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Este Campeonato Holandês teve muita oscilação e pouco brilho técnico. Mas o PSV bicampeão não está (e não tem de estar) nem aí com isso... (Joris Verwijst/BSR Agency/Getty Images) |
"De kampioen van de armoede". Em holandês, o "campeão da pobreza". Em geral, é assim que os holandeses se referem a um time que tenha conquistado o Campeonato Holandês numa temporada nivelada por baixo. Ou seja: foi um campeão, merece seu respeito, mas num torneio que não foi lá dos melhores. De certa forma, este é o clima para a temporada 2024/25. Porque o PSV foi bicampeão, como até se previa, mas com altos e baixos inesperados ao longo da temporada. Contudo, o vice-campeão Ajax simbolizaria até melhor o conceito de pobreza criticado por quem tenha acompanhado a Eredivisie. Para muitos, o técnico Francesco Farioli foi o melhor do time de Amsterdã, conseguindo tirar o máximo de um grupo com poucos - pouquíssimos, até - recursos técnicos. Mas mesmo assim, a derrocada Ajacied nas cinco últimas rodadas (de líder com nove pontos de vantagem, quando a 30ª rodada começou, a perder o campeonato) foi feia a ponto de fazer muitos minimizarem este feito.
De todo modo, mesmo oscilando, o PSV teve vários bons jogadores no campeonato: o brasileiro Mauro Júnior, Guus Til, Malik Tillman, Noa Lang, Luuk de Jong (em menor escala), Ivan Perisic (principalmente na reta final da temporada). No Ajax, foi até divertido de ver como Davy Klaassen parece ter no clube o seu habitat natural, e ver a reação de Kenneth Taylor, após queda na carreira nos últimos anos depois de um bom começo. No Feyenoord, Igor Paixão foi o mais notável, precisando fazer uma temporada que justificasse a transferência que um dia ele deseja para um torneio mais competitivo (e talvez realizará). E o que dizer do Go Ahead Eagles, indo além do que já fora em 2023/24, no grande momento de sua história, em outra boa campanha na liga, além do título marcante na Copa da Holanda?
Deve-se reconhecer: sim, a Eredivisie desta temporada teve poucos momentos de destaque. Não, os clubes holandeses não brilharam muito em competições europeias: até foram mais além do que em 2023/24, mas todos foram despachados nas oitavas de final. Ainda assim, houve algo a se elogiar. Pobreza por pobreza, sempre há algo bom. Que a riqueza seja maior em 2025/26.
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