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(KNVB Media/Divulgação) |
Andries Jonker
Ficha técnica
Nome: Andries Jonker
Data e local de nascimento: 22 de setembro de 1962, em Amsterdã (Holanda)
Carreira como treinador: ZFC (clube amador, 1987 a 1988), DRC (clube amador, 1989 a 1991), Volendam (1999 a 2000), seleção feminina da Holanda (2001, como interino, e 2022 a 2025 - saída já anunciada para depois da Euro), MVV Maastricht (2004 a 2006), Willem II (2007 a 2009, acumulando com o cargo de diretor técnico), Bayern de Munique-ALE (2011, interino, e 2011 a 2012, treinando o time B), Wolfsburg-ALE (2017) e Telstar (2019 a 2022, acumulando com o cargo de diretor técnico)
Carreira como auxiliar: Volendam (1997 e 1999), Barcelona-ESP (2002 a 2003), Willem II (2006 a 2007), Bayern de Munique (2009 a 2011) e Wolfsburg-ALE (2012 a 2014)
Carreira como diretor: Federação holandesa (1990 a 1997 e 2000 a 2003, como diretor de seleções regionais e categorias de base) e Arsenal-ING (2014 a 2017, como diretor das categorias de base)
Impossível dizer que Andries Jonker fez um trabalho ruim comandando a seleção feminina da Holanda (Países Baixos). Desde que chegou, em setembro de 2022, Jonker até conseguiu atender à intenção da federação - e das principais jogadoras do grupo: deixar a equipe um pouco mais ofensiva, mais livre das amarras vistas nos curtos tempos sob o comando de Mark Parsons. A prova disso foi a campanha razoável na Copa do Mundo de 2023: se as Leoas Laranjas não brilharam, tiveram um papel mais vistoso por mudanças táticas, como escalar nas laterais Victoria Pelova e Esmee Brugts, meio-campista e atacante de origem, ou fazer a seleção neerlandesa jogar com três zagueiras (uma delas, Sherida Spitse, que já perdia velocidade como meio-campista). Conseguir superar a Inglaterra na fase de grupos da Liga das Nações 2023/24, à custa de muito esforço, para ter a perspectiva de uma vaga no torneio olímpico de Paris-2024, também abria perspectivas para o trabalho de Jonker.
Porém, 2024 fez a seleção neerlandesa cair na real. Entre os "quatro finalistas" da Liga das Nações, duas derrotas, nenhum gol marcado, nada de vaga olímpica. As eliminatórias da Eurocopa, no primeiro semestre do ano passado, também indicaram a séria dificuldade laranja para marcar gols. Mais do que isso: indicavam que as soluções táticas encontradas no trabalho de Jonker estavam com o prazo de validade perto do fim. Se ensaiou saudável renovação nas convocações dos amistosos do fim de 2024, Jonker deixou tudo isso de lado quando 2025 chegou. Talvez por isso, talvez pelas limitações cada vez mais claras do trabalho, o anúncio de sua saída quando a Eurocopa acabasse (e seu contrato com a federação holandesa, também) foi compreensível. Jonker até lamentou nas primeiras datas FIFA ("Fiquei surpreso e triste", respondeu em fevereiro), mas agora já segue. Já pensa no que fará. E está otimista pelo que pode ser esta Euro, capítulo final de seu trabalho: "Elas [jogadoras] mostraram muita energia e entusiasmo, isso se viu já no primeiro treino para a Euro. Férias ajudam nisso". Que ajudem numa boa campanha, para que Andries Jonker se despeça da seleção de forma razoável como seu trabalho foi até agora.
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Janneke Bijl (auxiliar técnica)
Quando foi escolhida para ser auxiliar de Andries Jonker, em 2022, logo após Jessica Torny sair da federação holandesa para o Feyenoord (o qual ainda treina), Janneke Bijl parecia em formação: rumava para ser a quinta mulher nascida na Holanda/Países Baixos a ter o diploma da UEFA e estar apta a treinar equipes e seleções. Três anos depois, Bijl avançou. Não só pela capacidade tática - fala-se que a ideia de fazer a equipe holandesa jogar com três zagueiras partiu dela -, mas também por saber fazer o "meio-de-campo" com o grupo de jogadoras. Talvez por isso, também deixará a seleção holandesa depois da Eurocopa. Não exatamente para uma experiência como técnica principal, mas para aprender ainda mais com outra holandesa que já tem o diploma da UEFA: Bijl será auxiliar de Sarina Wiegman na Inglaterra. De certa forma, justifica o elogio de Andries Jonker, no podcast Vrouwen 1, do site NU Sport: "Já falei que Bijl, e Renée Slegers [técnica campeã europeia com o Arsenal], são as pérolas do futebol feminino holandês".
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Arvid Smit (auxiliar técnico)
Se sua carreira como jogador foi de circulação por vários clubes, principalmente dentro da Holanda/Países Baixos, Arvid Smit ficou mais restrito ao futebol feminino na sua faceta como treinador. Mais precisamente, desde que se tornou auxiliar fixo da seleção holandesa, em 2019, ainda nos tempos de Sarina Wiegman como técnica. Isso o fez conhecedor da modalidade, dentro das fronteiras nacionais, a ponto de muita gente considerar que ele poderia ser o treinador da Holanda (Países Baixos) algum dia. Talvez seja. Mas não agora, porque Smit é mais um nome da comissão técnica das Leoas Laranjas que deixará seu cargo quando a Eurocopa acabar - e como a colega Janneke Bijl, ele também rumará para auxiliar Sarina Wiegman na Inglaterra. Por sinal, o mesmo caminho que fez Arjan Veurink, o técnico que vem aí para os Países Baixos. Quem sabe Arvid repita o mesmo caminho, daqui a uns anos...
Erskine Schoenmakers (treinador de goleiras)
Eis um nome que fará falta. Afinal de contas, Erskine é mais um que deixará a seleção feminina da Holanda (Países Baixos) após a Euro que vem aí. E após oito anos de trabalho, o treinador de guarda-metas deixou sua marca. Num país que vem mostrando uma crescente criação de boas goleiras, coube a Schoenmakers aprimorar nomes como Loes Geurts, Sari van Veenendaal e Daphne van Domselaar assim que chegavam à equipe principal. Isso, sem contar goleiras menos conhecidas que também já passaram por suas mãos, como Lize Kop e Femke Liefting - esta, eleita a melhor goleira do Mundial Sub-20 de mulheres, no ano passado. Fica a curiosidade sobre como será a sequência de um trabalho tão bom com suas comandadas como Erskine desenvolveu com as goleiras holandesas.
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