domingo, 19 de junho de 2022

Análise da temporada: RKC Waalwijk

Michiel Kramer fez o que já está acostumado a fazer em sua carreira: ser o destaque do ataque de um time pequeno na Eredivisie. E o RKC Waalwijk conseguiu se salvar (Pro Shots)


Colocação final: 10º lugar, com 38 pontos (na frente pelo melhor saldo de gols)
No turno havia sido: 15º colocado, com 15 pontos
Time-base: Vaessen; Gaari, Touba, Meulensteen, Adewoye e Büttner; Bakari (Azhil), Anita e Van der Venne (Oukili); Odgaard e Kramer
Técnico: Joseph Oosting
Maior vitória: RKC Waalwijk 3x1 Groningen (31ª rodada) e AZ 1x3 RKC Waalwijk (34ª rodada)
Maior derrota: RKC Waalwijk 0x5 Ajax (13ª rodada)
Principal jogador: Michiel Kramer (atacante)
Artilheiro: Michiel Kramer (atacante), com 11 gols
Quem deu mais passes para gol: Jens Odgaard (atacante), com 6 passes
Quem mais partidas jogou: Melle Meulensteen (defensor), com 33 partidas
Copa nacional: eliminado pelo AZ, nas quartas de final
Competições continentais: nenhuma

Agoniza mas não morre. Esta frase pode ser considerada um bom resumo para a campanha do RKC Waalwijk no Campeonato Holandês 2021/22. Mesmo sendo um time pequeno, mesmo bordejando perigosamente a zona de repescagem/rebaixamento na Eredivisie, o clube de Waalwijk sempre deu um jeito de se salvar. Muitas vezes, quando necessário, sempre obtinha resultados que o livravam - a começar na primeira rodada, quando fez 1 a 0 no AZ, bem mais forte. O mérito se estendeu ao técnico Joseph Oosting: sempre que necessário, o técnico fez mudanças na hora certa para tornar a equipe um pouco mais resistente. O goleiro português Joel Pereira, contratado para ser titular, trazia pouca segurança? Logo Etiënne Vaessen voltou ao time principal. A defesa com quatro homens era menos segura? Pois bem: Shawn Adewoye se tornou titular no decorrer da temporada, aumentando a resistência de uma linha defensiva que tinha como destaques Ahmed Touba, titular da seleção da Argélia, e Melle Meulensteen, bom zagueiro na sobra.

Mudar para um 5-3-2, inclusive, potencializou o desempenho do que o RKC tinha de melhor: os contra-ataques e as bolas altas, com sua dupla ofensiva. Enquanto Jens Odgaard era mais veloz - alternando as chegadas rápidas com Finn Stokkers e Lennerd Daneels, titulares de ocasião -, Michiel Kramer dava vazão ao atacante experiente (e até malicioso...) que é para os padrões da Eredivisie, capacitado a despontar em times pequenos. Assim, os Waalwijkers conseguiram surpresas esporádicas - como arrancar um 2 a 2 contra o Feyenoord fora de casa, na 9ª rodada. Assim dificultaram até para o campeão Ajax, na 25ª rodada, chegando a empatar na Johan Cruyff Arena após tomar 2 a 0 contra, antes dos Ajacieden fazerem 3 a 2 no fim. E mesmo se alternando entre a 15ª e a 14ª posições durante boa parte da Eredivisie, o time controlava os riscos de rebaixamento. Teve um prêmio nas três rodadas finais: diante da inconstância de quem estava acima na tabela, duas vitórias e um empate o levaram a um 10º lugar que foi até surpreendente. Mesmo "doente" durante boa parte da temporada, o RKC não só não morreu, como garantiu mais um ano na primeira divisão - com mais facilidade do que muitos esperavam. 

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