domingo, 7 de janeiro de 2024

Parada obrigatória: Utrecht

O péssimo começo não era algo com que o Utrecht estivesse acostumado. Ron Jans (à esquerda) chegou para ser técnico. Se ainda há o que melhorar, pelo menos os Utregs se aprumaram (Rico Brouwer/Soccrates/Getty Images)

Posição: 13º lugar, com 17 pontos
Técnicos: Michael Silberbauer (até a 3ª rodada), Rob Penders (interino, na 4ª rodada) e Ron Jans (a partir da 5ª rodada)
Time-base: Barkas; Flamingo (Ter Avest), Van der Hoorn (Van der Maarel), Sagnan (Viergever) e El Karouani (Leliendal); Fraulo (Toornstra), Bozdogan e Seuntjens; Boussaid (Jensen), Lidberg e Seuntjens (Ramselaar/Azarkan)
Maior vitória: Utrecht 4x3 Ajax (9ª rodada)
Maior derrota: Utrecht 1x5 Feyenoord (5ª rodada)
Copa da Holanda: eliminado pelo Feyenoord, na segunda fase
Competição europeia: nenhuma
Artilheiro: Victor Jensen (atacante), com 4 gols
Objetivo do início: vaga nos play-offs pela Liga das Conferências/vaga direta na Liga Europa
Avaliação: De novo, os objetivos dos Utregs eram ambiciosos. No entanto, os resultados jogaram a equipe numa inesperada disputa para fugir das últimas posições. Pelo menos, a fuga começa a dar resultados

Como quase sempre, o Utrecht começou a temporada cotado para estar na zona de repescagem pela vaga da Holanda (Países Baixos) na Conference League. E o próprio guia do Espreme a Laranja indicava que os Utregs estavam cansados disso. Queriam mais. Só que bastou a temporada começar para o clube ver que pior do que repetir uma posição habitual, sem ir além, é sofrer uma queda brusca e ficar numa posição ruim e inesperada. Foi o que aconteceu: nas primeiras três rodadas, três derrotas. Que também bastaram para a paciência acabar com o técnico Michael Silberbauer: já visto com certa desconfiança após a temporada passada, o dinamarquês Silberbauer foi o primeiro treinador demitido neste Campeonato Holandês. Com o interino Rob Penders no comando, nem dava para exigir muito contra o Feyenoord, na quarta rodada. Mas era possível escapar de uma goleada por 5 a 1 como a sofrida, em casa. Precisando melhorar, o clube conseguiu convencer o técnico Ron Jans, recém-saído do Twente, a adiar seu "período sabático" para tentar fazer em Utrecht o ótimo trabalho feito em Enschede. 

O começo foi até promissor: sob Jans, o time já conseguiu sua primeira vitória (2 a 1 no Heracles Almelo, fora de casa, na 5ª rodada). Resultado que, de certa forma, já evocava a discrepância entre os resultados em seu estádio - é o terceiro pior mandante - e fora dele - o Utrecht é o 7º entre os visitantes, nada mal. Assim como, talvez, a derrota mais vexatória: o 2 a 0 sofrido para o Almere City, estreante na Eredivisie, em pleno De Graafschap (7ª rodada). Isso, sem contar a eliminação na Copa da Holanda. O Utrecht chegou a estar na última posição. Só restou a Ron Jans começar a trabalhar. A escalação ficou menos inconstante. E isso já serviu para estabilizar mais alguns titulares: o goleiro Vassilis Barkas teve algumas boas atuações, Ryan Flamingo e Souffian El Karouani se fixaram nas laterais, Oscar Fraulo e Can Bozdogan assumiram destaque no meio-campo, Mats Seuntjens e Bart Ramselaar (recuperado de lesão no joelho) trouxeram experiência, Victor Jensen marcou alguns gols... e tudo isso serviu, pelo menos, para o Utrecht sair da crise. A começar pelos marcantes 4 a 3, de virada, no Ajax (9ª rodada). De lá para cá, cinco empates e três vitórias. Ainda há o que melhorar - o mau desempenho no ataque, por exemplo. Mas já é um impulso, para o Utrecht fazer um returno mais firme em 2024.

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