domingo, 7 de janeiro de 2024

Parada obrigatória: Go Ahead Eagles

 Willumsson (mais alto) é o principal nome de um Go Ahead Eagles que surpreende e sonha (Henny Meijerink/BSR Agency/Getty Images)

Posição: 6º lugar, com 23 pontos
Técnico: René Hake
Time-base: De Lange; Deijl, Amofa, Kramer e Kuipers; Rommens e Llansana; Adekanye (Linthorst), Willumsson e Oliver Edvardsen; Victor Edvardsen (Sow)
Maior vitória: Go Ahead Eagles 5x1 Vitesse (11ª rodada)
Maior derrota: AZ 5x1 Go Ahead Eagles (1ª rodada)
Copa da Holanda: enfrentará o NEC, nas oitavas de final
Competição europeia: nenhuma
Artilheiros: Sylla Sow (atacante) e Willum Willumsson (meio-campo), ambos com 5 gols 
Objetivo do início: meio de tabela
Avaliação: Com cautela, mas sem deixar de avançar, o Kowet aproveita a queda de outros times e a própria regularidade para se converter numa das melhores surpresas da temporada

Chega até a ser incrível. Afinal de contas, o Go Ahead Eagles se acostumou a ser um time do lado de baixo da tabela - na divisão de dois dos 18 participantes habituais da Eredivisie, fica normalmente no que os neerlandeses chamam "rechterrijtje", a "fileira da direita", aquela que tem os nove times da metade que mais "sofre". Entretanto, desde a volta à primeira divisão, em 2020/21, já se notava que o Kowet (apelido do clube da cidade de Deventer - corruptela de "Go Ahead") tinha condições de surpreender. As condições se ampliaram nesta temporada, com o sofrimento do Ajax e a queda de produção da "classe média" da Eredivisie, com Vitesse e Utrecht como exemplos. E o Go Ahead se converte, até aqui, na grande surpresa do Campeonato Holandês, aparecendo na sexta posição, sonhando a sério com sua primeira aparição num torneio europeu desde 2015/16. De certa forma, é o auge de um trabalho conduzido com cuidado pelo diretor esportivo do clube, o ex-jogador Paul Bosvelt (meio-campo, Bosvelt defendeu a Holanda em duas Eurocopas - 2000 e 2004).

Trabalhando com baixo orçamento, as Águias apostaram na qualificação da observação de jogadores que pudessem ser contratados - foi assim que o norueguês Victor Edvardsen chegou para o ataque. Manteve um bom ambiente para os que davam certo - assim, por exemplo, o islandês Willum Willumsson virou destaque na criação de jogadas, ousando até arriscar mais os chutes de longe. A torcida "comprou" a ideia: já virou lugar comum elogiar o ambiente montado por ela em De Adelaarshorst, o "ninho das águias" onde o Go Ahead Eagles manda suas partidas. O técnico René Hake também recebe elogios, por saber montar um time modesto sem "retranca": que o mostrem os 5 a 1 no Vitesse, na 11ª rodada. E o entrosamento já se nota após alguns anos: já titulares habituais na defesa, o lateral direito Mats Deijl, o zagueiro Jamal Amofa e o lateral esquerdo (e capitão) Bas Kuipers receberam bem a volta do defensor Joris Kramer, após alguns anos no NEC. O começo de temporada já foi elogiável: nas cinco primeiras rodadas, três vitórias. Em casa, o Go Ahead é o sexto melhor do campeonato. E em que pese ter escorregado da quinta para a sexta posição na reta final de 2023 - já são quatro rodadas sem vitória -, o crédito do time aurirrubro com a torcida ainda é grande. Cautelosamente, o Go Ahead Eagles aproveitou o espaço para avançar. E tem grandes chances de mantê-lo em 2024. Até porque retomará a Eredivisie contra o Ajax, na 17ª rodada...

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