O Zwolle tinha muitos desfalques para a rodada. E o ADO Den Haag foi impiedoso: goleada para terminar 2017 (Pro Shots) |
Mesmo com uma campanha quase irrepreensível no primeiro turno, para os padrões do clube pequeno que é, o Zwolle começava o returno do Campeonato Holandês sem jogadores importantes, como o zagueiro Dirk Marcellis e o atacante Youness Mokhtar, ambos suspensos (e no aquecimento, ainda perdeu Mustafa Saymak, lesionado). O ADO Den Haag aproveitou as ausências, começou se impondo e criou três boas chances - aos 11' e aos 14, Sheraldo Becker perdeu dois chutes em sequência diante do goleiro Diederik Boer, e Erik Falkenburg arrematou de longe para outra intervenção do arqueiro, aos 22'. Bola espalmada, escanteio, Nasser El Khayati cobrou... e o próprio Falkenburg completou de cabeça para o 1 a 0 merecido dos mandantes.
Só depois de ficar em desvantagem o desfigurado Zwolle começou a tentar mais o gol, em chegadas de Wouter Marinus e Sander van Looy. Porém, era visível a superioridade do Den Haag. E ela foi comprovada com o segundo gol, aos 44', em jogada semelhante à do primeiro: bola parada cobrada por El Khayati (desta vez, uma falta), desvio de cabeça (agora de Bjorn Johnsen), barbante balançado. No segundo tempo, nem mesmo uma mudança nos Zwollenaren - Stef Nijland entrou para melhorar o meio-campo - surtiu efeito. Já aos 52', veio o terceiro gol auriverde em Haia: Johnsen passou, Becker cruzou, e Falkenburg para o gol finalizou. Finalmente, aos 62', Johnsen também teve o seu segundo gol, desviando cruzamento de Tyronne Ebuehi. O Zwolle continua melhor na tabela (já tem a quarta posição assegurada na pausa de inverno), mas o Den Haag é que terminou 2017 alegre.
Além de amargar a derrota num duelo equilibrado com o NAC Breda, o Utrecht pode perder seu técnico (Pieter Stam de Jonge/VI Images) |
Nem a pressão sobre o NAC Breda, para se distanciar da zona de repescagem/rebaixamento, era tão grande quanto a súbita pressão sobre o técnico do Utrecht - afinal, desde a sexta se sabe que é Erik ten Hag o principal candidato a treinar o Ajax, após a demissão de Marcel Keizer. Em campo, o que se viu foi muito equilíbrio. O time da casa atacou de um lado (aos 12', Thierry Ambrose desviou de cabeça para Rai Vloet chutar, a bola passou do goleiro David Jensen, mas Mark van der Maarel tirou em cima da linha); e os Utregs responderam num desvio de Zakaria Labyad, aos 22', que causou problemas ao goleiro Mark Birighitti. Coube a dois espanhóis emprestados pelo Manchester City abrirem o placar para o time da casa, aos 26': Angeliño cruzou, e Pablo Marí cabeceou para o 1 a 0. Mesmo uma substituição do Utrecht deu ainda mais alegria à torcida do NAC Breda: aos 40', o lesionado Yassin Ayoub deu lugar a Cyriel Dessers, destaque do time de Breda na campanha do acesso em 2016/17, aplaudido assim que entrou em campo (até deu volta olímpica após o jogo).
A alegria poderia ter ficado maior ainda no segundo tempo, aos 52', quando Mounir El Allouchi mandou a bola perto do gol num chute colocado (Jensen pulou para defender). Depois, o Utrecht chegou perto do empate em arremates de Sean Klaiber (aos 57') e Dessers (aos 70'), ambos bem defendidos por Birighitti. Justamente nesse momento, aos 72', coube a Ambrose tranquilizar o NAC Breda, fazendo 2 a 0 ao completar cruzamento desviado por Vloet. Dessers ainda animou os visitantes ao marcar o gol de honra, aos 75', mas Angeliño aproveitou uma cobrança de falta (que rendeu cartão vermelho a Rico Strieder), nos acréscimos, para bater com precisão e fazer o 3 a 1 que deu o respiro que a torcida do NAC precisava para passar a intertemporada: fora da zona de repescagem/rebaixamento. Ao Utrecht, além da derrota, aumenta o temor de perder o técnico, pelas palavras do próprio Erik ten Hag à FOX Sports: "Depende do Ajax. Se eles tomarem uma decisão, precisarão falar com o Utrecht. Mas eu estaria aberto à oportunidade".
O AZ saiu atrás no placar, ficou com um jogador a mais, e só então pressionou. Coube a Fred Friday ser o nome da virada sobre o Heerenveen (ANP/Pro Shots) |
Da maneira com que a partida começou em Alkmaar, o time da casa prometia superar o Heerenveen com facilidade: já aos quatro minutos, Ricardo van Rhijn mandou a bola na trave, em cobrança de falta. Depois, aos 14', Thomas Ouwejan cruzou, e Guus Til completou por cima da meta adversária. Então, o ritmo da partida se desacelerou, até que um erro defensivo dos visitantes rendeu outra possibilidade ao AZ: aos 37', aproveitando saída de bola errada, Joris van Overeem (novamente titular, substituindo Mats Seuntjens) lançou Ouwejan, mas o lateral esquerdo ficou sem ângulo para chutar, e bateu em cima do arqueiro Warner Hahn. Logo no começo do segundo tempo, o Heerenveen mostrou ter aprendido a lição. Logo aos 47', Morten Thorsby quase marcou. No minuto seguinte, Pelle van Amersfoort foi mais eficaz, e fez 1 a 0 para o Fean.
Na frente, o Fean cresceu no jogo, e quase fez 2 a 0 aos 52', quando Michel Vlap finalizou em cima do goleiro Marco Bizot. A partir de então, a partida ficou mais truncada, com faltas - e duas delas renderam dois cartões amarelos a Thorsby, enfim expulso pelo segundo deles aos 68'. Foi a senha que o AZ esperava para arriscar tudo em busca da vitória, indo para o ataque. Abriu espaços atrás, e levou susto aos 79', quando Lucas Woudenberg quase fez o segundo do Heerenveen. Mas enfim veio o empate aos 80', num golpe de sorte: Ouwejan cruzou, e o lateral Denzel Dumfries desviou acidentalmente para as próprias redes. E coube ao nigeriano Fred Friday manter o time de Alkmaar firme na disputa pela segunda posição: ele consumou a virada aos 84', completando cruzamento de Til, e fez 3 a 1 aos 88' - desta vez, com Jeremy Helmer passando. Outra vitória para impor respeito.
Após alguns jogos de baixa, Lozano reapareceu. Foi o bastante para definir mais uma vitória do PSV (Jeroen Putmans/VI Images) |
O Vitesse foi encarar o líder do campeonato do mesmo modo que o ADO Den Haag fizera na rodada passada: confiando na defesa - os visitantes de Arnhem tiveram o time escalado com três zagueiros, mas num 5-3-2. Pelo menos, tiveram mais méritos: o PSV demorou para criar chances. Só aos 9' é que os Boeren chegaram: Bart Ramselaar segurou a bola pelo meio, até passá-la a Santiago Arias. O lateral colombiano cruzou da direita, e Luuk de Jong subiu para o cabeceio - fraco, mandando a bola sem problemas para o goleiro Remko Pasveer. Aos 13', outra boa chance: Marco van Ginkel roubou bem a bola, e após troca de passes, ela parou nos pés de Steven Bergwijn, cujo chute foi travado por Matt Miazga. E no minuto seguinte, Hendrix lançou a bola em profundidade para Van Ginkel chegar livre à área com ela. Porém, o meio-campista tocou em cima de Pasveer, que evitou o gol. E a defesa do Vites seguia bem postada - algo mostrado aos 16', quando cruzamento de Lozano parou nos pés de Guram Kashia.
Quando a bola passava, havia ainda o goleiro. Como aos 18', quando Arias pegou a bola antes que ela saísse pela linha de fundo, e cruzou para Lozano completar - e Pasveer defender. Aos 27', Hendrix cruzou, Kashia rebateu parcialmente, e Lozano pegou a sobra num chute forte, que Pasveer espalmou. No escanteio subsequente, novamente o mexicano tentou - e novamente o arqueiro do Vitesse impediu o gol. Mas o Vitesse estava vivo no jogo. E deu a primeira estocada numa falha de Daniel Schwaab, aos 31': o zagueiro alemão errou passe em frente à área, deixando Milot Rashica livre com a bola. O atacante albanês só não fez o gol porque Zoet evitou com grande intervenção, tirando a bola com os pés. No minuto seguinte, bastou: numa inversão de jogo, o Vitesse surpreendeu, fazendo 1 a 0. Ainda do campo de defesa, Lassana Faye mandou a bola para a área, da direita. Ela alcançou Bryan Linssen, e o camisa 9 tocou na saída de Jeroen Zoet. Na pequena área, impedido, Matavz tocou para o gol vazio e abriu o placar - até houve reclamação sobre eventual impedimento do atacante esloveno, mas ele estava atrás da linha da bola.
A desvantagem inesperada desnorteou o PSV por alguns minutos, e o Vitesse até se animou mais - como aos 37', num chute de Thomas Bruns (substituto do lesionado Navarone Foor), para fora. Porém, os donos da casa se reanimaram aos 39': um cruzamento de Lozano mandou a bola na cabeça de Luuk de Jong, e seu cabeceio quase pegou no contrapé de Pasveer. A bola saiu por muito pouco. E aos 43', por fim, veio o gol para acalmar os Eindhovenaren. De falta, Lozano jogou a bola na área, e duas falhas (uma de marcação, outra de Pasveer na saída de bola) deixaram Daniel Schwaab livre para cabecear a esférica rumo ao gol vazio, fazendo 1 a 1 ainda antes do intervalo. No segundo tempo, o Vitesse até ousou algo no começo, num arremate fraco de Matavz, que Jeroen Zoet pegou aos 49'. Mas aos 53', enfim os Boeren recolocaram a ordem definitivamente na casa, com o gol da virada. Feito com beleza: Van Ginkel chegou perto da área e passou a Ramselaar. Coube ao meio-campista apenas ajeitar de calcanhar para o chute forte de Lozano, que estufou as redes de Pasveer no 2 a 1.
Quando Matavz abriu o placar, o Vitesse sonhou impor ao PSV a primeira derrota em Eindhoven no ano - justamente na partida derradeira (Pro Shots/vitesse.nl) |
Excelsior e Twente brigaram com a bola na partida (Den Breejen/VI Images) |
Antes do jogo, para celebrar o final de ano, a torcida do Excelsior planejava um show pirotécnico no estádio. Ficou no planejamento - por problemas técnicos, as pirotecnias foram deixadas de lado. O problema é que os 90 minutos em Roterdã fizeram com que os adeptos sentissem falta de qualquer outra animação, tal foi o marasmo visto em campo. No primeiro tempo, a única chance vista foi aos 25 minutos, quando Jordy de Wijs cruzou, a bola passou por Stanley Elbers e Mike van Duinen, e o lateral Cristián Cuevas quase fez gol contra - seu desvio com o peito só não entrou pela defesa do goleiro Joël Drommel, salvando o Twente. Aos 40', os visitantes tentaram algo num chute de Thomas Lam, bem defendido por Theo Zwarthoed. No segundo tempo, só Ryan Koolwijk tentou algo, nos acréscimos - mas nada que trouxesse ânimo. O 0 a 0 ainda foi muito pelo que se viu em campo.
O Groningen buscou muito o gol no primeiro tempo. E logo no começo do segundo, Veldwijk abriu o caminho para a goleada (Ronald Bonestroo/VI Images) |
O Sparta Rotterdam foi o primeiro clube da Eredivisie a ter demitido seu treinador nesta semana (horas após o 7 a 0 sofrido para o Feyenoord, Alex Pastoor perdeu o emprego). Mas pelo que se viu no estádio Noordlease, de pouco adiantou. Sob o comando do interino Dolf Roks, os Spartanen continuaram sofrendo no primeiro tempo. Até tiveram boas chances em dois chutes de Loris Brogno, aos 15' e aos 27' (o primeiro foi defendido pelo goleiro Sergio Padt, o segundo saiu). Contudo, o Groningen mandou em sua casa. Quase fez o gol aos 19', numa cobrança de falta de Juninho Bacuna. E aos 31', quando Oussama Idrissi, de fora da área, mandou a bola na trave - a mesma coisa fez Mimoun Mahi, aos 41' (nenhum outro clube teve tantas bolas na trave quanto o Groningen: 16).
Finalmente, aos 50', Lars Veldwijk deu a merecida vantagem aos Groningers: após afastamento parcial do zagueiro Michel Breuer, Idrissi ajeitou de calcanhar para o atacante finalizar e fazer 1 a 0. Depois, Robert Mühren até deu ao Sparta uma esperança (seu chute foi bem defendido por Padt, aos 53'). E o Groningen teve de esperar até os 74' para o gol que encaminhou a vitória, quando Tom van Weert completou para as redes o cruzamento de Mahi. No final, o triunfo virou goleada, com um gol contra de Frederik Holst (aos 86') e com um complemento de Ritsu Doan (aos 90'). Numa temporada turbulenta, pelo menos o Groningen vai para a intertemporada relaxado - e o Sparta só agradece a existência do Roda JC. Não fosse o saldo de gols pior do time de Kerkrade, estaria em último lugar.
Por três vezes a torcida do VVV-Venlo pôde celebrar essa imagem: Thy chamando a responsabilidade e marcando gol, nos 3 a 1 sobre o Heracles Almelo (ANP/Pro Shots) |
Num jogo entre duas equipes no meio de tabela, coube ao alemão Lennart Thy dar ao VVV-Venlo a tranquilidade para terminar 2017. O alemão fez 1 a 0 já aos 17 minutos, completando a jogada com um forte chute no canto esquerdo do goleiro Bram Castro. Aí, o Heracles assustou um pouco, com o empate aos 27': Roel Janssen agarrou Tim Breukers na área, o juiz Christiaan Bax apitou o pênalti, e Reuven Niemeijer fez o 1 a 1 para os Heraclieden. E foi o suficiente para a partida em Venlo ficar mais equilibrada - os visitantes de Almelo tiveram grande chance aos 35', em passe de Niemeijer que chegou à área sem ninguém alcançar.
O segundo tempo começou do mesmo jeito que o primeiro terminara: com as duas equipes tentando criar chances para o gol. Coube ao VVV, porém, ser mais eficiente. Graças a Thy, de novo: aos 54', o ponta-de-lança alemão fez 2 a 1, aproveitando passe em profundidade de Vito van Crooij para finalizar nas redes. Mesmo em vantagem, porém, a vitória dos Venlonaren só foi assegurada definitivamente aos 76': Clint Leemans arriscou um primeiro chute, a bola desviou na defesa e sobrou para... Lennart Thy, que bateu para se tornar o primeiro jogador do VVV desde 1994 a marcar três gols num jogo do Campeonato Holandês. E no meio da tabela, o clube de Venlo terminará 2017 na frente: 10º lugar, contra 11º do Heracles.
Kluivert até fez o gol de empate, mas David Neres foi o destaque real na vitória salvadora do Ajax (ANP) |
Com meros 54 segundos de jogo na ainda Amsterdam Arena, o Ajax já tentou um gol para amenizar as desconfianças após a turbulenta semana da demissão do técnico Marcel Keizer: David Neres tabelou com Klaas-Jan Huntelaar (de novo titular), e finalizou da direita na grande área. Mas a bola foi afastada por um zagueiro, para fora. Donny van de Beek teve chance ainda melhor aos 7': recebeu a bola já na grande área, de Hakim Ziyech. Porém, a finalização foi a pior possível: após se livrar do zagueiro Freek Heerkens, Van de Beek bateu por cima do gol, tendo apenas o goleiro Mattijs Branderhorst à frente. O meio-campista da camisa 6 ainda pôde chutar de novo aos 13', ao receber passe de David Neres. Desta vez, Branderhorst agarrou a bola com firmeza. Só aos 20' o Willem II apareceu perigosamente. Após lançamento para a área, Fran Sol disputou a bola de cabeça com Joël Veltman, e ela caiu nos pés de Ismaïl Azzaoui, que finalizou a jogada - para fora.
Depois, foi Ziyech que tentou colocar os mandantes na frente. Aos 23', o marroquino cobrou escanteio sinuoso e fechado, e o goleiro Branderhorst precisou evitar o gol olímpico, defendendo a bola em dois tempos. O camisa 10 cruzou de novo aos 25', com bola rolando, e Huntelaar chegou para tentar completar - a bola foi mais rápida. Aos 28', foi perigoso sozinho: numa cobrança de falta, forçou Branderhorst a espalmar a bola para fora. E aos 32', Branderhorst espalmou outro chute de Ziyech, de fora da área. Porém, os Ajacieden tiveram um primeiro revés aos 38': com dores no joelho, Huntelaar teve de dar lugar a Kasper Dolberg. E no minuto final do primeiro tempo, o Willem II quase aproveitou um lapso. André Onana errou na saída de bola, deixando-a nos pés de Azzaoui, e o atacante passou por Frenkie de Jong, ficando livre na área para chutar. Porém, finalizou exatamente nas pernas do goleiro camaronês, que consertou seu erro e salvou o Ajax.
Fran Sol assustou o Ajax com o gol que abriu o placar na Amsterdam Arena (ANP/Pro Shots) |
Segundos depois, coube a Justin Kluivert, enfim, fazer o que o Ajax precisava: gol. Aos 63', o camisa 45 se valeu de uma jogada comum para mandar a esférica no filó adversário. Veio da esquerda, trouxe a bola para o meio e arriscou chute forte e alto, da entrada da área. Branderhorst nem arriscou a defesa: a bola foi no ângulo esquerdo, indefensável, para o golaço do 1 a 1. A pressão se intensificou ainda mais, e até De Ligt teve uma chance para chamar de sua, aos 70' - veio da defesa, recebeu a bola na área, e bateu no lado externo da trave. De tanto pressionar, de tanto buscar o gol da virada, o Ajax enfim o conseguiu, aos 72'. David Neres fez mais uma de suas insinuantes jogadas pela esquerda: veio à linha de fundo, tirou o zagueiro Jop van der Linden da jogada com um corte seco, e cruzou. A bola passou por Branderhorst, e Dolberg teve o trabalho simples de escorar a bola na pequena área para o 2 a 1 salvador. E após tantos dribles, David Neres enfim fez o seu gol, aos 81'. Impedido, é verdade: o brasileiro estava um pouco à frente dos zagueiros quando recebeu a bola de Siem de Jong, que a mandou de calcanhar após um primeiro passe de Ziyech. Mesmo assim, Neres tocou na saída de Branderhorst para fazer 3 a 1, coroar sua ótima atuação - e enfim, tranquilizar o Ajax. Que, pelo menos, manteve a distância para o PSV em cinco pontos. E terá a intertemporada para amainar as turbulências e achar um novo técnico. Até porque o returno já voltará com clássico contra o Feyenoord, no dia 21...
Berghuis terminou bem 2017: os dois gols lhe tornaram goleador da Eredivisie. E o Feyenoord também sorriu com a goleada (Tom Bode/VI Images) |
Bastaram 54 segundos de primeiro tempo em De Kuip para que a torcida do Feyenoord tivesse a sensação de que a vitória era líquida e certa. Foi nesse tempo que Renato Tapia lançou a bola do campo de defesa, diretamente para Steven Berghuis, livre no ataque. Ele cruzou da direita, Sam Larsson desviou com passe de calcanhar, e Nicolai Jorgensen apenas completou na saída do goleiro Hidde Jurjus para já fazer 1 a 0. Tinha mais: aos três minutos, Berghuis novamente cruzou, e Tonny Vilhena entrou livre pelo meio da área, completando forte para Jurjus defender com dificuldades. O Roda JC sequer saíra do campo de defesa, e o Stadionclub já aproveitou para fazer o segundo gol com meros quatro minutos. Após erro na saída de bola, Larsson dominou-a no meio, tocou para Jorgensen. Da esquerda, o dinamarquês cruzou rasteiro, a bola atravessou a área, e sobrou para Jens Toornstra bater do jeito que todo atacante gosta: um chute forte, no ângulo, que acertou a microcâmera de tão preciso. Um 2 a 0 inapelável, que fez a torcida pedir por "dez".
Talvez mais pedidos poderiam ter vindo aos seis minutos, quando Jorgensen concluiu da direita para Jurjus agarrar. Só aos 9' o Roda tentou algo: Tsiy William Ndenge veio pela esquerda à linha de fundo, tocou para trás, mas Karim El Ahmadi interceptou tirando por cima do gol. Os Feyenoorders já responderam com uma chance de gol maior ainda: aos 11', Bart Nieuwkoop cruzou quase em cima da linha de fundo, e Vilhena perdeu o gol em ótimas condições: livre no meio, cabeceou para fora, rente à trave direita de Jurjus. E as chances se avolumaram no resto do primeiro tempo. Aos 17', do meio, Jorgensen deixou a esférica para Vilhena bater (Jurjus tirou com o pé esquerdo). Aos 25', como fizera no primeiro gol, Tapia avançou para o meio-campo e lançou a bola. Toornstra entrou livre na área, mas perdeu tempo no domínio da bola, e Jurjus pôde defender com tranquilidade. E aos 35', Toornstra cruzou já na área, e Berghuis cabeceou no lado oposto, para fora - chegou a pedir pênalti, mas o juiz Jochem Kamphuis fez que não ouviu.
Jorgensen encaminhou a vitória logo no começo do jogo, com duas bolas no filó adversário (ANP/Pro Shots) |
Jorgensen teve a chance de marcar o quarto gol aos 61' (o zagueiro Frédéric Ananou interceptou). O Roda ainda tentou algo em chutes de Gustafson (cobrança de falta aos 77') e Schahin (chute, aos 79'). Até que a vitória do Feyenoord virou goleada aos 89', quando Berghuis fez o seu primeiro gol, completando cruzamento de Jorgensen após Sofyan Amrabat fazer o corta-luz. E até houve tempo para o camisa 19 do time de Roterdã fazer 5 a 1, nos acréscimos, completando contra-ataque e fazendo com que 2017 terminasse tão em alta quanto foi a primeira metade do ano em De Kuip. E até dando esperanças expressas pelo próprio Berghuis, novo goleador do campeonato, à FOX Sports holandesa: "Vamos buscar o PSV". A ver se a intertemporada dá meios ao time para tal façanha.
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