domingo, 7 de janeiro de 2024

Parada obrigatória: Excelsior

Nesta foto, ainda era o começo de temporada, e o Excelsior de Parrott e Driouech (pulando) aspirava a ser uma surpresa. Mas o time piorou (Gerrit van Keulen/ANP/Getty Images)

Posição: 12º lugar, com 12 pontos (na frente pelo maior saldo de gols)
Técnico: Marinus Dijkhuizen
Time-base: Van Gassel; Horemans, Widell, Nieuwpoort e Zagré; El Yaakoubi, Sandra e Baas; Lamprou (Sanches Fernandes), Agrafiotis (Parrott/Uddenäs) e Driouech
Maior vitória: Heerenveen 0x3 Excelsior (6ª rodada)
Maiores derrotas: Excelsior 2x4 Zwolle (9ª rodada), Excelsior 2x4 Feyenoord (13ª rodada) e Twente 4x2 Excelsior (15ª rodada)
Copa da Holanda: enfrentará o Groningen (segunda divisão), nas oitavas de final
Competição europeia: nenhuma
Artilheiros: Nikolas Agrafiotis (atacante) e Troy Parrott (atacante), ambos com 5 gols 
Objetivo do início: escapar do rebaixamento
Avaliação: Um ótimo começo, com um ataque rápido e um dos melhores goleiros da liga, fizeram o Excelsior ensaiar ficar na zona de repescagem para os play-offs por vaga na Conference League. Porém, a má sequência das rodadas recentes faz com que o time de Roterdã precise se cuidar

Se fosse feita a pergunta "qual é a melhor surpresa do Campeonato Holandês?" mais cedo, além do Go Ahead Eagles, o Excelsior seria menção obrigatória. O time de Roterdã conseguiu passar as oito primeiras rodadas da Eredivisie com somente uma derrota. Mais do que isso: mostrava entrosamento, com jogadores titulares bem definidos pelo técnico Marinus Dijkhuizen, além de ostentar rapidez no ataque, principalmente pela esquerda. Mais ainda: tinha alguns talentos notáveis no campeonato. Como o goleiro Stijn van Gassel, seguramente um dos melhores da Eredivisie. E até mesmo os reforços (poucos, para o menor orçamento da primeira divisão) se encaixaram bem. Principalmente no ataque: o irlandês Troy Parrott - emprestado pelo Tottenham, os suecos Richie Omorowa e Oscar Uddenäs, todos eles tiveram sua utilidade. Algo notável, principalmente, na sexta rodada: mesmo fora de casa, mesmo tendo menor posse de bola do que o Heerenveen, o Excelsior deu mostra inegável de eficiência, fazendo 3 a 0 em suas únicas três chances.

Só que... a Eredivisie continuou. E se o Go Ahead Eagles seguiu firme como uma grata surpresa, o Excelsior escorregou da 8ª rodada em diante. Não teve mais nenhuma vitória - quatro empates e quatro derrotas. Pior ainda: mostrou má tendência a ceder bons resultados. Foi assim no clássico contra o Feyenoord (13ª rodada), quando tinha o empate em 1 a 1, mas permitiu que o adversário citadino vencesse (4 a 2), e contra o Twente (15ª rodada), ao fazer 2 a 0, ter um jogador expulso ainda no primeiro tempo - o lateral esquerdo Arthur Zagré - e ver os Tukkers pressionarem até a virada para 4 a 2. Resultados que só aumentaram os furos da defesa: já são 32 gols sofridos, meio gol por partida. Além do mais, o excesso de empates (oito, o maior da Eredivisie) causa preocupação. Se o começo fazia crer que a equipe do bairro de Kralingen seria outra agradável surpresa, o momento é de se cuidar para não ver as últimas posições ficarem perigosamente perto.

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