domingo, 19 de junho de 2022

Análise da temporada: Sparta Rotterdam

Thy fez a sua parte, mas o Sparta Rotterdam sofreu durante boa parte da temporada. Pelo menos, se aprumou na reta final para ficar na Eredivisie (Pro Shots)

Colocação final: 14º lugar, com 35 pontos (na frente pelo melhor saldo de gols)
No turno havia sido: 17º lugar, com 12 pontos 
Time-base: Okoye; Abels, Vriends, Beugelsdijk e Mica Pinto (Meijers/Durmisi); Verschueren e De Kamps; Engels, Auassar e Van Crooij; Thy
Técnico: Henk Fräser (até a 30ª rodada) e Maurice Steijn (a partir da 31ª rodada)
Maior vitória: Willem II 0x3 Sparta Rotterdam (12ª rodada)
Maior derrota: Utrecht 4x0 Sparta Rotterdam (1ª rodada) e Feyenoord 4x0 Sparta Rotterdam (21ª rodada)
Principal jogador: Lennart Thy (atacante)
Artilheiros: Lennart Thy (atacante) e Vito van Crooij (meio-campo), ambos com 5 gols 
Quem deu mais passes para gol: Vito van Crooij (meio-campo), com 4 passes
Quem mais partidas jogou: Lennart Thy (atacante), que jogou todas as 34 partidas
Copa nacional: eliminado pelo Vitesse, na segunda fase
Competições continentais: nenhuma

Da disputa da repescagem pelo lugar holandês na Conference League, em 2021/22, a um tremendo sofrimento para escapar do rebaixamento: como o Sparta Rotterdam caiu tanto em um ano? A resposta começa fora da área para ter consequências dentro. O início veio com o anúncio de Henk Fräser para ser auxiliar de Louis van Gaal na seleção masculina: inegavelmente, o foco diminuiu. Continuando fora das quatro linhas, discordâncias que atingiram o clímax com a demissão do diretor técnico Henk van Stee, no fim de 2021 - próximo a Van Stee, Fräser não se demitiu por pouco. E no campo de jogo, um time que dependia de brilhos esporádicos: Lennart Thy aqui, Vito van Crooij ali, alguma atuação excelente do goleiro Maduka Okoye acolá. Era pouco. Tanto que, em todo o primeiro turno, foram somente três vitórias nas 17 rodadas. E o anúncio da saída de Henk Fräser, quando a temporada acabasse, não ajudava muito.

Para tentar o socorro, alguns reforços vieram na janela de transferências de janeiro - incluindo o lateral dinamarquês Riza Durmisi, que até engrenou na posição, e o atacante Adrián Dalmau, que possibilitou mais variações na frente. Algumas mudanças táticas saíram a contento, como escalar o experiente Adil Auassar recuado na zaga. Ainda assim, as coisas não mudavam: com a reação do Zwolle, os Spartanen chegavam a terminar algumas rodadas na última colocação, até. A reta final se aproximava, o drama crescia cada vez mais... e mais uma medida intempestiva da diretoria (a demissão do auxiliar técnico Aleksandar Rankovic) antecipou a saída de Henk Fräser. Já anunciado para 2022/23, o treinador Maurice Steijn chegou mais cedo, com uma tremenda responsabilidade: tinha quatro rodadas para evitar o rebaixamento. E o time do bairro de Spangen, em Roterdã, conseguiu: um empate, três vitórias, e o Sparta assegurou mais um ano na Eredivisie. Mas ficou o aviso. Se Steijn ganhou um salvo-conduto com a façanha, terá de começar do zero sem Maduka Okoye (foi para o Watford-ING) nem Lennart Thy (foi para o Zwolle). É ver se o Sparta aprendeu a lição.

Nenhum comentário:

Postar um comentário