Ogbeche apareceu de novo para ajudar o Willem II. Mas NAC Breda empatou o jogo (Pro Shots) |
Willem II 1x1 NAC Breda (sexta-feira, 8 de dezembro)
No clássico entre os dois times da província de Brabant, a vitória significaria um respiro na disputa para sair de perto da zona de repescagem/rebaixamento. E o NAC Breda mostrou mais capacidade para tanto no primeiro tempo. Já aos cinco minutos, Giovanni Korte só não fez 1 a 0 porque Jop van der Linden bloqueou seu chute na hora certa. Aos 19', Thierry Ambrose cabeceou para fora. O Willem II só tivera oportunidades aos 26', quando Freek Heerkens cabeceou na rede pelo lado externo. Só que o placar foi aberto mesmo pelos mandantes de Tilburg: após escanteio, Bartholomew Ogbeche dominou na área e finalizou para o 1 a 0, aos 43' - sexto gol do nigeriano nas últimas três partidas dos Tricolores.
Mas os aurinegros de Breda consertaram isso no segundo tempo. Já no começo, aliás: aos 50', o lateral direito Fabian Sporkslede cruzou, Pedro Chirivella afastou mal, e Ambrose ficou com a bola nos pés para fazer 1 a 1. No resto da partida, as chances se alternaram. De um lado, Thom Haye quase recolocou o Willem II na frente, aos 70', em chute bem defendido pelo goleiro Nigel Bertrams; do outro, Rai Vloet e Mounir El Allouchi tentaram arremates de fora para o NAC Breda, sem sucesso. E ficou no placar um empate que não ajudou muito as situações de ambos no campeonato.
Heerenveen 2x2 VVV-Venlo (sábado, 9 de dezembro)
O VVV-Venlo estava atrás no placar, mas foi buscar o empate no fim - azar do Heerenveen (ANP/Pro Shots) |
A pressão já era grande para o Heerenveen, vindo de derrota para o lanterna Roda JC. E ficou maior ainda aos 10 minutos do primeiro tempo, quando o VVV-Venlo fez 1 a 0: Clint Leemans lançou a bola em profundidade, e Lennart Thy finalizou sem chances para o goleiro Warner Hahn. Os mandantes da Frísia tiveram de correr atrás, e conseguiram uma chance já no minuto seguinte, com Henk Veerman (novamente, substituindo Reza Ghoochannejhad no ataque). Mas o empate, aos 19', veio graças a um zagueiro: Denzel Dumfries, que subiu altíssimo para cabecear, após cobrança de falta de Stijn Schaars. O gol impulsionou o Fean, que foi atrás da virada e teve mais boas chances, todas com Veerman - e a maioria, detida pelo goleiro Lars Unnerstall.
E de tanto tentar, finalmente o atacante conseguiu o seu gol, marcando em duas rodadas seguidas: no segundo tempo, aos 49', Yuki Kobayashi começou uma jogada, e passou a bola a Michel Vlap. Coube ao meio-campista (de contrato renovado nesta semana) deixar Veerman livre na área para fazer 2 a 1. Aos 55', Kobayashi teve ótima oportunidade para encaminhar a vitória: por duas vezes pôde chutar - mas nessas duas vezes mandou a bola em cima de Unnerstall. Para reagirem, os visitantes de Venlo tiveram a entrada em campo de Ralf Seuntjens, aos 78'. Quase conseguiram aos 84', quando Thy finalizou para a defesa de Hahn. Finalmente, no minuto seguinte, Seuntjens fez o que precisava, após o gol contra da rodada passada: empatou o jogo, aproveitando chute de Vito van Crooij desviado na defesa. Empate comemorado pelo VVV - e lamentado pelo Heerenveen, que já tem pressão sobre o técnico Jurgen Streppel.
A cena que simboliza o que foi o jogo em Alkmaar: ao fundo, o goleiro Castro amarga falhas, e o AZ celebra um dia excepcional (Jeroen Putmans/VI Images) |
Já na primeira jogada vista em Alkmaar, ficou claro o que se veria: um AZ criando chances e mais chances, contra um Heracles preso na defesa. Alireza Jahanbakhsh cruzou, e o goleiro Bram Castro saiu do gol para interceptar (na sobra, Joris van Overeem bateu em cima da defesa). As oportunidades de gol se avolumavam para os mandantes. Aos 4', Wout Weghorst bateu, e a bola foi rente à trave. Aos 14', Teun Koopmeiners arriscou de fora da área, e Castro precisou rebater - um novo chute de Koopmeiners veio aos 20', mas desta vez o goleiro belga do Heracles agarrou com firmeza. Os visitantes de Almelo quase nem faziam a defesa trabalhar: o único momento em que isso aconteceu foi aos 29', quando Kristoffer Peterson chutou da área para Marco Bizot defender.
No segundo tempo, seguiu-se a toada. Mas Bram Castro deu um perigoso sinal aos 54': em chute de longe de Koopmeiners, o arqueiro deixou a bola passar por baixo de suas mãos, e no rebote, Weghorst bateu por cima do gol. Finalmente, aos 55', o AZ alcançou o merecido gol. E contou com a sorte. Alireza aproveitou bola na direita e cruzou. A zaga rebateu, mas ela sobrou novamente com o atacante iraniano, que cruzou rasteiro - e a bola foi direta para as redes, após desviar em baixo de Castro. A partir de então, esperar mais gols não era questão de possibilidade, mas de tempo, tal o domínio dos Alkmaarders sobre os Heraclieden. Guus Til até chegou a balançar as redes aos 64', mas o juiz Edwin van de Graaf anulou, por já ter marcado falta sem dar a lei da vantagem. O Heracles? Só apareceu aos 70', num chute alto de Peterson.
Depois, continuou o domínio. Consolidado com o segundo gol, aos 75': após escanteio cobrado, Til chutou, a zaga afastou parcialmente, e o meio-campista da camisa 15 tentou de novo com sucesso - e outra falha de Castro, que deixou um chute fraco passar por baixo dele. Alireza, um dos melhores do jogo, conseguiu seu gol aos 81', ao receber lançamento em profundidade e tocar na saída do goleiro. Nem era necessário mais nada, mas Weghorst transformou a vitória em goleada aos 85', após driblar Dries Wuytens na área e chutar em diagonal. E nos acréscimos (90' + 1), o lateral Jonas Svensson marcou seu primeiro gol na Eredivisie - e confirmou a sexta vitória seguida (no quarto jogo sem sofrer gols), mantendo o AZ na vice-liderança do campeonato.
O Zwolle tomou um leve susto, mas se recompôs rapidamente para virar em cima do Excelsior (ANP/Pro Shots) |
Para tentar evitar a perigosa queda de desempenho do Excelsior, o técnico Mitchell van der Gaag fez uma alteração. Sobrou para o goleiro islandês Ögmundur Kristinsson: perdeu seu lugar para o veterano Theo Zwarthoed, que teve de trabalhar aos 6', defendendo o chute de Youness Mokhtar. Os Kralingers, mesmo em casa, só tiveram um momento de perigo por demérito da própria defesa visitante, aos 20': Kingsley Ehizibue tentou recuar a bola com o peito, e a mandou rente à trave de Diederik Boer, quase cometendo gol contra.
Pelo menos, o segundo tempo começou com um gol quase imediato. Aos 48', Mike van Duinen foi derrubado na área por Dirk Marcellis, o juiz Jeroen Manschot deu o pênalti, e o próprio Van Duinen fez 1 a 0. Mas a esperança do Excelsior de, enfim, vencer em casa foi abalada no minuto seguinte: Ryan Thomas cruzou, e Mustafa Saymak completou para o gol vazio. E aos 65', Younes Namli consumou a virada dos "Dedos Azuis", em ótima cobrança de falta (embora Zwarthoed pudesse ter ido melhor para a bola). A expulsão de Stanley Elbers, aos 83', dificultou ainda mais as coisas para os mandantes em Roterdã - e o azar também, com a bola na trave que Van Duinen mandou nos acréscimos. Segue outro excepcional trabalho na temporada: o do Zwolle, 4º colocado.
El Khayati chamou a responsabilidade na vitória do ADO Den Haag: dois gols e passe para outro (ANP/Pro Shots) |
Seguia grande o ânimo do Twente, após a reação vista contra o Ajax na rodada passada. E quando Danny Holla fez 1 a 0 aos 12', mandando a esférica no filó adversário em cobrança de falta, a torcida dos Tukkers acreditou que veria no Grolsch Veste a primeira vitória do time sob o comando de Gertjan Verbeek. Todavia, tal crença não durou muito: já aos 17', Nasser El Khayati completou para o 1 a 1, após um contra-ataque. E aos 21', o mesmo El Khayati cruzou a bola para Bjorn Johnsen fazer 2 a 1 num bonito voleio. Mas o Johnsen que virou o jogo para o Den Haag, momentaneamente, foi também o Johnsen que devolveu as esperanças à torcida do Twente: aos 35', Holla cobrou outro tiro livre, e o atacante norueguês de ascendência americana desviou acidentalmente de cabeça, cometendo gol contra.
No segundo tempo, Johnsen quase viu a sorte virar a seu favor: já aos 48', o goleiro Jorn Brondeel tentou sair jogando com um chute. Acertou o avante dos visitantes de Haia, e teve de voltar correndo para tirar a bola em cima da linha, antes que ela entrasse. Aos 62', novamente um duelo entre o arqueiro e o atacante, com vantagem para Brondeel, que espalmou o chute de Johnsen. O Twente teve motivos para reclamar no fim: aos 87', Fredrik Jensen foi visivelmente agarrado por Donny Gorter, mas o juiz Allard Lindhout nada marcou. Pior: no último minuto, após falha de Thomas Lam, El Khayati chutou colocado, por baixo das pernas de Jos Hooiveld, mandando nas redes e decretando a vitória dos visitantes, deixando o Twente na última colocação. O ânimo da rodada passada... ficou apenas nela, mesmo.
No segundo tempo, Johnsen quase viu a sorte virar a seu favor: já aos 48', o goleiro Jorn Brondeel tentou sair jogando com um chute. Acertou o avante dos visitantes de Haia, e teve de voltar correndo para tirar a bola em cima da linha, antes que ela entrasse. Aos 62', novamente um duelo entre o arqueiro e o atacante, com vantagem para Brondeel, que espalmou o chute de Johnsen. O Twente teve motivos para reclamar no fim: aos 87', Fredrik Jensen foi visivelmente agarrado por Donny Gorter, mas o juiz Allard Lindhout nada marcou. Pior: no último minuto, após falha de Thomas Lam, El Khayati chutou colocado, por baixo das pernas de Jos Hooiveld, mandando nas redes e decretando a vitória dos visitantes, deixando o Twente na última colocação. O ânimo da rodada passada... ficou apenas nela, mesmo.
A neve ameaçou, o jogo parou... mas Roda JC e Groningen puderam seguir até o final (Jeroen Putmans/VI Images) |
Roda JC 2x2 Groningen (domingo, 10 de dezembro)
Antes mesmo da partida em Kerkrade começar, já havia indicações de que a neve perturbaria o domingo na rodada do campeonato. Ela já caía fortemente, impedindo que fossem vistas as linhas do gramado - mas nada disso fez com que o juiz Pol van Boekel desistisse do apito inicial, que veio no horário previsto, com a típica bola laranja. E até houve gol: aos 14', Simon Gustafson aproveitou rebote do goleiro Sergio Padt, em chute de Dani Schahin, para fazer 1 a 0. Mas a situação de jogo seguia quase impossível. A gota d'água veio após o arqueiro do Roda, Hidde Jurjus, tirar um monte de neve só das linhas de marcação da pequena área: Pol van Boekel decidiu interromper o jogo.
Como que brincando com a cara dos jogadores (e dos corajosos torcedores que estavam no Parkstad Limburg Kerkrade), foi só a partida parar para a nevasca se interromper. Todos voltaram a campo para jogar após dez minutos, e Gustafson ampliou a vantagem dos Koempels mandantes com um belíssimo gol aos 34', tocando suavemente a bola sobre o goleiro. Mas três minutos depois, o Groningen começou a reagir: Jesper Drost cruzou, e Tom van Weert diminuiu a vantagem dos mandantes. Já no segundo tempo, aos 58', um lance mudou a história: Adil Auassar puxou Van Weert na área, o juiz marcou o pênalti, expulsou Auassar diretamente, e o atacante bateu para o 2 a 2. Oussama Idrissi e o mesmo Van Weert quase viraram, mas ficou mesmo o empate, num jogo que resistiu à neve.
Festejos natalinos? Ainda não: apenas Toornstra e Diks brincando com bolas de neve, diante do iminente cancelamento de Utrecht x Feyenoord (ANP/Pro Shots) |
Nem demorou tanto assim para que se soubesse que o jogo entre Sparta e Vitesse tinha de ser adiado, diante da situação impraticável do gramado em Het Kasteel, estádio dos mandantes. Porém, o pouco que a federação e a liga hesitaram já causou alguns problemas. Principalmente para os torcedores que iam a Roterdã - alguns adeptos do Vitesse tiveram até de empurrar o ônibus que os levava desde Arnhem. Pior ainda em Utrecht, onde o juiz Bjorn Kuipers e seus auxiliares iam e vinham do gramado coberto de neve, tentando se convencer de que era possível levar Utrecht x Feyenoord a cabo, mesmo diante da forte oposição dos envolvidos diretamente ("Mal se veem as linhas", reclamou Giovanni van Bronckhorst).
Primeiro, o jogo foi adiado por meia hora, e os jogadores do Feyenoord chegaram até a fazer um "projeto de aquecimento" antes do cancelamento definitivo. Diante das hesitações, a federação prometeu uma reunião com clubes e associações de torcedores, para definir mais rapidamente sobre cancelamentos em casos como os dois deste domingo. E evitar a excessiva demora, trocando responsabilidades com as prefeituras municipais ("Elas é que decidem sobre a situação fora do estádio", divulgou a KNVB em nota).
O Ajax tinha a bola, mas não arriscava. Uma hora, David Neres arriscou. Estava iniciada a vitória no clássico contra o PSV (ajax.nl) |
Jogando no 3-4-3 habitual das rodadas recentes, o Ajax começou como se esperava: trocando passes, esperando que um espaço aparecesse, enquanto o PSV se fechava - até natural, tendo em vista que os Boeren haviam começado a partida (15 minutos atrasada, para os torcedores chegarem a tempo à Amsterdam Arena após a neve) num 5-3-2, com Derrick Luckassen entrando como um terceiro zagueiro. Pior: quando tentou avançar, o PSV teve azar, aos 12 minutos. Ao correr disputando uma bola com Matthijs de Ligt, Jürgen Locadia distendeu o músculo posterior da coxa (só voltará na primeira rodada de 2018). Teve de sair imediatamente, dando lugar a Luuk de Jong. De resto, os mandantes Ajacieden trocavam passes, mas paravam na segura defesa do PSV. Como aos 14', quando Lasse Schöne tentou mandar a bola para a área num lançamento em profundidade, mas Jorrit Hendrix se antecipou, antes que a bola chegasse a David Neres. Restava aos destaques tentarem jogadas individuais. Como aos 17', quando Justin Kluivert arriscou avançar, mas Daniel Schwaab afastou para a linha de fundo.
As jogadas solitárias seguiram. Aos 21', um longo lançamento foi ajeitado por Hakim Ziyech, quase na linha de fundo. O marroquino cruzou para trás, mas ninguém chegou para concluir. No minuto seguinte, o camisa 10 apareceu de novo: com um passe, deixou David Neres livre na área, mas o arremate foi desviado por Derrick Luckassen para a linha de fundo. Aos 38', David Neres deixou a bola com Maximilian Wöber, mas Brenet conteve o cruzamento do zagueiro austríaco. No escanteio resultante, a chance mais real de gol: Ziyech cobrou, a bola passou no meio da área, e Kasper Dolberg completou de cabeça, por cima da meta. O PSV só assustara aos 32', quando Hirving Lozano fez sua primeira jogada de ataque: na esquerda, passou por Joël Veltman, cruzou, e Luuk de Jong só não finalizou porque De Ligt desviou para a linha de fundo. Mas a verdade era que, mesmo chegando até a 82% de posse de bola, o Ajax pouco chutara a gol. O líder da Eredivisie mantinha a cautela - e se dava bem até ali.
No segundo tempo, os Eindhovenaren começaram avançando mais ao ataque, também pelas pontas. Aos 48', Santiago Arias veio pela direita, mas seu cruzamento foi afastado por Kluivert. No córner que se seguiu, Gastón Pereiro mandou a bola, mas André Onana saiu bem do gol e agarrou. Depois, aos 51', Lozano alçou a bola na área, e De Ligt afastou de cabeça. Mas durou pouco. Aos 55', os donos da casa voltaram. Frenkie de Jong lançou em diagonal, e David Neres dominou a bola já na área. Porém, ao tentar cruzar, Brenet afastou providencialmente. Na sequência do escanteio, a bola correu até nova ótima chance dos Ajacieden: Kluivert mandou para a área, e De Ligt cabeceou livre, por cima do gol, perdendo valiosa oportunidade. Os escanteios se seguiam. Num deles, aos 61', veio o gol de que o Ajax precisava. Ziyech cobrou da esquerda, Isimat-Mirin ainda afastou de cabeça, mas David Neres arrematou de primeira, num voleio. A esférica passou por todos e foi no canto direito de Zoet para o 1 a 0. O sétimo tento marcado pelo brasileiro no campeonato não poderia ser mais importante.
Motivados, os Godenzonen aceleraram novamente o ritmo de seu ataque. Tiveram a recompensa aos 64', com o segundo gol. No meio, Schöne recebeu a bola de Van de Beek, passou por Luuk de Jong, e antes que Schwaab chegasse, o dinamarquês bateu forte, também à direita de Zoet, balançando as redes. Com a vitória já na alça de mira, ainda vieram chances como o arremate de Dolberg, aos 66', de longe - e para longe. Ou no cabeceio de Maximilian Wöber aos 67', que mandou a bola para a linha de fundo. E as perspectivas de reação dos Eindhovenaren se acabaram definitivamente aos 72', com o terceiro gol dos mandantes. Na área, David Neres dominou a bola após Luckassen perdê-la, conduziu-a até o meio e deixou Van de Beek livre na esquerda, para arrematar (a bola ainda desviou na trave) e fazer o gol que confirmou a vitória dos Ajacieden.
Com a partida decidida, os visitantes tiveram mais espaço, e quase marcaram duas vezes. Aos 80', Joshua Brenet levantou a bola na área, e Luuk de Jong teve liberdade para cabecear. Mas arrematou fraco, e Onana defendeu a bola no meio do gol. Depois, aos 84', numa falta próxima à área, Marco van Ginkel mandou a esférica no travessão. Mas era tarde para evitar uma vitória reanimadora dos Amsterdammers. Certo, o PSV ainda tem total controle, com cinco pontos de vantagem na liderança (e sete de vantagem para o rival que o derrotou). Mas vencer o clássico serve para que o ambiente fique mais respirável em Amsterdã, permitindo ao Ajax foco maior em busca da recuperação.
ADENDO
Sparta Rotterdam 0x1 Vitesse - terça-feira, 16 de janeiro de 2018 - jogo atrasado
Enquanto o Vitesse, bem melhor na tabela, fazia o primeiro jogo da Eredivisie em 2018 com um pouco de desalento no ar, pelo anúncio da saída do técnico Henk Fräser ao final da temporada, foi o Sparta Rotterdam, vice-lanterna, que demonstrou mais vitalidade no primeiro tempo. Primeiro, com dois chutes de Loris Brogno, aos 15' e 22', ambos defendidos pelo goleiro Remko Pasveer. E depois, com a grande chance de Robert Mühren, aos 35': após passe em profundidade do estreante Fred Friday (um dos emprestados pelo AZ), o atacante ficou livre na área, mas demorou para chutar. Resultado: foi desarmado por Guram Kashia.
Quase inativo ofensivamente na etapa inicial, o Vitesse teve a mudança necessária: a substituição de Luc Castaignos por Tim Matavz já melhorou a movimentação no ataque. Já aos 48', Milot Rashica chutou na rede pelo lado de fora. No minuto seguinte, o lateral Thomas Oude Kotte também desviou muito perto do gol. Finalmente, aos 64', o gol merecido do Vites: Rashica cruzou, e Mason Mount entrou livre na área para desviar e fazer 1 a 0. Estava definida a vitória para reanimar mais o time de Arnhem - e para dar a Dick Advocaat, que tentará fazer o que pode como técnico do Sparta, a certeza de que não será fácil salvar o agora lanterna da Eredivisie (menor saldo de gols que o do Roda JC).
Utrecht 1x1 Feyenoord - quarta-feira, 24 de janeiro de 2018 - jogo atrasado
Certo, a neve poupara Utrecht, ao contrário da data da 15ª rodada, quando ela motivou o adiamento do jogo. Mas o gramado estava ruim, na partida atrasada. Só restava às equipes bolas altas. Por exemplo, aos 7': Steven Berghuis lançou a bola esperando que alguém a alcançasse, mas ela foi diretamente para as mãos do goleiro David Jensen. O Utrecht só tentou aos 20': Jeremiah St. Juste teve a bola roubada por Gyrano Kerk, que imediatamente tentou um lançamento em profundidade - que saiu fraco, sendo fácil para a defesa de Brad Jones. Se estava difícil chegar com cruzamentos ou com passes, restava uma alternativa: chutes. Assim Sam Larsson fez, aos 23'. E assim o sueco se deu muito bem: recebeu de Berghuis e arrematou da meia-lua. A bola desviou numa saliência do gramado, Jensen falhou, ela entrou no canto esquerdo e colocou o 1 a 0 do Stadionclub no placar.
Sem muito espaço, o Utrecht tentava inócuas bolas aéreas. Só uma iniciativa individual salvou os Utregs. E veio de quem mais se mexia no ataque: Gyrano Kerk. Aos 40', ele recebeu a bola de Yassin Ayoub, passou por três em sequência (Van Beek, St. Juste e Tapia) e tocou na saída de Jones para fazer 1 a 1. Estava dado o sinal para uma melhora do jogo no segundo tempo. O time da casa passou a pressionar mais no Galgenwaard. Já aos 47', após falha de Tapia na saída de bola, Ayoub tentou cruzar, mas pegou mal, e Jones defendeu. Aos 50', mais avanços dos Utregs: Kerk sofreu falta na esquerda, rente à área. Ayoub cobrou, e Jones agarrou em dois tempos. E aos 54', após o goleiro australiano cobrar mal um tiro de meta, de novo o meio-campista marroquino ficou com a bola - desta vez ele lançou Kerk, e o atacante concluiu perto do gol.
O primeiro sinal de vida do Feyenoord veio só aos 57', numa cobrança de falta de Berghuis, espalmada por Jensen. Mas logo na sequência, Jones teve de aparecer de novo, interceptando um cruzamento de Zakaria Labyad. Aos 60', em cobrança de escanteio, Dylan Vente (titular, no lugar do suspenso Nicolai Jorgensen) ainda desviou a bola perto da trave esquerda. Mas aos 63', o Utrecht teve o melhor momento para virar o placar: Cyriel Dessers (havia segundos em campo) cruzou para Labyad complementar, mas Jones salvou o Stadionclub. Depois, o ritmo da partida abaixou de novo. Precisando da vitória, o Feyenoord enfim viu a esperada reestreia de Robin van Persie, aos 81, no lugar de Vente. 5015 dias após seu último jogo pela Eredivisie, ele teve uma chance de marcar, já nos acréscimos. Mas mandou a bola por cima. E o Feyenoord amargou mais um tropeço na temporada.
As jogadas solitárias seguiram. Aos 21', um longo lançamento foi ajeitado por Hakim Ziyech, quase na linha de fundo. O marroquino cruzou para trás, mas ninguém chegou para concluir. No minuto seguinte, o camisa 10 apareceu de novo: com um passe, deixou David Neres livre na área, mas o arremate foi desviado por Derrick Luckassen para a linha de fundo. Aos 38', David Neres deixou a bola com Maximilian Wöber, mas Brenet conteve o cruzamento do zagueiro austríaco. No escanteio resultante, a chance mais real de gol: Ziyech cobrou, a bola passou no meio da área, e Kasper Dolberg completou de cabeça, por cima da meta. O PSV só assustara aos 32', quando Hirving Lozano fez sua primeira jogada de ataque: na esquerda, passou por Joël Veltman, cruzou, e Luuk de Jong só não finalizou porque De Ligt desviou para a linha de fundo. Mas a verdade era que, mesmo chegando até a 82% de posse de bola, o Ajax pouco chutara a gol. O líder da Eredivisie mantinha a cautela - e se dava bem até ali.
No segundo tempo, os Eindhovenaren começaram avançando mais ao ataque, também pelas pontas. Aos 48', Santiago Arias veio pela direita, mas seu cruzamento foi afastado por Kluivert. No córner que se seguiu, Gastón Pereiro mandou a bola, mas André Onana saiu bem do gol e agarrou. Depois, aos 51', Lozano alçou a bola na área, e De Ligt afastou de cabeça. Mas durou pouco. Aos 55', os donos da casa voltaram. Frenkie de Jong lançou em diagonal, e David Neres dominou a bola já na área. Porém, ao tentar cruzar, Brenet afastou providencialmente. Na sequência do escanteio, a bola correu até nova ótima chance dos Ajacieden: Kluivert mandou para a área, e De Ligt cabeceou livre, por cima do gol, perdendo valiosa oportunidade. Os escanteios se seguiam. Num deles, aos 61', veio o gol de que o Ajax precisava. Ziyech cobrou da esquerda, Isimat-Mirin ainda afastou de cabeça, mas David Neres arrematou de primeira, num voleio. A esférica passou por todos e foi no canto direito de Zoet para o 1 a 0. O sétimo tento marcado pelo brasileiro no campeonato não poderia ser mais importante.
David Neres começara, e Lasse Schöne continuou: seu gol encaminhou a vitória do Ajax no clássico (ANP/Pro Shots) |
Com a partida decidida, os visitantes tiveram mais espaço, e quase marcaram duas vezes. Aos 80', Joshua Brenet levantou a bola na área, e Luuk de Jong teve liberdade para cabecear. Mas arrematou fraco, e Onana defendeu a bola no meio do gol. Depois, aos 84', numa falta próxima à área, Marco van Ginkel mandou a esférica no travessão. Mas era tarde para evitar uma vitória reanimadora dos Amsterdammers. Certo, o PSV ainda tem total controle, com cinco pontos de vantagem na liderança (e sete de vantagem para o rival que o derrotou). Mas vencer o clássico serve para que o ambiente fique mais respirável em Amsterdã, permitindo ao Ajax foco maior em busca da recuperação.
ADENDO
Enquanto o Vitesse mantém alguma estabilidade com a vitória, o Sparta Rotterdam segue cada vez mais ameaçado (Pro Shots) |
Enquanto o Vitesse, bem melhor na tabela, fazia o primeiro jogo da Eredivisie em 2018 com um pouco de desalento no ar, pelo anúncio da saída do técnico Henk Fräser ao final da temporada, foi o Sparta Rotterdam, vice-lanterna, que demonstrou mais vitalidade no primeiro tempo. Primeiro, com dois chutes de Loris Brogno, aos 15' e 22', ambos defendidos pelo goleiro Remko Pasveer. E depois, com a grande chance de Robert Mühren, aos 35': após passe em profundidade do estreante Fred Friday (um dos emprestados pelo AZ), o atacante ficou livre na área, mas demorou para chutar. Resultado: foi desarmado por Guram Kashia.
Quase inativo ofensivamente na etapa inicial, o Vitesse teve a mudança necessária: a substituição de Luc Castaignos por Tim Matavz já melhorou a movimentação no ataque. Já aos 48', Milot Rashica chutou na rede pelo lado de fora. No minuto seguinte, o lateral Thomas Oude Kotte também desviou muito perto do gol. Finalmente, aos 64', o gol merecido do Vites: Rashica cruzou, e Mason Mount entrou livre na área para desviar e fazer 1 a 0. Estava definida a vitória para reanimar mais o time de Arnhem - e para dar a Dick Advocaat, que tentará fazer o que pode como técnico do Sparta, a certeza de que não será fácil salvar o agora lanterna da Eredivisie (menor saldo de gols que o do Roda JC).
Labyad e St. Juste disputam a bola: Utrecht e Feyenoord só empolgaram a torcida no segundo tempo (Pro Shots) |
Certo, a neve poupara Utrecht, ao contrário da data da 15ª rodada, quando ela motivou o adiamento do jogo. Mas o gramado estava ruim, na partida atrasada. Só restava às equipes bolas altas. Por exemplo, aos 7': Steven Berghuis lançou a bola esperando que alguém a alcançasse, mas ela foi diretamente para as mãos do goleiro David Jensen. O Utrecht só tentou aos 20': Jeremiah St. Juste teve a bola roubada por Gyrano Kerk, que imediatamente tentou um lançamento em profundidade - que saiu fraco, sendo fácil para a defesa de Brad Jones. Se estava difícil chegar com cruzamentos ou com passes, restava uma alternativa: chutes. Assim Sam Larsson fez, aos 23'. E assim o sueco se deu muito bem: recebeu de Berghuis e arrematou da meia-lua. A bola desviou numa saliência do gramado, Jensen falhou, ela entrou no canto esquerdo e colocou o 1 a 0 do Stadionclub no placar.
Sem muito espaço, o Utrecht tentava inócuas bolas aéreas. Só uma iniciativa individual salvou os Utregs. E veio de quem mais se mexia no ataque: Gyrano Kerk. Aos 40', ele recebeu a bola de Yassin Ayoub, passou por três em sequência (Van Beek, St. Juste e Tapia) e tocou na saída de Jones para fazer 1 a 1. Estava dado o sinal para uma melhora do jogo no segundo tempo. O time da casa passou a pressionar mais no Galgenwaard. Já aos 47', após falha de Tapia na saída de bola, Ayoub tentou cruzar, mas pegou mal, e Jones defendeu. Aos 50', mais avanços dos Utregs: Kerk sofreu falta na esquerda, rente à área. Ayoub cobrou, e Jones agarrou em dois tempos. E aos 54', após o goleiro australiano cobrar mal um tiro de meta, de novo o meio-campista marroquino ficou com a bola - desta vez ele lançou Kerk, e o atacante concluiu perto do gol.
Van Persie empolgou a torcida, que o queria ver de volta em campo. Por dez minutos, viu (Pim Ras) |
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