domingo, 19 de junho de 2022

Análise da temporada: Utrecht

Ramselaar foi o destaque dos raros momentos brilhantes do Utrecht na temporada - e a lesão que o tirou da reta final foi mais um ponto negativo, numa Eredivisie apagada dos Utregs (Pro Shots)

Colocação final: 7º lugar, com 47 pontos
No turno havia sido: 7º colocado, com 28 pontos 
Time-base: De Keijzer; Van der Maarel (Ter Avest), Van der Hoorn, Janssen e Warmerdam (Van der Kust); Timber e Maher; Sylla, Van de Streek e Ramselaar (Boussaïd/Gustafson); Douvikas (Henk Veerman)
Técnico: René Hake (até a 27ª rodada) e Rick Kruys (interino, a partir da 28ª rodada)
Maior vitória: Utrecht 5x1 Willem II (11ª rodada)
Maior derrota: AZ 5x1 Utrecht (9ª rodada)
Principal jogador: Bart Ramselaar (atacante)
Artilheiros: Bart Ramselaar (ponta-de-lança) e Anastasios Douvikas (atacante), ambos com 9 gols 
Quem deu mais passes para gol: Othman Boussaid (atacante), com 6 passes
Quem mais partidas jogou: Anastasios Douvikas (atacante), com 36 partidas - todas as 34 da temporada regular, mais duas na repescagem pela Conference League
Copa nacional: eliminado pelo NAC Breda (segunda divisão), na segunda fase
Competições continentais: nenhuma 

O Utrecht chegou para esta temporada com perspectivas e comportamentos bem mais modestos em relação à temporada passada. Ainda assim, os Utregs faziam o que deles se esperava no primeiro turno: se mantinha tranquilo na zona de repescagem pela vaga na Conference League, tinha algumas atuações boas (principalmente na fase inicial da temporada, quando estreou fazendo 4 a 0 no Sparta Rotterdam e venceu o Feyenoord - 3 a 1, na 3ª rodada) e contava com boas atuações aqui e ali - principalmente com Bart Ramselaar, dando confiança na criação e até chegando para finalizar (foi o que fez na 11ª rodada, com três gols nos 5 a 1 diante do Willem II). Mas houve um ponto de ruptura - para pior: a eliminação algo inesperada na Copa da Holanda, para o NAC Breda, na segunda rodada, em dezembro do ano passado. Desde então, o trabalho do técnico René Hake, que nunca foi merecedor de muita confiança da torcida, foi ainda mais questionado. Os Utregs se seguravam na região da tabela a que estão acostumados: desde a 17ª rodada, a final do primeiro turno, sempre se alternaram entre o 6º e o 7º lugares. Mas as atuações oscilavam demais, entre vitórias, empates e derrotas. 

A posição de goleiro voltava a sofrer com inconstâncias: barrado, Maarten Paes deixou o clube rumo ao Dallas FC-EUA, deixando a responsabilidade com o jovem Fabian de Keijzer. Henk Veerman chegou em janeiro, de ótima fase no Heerenveen, mas uma lesão no tornozelo o afastou de boa parte da temporada. E uma série de dois meses sem vitória - três empates e três derrotas entre a 25ª e a 30ª rodada, com uma data FIFA no meio - foi o ponto final para René Hake, ao ver a queda em casa para o Groningen (3 a 1, na 27ª rodada). Rick Kruys foi colocado como interino até o fim da temporada - tendo Dick Advocaat como seu conselheiro -, mas a coisa não melhorou muito: nas seis rodadas em que treinou a equipe, só uma vitória. Para piorar, o destaque Ramselaar lesionou o ligamento cruzado anterior do joelho, ficando de fora dos campos pelo resto do ano. Só a inconstância ainda maior de quem vinha abaixo na tabela impediu que o Utrecht fosse superado. E na repescagem pela Conference League, ainda houve um sinal de ânimo, diante do Vitesse, no jogo de ida das "semifinais", com a vitória por 3 a 1. Sinal que foi apagado na volta, com a eliminação por 3 a 0, na prorrogação, no jogo de volta. Novamente sem aparecer nas competições europeias, o Utrecht decepcionou de novo, mesmo mais modesto - e agora sem o capitão e ídolo Willem Janssen, zagueiro que encerrou carreira. Restará ao técnico Henk Fräser, chegando, ajudar o time a viver momentos mais aguerridos na temporada.



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