domingo, 19 de junho de 2022

Análise da temporada: Willem II

O Willem II começou sonhando na Eredivisie. A dura realidade se impôs, com uma terrível sequência de resultados. E mesmo com o esforço, o time de Tilburg foi rebaixado (Pro Shots)

Colocação final: 17º colocado, com 33 pontos - rebaixado diretamente
No turno havia sido: 13º colocado, com 18 pontos 
Time-base: Wellenreuther; Owusu, Dammers (Bergström), Heerkens e Köhn; Saddiki, Pol Llonch (Crowley) e Köhlert; Nunnely, Hornkamp (Wriedt) e Svensson
Técnico: Fred Grim (até a 25ª rodada), Denny Landzaat (interino, na 26ª rodada) e Kevin Hofland (a partir da 27ª rodada)
Maior vitória: Vitesse 0x3 Willem II (2ª rodada) e Willem II 3x0 Utrecht (34ª rodada) 
Maior derrota: Utrecht 5x1 Willem II (11ª rodada)
Principal jogador: Ché Nunnely (atacante)
Artilheiro: Ché Nunnely (atacante), com 6 gols
Quem deu mais passes para gol: Max Svensson (atacante), com 4 passes
Quem mais partidas jogou: Max Svensson (atacante), que jogou todas as 34 partidas
Copa nacional: eliminado pelo RKC Waalwijk, na primeira fase
Competições continentais: nenhuma

E pensar que, numa sequência invicta entre a 2ª e a 8ª rodadas (seis vitórias e dois empates, encerrada com um 2 a 1 no PSV, em casa), o Willem II chegou a ocupar a terceira posição na tabela... como doeu essa ilusão para a torcida dos Tricolores! Porque, dali por diante, a queda foi célere. Da 8ª à 20ª rodada, foram dois empates e doze derrotas (onze em sequência), jogando o time de Tilburg na mesma incômoda posição ocupada na temporada passada: tentar fugir do rebaixamento, do jeito que desse. Para piorar, nomes importantes saíam, como o atacante Kwasi Wriedt, teuto-ganês que foi jogar na Alemanha. E até mesmo partidas em que a atuação do Willem II era digna - por exemplo, recebendo o Ajax, na 15ª rodada - terminavam com o time capitulando, mesmo com todo o esforço (no caso, o Ajax venceu por 1 a 0). Só restava confiar em nomes como o atacante Ché Nunnely, com velocidade e alguma habilidade.

Enquanto havia a dúvida sobre prestigiar ou não o técnico Fred Grim, a temporada escorria. Quando afinal se decidiu pela demissão de Grim, sua saída representou também a saída do diretor de futebol Joris Mathijsen e do diretor geral Martin van Geel, ambos contrários à demissão. Mais um capítulo na via-crúcis do Willem II. Que, mesmo com o esforço de chegados no meio da temporada - o atacante Jizz Hornkamp foi um caso -, tinha até azar nos resultados: basta citar a estreia do técnico Kevin Hofland, na 27ª rodada, quando os Tilburgers venciam o AZ em casa, até tomarem o empate de Zakaria Aboukhlal nos acréscimos (2 a 2). E dentro de uma disputa equilibrada para a fuga das últimas posições, se o Willem II vencia, os adversários diretos também venciam. O que rendeu um dos mais dolorosos tipos de rebaixamento: cair para a segunda divisão mesmo vencendo - o time ficou invicto nas últimas três rodadas (duas vitórias e um empate), e o triunfo sobre o Utrecht na rodada derradeira (3 a 0) de nada serviu, para as lágrimas da torcida. Uma mostra de que não era só por aquilo que o Willem II era rebaixado, mas sim pela péssima sequência no meio da temporada - e a demora em reagir a ele. Falta de aviso, não foi. Ainda mais após o susto do campeonato anterior.

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