domingo, 7 de janeiro de 2024

Parada obrigatória: Feyenoord

As perspectivas de conquistar o bicampeonato ficaram pequenas, é verdade. Mas o Feyenoord está bem no atual Campeonato Holandês (ProShots/Icon Sport/Getty Images)

Posição: 2º lugar, com 38 pontos
Técnico: Arne Slot
Time-base: Bijlow; Geertruida, Trauner, Hancko e Hartman; Wieffer, Stengs e Timber; Igor Paixão, Giménez e Minteh (Ivanusec)
Maiores vitórias: Feyenoord 6x1 Almere City (3ª rodada) e Feyenoord 6x1 Heerenveen (5ª rodada)
Maior derrota: Twente 2x1 Feyenoord (10ª rodada) e Feyenoord 1x2 PSV (14ª rodda)
Copa da Holanda: enfrentará o vencedor de PSV x Twente, nas oitavas de final
Competição europeia: Liga dos Campeões (eliminado na fase de grupos) e Liga Europa (enfrentará a Roma-ITA, na segunda fase)
Artilheiro: Santiago Giménez (atacante), com 18 gols
Objetivo do início: Título
Avaliação: O Stadionclub continua bem. Tem alguns jogadores fazendo ótima temporada. Em alguns aspectos, está até melhor do que na temporada do título. Porém, sofre alguns tropeços que o líder PSV não sofre

Após 16 rodadas, o atual campeão holandês já vê o líder PSV dez pontos à frente. Será difícil alcançá-lo. Então, a temporada do Feyenoord é decepcionante? Longe disso, muito longe. Para começo de conversa, está no Stadionclub o melhor atacante do Campeonato Holandês - desde a temporada do título, aliás: Santiago "Bebote" Giménez até oscilou, passou alguns jogos sem balançar as redes, mas logo voltou à doce rotina de ser garantia de gols no time de Roterdã. Principal contratação para a temporada atual, Calvin Stengs justificou plenamente a confiança de Arne Slot: não só oferece experiência e habilidade na ponta direita, posição de origem, como se mostrou capaz de minorar o impacto da ausência de Orkun Kökcü no meio. Em 15 jogos, Stengs deu sete passes para gol: índice só menor do que a dupla do PSV, Joey Veerman-Johan Bakayoko. Além disso, a defesa já mostra o entrosamento da temporada passada, com Quilindschy Hartman crescendo a ponto de virar titular da seleção masculina da Holanda (Países Baixos). A mesma coisa no meio: Mats Wieffer seguiu bem, e Quinten Timber cresceu a ponto de já ousar mais avanços. Assim fez o gol da vitória no AZ (1 a 0, 12ª rodada). E no ataque, se Igor Paixão caiu de produção, Yankuba Minteh subiu, após um começo preocupante.

Além do mais, vendo os dados estatísticos, o Feyenoord tem alguns aspectos até melhores do que na temporada passada, que terminou com o título: após 16 rodadas, são tantos pontos quanto a mesma altura em 2022/23 (38), e o saldo de gols é melhor (+34 agora, contra +25). Por quê, então, já parece difícil conseguir o bicampeonato? Por causa dos poucos tropeços. Vale lembrar que a campanha na Eredivisie começou com um 0 a 0 contra o Fortuna Sittard, em pleno De Kuip, tendo um jogador expulso (Bart Nieuwkoop). Depois, só mais duas derrotas no campeonato, mas ambas contra adversários diretos na ponta: Twente (2 a 1, fora, 10ª rodada) e PSV (2 a 1, em casa, 14ª rodada). De certa forma, tais falhas explicam também a queda na fase de grupos da Liga dos Campeões: o Feyenoord foi adversário valoroso contra Lazio e Atlético de Madrid, mas estes foram mais eficientes e venceram jogos decisivos (Atlético 3 a 2, em Madri, na 2ª rodada, e Lazio 1 a 0 em Roma, na 4ª rodada). Mesmo assim, não há como chamar de ruim uma temporada em que o Feyenoord humilhou o arquirrival Ajax (4 a 0 na Johan Cruyff Arena, na 6ª rodada, com interrupção e tudo). E embora seja difícil, não é impossível eliminar a Roma na segunda fase da Liga Europa. Nem mesmo é impossível alcançar o PSV (vai saber...). O Feyenoord faz uma temporada elogiável. O sonho do bicampeonato só é pequeno porque o adversário que está à frente simplesmente não falha.

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