quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

Parada obrigatória: Feyenoord

Após algum tempo de readaptação, o Feyenoord se estabilizou. Com uma defesa novamente entrosada e um bom ataque, o Stadionclub chegou à liderança (Pim Waslander/Soccrates/Getty Images)


Posição: 1ª colocação, com 33 pontos 
Técnico: Arne Slot
Time-base: Bijlow; Geertruida (Pedersen), Trauner, Hancko e López (Hartman); Timber, Szymanski e Kökcü; Alireza Jahanbakhsh (Igor Paixão), Danilo (Giménez) e Dilrosun
Maior vitória: Feyenoord 5x1 Excelsior (14ª rodada)
Maior derrota: PSV 4x3 Feyenoord (7ª rodada)
Copa da Holanda: estreará em janeiro, na segunda fase, contra o Zwolle
Competição europeia: Liga Europa (classificado para as oitavas de final)
Artilheiro: Danilo (atacante), com 8 gols
Objetivo do início: Vaga nas competições europeias/título
Avaliação: O Stadionclub começou ainda pensando em quem tinha saído. Mas logo ganhou consistência, foi mais eficiente do que os rivais, e sonha muito a sério como o título da Eredivisie

Marcos Senesi, Tyrell Malacia, Fredrik Aursnes, Jens Toornstra, Bryan Linssen, Cyriel Dessers... quando a temporada começou, o Feyenoord se ressentia (até inevitavelmente) dos destaques que o tornaram finalista da Conference League passada - e que foram deixando o Stadionclub, um após o outro. Precisando achar entrosamento, a equipe perdeu um pouco de tempo no começo da Eredivisie. Teve desempenho defensivo preocupante: basta lembrar os 4 a 3 contra o Go Ahead Eagles (5ª rodada), quando o time de Roterdã primeiro saiu com 2 a 0 atrás no primeiro tempo, para só depois buscar a virada. O sinal de alerta foi aceso de vez na primeira rodada da fase de grupos da Liga Europa, quando a Lazio chegou a ter 4 a 0 de vantagem - terminaria vencendo por 4 a 2. Ou o Feyenoord se aprumava, ou o ânimo da temporada passada poderia se perder. Ainda mais após a saída de um nome fundamental fora de campo: o então diretor de futebol Frank Arnesen. Para a alegria da torcida, o técnico Arne Slot soube trabalhar com o que tem em mãos. 

Remanescentes como Orkun Kökcü reagiram. Alguns reforços logo se estabeleceram com segurança e talento - que o digam Dávid Hancko, na zaga e na lateral esquerda, e Sebastian Szymanski, cada vez mais dominante no meio-campo. No ataque, se estabeleceu um daqueles "doces problemas" para um treinador: escalar Danilo, goleador do time na Eredivisie, ou o mexicano Santiago "Bebote" Giménez, que marca gol quase sempre que entra no decorrer dos jogos? E o Feyenoord cresceu. Certo, doeu a derrota para o PSV num clássico eletrizante (4 a 3, na 7ª rodada). Mas a equipe mostrou firmeza, contou com a fortaleza que De Kuip sempre é, obteve vitórias categóricas diante de adversários difíceis (2 a 0 no Twente, na 9ª rodada, e 3 a 1 no AZ Alkmaar, fora de casa, na 10ª rodada). O crescimento também foi visto na Liga Europa - que o diga o fervilhante 1 a 0 na Lazio, em casa, garantindo a primeira posição num grupo equilibrado e a classificação às oitavas de final. Terminando 2022 com goleada (5 a 1 no Excelsior, na 14ª rodada), o Feyenoord sonha cada vez mais. E tem pleno direito.

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