Parada obrigatória: Twente

Com Steijn (à direita, com as mãos de Daan Rots nas orelhas) se destacando, o Twente faz mais uma boa temporada. E deu um passo além, com um espaço aberto (Rene Nijhuis/BSR Agency/Getty Images)

Posição: 3º lugar, com 34 pontos

Técnico: Joseph Oosting

Time-base: Unnerstall; Sampsted, Hilgers, Pröpper e Smal (Regeer); Kjolo, Vlap e Sadílek; Rots, Ugalde (Van Wolfswinkel) e Steijn

Maior vitória: Almere City 1x4 Twente (1ª rodada)

Maior derrota: Twente 0x3 PSV (13ª rodada)

Copa da Holanda: estreará em 17 de janeiro, contra o PSV, pela segunda fase (o jogo seria em dezembro, mas foi adiado pela chuva)

Competição europeia: Conference League (eliminado pelo Fenerbahçe-TUR, nos play-offs por vaga na fase de grupos)

Artilheiro: Sem Steijn (meio-campo/atacante), com 10 gols

Objetivo do início: vaga nos play-offs pela Conference League/vaga direta na Liga Europa

Avaliação: os Tukkers prosseguem com a mesma constância vista nas temporadas recentes. A crise do Ajax "abriu" uma vaga para que subissem de nível e pudessem sonhar com mais na temporada

Há pelo menos algumas temporadas, o Twente pode ser chamado de time mais regular dentro do Campeonato Holandês. Cumpre plenamente o que é habitual de um clube do "subtopo", como ele é: raramente pode sonhar com o título, a não ser quando a oportunidade aparece (como a "magia" de 2009/10 sempre fará lembrar), mas quase sempre aparece nas competições europeias. E se um dos integrantes do "Trio de Ferro" dos Países Baixos falha, está a postos para ocupar o lugar. Pois bem: a chance apareceu, com a queda do Ajax. E os Tukkers fazem exatamente o que estavam prontos para fazer: uma campanha absolutamente correta, dentro dos padrões, mostrando os mesmos bons jogadores dos últimos anos. Tendo até um fato adicional positivo: o técnico Joseph Oosting soube mudar o time mantendo o bom rendimento. Que, em termos europeus, até merecia mais do que ficar nos play-offs por vaga nos grupos da Conference League - a expulsão no jogo de ida atrapalhou muito, e o Fenerbahçe se valeu de sua experiência.

Várias das mudanças de Oosting no time titular renderam. Para começo de conversa, o costarriquenho Manfred Ugalde enfim tomou a titularidade do veterano Ricky van Wolfswinkel - e Ugalde está bem (5 gols, ótimo posicionamento na área), sem que Van Wolfswinkel tenha deixado de ajudar (participou de todos os jogos da temporada, titular ou vindo da reserva, e fez 7 gols). Depois, na defesa, por razões disciplinares, Joshua Brenet perdeu espaço para Alfons Sampsted - e pouca coisa, ou nada, mudou. No meio-campo, Sem Steijn ganhou a importância que Michel Vlap vinha tendo, mostrou até mais variedade tática - pode jogar no meio ou como ponta -, e é o goleador do Twente na temporada. De resto, jogadores confiáveis seguem bem, como o citado Michel Vlap ou o goleiro Lars Unnerstall. E o Twente seguiu bem. Em casa, sobrepujou tanto Ajax (3 a 1, 5ª rodada) quanto Feyenoord (2 a 1, 10ª rodada). Mostrou até capacidade de reação (na 12ª rodada, perdia por 3 a 1 para o NEC e buscou o 3 a 3; na 15ª rodada, tomou 2 a 0 do Excelsior nos primeiros minutos e virou para 4 a 2 ao longo do jogo). Enfim, devagar e sempre, o Twente faz mais uma boa temporada. A ponto de até poder garantir vaga direta em competições europeias.