Parada obrigatória: PSV

Com o PSV encarando a despedida esperada do ídolo Cody Gakpo, Xavi Simons será um dos destaques a tentar manter o time de Eindhoven em alta (Perry van de Leuvert/NESImages/DeFodi Images/Getty Images)

Posição: 3ª colocação, com 30 pontos (atrás pelo pior saldo de gols)

Técnico: Ruud van Nistelrooy

Time-base: Benítez; Teze (Mwene), Obispo, André Ramalho (Branthwaite) e Max; Veerman e Sangaré; Xavi Simons, Til e Gakpo; Luuk de Jong (El Ghazi) 

Maior vitória: PSV 7x1 Volendam (3ª rodada)

Maior derrota: Cambuur 3x0 PSV (8ª rodada)

Copa da Holanda: estreará em janeiro, na segunda fase, contra o Sparta Rotterdam

Competição europeia: Liga dos Campeões (eliminado pelo Rangers-ESC, nos play-offs por vaga na fase de grupos) e Liga Europa (classificado para a segunda fase, na qual enfrentará o Sevilla-ESP)

Artilheiro: Cody Gakpo (atacante), com 8 gols

Objetivo do início: Título

Avaliação: A decepção de não estar nos grupos da Liga dos Campeões pesou. O PSV teve alguns solavancos pesados. Mas aos poucos, a grande técnica de alguns destaques se fez valer. E o time de Eindhoven terminou a primeira metade da temporada em "viés de alta"

O PSV sonhava alto. Pensando em chegar à fase de grupos da Liga dos Campeões, contratou com ambição (Walter Benítez, para o gol; Xavi Simons e Guus Til, para o meio-campo; Anwar El Ghazi e Luuk de Jong, para o ataque). Manteve nomes importantes como Joey Veerman, Ibrahim Sangaré e, principalmente, Cody Gakpo, até mesmo contra a vontade do Conselho Deliberativo do clube. Sinalizou que seria um time promissor ao conquistar a Supercopa da Holanda, contra o Ajax, em Amsterdã. Diante disso, a queda para o Rangers-ESC, nos play-offs, foi uma decepção relativamente pesada. Superado o trauma, as primeiras rodadas do Campeonato Holandês indicaram que os Boeren tinham uma equipe muito talentosa no ataque - que o digam as goleadas (5 a 2 no Go Ahead Eagles, na 2ª rodada; 7 a 1 no Volendam, na 3ª rodada; 6 a 1 no Excelsior, na 4ª rodada). Mas deficiente na defesa: as aberturas para o contra-ataque foram altamente prejudiciais no caminho para o momento mais baixo da campanha na Eredivisie até aqui - o 3 a 0 no Cambuur, na 8ª rodada.

Aos poucos, se achou um caminho. De volta após lesão, Erick Gutiérrez começou a ser mais escalado - e protegeu a defesa (quando não jogando junto a ela, no miolo de zaga). O meio-campo e o ataque se entrosavam, rendendo vitórias mais difíceis - o 4 a 3 no clássico contra o Feyenoord - ou mais tranquilas - a goleada sobre o Utrecht (6 a 1, na 10ª rodada). De certa forma, a mesma coisa era vista na trajetória dos Boeren na Liga Europa: os tropeços, como o empate com o Bodo/Glimt-NOR na estreia e a derrota para o Arsenal, foram compensados por um time poderoso na frente, que se valeu das goleadas sobre o FC Zürich-SUI e da vitória até inesperada sobre o Arsenal para garantir a classificação. Em que pesassem algumas "desligadas", como a derrota para o Groningen, o time de Eindhoven evoluía a olhos vistos. Quase coroou isso ao vencer o clássico contra o Ajax fora de casa (2 a 1, na 13ª rodada, a penúltima de 2022), assumindo a liderança da Eredivisie. Só que, no último jogo do ano... derrota para o AZ (1 a 0). Ainda assim, o PSV segue mais otimista. Mesmo que Cody Gakpo, agora, seja mais um talento que deixará saudades, com a ida para o Liverpool.