O Zwolle tomava sufoco do NEC em casa. Mas Brock-Madsen apareceu e... enfim, vitória no estádio próprio (Henry Dijkman/VI Images) |
Zwolle 2x0 NEC (sexta-feira, 10 de fevereiro)
Jogar em casa não tem sido uma boa para os Zwollenaren: ao iniciarem a 22ª rodada do Campeonato Holandês, a equipe alviazul não vencia no Mac³Park Stadion desde a 11ª rodada, em outubro passado, ao superar o Go Ahead Eagles. E pelo jeito como a peleja começou, parecia que os mandantes veriam a festa alheia de novo, porque foi o NEC que criou chances mais perigosas. Já aos dois minutos de jogo, o zagueiro Wojciech Golla cabeceou, forçando o goleiro Mickey van der Hart a fazer boa defesa. Aos 30', Jordan Larsson teve grande chance: recebeu livre na área, mas chutou fraco para Van der Hart. Depois, no minuto final do primeiro tempo, foi o lateral direito Dario Dumic que arrematou, levando o arqueiro dos "Dedos Azuis" mandantes a fazer outra boa intervenção. Ao Zwolle, a única chance digna de nota foi uma finalização de Queensy Menig, na trave, aos 43'.
Os 45 minutos finais começaram com animação. Já aos 47', Taiwo Awoniyi (substituto do lesionado Jay-Roy Grot, no primeiro tempo) ficou cara a cara com Van der Hart, mas perdeu a chance; no minuto seguinte, do outro lado, Kingsley Ehizibue perdeu daqueles gols aparentemente impossíveis de serem perdidos, chutando por cima. Pelo menos, Nicolai Brock-Madsen estava a postos para dar sequência à boa forma que exibe no returno. O atacante dinamarquês fez 1 a 0, aos 57', com sorte: chutou, a bola resvalou no volante Gregor Breinburg e enganou o arqueiro Joris Delle. As alternâncias, porém, continuaram: Ryan Thomas quase ampliou a vantagem dos mandantes com uma bola no travessão aos 63', e Mohamed Rayhi também acertou o travessão para o NEC, aos 70'. Deu azar: justamente na jogada seguinte, o Zwolle fez 2 a 0. Menig recebeu cruzamento na área, se atrapalhou ao tentar o voleio, mas conseguiu ajeitar a bola e bater alto, sem chances para Delle, garantindo uma valiosa vitória para o Zwolle. Não só pelo fim do jejum em casa, mas por ser a segunda consecutiva, levando a equipe a ganhar um respiro na disputa contra o rebaixamento.
Parecia que o Roda JC voltaria a vencer. Armenteros e seus gols negaram a possibilidade (Peter Lous/VI Images) |
Heracles Almelo 2x2 Roda JC (sábado, 11 de fevereiro)
No intervalo do jogo em Almelo, a FOX Sports filmou dois torcedores tirando um cochilo em suas cadeiras. Prova cabal de como os primeiros 45 minutos no estádio Polman foram chatos. Apenas quatro lances de relativo perigo. Começaram aos 14', quando, após lançamento de Mohamed El Makrini, Mitchel Paulissen dominou, mas seu chute foi travado. Depois, aos 20', Samuel Armenteros errou cabeceio, após lançamento, Na sequência, Brandley Kuwas chutou para fora. E só uma chance vinda no minuto final merece menção, depois disso: aos 45', Daryl Werker cabeceou, e Thomas Bruns tirou a bola em cima da linha. No rebote, El Makrini arriscou de fora da área, mandando pela linha de fundo. E ficou nisso. Àquela altura, parecia melhor que o jogo não tivesse ocorrido - risco que se correu horas antes, com queda de energia em Almelo.
Todavia, o que o primeiro tempo teve de monótono, o segundo teve de animado. Nem demorou muito para o Heracles ir à frente: aos 53', Kristoffer Peterson tabelou com Thomas Bruns, recebeu a bola de volta e arriscou de fora, mandando perto do gol defendido por Benjamin van Leer. Depois, os Heraclieden quase tiveram a sorte ajudando aos 62', quando Peter van Ooijen deixou a esférica com Kuwas. Este cruzou, e o zagueiro Frédéric Ananou tentou cortar. Mandou acidentalmente no travessão. Parecia que os mandantes de Almelo sofreriam no jogo. E isso ficou ainda mais aparente aos 65', quando o Roda abriu o placar contando com azar de um jogador anfitrião. Da direita, Paulissen arriscou o chute. E petiscou: a bola resvalou no zagueiro Justin Hoogma, e foi direto para as redes. Mais três minutos, e os Koempels visitantes fizeram o 2 a 0: ao ganhar a bola de graça, Tom van Hyfte bateu rasteiro e seco no canto esquerdo, sem chances de defesa para o goleiro Bram Castro.
Até ali pouco ativo ofensivamente, o Roda JC ia saindo com uma vitória valiosa para contentar o suíço-russo Aleksei Korotaev - novo acionista, como o blog escreveu ontem. E quase ampliou para 3 a 0 aos 78', quando Dani Schahin desviou para fora. Então, foi a vez do Heracles repetir o que já fizera na semana passada: sair brilhantemente de uma situação adversa para reagir. Começou aos 79', com o primeiro gol: escanteio cobrado, e Robin Pröpper desviou de cabeça para Armenteros completar chutando. A pressão dos mandantes aumentou, e afinal veio o gol do empate, aos 87'. Não houve desvio algum para o autor ser o mesmo: Brahim Darri avançou, cruzou, e Armenteros mandou novamente de cabeça para finalizar seu 11º gol na temporada (com o que igualou sua marca no Willem II, há duas temporadas). Novamente, o Heracles saiu de campo de cabeça erguida. Ao contrário do Roda JC: o que poderia ser a terceira vitória na temporada virou o décimo empate. Assim fica difícil deixar as últimas posições.
Feyenoord 2x0 Groningen (sábado, 11 de fevereiro)
"Precisamos de três meio-campistas de origem". Assim Giovanni van Bronckhorst explicou à FOX Sports holandesa, antes do jogo, por que deixara Dirk Kuyt no banco, fazendo Jens Toornstra começar ao lado de Tonny Vilhena e Karim El Ahmadi no meio-campo. De fato, a escolha se mostraria necessária. Tão logo Dennis Higler apitou o começo do jogo, o Groningen se postou numa feroz retranca: um 5-4-1 muito compactado, com defesa e meio-campo próximos. Só mesmo o toque de bola incessante do Feyenoord poderia furar a barreira.
Nos visitantes do norte, só mesmo Mimoun Mahi estava liberado para atacar. Foi o que ele começou a fazer, aos quatro minutos, chutando para fora. Depois, aos 8', teve ajuda: após dominar bola vinda de lateral cobrado, Bryan Linssen deixou a bola em boas condições para Mahi bater, pela direita, forçando Brad Jones a defender. Ao mesmo tempo em que se fechava, o Groningen mostrava capacidades para aproveitar os contragolpes. Além de paciência, o Feyenoord precisaria ter esse cuidado.
Teve os dois. E não demorou para que o Stadionclub criasse as chances em De Kuip, aproveitando os confiáveis pontas. Primeiro, Eljero Elia, pela esquerda: aos 9', ele cruzou, mas mandou a bola direto para as mãos do arqueiro Sergio Padt. E aos 16', Elia progrediu de novo pela canhota, cruzou para a área, e Nicolai Jorgensen escorou pela linha de fundo. Ainda assim, o Groningen seguia assustando: aos 25', Yoëll van Nieff avançou pela direita até a linha de fundo, cruzou, e Jones defendeu, tirando da área antes que um problema maior ocorresse.
A partir de então, começou a aparecer um dos grandes destaques do jogo: Steven Berghuis, que apareceu em duas ótimas chances. Aos 28', perto da área, Jens Toornstra deixou a bola com o ponta-direita, que bateu perto da trave direita de Padt. No minuto seguinte, Elia passou a Vilhena, e o meio-campista cruzou rasteiro na grande área para Berghuis bater de primeira, por cima do gol, em outra boa oportunidade. Depois, aos 31', Berghuis chegou à pequena área para arrematar, mas Samir Memisevic cortou na hora exata. No escanteio subsequente, a defesa tirou da área, mas a sobra ficou com El Ahmadi, que bateu para boa defesa de Padt.
Só que continuavam os contragolpes perigosos do Groningen. E um deles quase calou a torcida, aos 35'. Mahi carregou a bola pela esquerda, chegou à linha de fundo, e mandou rente ao chão para a área. Livre, pelo meio, chegou Ruben Yttegaard Jenssen. Mas o desvio do meio-campista norueguês foi torto, mandando a bola pela linha de fundo, numa daquelas chances que não podem ser perdidas. Até porque, aos 38', o Feyenoord aproveitou a chance dele. Novamente, Berghuis fez jogada pela linha de fundo. O camisa 19 carregou a bola, colocou-a por baixo das pernas de Van Nieff, e cruzou rasteiro na área. Toornstra entrou livre para escorar, no canto direito de Padt, e fazer 1 a 0.
A partir dali, estava definido. Tranquilizado pelo gol, e com posse de bola massiva (chegou a 70%), o Feyenoord dominaria de maneira ainda mais categórica. Teve uma boa chance aos 44': quando Toornstra cobrou escanteio, Eric Botteghin e Jorgensen chegaram juntos para o cabeceio, mas nenhum deles chegou com força à bola; ela saiu pela linha de fundo. Já no segundo tempo, aos 51', Berghuis cruzou de novo, agora pelo alto. Mas nem Jorgensen, nem Elia conseguiram alcançar. E ficava nisso: os Rotterdammers sempre circundando a área, o Groningen cerrado em seu 5-4-1, prensado na defesa.
Ainda assim, a resistência dos Groningers já havia sido furada. E ruiria definitivamente aos 66', com o segundo gol do Feyenoord, surgido da dupla que se destacou na partida. Berghuis alçou a bola para a área em cobrança de falta, a defesa rebateu, mas a sobra ficou na área, com Jan-Arie van der Heijden. E com um inesperado e incrível toque de calcanhar, o zagueiro deixou Toornstra livre para concluir com um chute alto, fazendo 2 a 0. Berghuis fazia mais uma boa atuação; e Toornstra justificava plenamente a aposta de Van Bronckhorst em deixar o capitão Kuyt no banco. O terceiro gol quase veio aos 68', em rápido contra-ataque (após suposto pênalti não marcado em Alexander Sorloth, do Groningen): Toornstra saiu com a bola pela direita. Cruzou, e pegou Berghuis vindo pelo meio. O atacante bateu forte, no canto direito, mas Padt espalmou pela linha de fundo.
Aos 71', mais uma oportunidade: Jorgensen dominou no meio da área, e deixou a Toornstra. Deste, a bola foi para Rick Karsdorp, que bateu para boa defesa de Padt. E se havia ainda algum perigo de surpresa do Groningen, ele acabou de vez na expulsão do volante Juninho Bacuna, aos 75', após carrinho no tornozelo de Terence Kongolo. E o Feyenoord pôde seguir tranquilo rumo à quinta vitória seguida no returno. À quinta vitória seguida sem gols sofridos. E à oitava vitória seguida, somando-se os resultados do primeiro turno. Segue em alta o otimismo de um time que parece determinado e incontrolável. Bem disse a manchete do site do diário Algemeen Dagblad para o relato do jogo: quem quiser superar este Feyenoord atual, terá de estar num dia ainda melhor.
Go Ahead Eagles 3x1 ADO Den Haag (sábado, 11 de fevereiro)
No intervalo do jogo em Almelo, a FOX Sports filmou dois torcedores tirando um cochilo em suas cadeiras. Prova cabal de como os primeiros 45 minutos no estádio Polman foram chatos. Apenas quatro lances de relativo perigo. Começaram aos 14', quando, após lançamento de Mohamed El Makrini, Mitchel Paulissen dominou, mas seu chute foi travado. Depois, aos 20', Samuel Armenteros errou cabeceio, após lançamento, Na sequência, Brandley Kuwas chutou para fora. E só uma chance vinda no minuto final merece menção, depois disso: aos 45', Daryl Werker cabeceou, e Thomas Bruns tirou a bola em cima da linha. No rebote, El Makrini arriscou de fora da área, mandando pela linha de fundo. E ficou nisso. Àquela altura, parecia melhor que o jogo não tivesse ocorrido - risco que se correu horas antes, com queda de energia em Almelo.
Todavia, o que o primeiro tempo teve de monótono, o segundo teve de animado. Nem demorou muito para o Heracles ir à frente: aos 53', Kristoffer Peterson tabelou com Thomas Bruns, recebeu a bola de volta e arriscou de fora, mandando perto do gol defendido por Benjamin van Leer. Depois, os Heraclieden quase tiveram a sorte ajudando aos 62', quando Peter van Ooijen deixou a esférica com Kuwas. Este cruzou, e o zagueiro Frédéric Ananou tentou cortar. Mandou acidentalmente no travessão. Parecia que os mandantes de Almelo sofreriam no jogo. E isso ficou ainda mais aparente aos 65', quando o Roda abriu o placar contando com azar de um jogador anfitrião. Da direita, Paulissen arriscou o chute. E petiscou: a bola resvalou no zagueiro Justin Hoogma, e foi direto para as redes. Mais três minutos, e os Koempels visitantes fizeram o 2 a 0: ao ganhar a bola de graça, Tom van Hyfte bateu rasteiro e seco no canto esquerdo, sem chances de defesa para o goleiro Bram Castro.
Até ali pouco ativo ofensivamente, o Roda JC ia saindo com uma vitória valiosa para contentar o suíço-russo Aleksei Korotaev - novo acionista, como o blog escreveu ontem. E quase ampliou para 3 a 0 aos 78', quando Dani Schahin desviou para fora. Então, foi a vez do Heracles repetir o que já fizera na semana passada: sair brilhantemente de uma situação adversa para reagir. Começou aos 79', com o primeiro gol: escanteio cobrado, e Robin Pröpper desviou de cabeça para Armenteros completar chutando. A pressão dos mandantes aumentou, e afinal veio o gol do empate, aos 87'. Não houve desvio algum para o autor ser o mesmo: Brahim Darri avançou, cruzou, e Armenteros mandou novamente de cabeça para finalizar seu 11º gol na temporada (com o que igualou sua marca no Willem II, há duas temporadas). Novamente, o Heracles saiu de campo de cabeça erguida. Ao contrário do Roda JC: o que poderia ser a terceira vitória na temporada virou o décimo empate. Assim fica difícil deixar as últimas posições.
O Groningen prometia ser adversário duro. Mas Toornstra e Berghuis trabalharam e... mais uma vitória do Feyenoord (Pro Shots) |
"Precisamos de três meio-campistas de origem". Assim Giovanni van Bronckhorst explicou à FOX Sports holandesa, antes do jogo, por que deixara Dirk Kuyt no banco, fazendo Jens Toornstra começar ao lado de Tonny Vilhena e Karim El Ahmadi no meio-campo. De fato, a escolha se mostraria necessária. Tão logo Dennis Higler apitou o começo do jogo, o Groningen se postou numa feroz retranca: um 5-4-1 muito compactado, com defesa e meio-campo próximos. Só mesmo o toque de bola incessante do Feyenoord poderia furar a barreira.
Nos visitantes do norte, só mesmo Mimoun Mahi estava liberado para atacar. Foi o que ele começou a fazer, aos quatro minutos, chutando para fora. Depois, aos 8', teve ajuda: após dominar bola vinda de lateral cobrado, Bryan Linssen deixou a bola em boas condições para Mahi bater, pela direita, forçando Brad Jones a defender. Ao mesmo tempo em que se fechava, o Groningen mostrava capacidades para aproveitar os contragolpes. Além de paciência, o Feyenoord precisaria ter esse cuidado.
Teve os dois. E não demorou para que o Stadionclub criasse as chances em De Kuip, aproveitando os confiáveis pontas. Primeiro, Eljero Elia, pela esquerda: aos 9', ele cruzou, mas mandou a bola direto para as mãos do arqueiro Sergio Padt. E aos 16', Elia progrediu de novo pela canhota, cruzou para a área, e Nicolai Jorgensen escorou pela linha de fundo. Ainda assim, o Groningen seguia assustando: aos 25', Yoëll van Nieff avançou pela direita até a linha de fundo, cruzou, e Jones defendeu, tirando da área antes que um problema maior ocorresse.
A partir de então, começou a aparecer um dos grandes destaques do jogo: Steven Berghuis, que apareceu em duas ótimas chances. Aos 28', perto da área, Jens Toornstra deixou a bola com o ponta-direita, que bateu perto da trave direita de Padt. No minuto seguinte, Elia passou a Vilhena, e o meio-campista cruzou rasteiro na grande área para Berghuis bater de primeira, por cima do gol, em outra boa oportunidade. Depois, aos 31', Berghuis chegou à pequena área para arrematar, mas Samir Memisevic cortou na hora exata. No escanteio subsequente, a defesa tirou da área, mas a sobra ficou com El Ahmadi, que bateu para boa defesa de Padt.
Só que continuavam os contragolpes perigosos do Groningen. E um deles quase calou a torcida, aos 35'. Mahi carregou a bola pela esquerda, chegou à linha de fundo, e mandou rente ao chão para a área. Livre, pelo meio, chegou Ruben Yttegaard Jenssen. Mas o desvio do meio-campista norueguês foi torto, mandando a bola pela linha de fundo, numa daquelas chances que não podem ser perdidas. Até porque, aos 38', o Feyenoord aproveitou a chance dele. Novamente, Berghuis fez jogada pela linha de fundo. O camisa 19 carregou a bola, colocou-a por baixo das pernas de Van Nieff, e cruzou rasteiro na área. Toornstra entrou livre para escorar, no canto direito de Padt, e fazer 1 a 0.
Toornstra sai para comemorar o primeiro gol: um Feyenoord incontrolável, mesmo diante de um time fechado (Maurice van Steen/VI Images) |
A partir dali, estava definido. Tranquilizado pelo gol, e com posse de bola massiva (chegou a 70%), o Feyenoord dominaria de maneira ainda mais categórica. Teve uma boa chance aos 44': quando Toornstra cobrou escanteio, Eric Botteghin e Jorgensen chegaram juntos para o cabeceio, mas nenhum deles chegou com força à bola; ela saiu pela linha de fundo. Já no segundo tempo, aos 51', Berghuis cruzou de novo, agora pelo alto. Mas nem Jorgensen, nem Elia conseguiram alcançar. E ficava nisso: os Rotterdammers sempre circundando a área, o Groningen cerrado em seu 5-4-1, prensado na defesa.
Ainda assim, a resistência dos Groningers já havia sido furada. E ruiria definitivamente aos 66', com o segundo gol do Feyenoord, surgido da dupla que se destacou na partida. Berghuis alçou a bola para a área em cobrança de falta, a defesa rebateu, mas a sobra ficou na área, com Jan-Arie van der Heijden. E com um inesperado e incrível toque de calcanhar, o zagueiro deixou Toornstra livre para concluir com um chute alto, fazendo 2 a 0. Berghuis fazia mais uma boa atuação; e Toornstra justificava plenamente a aposta de Van Bronckhorst em deixar o capitão Kuyt no banco. O terceiro gol quase veio aos 68', em rápido contra-ataque (após suposto pênalti não marcado em Alexander Sorloth, do Groningen): Toornstra saiu com a bola pela direita. Cruzou, e pegou Berghuis vindo pelo meio. O atacante bateu forte, no canto direito, mas Padt espalmou pela linha de fundo.
Aos 71', mais uma oportunidade: Jorgensen dominou no meio da área, e deixou a Toornstra. Deste, a bola foi para Rick Karsdorp, que bateu para boa defesa de Padt. E se havia ainda algum perigo de surpresa do Groningen, ele acabou de vez na expulsão do volante Juninho Bacuna, aos 75', após carrinho no tornozelo de Terence Kongolo. E o Feyenoord pôde seguir tranquilo rumo à quinta vitória seguida no returno. À quinta vitória seguida sem gols sofridos. E à oitava vitória seguida, somando-se os resultados do primeiro turno. Segue em alta o otimismo de um time que parece determinado e incontrolável. Bem disse a manchete do site do diário Algemeen Dagblad para o relato do jogo: quem quiser superar este Feyenoord atual, terá de estar num dia ainda melhor.
Sam Hendriks foi para a galera. E mereceu, com os dois gols da vitória (ANP/Pro Shots) |
Go Ahead Eagles 3x1 ADO Den Haag (sábado, 11 de fevereiro)
Encontraram-se no estádio Adelaarshorst duas equipes que, além de penarem com a ameaça do rebaixamento, ajudaram-se mutuamente na última janela de transferências, com uma troca (o atacante Randy Wolters foi para o time de Haia, enquanto o ponta-de-lança Ludcinio Marengo tomou o caminho do Kowet). Porém, o ADO Den Haag parece estar numa fase em que tudo dá errado - e o capítulo mais recente da via-crúcis foi a demissão do técnico Zeljko Petrovic, na quarta-feira passada. Até pelo pouco tempo que o sucessor Alfons Groenendijk teve para dar sua cara ao Den Haag, o Go Ahead Eagles foi francamente superior em todo o jogo.
Os mandantes aurirrubros chegaram ao ataque já aos nove minutos da primeira etapa, quando Jarchinio Antonia deixou Sam Hendriks em boas condições para o chute, mas o atacante bateu por cima, perdendo a primeira oportunidade do jogo. Os visitantes tentaram algo aos 18': em ataque pela direita, a bola foi mandada para a área. Guyon Fernandez dominou e quase colocou o ADO Den Haag na frente, mas perdeu a posse de bola na hora do chute. Depois, o GAE voltou a avançar: aos 29', em cruzamento para a área, Sander Duits veio desde o meio-campo, cabeceando de "peixinho" para defesa do arqueiro Ernestas Setkus. Todavia, aos 38', não houve jeito de evitar o 1 a 0: em nova bola alçada na área, por Antonia, Setkus rebateu, a bola ricocheteou no joelho de Sam Hendriks e foi direto para as redes, colocando o Kowet na frente.
Já dominante, o time da casa deslanchou com a vantagem no placar. Diante de um adversário entregue, o Go Ahead Eagles fez o segundo aos 57'. Após lançamento justamente do emprestado Marengo, Hendriks dominou na área, passou como quis pela dupla de zaga dos visitantes e tocou na saída de Setkus para marcar pela segunda vez no jogo. Já era dificílima a situação do Den Haag, e ficou pior aos 72': Hendriks chegou livre à grande área, foi derrubado por Setkus, e o goleiro lituano levou o cartão vermelho do juiz Ed Janssen. Como o clube de Haia já fizera as três alterações, um jogador de linha precisou ir para o gol, e até nisso houve problemas: o lateral Wilfried Kanon já vestia luvas e a camisa de Setkus, quando Groenendijk pediu que o volante Dion Malone o fizesse.
Malone teve de quebrar galho no gol; símbolo de dia difícil para o ADO Den Haag (ANP/Pro Shots) |
Pelo menos, houve gol de honra, aos 84'. Em jogada aérea, Tom Beugelsdijk foi agarrado por Rochdi Achenteh, e o juiz marcou pênalti - que Abdenasser El Khayati converteu sem problemas. Mas para não deixar dúvidas de qual equipe foi superior, o Go Ahead Eagles fez 3 a 1 aos 90', em chute de fora da área arriscado por Marcel Ritzmaier, que confirmou um feito: desde outubro o GAE não tinha duas vitórias em sequência. O triunfo deste sábado é mais um ponto na derrocada do ADO Den Haag - agora, último colocado da Eredivisie.
Vitesse 0x1 Willem II (sábado, 11 de fevereiro)
Se o Zwolle venceu em casa após longa sequência sem o fazer, o Vitesse vivia o oposto: desde outubro, a equipe só tivera uma derrota no GelreDome, em Arnhem (e ainda assim, a derrota foi para o líder Feyenoord). E pelo caminhar do jogo, o Vites tinha boas chances de manter a sequência, sob o teto fechado do estádio (nevou muito na Holanda, neste fim de semana). Mesmo num primeiro tempo relativamente calmo, as maiores chances foram dos mandantes aurinegros. Aos 31', Adnane Tighadouini escorou cruzamento de Kevin Diks no travessão; aos 42', uma bola alta de Guram Kashia encobriu o goleiro dos visitantes, Kostas Lamprou, e só a intervenção do zagueiro Jordens Peters em cima da linha evitou o gol dos Arnhemmers.
A pressão do Vitesse continuou na etapa final. De novo, um zagueiro do Willem II precisou tirar a bola em cima da linha: foi aos 51', quando Lewis Baker chutou, a bola passou de Lamprou, mas Darryl Lachman salvou-a antes que entrasse. Somente aos 68' os visitantes de Tilburg tiveram uma chance, num arremate de Pele van Anholt, para fora. Depois, o Vitesse ainda chegou num arremate de Nathan, aos 73', na rede pelo lado de fora. Finalmente, quando parecia que o empate sem gols ficaria no placar final, o Willem II surpreendeu. Aos 84', em bola na área, o meia-esquerda Dico Koppers chegou a reclamar que Kashia havia tocado com a mão dela, mas seguiu na jogada e foi premiado: dominou a bola e bateu forte e colocado, no canto oposto do goleiro Eloy Room, fazendo 1 a 0. Só restou ao Vitesse ir para o ataque desesperadamente. Espaço aberto para o contragolpe, os Tilburgers aproveitaram nos acréscimos: aos 90' + 4, Obbi Oularé teve campo livre para correr com a bola e fazer o 2 a 0 que levou os Tricolores à 11ª posição na tabela.
Excelsior 1x1 Twente (domingo, 12 de fevereiro)
Se o Zwolle venceu em casa após longa sequência sem o fazer, o Vitesse vivia o oposto: desde outubro, a equipe só tivera uma derrota no GelreDome, em Arnhem (e ainda assim, a derrota foi para o líder Feyenoord). E pelo caminhar do jogo, o Vites tinha boas chances de manter a sequência, sob o teto fechado do estádio (nevou muito na Holanda, neste fim de semana). Mesmo num primeiro tempo relativamente calmo, as maiores chances foram dos mandantes aurinegros. Aos 31', Adnane Tighadouini escorou cruzamento de Kevin Diks no travessão; aos 42', uma bola alta de Guram Kashia encobriu o goleiro dos visitantes, Kostas Lamprou, e só a intervenção do zagueiro Jordens Peters em cima da linha evitou o gol dos Arnhemmers.
A pressão do Vitesse continuou na etapa final. De novo, um zagueiro do Willem II precisou tirar a bola em cima da linha: foi aos 51', quando Lewis Baker chutou, a bola passou de Lamprou, mas Darryl Lachman salvou-a antes que entrasse. Somente aos 68' os visitantes de Tilburg tiveram uma chance, num arremate de Pele van Anholt, para fora. Depois, o Vitesse ainda chegou num arremate de Nathan, aos 73', na rede pelo lado de fora. Finalmente, quando parecia que o empate sem gols ficaria no placar final, o Willem II surpreendeu. Aos 84', em bola na área, o meia-esquerda Dico Koppers chegou a reclamar que Kashia havia tocado com a mão dela, mas seguiu na jogada e foi premiado: dominou a bola e bateu forte e colocado, no canto oposto do goleiro Eloy Room, fazendo 1 a 0. Só restou ao Vitesse ir para o ataque desesperadamente. Espaço aberto para o contragolpe, os Tilburgers aproveitaram nos acréscimos: aos 90' + 4, Obbi Oularé teve campo livre para correr com a bola e fazer o 2 a 0 que levou os Tricolores à 11ª posição na tabela.
O Excelsior de Koolwijk e o Twente de Enes Ünal fizeram jogo agradável (ANP/Pro Shots) |
Excelsior 1x1 Twente (domingo, 12 de fevereiro)
Jogando com um uniforme diferente (camisa verde, com o logotipo de uma campanha de pesquisas contra o câncer de pâncreas), o Excelsior também se mostrou diferente em campo: impôs respeito desde o começo, contra o Twente. Tanto que aos 14', criou boa chance: Nigel Hasselbaink balançou as redes após cobrança de falta, mas o gol foi anulado, por impedimento. Sem problemas: no minuto seguinte: Khalid Karami cruzou da direita, e Hasselbaink cabeceou livre para as redes - agora, para valer o 1 a 0 dos mandantes. Aos 17', Karami ainda perdeu a chance do segundo gol. Ao Twente, restava esperar e resistir à pressão dos mandantes.
A pressão passou, e os Tukkers puderam avançar. Da primeira, aos 33', após escanteio, a bola sobrou com Yaw Yeboah, que bateu para fora. E da segunda, aos 35', já veio o 1 a 1 dos visitantes de Enschede: Yeboah cruzou na área, Fredrik Jensen dominou na pequena área e concluiu à queima-roupa para empatar. Aí, o cenário se inverteu no estádio Woudestein, em Roterdã: o Twente é que teve mais chances. A virada quase veio logo aos 37': Enes Ünal dominou a bola, e chutou rente à trave, para fora, perto do gol.
No segundo tempo, o que se viu foi constante equilíbrio, com chances para os dois lados. No começo, o Excelsior voltou a rondar a defesa adversária. Aos 50', em contra-ataque veloz, Stanley Elbers cruzou, e Hasselbaink completou perto do gol; quatro minutos depois, após falha da defesa do Twente, Terell Ondaan ficou com a posse da bola, mas chutou para fora. Então, o Twente voltou a crescer, não só com as entradas de Enis Bunjaki e Chinedu Ede, no ataque, mas também com oportunidades como o chute de Jensen, que rendeu boa defesa de Warner Hahn, aos 60'. Os anfitriões ainda responderam aos 81', quando Mike van Duinen arriscou chute de longe e exigiu boa defesa de Nick Marsman, que voou no ângulo para espalmar. E o placar ficou mesmo num empate, que poderia ter sido até maior - e que foi lamentado pelo Twente, que poderia ter se aproximado da parte de cima da tabela, e comemorado pelo Excelsior, que respirou em relação às últimas posições na rodada.
Ajax dominava, mas nada de gols. Até Traoré chamar a responsabilidade (Maurice van Steen/VI Images) |
Ajax 2x0 Sparta Rotterdam (domingo, 12 de fevereiro)
O dia era propício para que os Amsterdammers mostrassem o estilo ofensivo que caracterizava o homenageado e pranteado do dia: o antológico ex-atacante Piet Keizer, falecido no sábado e lembrado com tarja preta na camisa, minuto de silêncio e discurso do diretor geral Edwin van der Sar, antes do jogo. E o time bem que tentou avançar. Já aos 6', após tabelar com Kasper Dolberg, Lasse Schöne passou a Bertrand Traoré (de volta após jogar a Copa Africana de Nações). O burquinês cruzou, mas Sherel Floranus prensou a bola, mandando-a pela linha de fundo. Já no minuto seguinte, a primeira grande chance dos Ajacieden para abrir o placar: Hakim Ziyech cruzou da direita, e Nick Viergever entrou livre pelo meio da área. Porém, o desvio do zagueiro saiu por cima do gol.
Estava tão fácil que o Ajax dominava o jogo sem acelerar o ataque, avançando lentamente. Aos 10', após outra tabela, Davy Klaassen saiu com a bola dominada e chegou livre à área, mas o toque providencial de Denzel Dumfries tirou a bola do domínio do camisa 10 Ajacied. Klaassen voltou a aparecer aos 17': Traoré deixou a bola com Joël Veltman, o lateral direito cruzou, e o capitão dos Amsterdammers tentou o domínio, mas a bola saiu pela linha de fundo. Aos 20', Ziyech trouxe mais perigo: um chute de fora da área, que passou rente ao gol. O Sparta só ousou aos 22': um passe em profundidade alcançou Zakaria El Azzouzi livre. O atacante (emprestado aos Spartanen pelo próprio Ajax) entrou na grande área, mas na hora da finalização, André Onana saiu bem do gol e fechou o ângulo do atacante com o peito.
O domínio era mantido, mas o Ajax jogava lentamente. Tanto que só voltou a ter chances aos 26', quando Klaassen tentou mais um chute - e mais uma vez, foi bloqueado. Depois, só aos 36', numa velha arma: após falta cometida por Michel Breuer sobre Dolberg, Schöne partiu para a cobrança. E o dinamarquês novamente mandou chute venenoso, forçando o goleiro Roy Kortsmit a espalmar, dando rebote. Porém, quando a facilidade fazia crer que o primeiro tempo terminaria num 0 a 0 letárgico, Traoré arriscou e conseguiu um golaço, no minuto final. Em córner cobrado que passou por cima da área, Dolberg dominou a sobra pela direita, e deixou a esférica com o camisa 9, que decidiu sozinho: fez jogada individual, driblando Mart Dijkstra e Rick van Drongelen, até achar um espaço pequeno. Dali, Traoré bateu. E mandou a bola no contrapé esquerdo de Kortsmit, que ficou sem ação para evitar o 1 a 0 Ajacied.
O intervalo veio, mas o Ajax deu a impressão de que não havia parado. Afinal, bastaram quatro minutos do segundo tempo para ampliar a vantagem. Amin Younes deixou a bola com Ziyech, e o camisa 22 organizou tudo: pela esquerda, deu uma meia-lua em Breuer, cruzou rasteiro, e Dolberg apareceu livre na primeira trave para escorar e fazer 2 a 0. O Ajax "alugava o meio-campo"; o Sparta não conseguia respirar. A facilidade era tamanha que dava margem até para lances desnecessários, como a gracinha inútil que Joël Veltman fez pela lateral direita, aos 52'.
Para o Ajax, era melhor continuar criando chances. Isso foi acontecendo ao longo da etapa complementar. Aos 58', Younes cruzou rasteiro da esquerda, e Klaassen apareceu bem para o chute, mas não conseguiu dominar. No minuto seguinte, Traoré recebeu a bola na área, pela direita, e arrematou na trave esquerda de Kortsmit. Aos 60', houve cobrança de falta de Ziyech, rebatida por Kortsmit. Na sequência, Dolberg dominou e tocou para o meio da pequena área, mas não havia nenhum Ajacied ali para colocar a bola no gol. O Sparta só despertou num fortuito contragolpe aos 76', em que Dumfries chutou para Onana defender. Aí, continuou o recital Ajacied: aos 86', Viergever cabeceou em escanteio, e Breuer tirou a bola em cima da linha. Aos 90', o novato Frenkie de Jong arrematou para a defesa de Kortsmit. Na sequência, aos 90' + 1, talvez a maior chance do terceiro gol: Younes veio pela esquerda, passou entre dois marcadores, mas seu toque saiu caprichosamente para fora, rente à trave.
Os extravagantes 77% de posse de bola (estatísticas oficiais da Eredivisie) deixam claro como o Ajax dominou o jogo. O que não quer dizer que a equipe foi brilhante; jogou até com mais preguiça do que em outras partidas. E Peter Bosz criticou isso indiretamente, na entrevista coletiva após o jogo: "Precisávamos ter avançado em busca do terceiro, do quarto, do quinto gol". A torcida não reclamará, contudo, se tal volúpia ofensiva tiver sido guardada para a próxima quinta, no jogo de ida da segunda fase da Liga Europa, contra o Legia Varsóvia.
O dia era propício para que os Amsterdammers mostrassem o estilo ofensivo que caracterizava o homenageado e pranteado do dia: o antológico ex-atacante Piet Keizer, falecido no sábado e lembrado com tarja preta na camisa, minuto de silêncio e discurso do diretor geral Edwin van der Sar, antes do jogo. E o time bem que tentou avançar. Já aos 6', após tabelar com Kasper Dolberg, Lasse Schöne passou a Bertrand Traoré (de volta após jogar a Copa Africana de Nações). O burquinês cruzou, mas Sherel Floranus prensou a bola, mandando-a pela linha de fundo. Já no minuto seguinte, a primeira grande chance dos Ajacieden para abrir o placar: Hakim Ziyech cruzou da direita, e Nick Viergever entrou livre pelo meio da área. Porém, o desvio do zagueiro saiu por cima do gol.
Estava tão fácil que o Ajax dominava o jogo sem acelerar o ataque, avançando lentamente. Aos 10', após outra tabela, Davy Klaassen saiu com a bola dominada e chegou livre à área, mas o toque providencial de Denzel Dumfries tirou a bola do domínio do camisa 10 Ajacied. Klaassen voltou a aparecer aos 17': Traoré deixou a bola com Joël Veltman, o lateral direito cruzou, e o capitão dos Amsterdammers tentou o domínio, mas a bola saiu pela linha de fundo. Aos 20', Ziyech trouxe mais perigo: um chute de fora da área, que passou rente ao gol. O Sparta só ousou aos 22': um passe em profundidade alcançou Zakaria El Azzouzi livre. O atacante (emprestado aos Spartanen pelo próprio Ajax) entrou na grande área, mas na hora da finalização, André Onana saiu bem do gol e fechou o ângulo do atacante com o peito.
O domínio era mantido, mas o Ajax jogava lentamente. Tanto que só voltou a ter chances aos 26', quando Klaassen tentou mais um chute - e mais uma vez, foi bloqueado. Depois, só aos 36', numa velha arma: após falta cometida por Michel Breuer sobre Dolberg, Schöne partiu para a cobrança. E o dinamarquês novamente mandou chute venenoso, forçando o goleiro Roy Kortsmit a espalmar, dando rebote. Porém, quando a facilidade fazia crer que o primeiro tempo terminaria num 0 a 0 letárgico, Traoré arriscou e conseguiu um golaço, no minuto final. Em córner cobrado que passou por cima da área, Dolberg dominou a sobra pela direita, e deixou a esférica com o camisa 9, que decidiu sozinho: fez jogada individual, driblando Mart Dijkstra e Rick van Drongelen, até achar um espaço pequeno. Dali, Traoré bateu. E mandou a bola no contrapé esquerdo de Kortsmit, que ficou sem ação para evitar o 1 a 0 Ajacied.
O intervalo veio, mas o Ajax deu a impressão de que não havia parado. Afinal, bastaram quatro minutos do segundo tempo para ampliar a vantagem. Amin Younes deixou a bola com Ziyech, e o camisa 22 organizou tudo: pela esquerda, deu uma meia-lua em Breuer, cruzou rasteiro, e Dolberg apareceu livre na primeira trave para escorar e fazer 2 a 0. O Ajax "alugava o meio-campo"; o Sparta não conseguia respirar. A facilidade era tamanha que dava margem até para lances desnecessários, como a gracinha inútil que Joël Veltman fez pela lateral direita, aos 52'.
Ajax ficou no 2 a 0 marcado por Dolberg. Poderia ter ido além, mas faltou velocidade (ANP/Pro Shots) |
Os extravagantes 77% de posse de bola (estatísticas oficiais da Eredivisie) deixam claro como o Ajax dominou o jogo. O que não quer dizer que a equipe foi brilhante; jogou até com mais preguiça do que em outras partidas. E Peter Bosz criticou isso indiretamente, na entrevista coletiva após o jogo: "Precisávamos ter avançado em busca do terceiro, do quarto, do quinto gol". A torcida não reclamará, contudo, se tal volúpia ofensiva tiver sido guardada para a próxima quinta, no jogo de ida da segunda fase da Liga Europa, contra o Legia Varsóvia.
Eficiência do AZ nos contra-ataques definiu vitória contra Heerenveen (ANP/Pro Shots0 |
Heerenveen 1x2 AZ (domingo, 12 de fevereiro)
Mesmo tendo sido derrotado pelo Utrecht na rodada passada, o Heerenveen teria outra boa chance de se agigantar na disputa pelo posto de "melhor do resto" no Campeonato Holandês - quando nada, porque o time da Frísia não vencia havia quatro rodadas. Bastou o jogo começar no Abe Lenstra para pressão começar. Já aos sete minutos, Arber Zeneli chutou pela primeira vez, para defesa de Tim Krul. Mais dois minutos, e Zeneli apareceu de novo: fez o cruzamento, Martin Odegaard finalizou, e Krul novamente agarrou.
Mas se o Heerenveen ia mais ao ataque, o AZ foi mais eficiente. No primeiro avanço dos Alkmaarders, bola na rede. Aos 17', Alireza Jahanbakhsh fez jogada pela direita, cruzou para a área, e Wout Weghorst completou. O goleiro Erwin Mulder defendeu, mas cedeu o rebote, e aí Muamer Tankovic estava atento: o atacante sueco ficou com a sobra e completou para o 1 a 0. Sofrer o gol quando era melhor foi duro golpe para o Fean, que só voltou a carga aos 36'. Zeneli deixou a bola com Luciano Slagveer. Da esquerda, o ponta cruzou para a área, onde chegou Morten Thorsby. E o meio-campista norueguês quase empatou, escorando a bola na trave defendida por Tim Krul. Zeneli participou de novo aos 40': lançou a bola em profundidade, tentando alcançar Slagveer, mas Krul se antecipou ao lançamento e tirou da área com um chutão
No início do segundo tempo, as duas equipes trocaram chances, empolgando a partida. Aos 49', Mulder cobrou errado o tiro de meta, e Alireza dominou a bola livre. O iraniano chutou, mas a defesa do Heerenveen já estava organizada, e bloqueou a finalização. Os anfitriões responderam aos 52': Odegaard e Zeneli tabelaram, e o kosovar deixou a pelota com Stefano Marzo. Porém, o lateral direito cruzou fraco para a área, e a defesa ficou fácil para Krul. Aí, novamente, foi a vez dos visitantes de Alkmaar imporem sua eficiência: aos 57', veio o 2 a 0. Em bola vinda de escanteio, o zagueiro Jerry St. Juste rebateu, e Iliass Bel Hassani bateu forte para o segundo gol.
A desvantagem grande prejudicou o Heerenveen. Só houve nova chegada aos 63', num chute de longe, de Reza Ghoochannejhad, para fora. Todavia, se ânimo era necessário, a injeção desejada veio aos 79', com o gol perseguido havia tantos minutos: Pelle van Amersfoort passou a bola a Reza "Gucci", e o iraniano driblou o zagueiro Pantelis Hatzidiakos para bater forte e diminuir a vantagem do AZ no jogo. O abafa foi inevitável e frenético - com Henk Veerman, vindo do banco, tendo a maior chance aos 88', dominando livre na área e batendo para fora. Todavia, aos 90' + 5, o segundo cartão amarelo e a expulsão de St. Juste (carrinho em Mattias Johansson) decretaram a vitória difícil e saborosa do AZ, aumentando o otimismo para o difícil jogo contra o Lyon, pela Liga Europa.
Mesmo tendo sido derrotado pelo Utrecht na rodada passada, o Heerenveen teria outra boa chance de se agigantar na disputa pelo posto de "melhor do resto" no Campeonato Holandês - quando nada, porque o time da Frísia não vencia havia quatro rodadas. Bastou o jogo começar no Abe Lenstra para pressão começar. Já aos sete minutos, Arber Zeneli chutou pela primeira vez, para defesa de Tim Krul. Mais dois minutos, e Zeneli apareceu de novo: fez o cruzamento, Martin Odegaard finalizou, e Krul novamente agarrou.
Mas se o Heerenveen ia mais ao ataque, o AZ foi mais eficiente. No primeiro avanço dos Alkmaarders, bola na rede. Aos 17', Alireza Jahanbakhsh fez jogada pela direita, cruzou para a área, e Wout Weghorst completou. O goleiro Erwin Mulder defendeu, mas cedeu o rebote, e aí Muamer Tankovic estava atento: o atacante sueco ficou com a sobra e completou para o 1 a 0. Sofrer o gol quando era melhor foi duro golpe para o Fean, que só voltou a carga aos 36'. Zeneli deixou a bola com Luciano Slagveer. Da esquerda, o ponta cruzou para a área, onde chegou Morten Thorsby. E o meio-campista norueguês quase empatou, escorando a bola na trave defendida por Tim Krul. Zeneli participou de novo aos 40': lançou a bola em profundidade, tentando alcançar Slagveer, mas Krul se antecipou ao lançamento e tirou da área com um chutão
No início do segundo tempo, as duas equipes trocaram chances, empolgando a partida. Aos 49', Mulder cobrou errado o tiro de meta, e Alireza dominou a bola livre. O iraniano chutou, mas a defesa do Heerenveen já estava organizada, e bloqueou a finalização. Os anfitriões responderam aos 52': Odegaard e Zeneli tabelaram, e o kosovar deixou a pelota com Stefano Marzo. Porém, o lateral direito cruzou fraco para a área, e a defesa ficou fácil para Krul. Aí, novamente, foi a vez dos visitantes de Alkmaar imporem sua eficiência: aos 57', veio o 2 a 0. Em bola vinda de escanteio, o zagueiro Jerry St. Juste rebateu, e Iliass Bel Hassani bateu forte para o segundo gol.
A desvantagem grande prejudicou o Heerenveen. Só houve nova chegada aos 63', num chute de longe, de Reza Ghoochannejhad, para fora. Todavia, se ânimo era necessário, a injeção desejada veio aos 79', com o gol perseguido havia tantos minutos: Pelle van Amersfoort passou a bola a Reza "Gucci", e o iraniano driblou o zagueiro Pantelis Hatzidiakos para bater forte e diminuir a vantagem do AZ no jogo. O abafa foi inevitável e frenético - com Henk Veerman, vindo do banco, tendo a maior chance aos 88', dominando livre na área e batendo para fora. Todavia, aos 90' + 5, o segundo cartão amarelo e a expulsão de St. Juste (carrinho em Mattias Johansson) decretaram a vitória difícil e saborosa do AZ, aumentando o otimismo para o difícil jogo contra o Lyon, pela Liga Europa.
PSV sofreu no primeiro tempo. Mas Bergwijn entrou, acelerou o jogo, e Luuk de Jong (foto) abriu o caminho da vitória (Pro Shots) |
PSV 3x0 Utrecht (domingo, 12 de fevereiro)
Tentando fazer com que a equipe tivesse atuações mais convincentes, Phillip Cocu mudou novamente o PSV. Na zaga, Nicolas Isimat-Mirin formou novamente a dupla titular com Héctor Moreno; no ataque, a mudança era no banco - lesionado, Siem de Jong ficou de fora, abrindo espaço para três atacantes da base do time de Eindhoven (o conhecido Sam Lammers, mais dois estreantes, Dante Rigo e Matthias Verreth). Ainda assim, de nada adiantou. Mesmo jogando no Philips Stadion, os Boeren voltaram a exibir lentidão e previsibilidade no ataque. E a defesa deixava certos espaços, pouco recomendáveis para um time talentoso tecnicamente como o Utrecht. Que poderia ter aproveitado isso aos 21'. Aliás, deveria: num passe em profundidade, a bola passou pela zaga e encontrou Nacer Barazite, que chutou na saída de Jeroen Zoet, marcando o gol. Este foi anulado pelo juiz Dennis Higler; incorretamente, já que Joshua Brenet e Jetro Willems, os dois laterais, davam condição de jogo a Barazite.
Escapando com sorte da desvantagem, o PSV criava esparsas chances. No minuto seguinte ao gol anulado do Utrecht, Luuk de Jong aproveitou sobra da defesa dos Utregs, e cruzou para o cabeceio de Marco van Ginkel, para fora. Depois, aos 36', Van Ginkel apareceu de novo: lançamento rasteiro em profundidade de Andrés Guardado deixaria o camisa 28 em condições perfeitas para finalizar na grande área, mas o goleiro David Jensen saiu do gol com antecipação e cortou a bola antes mesmo que o meio-campista do PSV tentasse chutar.
A morosidade dos mandantes resultou num 0 a 0 temeroso, que pedia por mudanças na etapa complementar. Uma delas veio tão logo o time voltou da pausa: em dia apagado, Gastón Pereiro deu lugar a Steven Bergwijn. E bastaram quatro minutos para o jovem acelerar o jogo pela ponta direita e criar uma ótima chance. Bergwijn recebeu a bola de Brenet, e cruzou. Luuk de Jong cabeceou, e Jensen fez grande defesa, no reflexo, espalmando por cima do gol.
Não demorou muito, e mais ativo, o PSV conseguiu o gol que lhe tranquilizou: aos 52', em escanteio, e Luuk de Jong subiu, cabeceando alto. A bola descaiu lentamente, encobrindo Jensen e indo para a rede. Enfim velozes, os Eindhovenaren se impuseram a tal ponto que o segundo gol veio em três minutos: em rápido contragolpe, Van Ginkel passou a Luuk de Jong. O capitão dos Boeren correu pela esquerda, cruzou rasteiro, e Bergwijn já entrava pelo meio da área para completar de primeira, fazendo 2 a 0.
Com Bergwijn em ótimo dia, enfim as chances começaram a se avolumar para os donos da casa. Principalmente em chutes cruzados na grande área - como o do próprio Bergwijn, aos 59', ou de Jetro Willems, aos 74', ambos para fora. Relativamente abatido com os gols sofridos em sequência (e o tento injustamente invalidado da etapa inicial), o Utrecht só apareceu aos 67', num chute para fora do lateral direito Giovanni Troupée, e aos 70', numa cobrança de falta que Barazite também mandou pela linha de fundo. Aos 68', de fora da área, Davy Pröpper ainda mandou a bola no travessão. Por fim, aos 90' + 3, quando a vitória PSV'er já era uma realidade, ela ganhou o 3 a 0 até exagerado no placar: Willems cruzou da esquerda, Troupée afastou parcialmente, mas Van Ginkel dominou na entrada da área, e bateu seco. Novamente, o PSV não brilhou. Mas abiscoitou os três pontos e fez o que lhe tem sido possível: manter as esperanças remotas do tri, contra os outros dois grandes que também não perdem pontos.
Tentando fazer com que a equipe tivesse atuações mais convincentes, Phillip Cocu mudou novamente o PSV. Na zaga, Nicolas Isimat-Mirin formou novamente a dupla titular com Héctor Moreno; no ataque, a mudança era no banco - lesionado, Siem de Jong ficou de fora, abrindo espaço para três atacantes da base do time de Eindhoven (o conhecido Sam Lammers, mais dois estreantes, Dante Rigo e Matthias Verreth). Ainda assim, de nada adiantou. Mesmo jogando no Philips Stadion, os Boeren voltaram a exibir lentidão e previsibilidade no ataque. E a defesa deixava certos espaços, pouco recomendáveis para um time talentoso tecnicamente como o Utrecht. Que poderia ter aproveitado isso aos 21'. Aliás, deveria: num passe em profundidade, a bola passou pela zaga e encontrou Nacer Barazite, que chutou na saída de Jeroen Zoet, marcando o gol. Este foi anulado pelo juiz Dennis Higler; incorretamente, já que Joshua Brenet e Jetro Willems, os dois laterais, davam condição de jogo a Barazite.
Escapando com sorte da desvantagem, o PSV criava esparsas chances. No minuto seguinte ao gol anulado do Utrecht, Luuk de Jong aproveitou sobra da defesa dos Utregs, e cruzou para o cabeceio de Marco van Ginkel, para fora. Depois, aos 36', Van Ginkel apareceu de novo: lançamento rasteiro em profundidade de Andrés Guardado deixaria o camisa 28 em condições perfeitas para finalizar na grande área, mas o goleiro David Jensen saiu do gol com antecipação e cortou a bola antes mesmo que o meio-campista do PSV tentasse chutar.
A morosidade dos mandantes resultou num 0 a 0 temeroso, que pedia por mudanças na etapa complementar. Uma delas veio tão logo o time voltou da pausa: em dia apagado, Gastón Pereiro deu lugar a Steven Bergwijn. E bastaram quatro minutos para o jovem acelerar o jogo pela ponta direita e criar uma ótima chance. Bergwijn recebeu a bola de Brenet, e cruzou. Luuk de Jong cabeceou, e Jensen fez grande defesa, no reflexo, espalmando por cima do gol.
Não demorou muito, e mais ativo, o PSV conseguiu o gol que lhe tranquilizou: aos 52', em escanteio, e Luuk de Jong subiu, cabeceando alto. A bola descaiu lentamente, encobrindo Jensen e indo para a rede. Enfim velozes, os Eindhovenaren se impuseram a tal ponto que o segundo gol veio em três minutos: em rápido contragolpe, Van Ginkel passou a Luuk de Jong. O capitão dos Boeren correu pela esquerda, cruzou rasteiro, e Bergwijn já entrava pelo meio da área para completar de primeira, fazendo 2 a 0.
Bergwijn (na frente da fila) mereceu os abraços; entrou e mudou o jogo (Jeroen Putmans/VI Images) |
Com Bergwijn em ótimo dia, enfim as chances começaram a se avolumar para os donos da casa. Principalmente em chutes cruzados na grande área - como o do próprio Bergwijn, aos 59', ou de Jetro Willems, aos 74', ambos para fora. Relativamente abatido com os gols sofridos em sequência (e o tento injustamente invalidado da etapa inicial), o Utrecht só apareceu aos 67', num chute para fora do lateral direito Giovanni Troupée, e aos 70', numa cobrança de falta que Barazite também mandou pela linha de fundo. Aos 68', de fora da área, Davy Pröpper ainda mandou a bola no travessão. Por fim, aos 90' + 3, quando a vitória PSV'er já era uma realidade, ela ganhou o 3 a 0 até exagerado no placar: Willems cruzou da esquerda, Troupée afastou parcialmente, mas Van Ginkel dominou na entrada da área, e bateu seco. Novamente, o PSV não brilhou. Mas abiscoitou os três pontos e fez o que lhe tem sido possível: manter as esperanças remotas do tri, contra os outros dois grandes que também não perdem pontos.
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