogada dos irmãos De Jong, aos 47': Siem passou a Luuk, que arriscou da entrada da área. Todavia, o desvio num defensor foi providencial para enfraquecer a bola, que foi direto para Marsman. Não demorou muito, e veio o gol que recolocou os Boeren na frente, aos 51'. De novo, com Locadia participando na jogada: cruzou da direita, e Siem de Jong escorou levemente. Antes que a bola saísse pela linha de fundo, Van Ginkel foi buscá-la pela esquerda, de cabeça, para que mais um desvio, de Héctor Moreno, colocasse a esférica no filó adversário. Aí, sim, o time de Phillip Cocu viveu momentos mais tranquilos no jogo, criando mais jogadas. Mas não as aproveitava. Como aos 56', quando Arias cobrou falta ensaiada da direita, mas Siem de Jong falhou no chute, e a bola passou entre os pés do camisa 10.

Com o gol de Moreno (segundo da esquerda para a direita), PSV parecia ter definido o jogo. Parecia... (ANP/Pro Shots)
Foi a senha para o retorno do Twente. Aos 59', Ünal dominou na entrada da área. Com um passe curto, deixou Jensen na pequena área, pronto para o chute. O dinamarquês bateu cruzado, mas Guardado tirou providencialmente, na pequena área. Outro perigo foi trazido pelos Tukkers aos 63': após falta cobrada por Mateusz Klich, Locadia rebateu, e Celina pegou a sobra de primeira, fora da área, fazendo Zoet defender no susto, socando a bola para a linha de fundo. A maior chance do empate veio aos 71': pela esquerda, Klich deu a bola a Jensen. E o camisa bateu cruzado, para defesa decisiva de Zoet.

Porém, um fator externo ao campo começou a influir no jogo. Após receber ligações indicando que havia movimentação de tráfico de drogas no Supportershome (galpão dedicado aos torcedores do Twente, anexo ao Grolsch Veste), a polícia de Enschede foi ao estádio. E o locutor pediu que os setores da arquibancada próximos ao galpão fossem evacuados, com o jogo em pleno andamento. Os adeptos até atenderam, em sua maioria, mas não precisavam: o locutor não informou que o setor a ser evacuado deveria ser a Vak-P, atrás de um dos gols e acima do Supportershome, justamente onde fica a torcida organizada do Twente, que reagiu óbvia e pessimamente à invasão inesperada da polícia.

A polícia de Enschede foi apurar uma acusação. Mas a entrada nas arquibancadas em pleno jogo, embora pacífica, causou alguma celeuma (Pro Shots)

E a ocorrência fora de campo esfriou o Twente dentro. Tanto que as chances seguintes foram do PSV: aos 78', Steven Bergwijn (que substituíra Locadia) completou nas mãos de Marsman. E aos 85', Arias cruzou da direita, e a bola desviou em Hidde ter Avest, encobrindo Marsman e saindo com certo perigo. Mas quando se esperava por uma vitória dos visitantes, o espírito ofensivo e a velocidade do time da casa renderam o empate mais do que justo, nos acréscimos (90 + 2'). Guardado dominou a bola no campo de defesa, mas foi desarmado por Klich. Este recuou a Kamohelo Mokotjo, recebeu a bola de volta e lançou a Celina, que entrou livre na área, pela direita, e bateu cruzado para o merecido 2 a 2, que tirou novamente do PSV as esperanças de título nacional, num jogo movimentado para fechar a 29ª rodada. Dentro e também fora de campo, como provaram as cinco prisões no Supportershome e as brigas da polícia com os torcedores que saíam da Vak-P.

Nenhum comentário:

Postar um comentário