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Wijnaldum (8) evitou que a Holanda sofresse mais contra Belarus. Mas a vitória veio novamente sem brilho (EPA) |
De novo, nas Eliminatórias da Euro 2020, a seleção da Holanda encarou um adversário fechado - que trouxe algum perigo nos contra-ataques. De novo, a maior qualidade individual dos jogadores holandeses acabou trazendo a vitória - agora, de maneira um pouco mais tranquila do que na quinta-feira, contra a Irlanda do Norte. E de novo, o triunfo veio sem o bom nível técnico que esta geração pode oferecer em campo. Mas a eficiência traz algo importante: a Laranja está muito perto da volta a uma grande competição. Falta pouco.
Pareceu que faltaria mais quando a partida começou no Estádio Dínamo. E nem deveria, uma vez que Ronald Koeman enfim fez o que muito se pede: escalou um time bastante ofensivo. No meio-campo, Donny van de Beek enfim começava como titular, no lugar de Marten de Roon. E no ataque, sem o lesionado e cortado Memphis Depay, Donyell Malen ganhava uma oportunidade para dar sequência à boa fase que vive em campo. Sem contar Quincy Promes, mais "agudo" do que Ryan Babel - e, por isso, iniciando entre os titulares na esquerda.
Porém, o que se viu no início da partida em Minsk foi preocupantemente parecido com o que se viu em Roterdã, há três dias: um time tocando e tocando, sem o mínimo espaço para chegar à grande área de Belarus - afinal, a defesa bielorrussa evitava deixar espaços para os lançamentos em profundidade. Além do mais, os anfitriões tinham um perigo adicional: eram mais perigosos nos contra-ataques, graças à força física de Denis Laptev, o único atacante. E às falhas frequentes de Matthijs de Ligt: o zagueiro segue lento, perdendo bolas - perdeu duas, aos 24'. No escanteio surgido logo depois, aos 26', o próprio Laptev deu o primeiro grande susto, num chute na pequena área, à direita de Jasper Cillessen.
Para piorar, a Laranja não criava chances. As únicas coisas "próximas" disso foram um toque de Van de Beek que tentou encobrir o goleiro Alyaksandr Gutor, aos 20' - e Gutor também evitou finalização de Promes, aos 31'. Aí, Georginio Wijnaldum foi o responsável por tranquilizar rapidamente as coisas. Pelo gol de cabeça que fez aos 32', após cruzamento de Promes. E pelo belíssimo segundo gol que marcou, aos 41', num chute de fora da área, que rumou ao ângulo esquerdo de Gutor, indefensável.
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De Ligt foi constantemente pressionado pelos bielorrussos na tentativa de um contra-ataque - e às vezes, falhou (AFP) |
E aí, a Holanda relaxou. Tanto que, já aos dez segundos da etapa final, Igor Stasevich deu um chute perigoso, que passou perto do gol. Mesmo em vantagem, o time visitante seguia perdendo bolas no meio-campo, seguia dando espaço para os contragolpes, seguia oferecendo aos bielorrussos a chance de um gol. Chance enfim aproveitada, aos 54', quando Dzyanis Polyakov cruzou, De Ligt abandonou cedo demais a jogada, Virgil van Dijk demorou para subir, e Stanislav Dragun cabeceou para fazer o gol de Belarus.
O temor de um empate só não foi mais real porque os próprios mandantes perderam o ritmo. Dali por diante, só mais uma chance concreta de gol: Stasevich, aos 59', num chute após roubar a bola de Daley Blind. Depois, a Holanda voltou a controlar o jogo. Sem brilhar, apenas trocando passes, vendo a entrada de Luuk de Jong para tentar reter a bola no ataque, até conseguindo algumas oportunidades valiosas para o terceiro gol - oportunidades perdidas: por Malen, aos 79', e por Wijnaldum, no último minuto.
De todo modo, a Holanda conseguiu. Mais três pontos, liderança mantida no grupo C das Eliminatórias. E bastam mais três pontos para se garantir na Euro. A única necessidade é manter a competitividade alta.
Eliminatórias da Euro 2020
Belarus 1x2 Holanda
Local: Estádio Dínamo (Minsk)
Data: 13 de outubro de 2019
Árbitro: Tasos Sidiropoulos (Grécia)
Gols: Georginio Wijnaldum, aos 32' e aos 41'; Stanislav Dragun, aos 54'
Belarus
Alyaksandr Gutor; Aleh Veretilo, Alyaksandr Martynovich, Nikita Naumov e Dzyanis Polyakov; Yevgeny Yablonski; Yuri Kovalev (Maksym Skavysh), Stanislav Dragun, Igor Stasevich e Ivan Bakhar (Max Ebong); Denis Laptev (Yevgeny Shevchenko). Técnico: Mikhail Markhel
Holanda
Holanda
Jasper Cillessen; Joël Veltman, Matthijs de Ligt, Virgil van Dijk e Daley Blind; Donny van de Beek (Marten de Roon), Georginio Wijnaldum e Frenkie de Jong; Steven Bergwijn (Ryan Babel), Donyell Malen e Quincy Promes (Luuk de Jong). Técnico: Ronald Koeman
Acho que é hora de De Vrij ganhar uma oportunidade na defesa no lugar de De Ligt
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