segunda-feira, 26 de maio de 2025

Análise da temporada: Feyenoord

Igor Paixão já vinha crescendo. Precisava se afirmar como o principal nome do Feyenoord. E se afirmou, numa temporada que começou mediana e terminou até bem para o Stadionclub (ProShots/Icon Sport/Getty Images)

Colocação final: 3º lugar, com 68 pontos (20 vitórias, 8 empates e 6 derrotas)
No turno havia sido: 4º lugar, com 35 pontos
Time-base: Wellenreuther (Bijlow); Read, Beelen (Trauner), Hancko e Smal (Hugo Bueno/Hartman); Zerrouki (Hwang), Milambo e Móder (Timber); Hadj-Moussa, Ueda (Carranza/Giménez) e Igor Paixão
Técnico: Brian Priske (até a 22ª rodada), Pascal Bosschaart (interino, em jogos da 23ª e da 20ª rodadas) e Robin van Persie (a partir da 24ª rodada)
Maior vitória: Twente 2x6 Feyenoord (26ª rodada)
Maior derrota: PSV 3x0 Feyenoord (17ª rodada)
Principal jogador: Igor Paixão (atacante) 
Artilheiro: Igor Paixão (atacante), com 15 gols  
Quem deu mais passes para gol: Igor Paixão (atacante), com 9 passes
Quem mais partidas jogou: Igor Paixão (atacante), com 32 partidas
Copa nacional: eliminado pelo PSV, nas quartas de final
Competições continentais: Liga dos Campeões (eliminado pela Internazionale-ITA, nas oitavas de final)

Bons jogadores: Dávid Hancko, Antoni Milambo, Igor Paixão e Santiago Giménez (pelo menos, na primeira parte da temporada). Um título para começar a temporada, com a Supercopa da Holanda vencida nos pênaltis sobre o PSV. Diante disso, a boa vontade foi grande com o técnico dinamarquês Brian Priske, chegando com a pesada responsabilidade de ocupar a lacuna deixada por Arne Slot, de passagem tão vitoriosa em De Kuip. Ainda mais com o bom começo, muito ofensivo, na estreia contra o Willem II. Só que o resultado foi um inesperado empate: 1 a 1, em De Kuip. Que foi seguido por mais quatro empates nas sete primeiras rodadas. Já incomodava. Mesmo que Igor Paixão desse sinais de que faria o que tinha de fazer para se destacar (ou seja, ser o destaque absoluto do Stadionclub), que alguns reforços saíssem a contento (ênfase no sul-coreano Hwang In-beom, incansável no meio-campo)... já crescia a impressão de que o Feyenoord não brilhava nem brilharia sob Brian Priske. O técnico dinamarquês era atrapalhado pelo campo - em fatores como a velha inconstância dos goleiros (Justin Bijlow seguiu se machucando, ficando fora da temporada por lesão no joelho; Timon Wellenreuther, titular a princípio, chegou a ser barrado após falhar nos dois gols do Ajax no Klassieker do turno).

Quase Brian Priske foi demitido em janeiro. Salvou-se por uma vitória ótima sobre o Bayern de Munique, na Liga dos Campeões, que mostrava um Feyenoord digno (como esquecer aquele 3 a 3 contra o Manchester City, na fase de liga, após estar com 3 a 0 atrás?!). Mas uma sequência de três derrotas - incluindo aí o Klassieker do returno, Ajax 2 a 1 na 21ª rodada - tornou inevitável sua demissão. Priske foi vítima dos problemas do campo (as lesões de Bijlow e Quinten Timber, a saída de Santiago Giménez). Mas diante do que aconteceu, talvez tenha sido melhor. Porque o Feyenoord contou com a sorte - e o esforço - para superar o Milan, na segunda fase da Champions. Porque a vaga de técnico ficou para alguém que estava destinado a ela desde que anunciou a intenção de ser treinador: Robin van Persie, que já aceitou deixar o trabalho no Heerenveen pela metade para colocar sua idolatria à prova em De Kuip. E até deu certo. Não pela participação na Champions, encerrada nas oitavas de final, para uma Internazionale mais eficaz (não à toa é finalista). Mas pela sequência de vitórias na Eredivisie, que afastou o medo de perder até a terceira posição para o Utrecht; pela ofensividade que a torcida gostou de ver; pelas excepcionais atuações de Igor Paixão, pela afirmação de Dávid Hancko como um dos melhores zagueiros da Eredivisie (o eslovaco certamente está de saída), pela revelação de Givairo Read na lateral direita... tudo mostrado por resultados como os 6 a 2 no Twente (26ª rodada). Já valeu para ser o terceiro melhor do returno. Bem atrás de PSV e Ajax, é verdade. Mas dando a promissora impressão de que o Feyenoord virá forte na próxima temporada.

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