A comemoração do Ajax num dos gols de Milik: a alegria no olhar do time que sabe faltar pouco para garantir o título holandês (ANP/Pro Shots) |
Groningen 1x0 Roda JC (terça-feira, 19 de abril)
Empatar com o Feyenoord, fora de casa, já aumentara um pouco o combalido ânimo do Groningen antes do jogo desta terça. Mas vencer a partida desta terça-feira, abrindo a 32ª rodada do Campeonato Holandês, poderia significar bem mais: poderia significar a manutenção das chances de alcançar os play-offs por vaga na Liga Europa. Isso, contra um Roda JC que precisava se recuperar da derrota para o PSV, até para não realimentar os perigos dormentes de cair na zona de repescagem/rebaixamento. No primeiro tempo, os Groningers não fizeram muita coisa: somente as ocasiões de gol vindas dos pés de Jesper Drost e Oussama Idrissi. Já os visitantes de Kerkrade só tiveram boa chance aos 26 minutos, com cabeceio de Kristoffer Peterson, forçando boa defesa do goleiro Sergio Padt.
O marasmo foi suficiente para que se decidisse aumentar a força ofensiva na etapa final, com a entrada em campo do reserva Alexander Sorloth, já após o intervalo. Assim, enquanto o atacante norueguês servia de referência, atraindo os marcadores dos Koempels, os pontas dos Groningers começaram a criar mais jogadas. E ambos estariam na jogada do gol, aos 22 minutos: Idrissi cruzou, o zagueiro Arjan Swinkels rebateu, e Albert Rusnák aproveitou a sobra para chutar. Seu arremate ainda resvalou em Tom van Hyfte, deixando o arqueiro Benjamin van Leer sem ação para evitar o 1 a 0. Rusnák ainda perdeu um pênalti, no fim do jogo, aos 43 minutos. Ainda assim, o Groningen não sofreu mais para manter a vitória que o segura a dois pontos da zona dos play-offs. E o Roda JC, que se achava já salvo da zona de perigo, está apenas cinco pontos acima dela. Convém não bobear.
PSV 2x0 Vitesse (terça-feira, 19 de abril)
PSV fez sua parte e venceu Vitesse. É o que resta, além de esperar que o Ajax erre (Maurice van Steen/VI Images) |
Do mesmo modo que encaminhou rapidamente sua vitória contra o Roda JC, na rodada passada, o PSV também não demorou muito para se impor contra o Vitesse. Aliás, pode-se dizer até que os Boeren tiveram alguns de seus melhores momentos na temporada durante os primeiros minutos do jogo contra o Vites. Nem mesmo a ausência do lesionado Jorrit Hendrix diminuiu o poderio e o entrosamento do time da casa, que poderia ter aberto o placar até mais rapidamente: já aos dez minutos do primeiro tempo, Jeffrey Bruma abriu o placar, mas o juiz Pieter Vink anulou o gol, por impedimento (de fato, existente). No meio-campo, o veterano Stijn Schaars substituiu o titular Hendrix, formando um trio de ex-jogadores do adversário no setor, com Marco van Ginkel e Davy Pröpper.
E seria um jogador que esteve nos Arnhemmers até a temporada passada a abrir o placar, aos 12 minutos: Pröpper recebeu a bola de Santiago Arias (de volta após a suspensão), entrou na área pela direita e bateu colocado, no ângulo oposto, marcando um bonito gol. E no resto da etapa inicial, os Eindhovenaren controlaram a vantagem sem correr riscos - o que lhes era conveniente, mas decepcionava, pelo bom nível apresentado. No princípio do segundo tempo, mais uma chance para o gol foi perdida: aos oito minutos, Pröpper quase marcou pela segunda vez, mas chutou por cima.
Pior: aos poucos, o Vitesse começou a chegar mais perto da área de defesa. Não criou muito: o único momento de mais perigo foi um chute de Milot Rashica, aos 18 minutos, bloqueado pela defesa. Ainda assim, convinha resolver logo o jogo - até porque as chances para tanto continuavam sendo desperdiçadas: aos 21, Van Ginkel recebeu ótimo passe de Arias e saiu na cara do goleiro Eloy Room, que fez ótima defesa. De quebra, o ataque do PSV tinha desacelerado: as jogadas só saíam pela direita, com Luciano Narsingh. Assim, aos 24 minutos, Phillip Cocu fez a primeira alteração, tirando Jurgen Locadia (atuação discreta) para colocar em campo Maxime Lestienne.
E bastou a primeira jogada do belga em campo para vir o gol que tranquilizou o PSV: aos 26 minutos, Lestienne recebeu passe pela esquerda, dominou a bola e entrou na área já sendo empurrado por Kevin Diks. O atacante caiu, o pênalti claro foi marcado, e Luuk de Jong bateu com segurança para fazer seu 23º gol no Campeonato Holandês. Só então o Vitesse quase marcou, em duas boas chances: aos 31, Marvelous Nakamba arrematou da entrada da área, forçando a primeira boa defesa de Jeroen Zoet no jogo. E, no último lance da partida, aos 48, Diks quase aproveitou a bola solta por Zoet após escanteio para marcar, mas chutou para fora. E o PSV comemorou uma vitória como as que precisa, nesta reta final: ganhando sem sofrer gols. É o possível, para continuar esperando um erro do Ajax.
Utrecht 0x2 De Graafschap (quarta-feira, 20 de abril)
O De Graafschap comemora a proximidade da garantia na repescagem contra o rebaixamento; salvação temporária (ANP/Pro Shots) |
Por mais que sua campanha nesta Eredivisie seja altamente promissora, o Utrecht não disfarçou: sua cabeça já está no próximo domingo, quando disputará a final da Copa da Holanda, em De Kuip (estádio fixo para a decisão da KNVB Beker), contra o Feyenoord. Prova disso foi entrar em campo poupando três titulares: o zagueiro Mark van der Maarel, o volante Bart Ramselaar e o atacante Nacer Barazite (destaque na boa atuação contra o Ajax, na rodada passada). Ainda assim, os destaques dos Utregs estavam lá: Sébastien Haller, Ruud Boymans, Andreas Ludwig etc.
O que não impediu o De Graafschap de ser mais ofensivo no primeiro tempo em Utrecht. Graças a Vincent Vermeij: já aos quatro minutos, o atacante dos Superboeren chutou de longe, mandando a bola no travessão. Aos 15, na área, Vermeij cabeceou por cima da meta defendida por Filip Bednarek. Finalmente, aos 38 minutos, veio a vantagem merecida dos visitantes: Bryan Smeets cobrou falta, o zagueiro Ted van de Pavert desviou, e Vermeij completou de cabeça para as redes.
Somente aí os Utregs passaram a atacar mais, com a entrada em campo de Ramselaar (bom na saída de bola, convertendo o 3-5-2 inicial num 4-3-3). No começo da etapa final, inclusive, Smeets tirou em cima da linha uma bola cabeceada por Ramon Leeuwin. Depois, Ludwig cobrou falta, e a bola passou perto. Enquanto isso, o De Graafschap segurava-se na defesa, contando com as intervenções decisivas do goleiro Hidde Jurjus. E num dos raros contra-ataques, aos 14 minutos do segundo tempo, veio o segundo gol: o lateral direito Nathaniel Will mandou a bola na cabeça de Vermeij, que marcou de novo na partida, confirmando a vitória que aumentou para quatro pontos a vantagem do clube de Doetinchem em relação ao lanterna Cambuur. Só pela proximidade de evitar o rebaixamento direto, a comemoração já foi grande.
Zwolle 2x0 NEC (quarta-feira, 20 de abril)
Se precisava da vitória para apagar as memórias da dura goleada sofrida para o AZ fora de casa, na rodada passada, o Zwolle não poderia ter atuado melhor do que fez. Diante do NEC, os Zwollenaren foram o que se chama na Holanda de "heer en meester": senhores e donos do jogo, não deram a menor chance ao adversário. Jogando de laranja (para já celebrar o Koningsdag, feriado real holandês, em 27 de abril), os "Dedos Azuis" abriram o placar com um belíssimo gol, aos 17 minutos do primeiro tempo: da esquerda, Sheraldo Becker dominou, cortou, chutou, e a bola foi no ângulo esquerdo do goleiro Brad Jones. Aos 27, Queensy Menig ampliou contando com a sorte: não só o árbitro Edwin van de Graaf deixou seguir a partida após suposta falta do Zwolle, como o chute de Menig desviou no volante Janio Bikel antes de entrar.
A apatia dos visitantes de Nijmegen era tamanha que o técnico Ernest Faber gastou duas alterações antes mesmo dos 40 minutos da etapa inicial: dois atacantes (Mihai Roman e Joey Sleegers) entraram em campo. De nada adiantou: o Zwolle seguiu superando facilmente os Nijmegenaren no segundo tempo. A grande chance do terceiro gol veio com Ouasim Bouy, que cabeceou na trave. Só aos 25 minutos o goleiro Kevin Begois (substituto do suspenso Van der Hart) precisou trabalhar. O 2 a 0 ficou até barato, e os mandantes conseguiram um recorde (cinco vitórias seguidas em casa - nunca acontecera na história do Zwolle pela Eredivisie) e ainda se fortaleceram na zona de classificação dos play-offs para a Liga Europa, ao vencerem um adversário direto e subirem à sétima posição. Com Feyenoord e Utrecht, à frente na tabela, podendo chegar à Liga Europa via título da Copa da Holanda, até o oitavo lugar passaria a servir para os Zwollenaren - e para o NEC, em 8º.
Heracles Almelo 2x2 Feyenoord (quarta-feira, 20 de abril)
Se precisava da vitória para apagar as memórias da dura goleada sofrida para o AZ fora de casa, na rodada passada, o Zwolle não poderia ter atuado melhor do que fez. Diante do NEC, os Zwollenaren foram o que se chama na Holanda de "heer en meester": senhores e donos do jogo, não deram a menor chance ao adversário. Jogando de laranja (para já celebrar o Koningsdag, feriado real holandês, em 27 de abril), os "Dedos Azuis" abriram o placar com um belíssimo gol, aos 17 minutos do primeiro tempo: da esquerda, Sheraldo Becker dominou, cortou, chutou, e a bola foi no ângulo esquerdo do goleiro Brad Jones. Aos 27, Queensy Menig ampliou contando com a sorte: não só o árbitro Edwin van de Graaf deixou seguir a partida após suposta falta do Zwolle, como o chute de Menig desviou no volante Janio Bikel antes de entrar.
A apatia dos visitantes de Nijmegen era tamanha que o técnico Ernest Faber gastou duas alterações antes mesmo dos 40 minutos da etapa inicial: dois atacantes (Mihai Roman e Joey Sleegers) entraram em campo. De nada adiantou: o Zwolle seguiu superando facilmente os Nijmegenaren no segundo tempo. A grande chance do terceiro gol veio com Ouasim Bouy, que cabeceou na trave. Só aos 25 minutos o goleiro Kevin Begois (substituto do suspenso Van der Hart) precisou trabalhar. O 2 a 0 ficou até barato, e os mandantes conseguiram um recorde (cinco vitórias seguidas em casa - nunca acontecera na história do Zwolle pela Eredivisie) e ainda se fortaleceram na zona de classificação dos play-offs para a Liga Europa, ao vencerem um adversário direto e subirem à sétima posição. Com Feyenoord e Utrecht, à frente na tabela, podendo chegar à Liga Europa via título da Copa da Holanda, até o oitavo lugar passaria a servir para os Zwollenaren - e para o NEC, em 8º.
Defesa do Feyenoord sofreu um pouco com Heracles. Ficou a lição para a final da Copa da Holanda (feyenoord.nl) |
Também pensando bem mais na final da Copa da Holanda, o Feyenoord teve mudanças entre os titulares no jogo disputado sobre a grama sintética do Polman Stadion, em Almelo. Para começo de conversa, Dirk Kuyt foi poupado; ficou no banco, enquanto Bilal Basaçikoglu começou jogando na direita do ataque. Eric Botteghin também deu seu lugar no time, para Terence Kongolo recuperar algum ritmo de jogo após voltar de lesão. E por fim, Karim El Ahmadi abriu espaço para Marko Vejinovic, no meio-campo.
A princípio, até parecia dar certo, já que a primeira chance de gol na partida foi dos Feyenoorders: aos seis minutos, Miquel Nelom cruzou da esquerda e Jens Toornstra escorou, para defesa segura de Bram Castro. Desde então, o Heracles é que tomou conta do jogo: um bom dia de Iliass Bel Hassani na criação de jogadas, com bons lançamentos, possibilitou aos atacantes trazerem perigo constante. Assim saiu o gol dos Heraclieden, aos 12 minutos: Bel Hassani lançou a bola ainda do campo de defesa, Jaroslav Navratil ajeitou e passou a Robin Gosens, que vinha pela esquerda, entrou na grande área e chutou por baixo do guarda-metas Kenneth Vermeer para abrir o placar.
E por boa parte da etapa inicial, o Stadionclub seguiu estéril no ataque, concentrando excessivamente as ações na direita. O perigo vinha em ações individuais - como aos 29 minutos, quando Toornstra chutou de fora da área, para Castro espalmar a bola pela linha de fundo. Na primeira jogada pela esquerda em muito tempo, veio o empate: aos 39, Eljero Elia fez jogada individual, passou pela marcação e cruzou para Michiel Kramer chutar e marcar seu 14º gol na Eredivisie 2015/16. Aí o Feyenoord se animou, e até poderia ter virado aos 41, em chute de Sven van Beek, novamente espalmado por Castro. Só que a defesa do Feyenoord ainda sofreria um bocado com o ataque fisicamente forte dos Almelöers. Que voltariam à frente logo aos cinco minutos do segundo tempo: Peter van Ooijen (que acabara de entrar no lugar de Bel Hassani) cobrou escanteio, e Wout Weghorst cabeceou para marcar pela 12ª vez no campeonato, fazendo 2 a 1.
Todavia, aos oito minutos, quase veio o rápido empate: Mike te Wierik acossou Kramer, que caiu na área, fazendo o juiz Danny Makkelie marcar seu segundo pênalti polêmico seguido nas rodadas recentes. Mas Vejinovic bateu e Castro defendeu no canto direito. Restou ao Feyenoord fortalecer a pressão, com a entrada de Kuyt. E o segundo gol veio, enfim, aos 28 minutos: Van Beek lançou da defesa, o lateral direito Wout Droste falhou ao tentar recuar, e Elia passou à frente para chutar e fazer o 2 a 2. Um empate que manteve o Feyenoord na terceira posição - mas mostrou falhas defensivas que precisam de correção antes da final da Copa da Holanda, no próximo domingo.
Excelsior 0x2 Twente (quarta-feira, 20 de abril)
Jogar fora de casa nem era o maior problema do Twente. Difícil mesmo era ter como desfalques somente os dois destaques do clube na armação de jogadas: o chileno Felipe Gutiérrez (lesionado) e, acima de tudo, Hakim Ziyech (suspenso). Assim, não impressiona que os primeiros 45 minutos no estádio Woudestein, em Roterdã, tenham sido tão desanimados. Foram apenas duas chances de gol, uma para cada equipe. Para o Excelsior, Kevin Vermeulen quase marcou, ao receber passe em profundidade e ficar livre diante do goleiro, mas seu domínio foi mal feito, e a bola ficou com o arqueiro do Twente, Nick Marsman. A chance do Twente foi ainda maior: aos 36 minutos, o zagueiro Jürgen Mattheij derrubou Jerson Cabral na área. Pênalti apitado, e Cabral cobrou, na ausência do batedor oficial, Ziyech. Bateu no canto esquerdo, e o goleiro Tom Muyters salvou o Excelsior, defendendo a cobrança.
No segundo tempo, mesmo com as entradas de Torgeir Borven e Chinedu Ede no ataque, os visitantes de Enschede sofriam com a falta de poder criativo no meio-campo. Aí, o destino facilitou mais as coisas: aos 37 minutos, após derrubar Cabral, Mattheij levou o segundo cartão amarelo e foi expulso. Bastaram três minutos, e os Tukkers enfim conseguiram o gol, num arremate do próprio Cabral. Finalmente, no último minuto do tempo regulamentar, Stefan Thesker cruzou a bola da esquerda, e Zakaria El Azzouzi cabeceou para fazer 2 a 0, firmando o Twente na 13ª posição - e aprofundando o temor da Nacompetitie contra o rebaixamento para os Kralingers, derrotados novamente.
Jogar fora de casa nem era o maior problema do Twente. Difícil mesmo era ter como desfalques somente os dois destaques do clube na armação de jogadas: o chileno Felipe Gutiérrez (lesionado) e, acima de tudo, Hakim Ziyech (suspenso). Assim, não impressiona que os primeiros 45 minutos no estádio Woudestein, em Roterdã, tenham sido tão desanimados. Foram apenas duas chances de gol, uma para cada equipe. Para o Excelsior, Kevin Vermeulen quase marcou, ao receber passe em profundidade e ficar livre diante do goleiro, mas seu domínio foi mal feito, e a bola ficou com o arqueiro do Twente, Nick Marsman. A chance do Twente foi ainda maior: aos 36 minutos, o zagueiro Jürgen Mattheij derrubou Jerson Cabral na área. Pênalti apitado, e Cabral cobrou, na ausência do batedor oficial, Ziyech. Bateu no canto esquerdo, e o goleiro Tom Muyters salvou o Excelsior, defendendo a cobrança.
No segundo tempo, mesmo com as entradas de Torgeir Borven e Chinedu Ede no ataque, os visitantes de Enschede sofriam com a falta de poder criativo no meio-campo. Aí, o destino facilitou mais as coisas: aos 37 minutos, após derrubar Cabral, Mattheij levou o segundo cartão amarelo e foi expulso. Bastaram três minutos, e os Tukkers enfim conseguiram o gol, num arremate do próprio Cabral. Finalmente, no último minuto do tempo regulamentar, Stefan Thesker cruzou a bola da esquerda, e Zakaria El Azzouzi cabeceou para fazer 2 a 0, firmando o Twente na 13ª posição - e aprofundando o temor da Nacompetitie contra o rebaixamento para os Kralingers, derrotados novamente.
Heerenveen 0x2 Ajax (quarta-feira, 20 de abril)
Quem tem (sistema defensivo irregular), tem medo. Não foi à toa que Frank de Boer decidiu preparar melhor a marcação do Ajax, ainda que o Heerenveen esteja absolutamente inconstante nesta temporada. Riechedly Bazoer ficou no banco, dando lugar no meio-campo ao marcador incansável que é o sul-africano Thulani Serero. Não convinha dar chance nenhuma ao azar contra o time da Frísia: além de jogar em casa, ele conta com um trio de ataque rápido pelas pontas (com os suecos Arber Zeneli e Sam Larsson) e as confiáveis finalizações de Mitchell te Vrede. Com o PSV nos calcanhares, vencer era obrigatório para os visitantes de Amsterdã.
E mesmo que o jogo no estádio Abe Lenstra tenha começado truncado, os primeiros lances de ataque confirmaram as expectativas. Sam Larsson era constantemente perigoso, e criou jogada aos 18 minutos, cruzando da direita para Te Vrede cabecear e exigir ótima defesa de Jasper Cillessen. Só aí o Ajax, ainda parado no ataque, começou a aparecer, graças a Davy Klaassen. O camisa 10 não só criava as jogadas, mas também aparecia para concluir algumas delas - como aos 21 minutos, quando escorou cruzamento de Mitchell Dijks (opção ofensiva cada vez melhor) para o goleiro do Heerenveen, Erwin Mulder, agarrar. Ainda faltava a outra opção segura do Ajax no ataque: Arkadiusz Milik. E "Arek" começou a dar o ar de sua graça aos 34, quando desviou fracamente cruzamento de Serero, mandando a bola rente à trave ainda assim.
Após o 0 a 0 dos primeiros 45 minutos, os Ajacieden sabiam: precisavam continuar no ataque contra um Heerenveen de defesa e meio-campo compactados, e precisavam de mais rapidez (tanto que Anwar El Ghazi entrou após o intervalo, no lugar de Lasse Schöne). Aos 10, quase deu: Amin Younes cruzou e Milik quase fez. Finalmente, aos 12, a sorte apareceu de novo por um pênalti: Dijks mandou da esquerda, a bola bateu na mão de Kenny Otigba dentro da área, e Serdar Gözübüyük apontou a marca da cal. Duvidoso, até polêmico, mas dependente dos critérios do árbitro do que o penal inexistente contra o Utrecht. Milik, então, repetiu a dose do domingo passado: cobrou e converteu. 12º gol do polonês nos últimos nove jogos do Ajax, seu 20º nesta Eredivisie.
E tudo ficou à feição para os Godenzonen resolverem o jogo. O Heerenveen foi ao ataque tentando empatar, e abriu espaço para os contragolpes. Não demorou muito e, aos 19, Dijks alçou a bola na área da esquerda, não houve mão no caminho, e Milik completou para o gol, deixando sua marca pela 21ª vez no campeonato. E não haveria mais como impedir a vitória fora de casa, contra um adversário sempre traiçoeiro. Vitória que levou o Ajax de volta à liderança, empatado em pontos com o PSV (78), mas com maior saldo de gols (56 contra 50). A não ser por uma goleada dos de Eindhoven nas duas últimas rodadas, o título holandês está muito perto de voltar à Amsterdam Arena. O time comemorou, e Frank de Boer reconheceu que está perto: "Não falo em porcentagem de chances, mas não acho que vamos deixar escapar".
Quem tem (sistema defensivo irregular), tem medo. Não foi à toa que Frank de Boer decidiu preparar melhor a marcação do Ajax, ainda que o Heerenveen esteja absolutamente inconstante nesta temporada. Riechedly Bazoer ficou no banco, dando lugar no meio-campo ao marcador incansável que é o sul-africano Thulani Serero. Não convinha dar chance nenhuma ao azar contra o time da Frísia: além de jogar em casa, ele conta com um trio de ataque rápido pelas pontas (com os suecos Arber Zeneli e Sam Larsson) e as confiáveis finalizações de Mitchell te Vrede. Com o PSV nos calcanhares, vencer era obrigatório para os visitantes de Amsterdã.
E mesmo que o jogo no estádio Abe Lenstra tenha começado truncado, os primeiros lances de ataque confirmaram as expectativas. Sam Larsson era constantemente perigoso, e criou jogada aos 18 minutos, cruzando da direita para Te Vrede cabecear e exigir ótima defesa de Jasper Cillessen. Só aí o Ajax, ainda parado no ataque, começou a aparecer, graças a Davy Klaassen. O camisa 10 não só criava as jogadas, mas também aparecia para concluir algumas delas - como aos 21 minutos, quando escorou cruzamento de Mitchell Dijks (opção ofensiva cada vez melhor) para o goleiro do Heerenveen, Erwin Mulder, agarrar. Ainda faltava a outra opção segura do Ajax no ataque: Arkadiusz Milik. E "Arek" começou a dar o ar de sua graça aos 34, quando desviou fracamente cruzamento de Serero, mandando a bola rente à trave ainda assim.
Após o 0 a 0 dos primeiros 45 minutos, os Ajacieden sabiam: precisavam continuar no ataque contra um Heerenveen de defesa e meio-campo compactados, e precisavam de mais rapidez (tanto que Anwar El Ghazi entrou após o intervalo, no lugar de Lasse Schöne). Aos 10, quase deu: Amin Younes cruzou e Milik quase fez. Finalmente, aos 12, a sorte apareceu de novo por um pênalti: Dijks mandou da esquerda, a bola bateu na mão de Kenny Otigba dentro da área, e Serdar Gözübüyük apontou a marca da cal. Duvidoso, até polêmico, mas dependente dos critérios do árbitro do que o penal inexistente contra o Utrecht. Milik, então, repetiu a dose do domingo passado: cobrou e converteu. 12º gol do polonês nos últimos nove jogos do Ajax, seu 20º nesta Eredivisie.
E tudo ficou à feição para os Godenzonen resolverem o jogo. O Heerenveen foi ao ataque tentando empatar, e abriu espaço para os contragolpes. Não demorou muito e, aos 19, Dijks alçou a bola na área da esquerda, não houve mão no caminho, e Milik completou para o gol, deixando sua marca pela 21ª vez no campeonato. E não haveria mais como impedir a vitória fora de casa, contra um adversário sempre traiçoeiro. Vitória que levou o Ajax de volta à liderança, empatado em pontos com o PSV (78), mas com maior saldo de gols (56 contra 50). A não ser por uma goleada dos de Eindhoven nas duas últimas rodadas, o título holandês está muito perto de voltar à Amsterdam Arena. O time comemorou, e Frank de Boer reconheceu que está perto: "Não falo em porcentagem de chances, mas não acho que vamos deixar escapar".
ADO Den Haag 1x2 AZ (quinta-feira, 21 de abril)
Num primeiro tempo sem muita animação, o AZ, geralmente ofensivo, foi discreto. A ponto de só ter aberto o placar num contragolpe: após atacar pela esquerda, o meio-campista Aaron Meijers demorou para voltar. E deixou livre o espaço para Dabney dos Santos vir, driblar o zagueiro Tom Beugelsdijk e chutar para fazer 1 a 0, aos 21 minutos do primeiro tempo. Pelo menos, Beugelsdijk corrigiu o erro da melhor maneira possível: empatou o jogo aos 32, completando falta de Édouard Duplan com um cabeceio para as redes. Então, o Den Haag melhorou no jogo, e até poderia ter virado aos 37: uma testada forte de Timothy Derijck foi bem defendida pelo arqueiro dos visitantes, Sergio Rochet.
A pressão seguiu na etapa complementar: aos nove minutos, Joris van Overeem evitou a virada dos mandantes de Haia, ao tirar em cima da linha bola vinda de um cabeceio de Danny Bakker. Até que outro contragolpe, aos 20, recolocou os Alkmaarders na frente: Ben Rienstra fez passe em profundidade, Markus Henriksen escapou da linha de impedimento e ficou livre para tocar no canto esquerdo do goleiro Martin Hansen, fazendo 2 a 1. Mantendo o triunfo, o AZ segue até com remotas esperanças de chegar à terceira posição e garantir vaga direta na Liga Europa: em quarto lugar, está a quatro pontos do Feyenoord. Para o ADO Den Haag, as esperanças remotas são para os play-offs pela LE: o time auriverde está a cinco pontos do NEC.
Num primeiro tempo sem muita animação, o AZ, geralmente ofensivo, foi discreto. A ponto de só ter aberto o placar num contragolpe: após atacar pela esquerda, o meio-campista Aaron Meijers demorou para voltar. E deixou livre o espaço para Dabney dos Santos vir, driblar o zagueiro Tom Beugelsdijk e chutar para fazer 1 a 0, aos 21 minutos do primeiro tempo. Pelo menos, Beugelsdijk corrigiu o erro da melhor maneira possível: empatou o jogo aos 32, completando falta de Édouard Duplan com um cabeceio para as redes. Então, o Den Haag melhorou no jogo, e até poderia ter virado aos 37: uma testada forte de Timothy Derijck foi bem defendida pelo arqueiro dos visitantes, Sergio Rochet.
A pressão seguiu na etapa complementar: aos nove minutos, Joris van Overeem evitou a virada dos mandantes de Haia, ao tirar em cima da linha bola vinda de um cabeceio de Danny Bakker. Até que outro contragolpe, aos 20, recolocou os Alkmaarders na frente: Ben Rienstra fez passe em profundidade, Markus Henriksen escapou da linha de impedimento e ficou livre para tocar no canto esquerdo do goleiro Martin Hansen, fazendo 2 a 1. Mantendo o triunfo, o AZ segue até com remotas esperanças de chegar à terceira posição e garantir vaga direta na Liga Europa: em quarto lugar, está a quatro pontos do Feyenoord. Para o ADO Den Haag, as esperanças remotas são para os play-offs pela LE: o time auriverde está a cinco pontos do NEC.
Cambuur 1x1 Willem II (quinta-feira, 21 de abril)
Dizem que desgraças nunca vêm sozinhas. Pois bem, o Cambuur viveu isso no jogo contra o Willem II. Já com a dificílima tarefa de sair da última posição e evitar o rebaixamento (eram cinco pontos de distância para o De Graafschap quando a partida começou em Leeuwarden), o time auriazul começou com tudo no ataque. Já aos seis minutos do primeiro tempo, uma chance, em chute de Kevin van Veen que o goleiro Kostas Lamprou defendeu. Todavia, aos oito, o primeiro revés: o zagueiro Martijn van der Laan teve de sair, com dores no joelho, substituído por Calvin MacIntosch.
As chances continuavam: aos 15 minutos, Vytautas "Vytas" Andriuskevicius teve o gol vazio após falhas de Lamprou e do lateral esquerdo Guus Joppen, mas chutou para fora. Finalmente, aos 24, veio o gol merecido: Jack Byrne cruzou, e Jamiro Monteiro Alvarenga cabeceou para fazer 1 a 0. O azar dava uma trégua aos Leeuwarders. Para recrudescer pouco depois. Primeiro, aos 27, Jordens Peters empatou para o Willem II, chutando a bola após escanteio; depois, aos 36, machucado, o atacante Jergé Hoefdraad deu lugar a Sander van de Streek; mais três minutos, e Kevin van Veen foi o lesionado, saindo para Xander Houtkoop. O Cambuur usara as três alterações antes do fim do primeiro tempo - não acontecia no Campeonato Holandês desde 2001!
Pior: no segundo tempo, nem mesmo a pressão do Cambuur era problemática para a defesa dos visitantes tricolores. Somente aos 30 minutos veio um lance digno de menção, num chute de Byrne que Lamprou defendeu. Depois, Van de Streek exigiu boa defesa do goleiro dos Tilburgers. E aos 44, Lamprou quase falhou, mas conseguiu defender novo arremate de Byrne. E ficou no placar o 1 a 1, que fez o Willem II ganhar um ponto após seis derrotas seguidas, saindo da zona de repescagem/rebaixamento. E que deixou a desvantagem do Cambuur para o De Graafschap em quatro pontos. Dificilmente o clube de Leeuwarden escapará da última posição e da queda direta - até porque o adversário da 33ª rodada é "só" o PSV...
Dizem que desgraças nunca vêm sozinhas. Pois bem, o Cambuur viveu isso no jogo contra o Willem II. Já com a dificílima tarefa de sair da última posição e evitar o rebaixamento (eram cinco pontos de distância para o De Graafschap quando a partida começou em Leeuwarden), o time auriazul começou com tudo no ataque. Já aos seis minutos do primeiro tempo, uma chance, em chute de Kevin van Veen que o goleiro Kostas Lamprou defendeu. Todavia, aos oito, o primeiro revés: o zagueiro Martijn van der Laan teve de sair, com dores no joelho, substituído por Calvin MacIntosch.
As chances continuavam: aos 15 minutos, Vytautas "Vytas" Andriuskevicius teve o gol vazio após falhas de Lamprou e do lateral esquerdo Guus Joppen, mas chutou para fora. Finalmente, aos 24, veio o gol merecido: Jack Byrne cruzou, e Jamiro Monteiro Alvarenga cabeceou para fazer 1 a 0. O azar dava uma trégua aos Leeuwarders. Para recrudescer pouco depois. Primeiro, aos 27, Jordens Peters empatou para o Willem II, chutando a bola após escanteio; depois, aos 36, machucado, o atacante Jergé Hoefdraad deu lugar a Sander van de Streek; mais três minutos, e Kevin van Veen foi o lesionado, saindo para Xander Houtkoop. O Cambuur usara as três alterações antes do fim do primeiro tempo - não acontecia no Campeonato Holandês desde 2001!
Pior: no segundo tempo, nem mesmo a pressão do Cambuur era problemática para a defesa dos visitantes tricolores. Somente aos 30 minutos veio um lance digno de menção, num chute de Byrne que Lamprou defendeu. Depois, Van de Streek exigiu boa defesa do goleiro dos Tilburgers. E aos 44, Lamprou quase falhou, mas conseguiu defender novo arremate de Byrne. E ficou no placar o 1 a 1, que fez o Willem II ganhar um ponto após seis derrotas seguidas, saindo da zona de repescagem/rebaixamento. E que deixou a desvantagem do Cambuur para o De Graafschap em quatro pontos. Dificilmente o clube de Leeuwarden escapará da última posição e da queda direta - até porque o adversário da 33ª rodada é "só" o PSV...
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