domingo, 3 de abril de 2016

810 minuten: como foi a 29ª rodada da Eredivisie

A torcida do Ajax queria um gol aos 14 minutos, por Cruyff. Schöne marcou já aos dois minutos (Stanley Gontha/ANP)

De Graafschap 2x2 Cambuur (sábado, 2 de abril)

No jogo direto entre último e penúltimo colocado do Campeonato Holandês, cada ocorrência poderia ser decisiva. Uma delas foi, para o azar do Cambuur: com dores no fêmur, o goleiro titular Leonard Nienhuis não pôde ser relacionado, dando lugar ao reserva Harm Zeinstra nos titulares. Eis que Zeinstra falhou nos dois gols do De Graafschap. O primeiro deles, aos 23 minutos da etapa inicial: Andrew Driver cruzou da direita, e o atacante Vincent Vermeij completou fracamente de cabeça. Ainda assim, Zeinstra deixou passar a bola para as redes. Surpreendentemente, a desvantagem fez com que os visitantes de Leeuwarden (de ânimo combalido antes do jogo) fossem à frente. E conseguissem o empate rapidamente: aos 26 minutos, Jack Byrne cruzou, e o lateral esquerdo Calvin Mac-Intosch foi outro a fazer gol de cabeça no jogo em Doetinchem.

Desde então, os Leeuwarders foram superiores em campo. E mereceram a virada, na etapa final: aos 16 minutos, de falta, Kevin van Veen mandou a bola diretamente para as redes, sete minutos após entrar em campo. Era a vitória que os auriazuis mereciam, e que os tiraria da última posição, jogando o adversário nela. Mas isso não durou muito: aos 30 minutos, outra falha de Zeinstra deu o empate até inesperado ao De Graafschap. Ao tentar cortar cruzamento, o goleiro socou a bola pretendendo mandá-la para a esquerda. Errou a força, e deixou-a nos pés do zagueiro Ted van de Pavert, que fez o segundo gol dos Superboeren em casa. Um gol salvador, que deixou tudo como estava: Cambuur na última colocação, com 17 pontos; De Graafschap logo à frente, com 18. Mas o que se viu inverteu as expectativas: os visitantes é que mereceram o triunfo.

Heracles Almelo 1x1 Utrecht (sábado, 2 de abril)

Outro importante jogo no sábado. Afinal, Heracles e Utrecht estão na zona de classificação aos play-offs por vaga na Liga Europa: uma vitória não só deixaria o dono dela mais firme na região da tabela, menos dependente dos resultados do domingo, mas até poderia aproximá-lo mais do AZ e do Feyenoord. Porém, o que se viu no gramado sintético do estádio Polman foi decepcionante: nenhuma das duas equipes criou muitas chances ao longo da primeira etapa, mesmo com o estilo tático claramente ofensivo de ambas. Fora um cabeceio do zagueiro Ramon Zomer, mandando a bola no travessão, nada de emocionante ocorreu na partida.

Isso só mudou no segundo tempo, com os gols. Logo aos 10 minutos, o Heracles fez 1 a 0: Robin Gosens lançou para Jaroslav Navratil, e o atacante tcheco finalizou com um bonito voleio, abrindo o placar para os Heraclieden. Novamente, vantagem curta: aos 13 minutos, após triangulação com Nacer Barazite e Bart Ramselaar, o meio-campista Andreas Ludwig finalizou e empatou para os Utregs. Só aí os visitantes assumiram o controle do jogo: passaram a pressionar mais, e a entrada de Ruud Boymans fortaleceu o ataque, trazendo mais chances de virar o jogo contra os Almelöers. Mas o placar ficou mesmo sem mudanças. E as duas equipes seguem como começaram: com lugares nos play-offs por Liga Europa. Mesmo derrotado, o AZ agradece.

Van Ginkel brilhou na vitória do PSV: dois gols e vários avanços (ANP/Pro Shots)
AZ 2x4 PSV (sábado, 2 de abril)

Se queria fazer sua parte e manter-se firme na disputa contra o Ajax pelo título da Eredivisie, o PSV teria um importante desafio: enfrentaria um AZ ofensivo, que segue bem no returno. E um dos duelos chamava a atenção: pelo posto de goleador do campeonato, estariam frente a frente Vincent Janssen (o dono do lugar, com 20 gols) e Luuk de Jong (logo atrás, com 19 gols). Pois bem: o início do jogo indicou que os mandantes iriam à frente, principalmente pelas pontas. Tanto o trinitário Levi Garcia quanto Dabney dos Santos davam trabalho à defesa do PSV - Dabney quase marcou nos primeiros segundos de jogo. Pouco depois, Thom Haye quase surpreendeu: substituindo o lesionado Ron Vlaar na zaga, Haye arriscou encobrir o goleiro Jeroen Zoet quase do meio-campo, e mandou a bola no travessão.

Mas se criava chances na frente, o AZ abria espaços atrás. E se há um time holandês talhado para aproveitar espaços em rápidos contragolpes, este é o PSV. Aí se fez a goleada. No primeiro tempo, aos 13 minutos, Santiago Arias chegou pela direita e cruzou. Luciano Narsingh tentou escorar, o zagueiro Derrick Luckassen rebateu, mas a sobra ficou com Gastón Pereiro: o uruguaio chutou, a bola resvalou em Luckassen e deixou o goleiro Sergio Rochet sem ação, no 1 a 0 dos Boeren. Doravante, os visitantes equilibraram mais as ações após a blitz inicial dos Alkmaarders. Quase fizeram aos 42, quando De Jong chutou para ótima defesa de Rochet, que espalmou para escanteio. E aos 43, enfim ampliaram, em rápido ataque: De Jong lançou Marco van Ginkel em profundidade, e o meio-campista tocou na saída do goleiro, marcando seu quarto gol pelo campeonato.

Na etapa final, o AZ voltou a pressionar no início. Mas novamente descuidou das laterais. E por elas o PSV chegou rapidamente ao terceiro gol: aos 15 minutos, Davy Pröpper lançou Narsingh, e este coroou a boa semana que teve, fazendo pelo PSV o que fizera pela seleção holandesa, ao chutar por baixo de Rochet e marcar o 3 a 0. De quebra, aos 19 minutos, em cobrança perfeita (com uma falha de Rochet, verdade), Van Ginkel marcou pela segunda vez, configurando o 4 a 0. Só aí o AZ tentou algo. E dois jogadores colocados no decorrer do jogo deram até uma esperança. Colocado no lugar de Dabney dos Santos para fortalecer a defesa, o zagueiro Jop van der Linden diminuiu aos 36, de cabeça; e aos 39, após rápida triangulação com Markus Henriksen e Ben Rienstra, o atacante Muamer Tankovic fez o segundo dos mandantes em Alkmaar. Mas já era tarde para evitar a vitória que manteve o PSV firme na disputa do título holandês - e que garantiu a ele, no mínimo, o vice-campeonato holandês (são 17 pontos de vantagem para o Feyenoord, 3º, a cinco rodadas do fim).

Ziyech (à direita) assumiu de novo a responsabilidade. E o Twente agradeceu: virada sobre o Willem II (Maurice van Steen/VI Images)
Willem II 2x3 Twente (sábado, 2 de abril)

Com o empate entre De Graafschap e Cambuur, mais a derrota do Excelsior (que ocorria simultaneamente), o Willem II vivia o dia perfeito para se afastar mais da zona de repescagem/rebaixamento. Até porque os Tricolores começaram a partida em casa fazendo 1 a 0 aos 17 segundos de jogo: o brasileiro Bruno Andrade deixou a bola com Erik Falkenburg, e o meio-campista chutou cruzado, no ângulo oposto ao do goleiro Nick Marsman, marcando o tento mais rápido desta Eredivisie. E os Tilburgers foram francamente superiores durante todos aqueles 45 minutos iniciais, merecendo o 2 a 0 que lhes veio aos 42 minutos. Lançado em profundidade, o atacante Lucas Andersen tocou na saída de Marsman, ampliando a vantagem. E assim as coisas seguiram, até os 10 minutos do segundo tempo. Aí entrou em ação aquele a quem o Twente deve quase todas as esperanças (e mais algumas) que teve na temporada: Hakim Ziyech.

Naquele minuto, Ziyech fez o primeiro gol dos Tukkers, em cobrança de falta. Aos 28, o meio-campista fez jogada individual e chutou: o goleiro Kostas Lamprou rebateu, e Chinedu Ede garantiu o empate para os Tukkers. Finalmente, aos 34 minutos, em falta até mais distante do que a do primeiro gol, o marroquino cobrou com precisão ainda maior, e virou o jogo. Animadora vitória dos visitantes, que saltaram para uma 10ª posição muito honrosa, enquanto o Willem II segue a apenas uma posição da região perigosa da tabela. Está provado: se a situação do clube de Enschede é aflitiva, isso não é culpa dos briosos jogadores. Muito menos de Ziyech, e sua importância para o time, clara nos 15 gols e 10 assistências que fez pelo Twente na temporada. São mais do que justificadas as palavras do técnico do Twente, René Hake ("É para vê-lo que as pessoas vêm a campo"), e do zagueiro Jordens Peters, do Willem II ("Por sorte, não é toda semana que precisamos jogar contra Ziyech").

Mesmo jogando mais recuado, Kuyt fez dois gols na fácil vitória do Feyenoord (ANP/Pro Shots)

Feyenoord 3x0 Excelsior (sábado, 2 de abril)

"Assim é que se começa um jogo. Não se dá nunca ao adversário a sensação de que ele terá algo." As palavras do técnico Giovanni van Bronckhorst à FOX Sports holandesa, após a contenda em De Kuip, deram a medida de sua satisfação. Pela primeira vez em muito tempo, o Feyenoord deixou sua torcida tranquila desde o começo: com velocidade nos ataques e solidez no meio-campo, a defesa não correu risco algum no clássico de Roterdã contra o Excelsior. Uma mudança tática colaborou para isso: Dirk Kuyt foi recuado para o meio-campo, enquanto Jens Toornstra veio para a ponta direita do ataque. Dois efeitos notáveis: rapidez nas jogadas e marcação mais forte, graças ao esforço conhecido de Kuyt.

O que não quer dizer que o capitão do Stadionclub se esqueceu de sua tarefa primordial: fazer gols. Aos 21 minutos, ele abriu o placar, de cabeça, após cruzamento de Toornstra. Este também participou do segundo gol, aos 33, deixando Eljero Elia livre para bater no canto direito do goleiro Tom Muyters (que até tentou tocar na bola). Já no segundo tempo, aos 14 minutos, a terceira assistência de Toornstra no jogo deu a Kuyt a chance para marcar pela 17ª vez na temporada. Chances não faltaram para ampliar e transformar a vitória confortável em goleada, mas Muyters impediu que isso acontecesse. Ainda assim, a torcida do Feyenoord já estava certa da quinta vitória consecutiva dos Stadionclub, que abriu cinco pontos de vantagem em relação ao AZ.

NEC 2x1 Vitesse (domingo, 3 de abril)

No "dérbi da Géldria", entre dois clubes vindos dessa província holandesa (Arnhem e Nijmegen), o primeiro tempo foi até equilibrado. Pelo lado do Vitesse, o atacante Dominic Solanke teve duas oportunidades, mas em ambas parou no goleiro Brad Jones; o NEC teve a sua vez com Anthony Limbombe, mas o arqueiro Eloy Room saiu bem do gol e manteve o placar sem gols. O que não aconteceria no minuto final do primeiro tempo: após lançamento do lateral Lucas Woudenberg, Limbombe dominou, driblou o zagueiro Maikel van der Werff e finalizou com um belo chute colocado nas redes de Room.

O segundo tempo, então, foi menos empolgante. O NEC apenas controlava a vantagem; e o Vitesse não ameaçava muito. Nem mesmo a entrada do goleador dos aurinegros na temporada, Valeri "Vako" Qazaishvili, deu trabalho à defesa do time mandante. Por falar nela, foi justamente um zagueiro o autor do gol que praticamente definiu o triunfo dos Nijmegenaren no clássico regional: aos 38 minutos, após escanteio, Limbombe desviou, Room rebateu (levemente obstruído por Wojciech Golla, diga-se de passagem) e Dario Dumic chutou a sobra para o 2 a 0. Aos 40, Lewis Baker até reanimou o Vitesse, com um belo gol de falta. Mas ele foi insuficiente para impedir a vitória do NEC, que conseguiu igualar sua pontuação à do rival (43). O saldo do Vitesse é bem maior (21 contra 0), e isso o mantém na sétima posição, última dos play-offs pela Liga Europa. Mas convém não bobear mais.


Rasmus Lindgren comemora o gol do Groningen: vitória surpreendente (Gerrit van Keulen/VI Images)
ADO Den Haag 0x1 Groningen (domingo, 3 de abril)

O jogo em Haia já estava difícil para o Groningen desde o início do primeiro tempo. Basta dizer que, logo aos quatro minutos, Mike Havenaar cabeceou a bola rente ao gol, após cruzamento de Ruben Schaken. Não demorou muito, e aos onze, Havenaar voltou a trazer perigo: em outro cabeceio, desviou falta cobrada por Édouard Duplan e forçou o goleiro Sergio Padt a fazer grande defesa. Só que o drama do Groningen se consumou aos 27 minutos: Michael de Leeuw, principal destaque ofensivo do time do norte holandês, deu uma cabeçada no zagueiro Tom Beugelsdijk. Mesmo que para muitos a cabeçada não tenha sido tão forte, o juiz Bas Nijhuis não quis saber: expulsou De Leeuw. Os Groningers teriam 63 minutos de tempo regulamentar com um homem a menos. E não era qualquer jogador, mas o seu destaque.

Lógico, a pressão dos donos da casa aumentou desde então. Aos 38 minutos, Kevin Jansen cabeceou, para outra defesa de Padt. Já no segundo tempo, aos seis minutos, Havenaar testou de novo, à queima-roupa, e novamente o arqueiro do Groningen fez intervenção importantíssima, impedindo o gol. E de repente, numa bola parada, os visitantes inverteram as expectativas: aos 30 minutos, o zagueiro Rasmus Lindgren cobrou falta no ângulo de Martin Hansen, abrindo o placar com o terceiro gol de falta do time na temporada. Dali em diante, os visitantes nortistas seguraram a pressão para conseguirem a vitória que encerrou a sequência aziaga de seis derrotas. Triunfo tão inesperado quanto emocionante, pelo esforço despendido em campo para compensar a inferioridade numérica. Ao Den Haag, resta lamentar as várias chances perdidas.

Roda JC 1x2 Heerenveen (domingo, 3 de abril)

Do jeito que a partida em Kerkrade começou, parecia que o Roda JC assumiria o protagonismo: logo aos 15 segundos, Mike van Duinen escorou na área, e o goleiro Erwin Mulder teve de fazer grande defesa para evitar o precoce gol dos Koempels. Mas foi alarme falso dos mandantes. Mesmo num primeiro tempo desanimado, o Heerenveen é que tentou mais coisas. A maior chance dos frísios veio aos 21 minutos: Kenny Otigba cruzou, e Mitchell te Vrede tentou um voleio sem ângulo, defendido pelo arqueiro Benjamin van Leer. Depois, aos 39, o sueco Arber Zeneli quase marcou, mas Van Leer impediu novamente. Mas no segundo tempo, Zeneli enfim conseguiu. Aos cinco minutos, após receber passe de Luciano Slagveer, o camisa 13 chutou e abriu o placar para o Fean.

Porém, o domínio dos visitantes é que começou a ser lentamente superado a partir do gol. E coube a um destaque habitual do Roda JC empatar o jogo: aos 20, Kristoffer Peterson recebeu a bola, chutou-a na trave, e Tom van Hyfte estava a postos para aproveitar o rebote e igualar o placar. Aos 35, Van Hyfte até poderia ter virado o placar, mas seu arremate de fora da área foi por cima do gol de Mulder. E o Heerenveen continuou tentando, até conseguir, nos acréscimos: aos 47, Branco van den Boomen cobrou falta e mandou a bola nas redes de Van Leer. Um 2 a 1 até merecido para os visitantes da Frísia, que embora ainda estejam na 13ª posição, abriram seguros 12 pontos de distância para a zona de repescagem/rebaixamento.

A comovente homenagem da torcida do Ajax a Cruyff já fazia crer num bom dia (reprodução de tevê)
Ajax 3x0 Zwolle (domingo, 3 de abril)

A 29ª rodada do Campeonato Holandês ainda foi cheia de homenagens a Johan Cruyff - prova disso foram os minutos de silêncio obrigatórios e impecavelmente cumpridos nas partidas da Eredivisie (e nas da segunda divisão também, diga-se de passagem). Mas esperava-se o que o Ajax teria a oferecer em memória do grande jogador de sua história. E o clube ofereceu muita, muita coisa. A começar pela torcida: cerca de 1,5 mil adeptos fizeram uma caminhada para o jogo, da Akkerstraat (rua onde Cruyff nasceu, no bairro de Betondorp) até a Amsterdam Arena.

Nos preparativos propriamente para o jogo, os atletas Ajacieden usaram camisas com o tradicional número 14 no aquecimento - e o uniforme da partida tinha uma pequena efígie do "Nummer 14" na camiseta. Mas nada foi tão bonito quanto o mosaico visto antes da entrada dos jogadores: todos os presentes ao estádio formaram "Johan Cruyff, 1947-2016", além de um grande cartaz com a imagem do ídolo maior e a presença de 114 ex-jogadores do Ajax (a maioria, ex-colega do homenageado; mas estiveram lá Siem de Jong, Jan Vertonghen e Marko Pantelic). E três grandes camisas com o 14 estavam no gramado - obviamente, camisas da Oranje, do Barcelona e do Ajax. Não impressionaram os olhos justificadamente marejados do filho Jordi Cruyff, presente à Amsterdam Arena. Ah, claro: também não faltaram o minuto de silêncio e os aplausos no minuto 14. Em vídeo divulgado no telão do estádio, Jordi agradeceu pelo "dia maravilhoso".

A torcida do Ajax teria ainda mais a agradecer. Havia o desejo unânime de um gol do Ajax aos 14 minutos. Ele veio bem mais cedo: logo aos dois minutos do primeiro tempo, Nick Viergever cruzou da esquerda, e Lasse Schöne cabeceou, mandando a bola para as redes defendidas por Mickey van der Hart. Jogando com toda a pressão imaginável, o Ajax comprimia a defesa do Zwolle: os jogadores do time visitante só podiam sonhar com avanços infrutíferos de Kingsley Ehizibue, pela direita. Tanto é que Jasper Cillessen, jogando com uma máscara a proteger seu nariz fraturado, não precisou fazer nenhuma defesa difícil.

Diante do claro domínio Ajacied, o segundo gol até demorou: aos 29 minutos, Riechedly Bazoer tabelou rápido com Davy Klaassen pela direita, e cruzou para a área. Lá estava Arkadiusz Milik, e o polonês desviou para marcar seu 17º gol na temporada - o 14º (opa, olha a homenagem!) nos jogos do Ajax em casa. Ainda no primeiro tempo, "Arek" fez o 3 a 0: aos 40 minutos, recebeu passe de Mitchell Dijks (ótima atuação) e chutou cruzado, no canto esquerdo de Van der Hart. Pela sexta rodada seguida, o atacante polonês deixava o dele nas redes; não acontecia no Ajax desde Luis Suárez, entre março e abril de 2009. De quebra, Milik quase marcou aos 44: cabeceou na trave.

No segundo tempo, o técnico Ron Jans tentou proteger mais a defesa do Zwolle, ao colocar o volante Rick Dekker na vaga do meia-esquerda Wouter Marinus. Não saiu muito a contento: aos três minutos, após cruzamento, Mike van der Hoorn escorou e Milik mandou por cima do gol, de voleio. Depois, o Ajax apenas administrou a vitória, jogando mais lentamente. Aí, os Zwollenaren foram levados ao ataque: com a entrada do ponta-de-lança Stef Nijland no lugar do zagueiro Thomas Lam, o time foi para o 3-4-3. Mas não trouxe o menor perigo aos Ajacieden, que garantiram a manutenção da liderança do Campeonato Holandês, num dia bom fora de campo (pelas homenagens a Cruyff) e dentro (pelas ótimas atuações).

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