Weghorst marcou o primeiro, após ficar com a bola em lance de sorte. E o AZ rumou para a vitória (ANP/Pro Shots) |
Após ser frustrado pela ótima atuação do goleiro Van Leer, no empate com o Roda JC, o AZ abriu a rodada buscando o triunfo desde o começo. Os visitantes de Alkmaar criaram chances e mais chances de abrir o placar em Almelo. Com dois minutos de jogo, Wout Weghorst (no Heracles até a temporada passada) chutou perto do gol. Aos 6', Dabney dos Santos perdeu oportunidade até mais perigosa: cara a cara com Castro, chutou para fora. Aos 11', o zagueiro Mike te Wierik falhou, e Weghorst bateu para outra defesa de Castro. Cinco minutos depois, Dabney finalizou errado de novo. E depois de um arremate perigoso de Alireza Jahanbakhsh (Castro agarrou), os Heraclieden mandantes puderam arriscar, numa bola de Brandley Kuwas que passou perto do gol. Ainda assim, estava claro: os Alkmaarders mereciam a vantagem, pelo maior volume ofensivo.
E enfim a conseguiram, já no segundo tempo. Foi aos 53', num lance de certa sorte: Ridgeciano Haps cruzou da esquerda, e Joris van Overeem escorregou na hora de chutar, mas a bola sobrou limpa para Weghorst, enfim, colocá-la no filó adversário. Três minutos depois, voltou o perigoso desperdício: Van Overeem também apareceu livre, apenas com Castro à frente, mas tocou para fora, enlouquecendo o técnico John van den Brom. Pelo menos, o time da casa não era tão perigoso: tudo que fez foi apenas um chute de Kuwas, na rede pelo lado de fora, aos 79'. E aos 82', Jahanbakhsh definiu a vitória, em chute colocado que deu após tabelar com Weghorst. Nem mesmo o gol de honra dos Almelöers mandantes - Kuwas, aos 90' + 2, cobrando falta - impediria que os visitantes voltassem às vitórias na Eredivisie, após três jogos. Ambiente mais tranquilo, no caminho para a final da Copa da Holanda.
Ananou sendo abraçado no primeiro gol: dos dois desesperados, o Roda JC se deu melhor e respirou mais (ANP/Pro Shots) |
Roda JC 3x1 Sparta Rotterdam (sábado, 15 de abril)
As duas equipes tentam fugir da zona de repescagem/rebaixamento, e já chegou o momento da temporada em que cada ponto vale. Não que o retrospecto decidisse qualquer coisa, mas o Roda JC ganhava mais esperanças com ele - afinal, ganhara as quatro últimas partidas jogadas contra o Sparta no Parkstad Limburg Stadion, sua casa. E não demorou muito para a torcida de Kerkrade ter a impressão de que o fim seria satisfatório, novamente. Já aos 5', Mikhail Rosheuvel quase marcou, após falha da defesa dos Kasteelheren. Aos 12', quase Rick van Drongelen colocou o Sparta em apuros, num recuo mal dado que forçou o goleiro Roy Kortsmit a se esforçar para consertar. Dois minutos depois, o Roda fez 1 a 0: Rosheuvel cruzou, e Abdul Ajagun cabeceou na casinha adversária.
No resto do primeiro tempo, os Koempels mandantes mostraram mais chances de chegarem ao gol - culminando num chute de Tom van Hyfte, que mandou de longe na trave, já nos acréscimos. No Sparta, o técnico Alex Pastoor não só teve de mudar já na etapa inicial (Thomas Verhaar sucedeu Loris Brogno aos 34'), mas também fez o time voltar até mais cedo do intervalo. Não adiantou muito: aos 61', Mart Dijkstra falhou na zaga, e Ajagun fez seu segundo no jogo. Só aí os Spartanen reagiram: a entrada de Mathias Pogba deu mais opções, Paco van Moorsel melhorou na armação de jogadas, e enfim o gol veio, aos 77', com Verhaar finalizando da entrada da área. Todavia, qualquer suspense sobre o resultado final acabou aos 89', com Rosheuvel dando números finais à vitória que deu um bom respiro ao Roda JC - e que torna a situação do Sparta dramática: em 16º, empatado em pontos com o NEC, antepenúltimo colocado.
ADO Den Haag 1x1 PSV (sábado, 15 de abril)
As duas equipes tentam fugir da zona de repescagem/rebaixamento, e já chegou o momento da temporada em que cada ponto vale. Não que o retrospecto decidisse qualquer coisa, mas o Roda JC ganhava mais esperanças com ele - afinal, ganhara as quatro últimas partidas jogadas contra o Sparta no Parkstad Limburg Stadion, sua casa. E não demorou muito para a torcida de Kerkrade ter a impressão de que o fim seria satisfatório, novamente. Já aos 5', Mikhail Rosheuvel quase marcou, após falha da defesa dos Kasteelheren. Aos 12', quase Rick van Drongelen colocou o Sparta em apuros, num recuo mal dado que forçou o goleiro Roy Kortsmit a se esforçar para consertar. Dois minutos depois, o Roda fez 1 a 0: Rosheuvel cruzou, e Abdul Ajagun cabeceou na casinha adversária.
No resto do primeiro tempo, os Koempels mandantes mostraram mais chances de chegarem ao gol - culminando num chute de Tom van Hyfte, que mandou de longe na trave, já nos acréscimos. No Sparta, o técnico Alex Pastoor não só teve de mudar já na etapa inicial (Thomas Verhaar sucedeu Loris Brogno aos 34'), mas também fez o time voltar até mais cedo do intervalo. Não adiantou muito: aos 61', Mart Dijkstra falhou na zaga, e Ajagun fez seu segundo no jogo. Só aí os Spartanen reagiram: a entrada de Mathias Pogba deu mais opções, Paco van Moorsel melhorou na armação de jogadas, e enfim o gol veio, aos 77', com Verhaar finalizando da entrada da área. Todavia, qualquer suspense sobre o resultado final acabou aos 89', com Rosheuvel dando números finais à vitória que deu um bom respiro ao Roda JC - e que torna a situação do Sparta dramática: em 16º, empatado em pontos com o NEC, antepenúltimo colocado.
De novo, o PSV tropeça no fim do jogo. E de novo, parecem acabadas as esperanças de título (ANP/Pro Shots) |
Diante da lentidão vista na maior parte da goleada contra o Willem II, Phillip Cocu decidiu fazer mudanças no PSV. Sobrou para Luuk de Jong, surpreendentemente: após 55 jogos seguidos começando como titular no Campeonato Holandês, o capitão dos Boeren deu lugar ao irmão Siem no meio da área, enquanto Marco van Ginkel ia para o meio. Tudo para visitar um ADO Den Haag motivado como havia muito não se via: com três vitórias seguidas, a esperança de escapar da repescagem nunca esteve tão viva. E poucos testes seriam tão bem vindos quanto receber os visitantes de Eindhoven, novamente sonhando com o tricampeonato após a rodada passada.
Para evitar qualquer susto, o PSV começou o jogo mantendo a posse de bola e tentando trocar passes, para abrir o compactado time anfitrião de Haia. Até houve tentativas de fora da área - como num chute de Gastón Pereiro, aos 5', encaixado pelo goleiro Robert Zwinkels. Mas seria mesmo numa troca de passes que viria o gol, logo aos 7'. Ótima troca de passes, aliás: pela direita, Santiago Arias fez a tabela com Van Ginkel, recebeu a bola de volta e cruzou. Na área, Jürgen Locadia dominou, girou e deixou Davy Pröpper com o domínio, totalmente à feição para driblar Thomas Meissner e concluir no canto esquerdo de Zwinkels, fazendo 1 a 0.
Bastou: já na saída de bola, a equipe auriverde já mostrava que iria se abrir mais para tentar o empate. Era o que o PSV queria: mais espaço para chegar. E quase chegou para o segundo gol aos 12': Pereiro dominou a bola, chegou à pequena área e bateu à queima-roupa. Zwinkels rebateu, e a sobra foi aproveitada por Van Ginkel - Meissner impediu que a bola cruzada pelo meio-campista tivesse consequências. Minutos depois, aos 24', Arias alçou na área, Locadia escorou, e Andrés Guardado bateu cruzado, mandando perto da meta defendida por Zwinkels. Aos 26', Siem de Jong cruzou, e Locadia cabeceou para Zwinkels defender.
O Den Haag só começou a aparecer aos poucos. Abdenasser El Khayati até teve chance aos 30', mas chutou por cima do gol. Só aos 36' veio uma chance digna do nome para os comandados do técnico Fons Groenendijk: Sheraldo Becker mandou a bola para a área, da direita, e Mike Havenaar cabeceou rente à trave direita de Jeroen Zoet. Bastou para o PSV tentar impor respeito de novo, no espaço de um minuto. Aos 43', Siem de Jong dominou entrando na área, mas perdeu o equilíbrio para o chute, e a bola ficou para Zwinkels. E aos 44', Arias ficou livre na área, mas demorou para mandar a bola no meio dela; quando mandou, Meissner tirou-a na pequena área, salvando o Den Haag.
Quando o segundo tempo começou, porém, o time de Haia mostrou mais rapidez. Parecia que a instrução, no intervalo, fora ouvir que ou se aproveitava com mais eficiência a posse de bola muito menor (30%), ou a derrota seria certa. Assim, o Den Haag partiu para cima. E já quase deu certo aos 50': Becker cruzou da direita, e Havenaar entrou livre na pequena área, cabeceando de peixinho e balançando as redes. A torcida comemorou, e o atacante nipo-holandês já se levantava para comemorar... mas o juiz Bas Nijhuis anulou o gol, apontando impedimento (corretamente).
Frustrado pelo gol anulado no começo do segundo tempo, Havenaar comemorou no fim: fez o gol do empate (Gerrit van Keulen/VI Images) |
frustração foi clara. De quebra, nos minutos seguintes, o PSV assustou. Aos 52', Arias recebeu em condição legal pela direita, driblou Zwinkels e cruzou, mas Wilfried Kanon tirou de cabeça. Na sequência, Van Ginkel chutou para fora. Pior: aos 55', em outro cruzamento, o gol perdido dos anftriões seria inacreditável: em velocidade, Becker recebeu pela direita, cruzou rasteiro, e Havenaar entrou livre na pequena área. Mas tocou fraco demais, e Zoet defendeu em cima da linha.
Enfim desafiado no jogo, o PSV correu atrás para tentar ampliar a vantagem. Aos 57', Pereiro ajeitou de calcanhar, e Pröpper entrou chutando cruzado, rente à trave direita. O camisa 6 voltou a bater perigosamente aos 59', de fora da área: forçou Zwinkels a espalmar para fora. E ainda participou de uma triangulação aos 62': Arias deu a bola a ele, que devolveu ao lateral colombiano - e este finalizou na rede pelo lado de fora. Só aos 70' os mandantes deram sinal de vida: logo após El Khayati cair na área em choque com Siem de Jong (e pedir pênalti não dado), Becker arrematou, e a bola foi para fora, após desvio.
Aí, começou o que a torcida do ADO Den Haag chama de "Haags Kwartiertje" (em má tradução, "os quinze minutinhos de Haia"), referindo-se ao hábito das emoções que ocorrem nos últimos quinze minutos de jogos do Den Haag. Porém, elas pareciam ser mais benéficas ao PSV. Aos 74', Siem de Jong estava impedido - caso não estivesse, teria perdido tremenda chance, ao sair na cara de Zwinkels e chutar muito por cima do gol. Aos 76', Arias concluiu cruzado, Zwinkels rebateu, e Van Ginkel mandou de voleio para fora. E aos 79', em virada, Luuk de Jong concluiu rasteiro para o goleiro do ADO Den Haag defender.
Contudo, aos poucos surgiram sinais de que o Den Haag conseguiria o empate nos seus "15 minutinhos". Primeiro, aos 85', quando Guyon Fernandez perdeu boa chance. Depois, no escorregão que impediu Locadia de finalizar na grande área, no minuto seguinte. Finalmente, aos 87', a torcida da casa explodiu em Haia: após escanteio rebatido pela defesa do PSV, Meijers mandou num voleio de fora da área, Zoet rebateu, e Havenaar estava a postos para aproveitar a sobra de cabeça, na pequena área, para o 1 a 1 que rendia um ponto valioso aos mandantes.
E que rendeu desespero nos minutos finais ao PSV. Dentro de campo, quando Guardado tentou o gol num voleio, aos 90' (Zwinkels defendeu). E fora, com Phillip Cocu reclamando do erro da comissão técnica: ele pretendia tirar Guardado para colocar Steven Bergwijn, mas quem saiu foi Locadia. O desapontamento ainda foi expresso por uma ala da torcida, pedindo a saída de Cocu. Até precipitado. Mas compreensível: afinal, era mais um tropeço nos últimos minutos. Que dificulta novamente a situação dos Eindhovenaren na disputa do título holandês.
Hasselbaink disse presente, de novo: o atacante marcou o gol da vitória valiosa sobre o Vitesse (Den Breejen/VI Images) |
O Excelsior, novamente lutando com todas as forças para evitar a repescagem de acesso/descenso (no mínimo); o Vitesse, com duas vitórias seguidas, cada vez mais ofensivo e animado rumo à final da Copa da Holanda. Mesmo com o jogo no estádio Woudestein, em Roterdã, o Vites era favorito para atropelar, certo? Errado: Nigel Hasselbaink apareceu de novo como destaque do Excelsior. Aos 13', o atacante abriu o placar para os Kralingers, completando forte um cruzamento de Mike van Duinen. Era o primeiro lance num jogo que seria bastante animado. No primeiro tempo, surgiram chances tanto para o empate dos visitantes de Arnhem (aos 28', Guram Kashia cabeceou nas mãos do goleiro Warner Hahn) quanto para o segundo gol dos anfitriões (livre após cruzamento de Stanley Elbers, Hasselbaink finalizou em cima do arqueiro Eloy Room, aos 32').
Na etapa complementar, os dois times seguiram criando chances. O Excelsior deu a primeira estocada, aos 54': Hasselbaink cruzou, e Elbers mandou bonito de voleio, para grande defesa de Room. Depois, o Vitesse até pressionou mais. Aos 62', Milot Rashica chutou cruzado, e o zagueiro Jürgen Mattheij salvou os anfitriões em cima da linha. No fim do jogo, o chinês Zhang Yuning (que entrara no lugar de Lewis Baker) quase marcou. Mas os mandantes de Roterdã saíram de um jogo da Eredivisie sem serem vazados, pela primeira vez desde agosto do ano passado. Ótimo momento para acontecer: a equipe saltou para a 14ª posição, ganhando um respiro valioso na fuga da queda. Vão escapar, de novo?
Celina (esquerda) e Enes Ünal (centro) marcaram. E Klich (direita) cruzou para um dos gols na vitória do Twente (Peter Lous/VI Images) |
Se há embalo para cima, há também para baixo. É o que se nota no NEC, numa queda cada vez mais perigosa e célere rumo à zona de repescagem/rebaixamento. Queda que já tivera um capítulo marcante com o 5 a 1 do Ajax em plena Nijmegen, na semana passada. Que viveu novo ponto baixo nesta semana, com a demissão do auxiliar técnico Danny Hoekman, após críticas pesadas deste ao técnico Peter Hyballa, em entrevista à revista Voetbal International. Para animar os jogadores, um grupo de torcedores foi em paz ao vestiário do Grolsch Veste de Nijmegen, antes da partida, e fez um discurso de incentivo. Não adiantou muito: já aos 12', Mateusz Klich cobrou escanteio e Enes Ünal cabeceou a bola para as redes. 16º gol do turco na Eredivisie, comemorado em frente à parte vazia do estádio - em protesto à entrada inesperada da polícia durante o jogo contra o PSV, os membros da Vak-P (torcida organizada do Twente) só ocuparam seus lugares no estádio após alguns minutos.
Já no primeiro tempo, era o caso de falar que os visitantes de Nijmegen tinham sorte em não perderem o jogo por um placar irrecuperável. Primeiro, porque o goleiro Joris Delle impediu a bola de entrar, num arremate de Bersant Celina. Depois, pela bola de Yaw Yeboah ter atingido o travessão, aos 34'. Na etapa complementar, o zagueiro Dario Dumic até tentou algo para os Nijmegenaren, ao chutar de longe, perto do gol defendido por Nick Marsman, aos 54'. Todavia, qualquer chance de reação dos visitantes acabaria aos 58': numa tabela com Ünal, Fredrik Jensen retomou a bola e finalizou com classe para o segundo gol do Twente. O domínio dos Tukkers seguiu indiscutível, e o terceiro gol até demorou: surgiu só nos acréscimos, aos 90' + 2, num belíssimo arremate de Ünal, no ângulo, para seu segundo tento na partida. A vitória ampliou a tranquilidade do Twente, que não tem muito a fazer na temporada - e também o desespero já previamente considerável do NEC, agora penúltimo colocado.
Schuurman sai para comemorar o gol da vitória: Willem II aproveitou as chances no final (willem-ii.nl) |
Cada vez mais desesperado na lanterna, o Go Ahead Eagles atacou mais no primeiro tempo. Começou num cabeceio de Xandro Schenk, aos 14', para fora. Mais dois minutos, e um voleio de Sam Hendriks mandou a bola perto do gol. Bastou para animar os visitantes de Deventer, que partiram de vez para pressionarem os mandantes em Tilburg, no Willem II Stadion. Num chute de Marcel Ritzmaier, aos 32', para fora; em outro arremate, de Jarchinio Antonia, defendido pelo goleiro Kostas Lamprou aos 38'; e num toque à queima-roupa, de Hendriks, aos 44'. Era até mais justo que o Kowet estivesse ganhando. A torcida da casa também achava - tanto que vaiou o Willem II, ao final do primeiro tempo.
Os Tricolores ouviram os apupos - e voltaram melhores no segundo tempo. Já aos 49', Jordy Croux tentou uma jogada individual, mas errou no chute. E aos 64', Thom Haye cobrou falta, forçando o arqueiro Theo Zwarthoed a fazer boa defesa. No minuto seguinte, o GAE reclamou: Pedro Chirivella alegou ter sido agarrado na área, mas o juiz Jeroen Manschot não ligou para o pedido de pênalti. Azar: aos 72', Croux tentou mais uma jogada pela ponta, cruzou, e Fran Sol (substituto de Elmo Lieftink, no intervalo) apenas desviou de cabeça para o 1 a 0. O golpe final dos anfitriões veio aos 82', num belo voleio de Jari Schuurman. E o Willem II segue disputando a vaga nos play-offs. Ao Go Ahead Eagles, resta o desespero: afundado na lanterna, cinco pontos atrás do antepenúltimo colocado, com uma queda direta cada vez mais provável
Mahi (de costas) e Linssen (segundo da esquerda para a direita) chamaram a responsabilidade na goleada do Groningen (ANP/Pro Shots) |
Ainda tentando alcançar os play-offs pela Liga Europa, o Groningen começou rapidamente a mostrar que seria o dono do jogo. Mais do que isso: que teria dois protagonistas destacados na partida contra os Zwollenaren. Eles apareceram aos 14': Bryan Linssen tabelou com Mimoun Mahi, recebeu de volta e bateu de pé direito para o 1 a 0 dos Groningers. Mais cinco minutos, e Mahi foi quem mexeu no placar, completando uma triangulação: Jesper Drost lançou Oussama Idrissi pela esquerda, e este cruzou para Mahi concluir de cabeça. Não tinha acabado ainda: aos 38', Idrissi cobrou escanteio, e Linssen, mero 1,70m de altura, subiu para cabecear, fazer 3 a 0 e encaminhar a vitória.
Ainda assim, o Zwolle reagiu. Um erro da defesa mandante abriu a oportunidade: no primeiro lance do segundo tempo, Juninho Bacuna errou no recuo, forçando o goleiro Sergio Padt a mandar para escanteio. E neste, a cobrança alcançou os pés de Nicolai Brock-Madsen, para o dinamarquês marcar o gol dos "Dedos Azuis". Mais alguns minutos, e Padt salvou o Groningen: defendeu não só um chute de Brock-Madsen, mas também o rebote pego por Queensy Menig. Antes que a pressão visitante ficasse maior, Mahi reapareceu: pegou a bola vinda de Drost e marcou seu segundo gol no jogo, aos 53'. No final, aos 88', Ajdin Hrustic (vindo do banco) completou a goleada que mantém o Groningen vivo na disputa pelos play-offs. E o Zwolle volta com certos cuidados a serem tomados, para garantir a salvação definitiva da zona de repescagem/rebaixamento.
Foi um jogo duro, mas Elia e Toornstra aliviaram o Feyenoord: vitória valiosa na reta final (Peter Lous/VI Images) |
Após um bom tempo, enfim o Feyenoord tinha somente boas notícias na sua escalação. Recuperado de lesão muscular, Terence Kongolo ocupava novamente a lateral esquerda. Nicolai Jorgensen não assustou desta vez: foi o titular no meio do ataque. A não ser pela ausência de Rick Karsdorp, fora da temporada, era o que de melhor o líder do Campeonato Holandês tinha, para enfrentar um adversário muito traiçoeiro - que jogaria no seu estilo conhecido: um 4-4-2 com losango no meio, muito ofensivo, fora ou dentro de casa.
E isso foi provado com a primeira chance dos Utregs, logo aos 3': Sofyan Amrabat veio pela esquerda, cortou e arriscou o chute que bateu na rede pelo lado de fora. Porém, logo um erro abriu espaço para o Stadionclub, aos 5'. Yassin Ayoub errou no recuo de bola, deixando Elia livre na entrada da área. O ponta deixou com Jens Toornstra, mas este concluiu em cima da defesa. Na sobra, Steven Berghuis chutou cruzado, para fora. Depois, aos 8', Karim El Ahmadi chegou roubando a bola, mas arrematou fraco, para fora.
Aos 17', na lateral direita, Bart Nieuwkoop correu com a bola, tabelou com Jorgensen e recebeu quase na linha de fundo, mas seu cruzamento passou direito. Porém, havia claras dificuldades, com a ótima postura tática dos visitantes. Do ataque, a bola voltava para o meio-campo - e para a defesa, que reiniciava a jogada, com a falta de espaço para tocar a bola. E a posse de bola nem era tão grande assim: 59% - pouca, comparada com o que um grande holandês chega a ter. Ainda assim, os Feyenoorders chegavam pouco a pouco. Aos 24', Nieuwkoop lançou, o lateral Kevin Conboy cabeceou errado, e a bola sobrou para El Ahmadi bater rente à trave esquerda da meta de David Jensen. Pouco depois, o Utrecht ofereceu espaços de novo: Tonny Vilhena serviu a bola a Jorgensen, que chutou por cima do gol. E aos 28', Toornstra teria ótima chance: tabelou com Jan-Arie van der Heijden, entrou na área e bateu forte, para ótima defesa de Jensen.
Vilhena e Troupée disputam bola: Feyenoord e Utrecht se alternaram em chances no primeiro tempo (Photo News) |
Os anfitriões voltaram aos 38', quando Berghuis fez jogada semelhante à de um dos gols marcados por ele contra o Zwolle: veio da esquerda para o meio e bateu, para a defesa de Jensen. Dois minutos depois, numa triangulação entre Elia, Jorgensen e Vilhena, este último até quase marcou, mas o juiz Dennis Higler já marcara falta em Elia. E a cobrança de Toornstra forçou Jensen a espalmar para a linha de fundo, em excelente defesa. O Utrecht assustou do outro lado aos 42', num chute cruzado de Conboy que passou perto da trave esquerda. Ainda houve tempo para uma finalização de Vilhena que talvez só não tenha entrado por bater em Toornstra e sair, aos 45' + 1.
No intervalo de um jogo relativamente equilibrado, a pergunta que ninguém fazia (e na qual todos pensavam) exalava tensão: seria possível o Feyenoord tropeçar em casa? Bastou um lançamento longo, aos 48', logo no começo do segundo tempo, para tudo isso mudar, a torcida esquecer o medo e se aliviar com o gol. Eric Botteghin mandou da defesa, a bola foi direto para a área, e Jorgensen apenas ajeitou de cabeça para Toornstra chutar no canto direito de Jensen, fazendo 1 a 0 - seu nono gol nas últimas sete partidas em De Kuip.
Toornstra sai para comemorar o seu gol: abrir o placar no início do segundo tempo foi providencial (Peter Lous/VI Images) |
Restou ao Utrecht atacar em busca do empate, aos 53': em troca de passes, Barazite deu a bola a Haller, e deste ela foi para Amrabat, que arrematou para providencial defesa de Jones. Todavia, com menos pressão, o Feyenoord ia mais à frente. Aos 59', Elia recebeu na esquerda, escapou do carrinho que Barazite armou e chegou rápido, mas cruzou nas mãos de Jensen. Jogada semelhante ocorreria aos 61', com Elia pegando a bola vinda de Kongolo. Desta vez, o cruzamento do camisa 11 encontrou Jorgensen, que bateu para fora. Pouco depois, aos 63', Berghuis cobrou falta perto, à direita de Jensen.
E a partida na "banheira" seguia mais morna no segundo tempo. Até que Sébastien Haller enfim apareceu, aos 73'. O atacante francês escapou da marcação de Kongolo, arrematou, e o desvio em Botteghin quase enganou Jones, saindo pela linha de fundo. No córner seguido, Janssen quase empatou: na pequena área, o zagueiro chutou em cima de Jorgensen, perdendo grande chance. O Stadionclub nem corria muitos riscos, mas deixava espaços para contragolpe. Uma hora, isso poderia trazer resultado desagradabilíssimo.
Só não aconteceu porque, aos 80', Elia desafogou de vez o time da casa. E como: pegou a bola na esquerda, virou-se e bateu colocado, da ponta da área, no canto esquerdo de Jensen. Um belíssimo gol, para tranquilizar de vez a torcida, confirmar uma vitória importante e decretar: o Feyenoord continua líder no Campeonato Holandês. O otimismo cauteloso que toma conta da torcida foi perfeitamente expresso nas palavras de Elia: "Pelo que sinto, não vai mais escapar da gente, mas não se pode colocar o carro na frente dos bois".
O Ajax se assustou no começo. Mas o gol da virada, de De Ligt, iniciou o caminho suave para mais uma goleada (Maurice van Steen/VI Images) |
O retorno de dois personagens importantes ao time titular era a melhor notícia para as duas equipes. No Ajax, Kasper Dolberg voltava a começar uma partida, para ganhar ritmo rumo à volta das quartas de final da Liga Europa, contra o Schalke 04; no Heerenveen, Stijn Schaars também retornava à posição de volante. Caberia aos mandantes controlarem a badalação após a vitória da quinta passada, contra os visitantes da Frísia, numa Amsterdam Arena com muitas presenças ilustres: vários ex-jogadores do Ajax foram convidados a ver o jogo. Entre eles, Arkadiusz Milik (enfim se despedindo oficialmente da torcida) e Patrick Kluivert - ironicamente, num dia em que o filho Justin ficou na reserva.
Contra um Fean previsivelmente fechado na defesa, o Ajax tentou primeiro as bolas altas. Aos 5', Davy Klaassen cruzou da esquerda, e a bola foi parar do outro lado. Coube a David Neres buscá-la, se livrar da marcação de Stefano Marzo e bater para a defesa de Erwin Mulder. Porém, aos 8', logo após o Ajax perder uma chance, no primeiro contra-ataque que criou, o Heerenveen balançou o filó adversário. Sam Larsson dominou pouco antes do meio-campo, correu até as proximidades da área e deixou na direita, onde corria Reza Ghoochannejhad. Coube a "Gucci" bater firme, no canto esquerdo de André Onana, para fazer 1 a 0 e colocar os visitantes da Frísia na frente.
Bem compactado, o Heerenveen impedia o principal trunfo do Ajax: as trocas de passe velozes, que tanto impressionaram contra o Schalke 04, pela Liga Europa. Restavam as jogadas individuais - como a de Amin Younes, aos 12', impedido por um zagueiro. Ou as bolas aéreas - num escanteio, aos 13', Kasper Dolberg até cabeceou na trave, mas cometera falta. As tentativas se sucediam: aos 15', Younes lançou em profundidade, deixando Hakim Ziyech em boas condições para chutar, mas o meio-campista bateu em cima de Mulder. No minuto seguinte, Ziyech passou a Younes, e deste para Dolberg, que finalizou cruzado. Mulder estava atento e defendeu. Simultaneamente, seguiam espaços para os contra-ataques dos visitantes. Aos 17', recebendo passe de Yuki Kobayashi, Larsson arrematou para fora. Kobayashi apareceu de novo aos 20': da meia-lua, o meio-campista japonês serviu Ghoochannejhad, que arrematou em cima de Matthijs de Ligt. Na sobra, Kobayashi chutou para fora.
Foi necessário que os defensores aparecessem para que os anfitriões empatassem na Amsterdam Arena. Primeiro, Matthijs de Ligt arriscou de longe, forçando Mulder a espalmar para escanteio. No tiro de canto, aos 24', veio o gol do Ajax: Ziyech cobrou, Davinson Sánchez escorou e Nick Viergever completou na segunda trave para o 1 a 1. Já houve uma animação maior, mas o Heerenveen não estava batido, e continuava chegando - como num chute de Ghoochannejhad, aos 27', que Onana agarrou. Porém, o empate fora a senha para o crescimento do Ajax. Aos 29', em cobrança de escanteio rebatida, Younes fez o pivô, para Schöne bater, por cima do gol. E uma rápida triangulação, como só acontecer, bastou para a virada, aos 32'. De Ligt partiu com a bola dominada desde a defesa, chegou à frente e lançou Dolberg. Da esquerda, o dinamarquês cruzou, e o zagueiro entrou completando para o 2 a 1 - gol muito bem vindo para mostrar que a vida continua, após De Ligt ficar no olho do furacão pelas falhas em sua estreia na seleção.
Viergever empata o jogo: aí começou a reação do Ajax no jogo (ANP) |
Com mais um triunfo a caminho após começo de sustos, o Ajax seguiu superior e ofensivo no segundo tempo. Logo aos 47', Younes cruzou da esquerda, e Klaassen completou. A bola resvalou num zagueiro, e saiu pela linha de fundo. A única aparição digna de nota do Heerenveen veio aos 49', numa cobrança de falta de Kobayashi, defendida por Onana. Depois, continuou a rotina. Com Hakim Ziyech ganhando destaque. Aos 56', Ziyech dominou, na frente do zagueiro Wout Faes, e arrematou para fora. O camisa 22 também participou de bela jogada aos 59': cortou da esquerda para o meio, passou a David Neres, e o brasileiro deixou Klaassen na cara do gol. Porém, o camisa 10 Ajacied não dominou bem, e Mulder ficou com a bola. Finalmente, a jogada mais perigosa veio aos 62': uma cobrança de falta quase precisa de Ziyech, na trave esquerda.
Mas ainda houve tempo para David Neres marcar seu terceiro gol, na terceira partida em que começou como titular do Ajax, aos 83': Younes tocou, o camisa 7 saiu da marcação, driblou Mulder e tocou para confirmar a goleada do Ajax. Que até poderia ter sido maior (Van de Beek teve duas chances, aos 88' e 89'), mas já servia para o vice-líder da Eredivisie continuar com chances, à espera de um tropeço do Feyenoord. Boa vitória, na entrada de uma semana que promete ser árdua, com a decisão na Liga Europa e o clássico contra o PSV.
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