terça-feira, 21 de março de 2017

810 minuten: como foi a 27ª rodada da Eredivisie

O Roda JC não aproveitou as chances que teve. Jensen (à direita) e Ünal, sim; vitória do Twente (Jeroen Putmans/VI Images)

Roda JC 0x3 Twente (sexta-feira, 17 de março)

Na abertura da 27ª rodada, o Roda JC deu a impressão de que conseguiria sua segunda vitória seguida no Campeonato Holandês - e a terceira consecutiva em seu estádio, o Parkstad Limburg Stadion. Já aos sete minutos de jogo, Mitchel Paulissen ficou livre na área para a finalização, mas o goleiro Nick Marsman salvou o Twente, com grande defesa. Enes Ünal ainda tentou trazer os Tukkers visitantes ao ataque, mas seu chute, aos 15', saiu pela linha de fundo. E o Roda JC reapareceu com Dani Schahin, aos 27', em nova finalização bem defendida por Marsman. Mais uma chance perdida pelos Koempels.

Que não fizeram, e tomaram: aos 30', o finlandês Fredrik Jensen ficou com a bola após carrinho errado do zagueiro Frédéric Ananou, tocou na saída do arqueiro Benjamin van Leer e colocou o Twente na frente do placar. Duro golpe para os mandantes. E o que viria seria pior: aos 42', de novo livre na área, Jensen mandou a bola no ângulo, marcando o segundo da partida. Tentando reagir no segundo tempo, o Roda JC criou chances com Abdul Ajagun (chute para fora, aos 49') e Mikhail Rosheuvel. Mas, de novo, quem colocou a esférica no filó adversário foi o Twente: aos 77', Enes Ünal guardou o seu 13º gol na Eredivisie. E o Twente já tem mais pontos do que teve em 2015/16. Após o imbróglio da temporada passada, quem diria...

Lamprou defendendo: cenário comum no empate entre Groningen e Willem II (Orange Pictures)
Groningen 1x1 Willem II (sábado, 18 de março)

O Willem II chegou ao Noordlease Stadion em melhores condições na tabela, como nono colocado. Mas o Groningen foi a equipe que mais atacou. Por necessidade (já eram oito partidas sem vitória na Eredivisie) e por capacidade (muitas chances foram criadas no primeiro tempo). Então, por quê diabos os Groningers demoraram a marcar? Simples: pela ótima atuação de Kostas Lamprou. O goleiro do Willem II estava lá para frustrar todas as oportunidades dos mandantes: agarrou um cabeceio de Alexander Sorloth aos 16', espalmou chute de Juninho Bacuna aos 20', defendeu arremates de Mimoun Mahi e Jesper Drost.

De tanto bater, porém, a água do Groningen furou a "pedra" no gol dos Tricolores visitantes, logo no começo do segundo tempo. Aos 49', num bate-rebate na área, a bola sobrou com Ruben Yttegaard Jenssen, e o volante chutou forte no ângulo para colocar os mandantes na frente. Porém, se os anfitriões tinham um bom ataque, essa também tem sido a qualidade do Willem II. Que se apresentou aos 54': Jordy Croux apareceu rápido, e cruzou para Obbi Oularé cabecear e fazer 1 a 1. O Groningen continuou tentando (por exemplo, em cobrança de falta de Yoëll van Nieff, aos 68'), mas Lamprou seguiu no caminho. E de novo, o arqueiro foi responsável por um resultado valioso para o Willem II.

Abraçado por Amrabat e festejado por Troupée, Labyad abriu o caminho da fácil vitória do Utrecht sobre um NEC desalentador (Broer van den Boom/VI Images)
NEC 0x3 Utrecht (sábado, 18 de março)

Em apuros na reta final do campeonato, o NEC teve a defesa fortalecida em sua escalação: o técnico Peter Hyballa escalou o time de Nijmegen num 5-3-2. Precisou mudar isso logo aos sete minutos, com a séria lesão no tornozelo que tirou o zagueiro Robin Buwalda de campo (Arnaut Groeneveld, volante, foi colocado no meio-campo, formando um 4-5-1). De qualquer forma, não haveria muitas esperanças para a torcida presente ao estádio De Goffert: o Utrecht se impôs facilmente diante de um time mandante, mas desorientado. Isso ficou claro no primeiro gol, aos 28': Zakaria Labyad teve toda a liberdade para chutar de fora da área, e a bola ainda teve desvio antes de balançar as redes do goleiro Joris Delle, no primeiro gol do atacante belga pelo clube.

Naquele momento, a torcida mandante já começou a vaiar. E muito mais vaiaria a partir do segundo gol, aos 37', quando o Utrecht teve espaço para bonita jogada de ataque: começou com Sofyan Amrabat, que lançou com precisão para Yassin Ayoub finalizar. O primeiro tempo terminou com o NEC saindo de campo de cabeça baixa, precisando dar alguma satisfação. No segundo tempo, até mostrou mais garra, mas nada que desse trabalho à defesa dos Utregs. Que marcaram o 3 a 0 aos 63', num chute à queima-roupa de Sébastien Haller, confirmando um triunfo fácil dos visitantes. E aumentando a ameaça da zona de repescagem/rebaixamento para o NEC. Grande parte da torcida, desiludida, saiu de campo antes mesmo do apito final. É preciso reagir, enquanto é tempo.

As vaias ao final do primeiro tempo surtiram efeito: mais atento, PSV não demorou para marcar o gol da vitória (Maurice van Steen/VI Images)
PSV 1x0 Vitesse (sábado, 18 de março)

Com Siem de Jong crescendo de produção nas rodadas mais recentes, Phillip Cocu deu ao irmão mais velho de Luuk outra chance de começar a partida como titular. Ainda assim, Marco van Ginkel voltou também à equipe - em detrimento de Bart Ramselaar, que foi para a reserva. Todavia, nada disso serviu para o PSV apresentar muita coisa que servisse durante o primeiro tempo. O máximo que se viu foi uma finalização de Luuk de Jong, aos 6', afastada com os pés pelo goleiro Eloy Room. Do Vitesse, pouco se viu, também: somente dois arremates infrutíferos de longe (Ricky van Wolfswinkel, aos 21', e Nathan, aos 30'). As vaias da torcida, ao final de um primeiro tempo sem gols - oitava vez que isso aconteceu na temporada, com o PSV, em casa -, pediam melhora para a vitória.

A melhora veio rapidamente, na etapa complementar. E uma jogada ensaiada rendeu o gol, aos 50': Andrés Guardado cobrou escanteio rasteiro, até a entrada da área, onde Siem de Jong chutou alto, de primeira, no ângulo esquerdo de Room. O gol fez a partida melhorar, dos dois lados. O Vitesse saiu mais para o jogo: já aos 55', Lewis Baker chutou perigosamente de fora, forçando Jeroen Zoet a defender em dois tempos, e Navarone Foor quase empatou no minuto seguinte, ao chutar por cima. Após segurar a vantagem, o PSV foi à frente na parte final: Jürgen Locadia mandou bola na trave aos 78', Siem de Jong bateu para defesa de Room aos 80', Van Ginkel finalizou aos 87' para nova intervenção do goleiro do Vitesse (e o meio-campista ainda reclamou ter sofrido pênalti de Guram Kashia). Mas os Boeren conseguiram segurar o triunfo, que manteve as esperanças do vice-campeonato.


Pusic agradece um de seus gols. E o Sparta agradeceu a ele por uma importante vitória (Carla Vos/sparta-rotterdam.nl)
Sparta Rotterdam 3x1 Heracles Almelo (sábado, 18 de março)

O Sparta ganhou esperanças grandes, após a surpreendente vitória sobre o líder Feyenoord, havia duas rodadas. Esperanças que sofreram duro baque, com a goleada sofrida para o Vitesse, na 26ª rodada. E que teriam de ser renovadas, contra o Heracles Almelo, relativamente seguro no meio da tabela. Para alegria da torcida presente em Het Kasteel, os Spartanen começaram melhores o jogo. E o primeiro gol até demorou: aos 29', Loris Brogno deixou a bola com Ryan Sanusi, que arriscou o chute de fora da área. A esférica desviou no zagueiro Justin Hoogma, deixando o goleiro Bram Castro sem ação. A prova do bom dia que o Sparta viveria veio aos 35': Tim Breukers foi calçado por Brogno na área, e o juiz Bas Nijhuis apitou pênalti, que Samuel Armenteros bateu para... a defesa de Roy Kortsmit, no terceiro penal salvo pelo goleiro dos Kasteelheren nesta temporada. Mesmo assim, os Heraclieden visitantes cresceram no fim do primeiro tempo, criando chances.

Mesmo saindo em vantagem ao final do primeiro tempo, o Sparta sabia que precisava ampliar o placar. Já no começo do segundo tempo, os donos da casa fizeram isso. E graças a um jogador que não marcara ainda, nos seis jogos que fez desde sua chegada ao clube: o meio-campista Martin Pusic. Aos 52', Jerson Cabral cobrou falta, e o jogador austríaco cabeceou para as redes - isso, imediatamente após os jogadores do Heracles reclamarem de falta cometida por Rick van Drongelen sobre Samuel Armenteros (e como era o último homem, Van Drongelen seria expulso). Mais vinte minutos, e Pusic fez 3 a 0, de novo em cabeceio - agora, num cruzamento de Brogno. O gol de Joey Pelupessy, mantendo a honra do Heracles aos 89', foi até bonito, num belo chute, no ângulo. Mas não serviria mais para evitar a vitória do Sparta, que abriu cinco pontos em relação à zona de repescagem/rebaixamento. Na montanha-russa, os Kasteelheren viveram um bom dia.

Vilhena vibra com seu gol - e faz a torcida do Feyenoord vibrar: vitória dura e fundamental para o líder (ANP/Pro Shots)
Heerenveen 1x2 Feyenoord (domingo, 19 de março)


A goleada sobre o AZ já tirara da torcida o medo de que o Feyenoord se abatesse com a derrota para o Sparta Rotterdam. Ainda assim, o Heerenveen merecia todo o cuidado: mesmo em queda na tabela, a equipe da Frísia jogava em casa, tinha um ataque talentoso, e também tinha pelo que lutar no campeonato (a manutenção de seu lugar na zona dos play-offs por vaga na Liga Europa). Deste modo, o líder da Eredivisie foi ao estádio Abe Lenstra com todos os destaques à disposição - incluindo Tonny Vilhena, já que um recurso do clube à federação permitiu que o efeito suspensivo possibilitasse a presença do meio-campista na escalação de Giovanni van Bronckhorst.

E essa dificuldade previsível se concretizou. Durante todo o primeiro tempo, o Heerenveen se impôs ofensivamente, criando mais chances. Começou aos 12', quando Stefano Marzo cruzou e Pelle van Amersfoort cabeceou perto do gol de Brad Jones. Continuou aos 16', em outro cabeceio que passou perto, desta vez de Luciano Slagveer. E se concretizou em gol aos 18': Miquel Nelom derrubou Reza Ghoochannejhad na área, Dennis Higler apontou a marca da cal, e o próprio "Gucci" converteu a penalidade para o 1 a 0 do Heerenveen. Que continuou buscando o gol: aos 38', Jones fez uma ótima defesa, em chutes de Lucas Bijker. E o primeiro tempo terminou, trazendo fantasmas de volta à torcida dos Rotterdammers.

Todavia, se há alguma coisa contra a qual este Feyenoord está determinado a lutar, é contra fantasmas. Já no fim do primeiro tempo, Dirk Kuyt tivera uma chance, num chute para fora. E na etapa final, o primeiro colocado da Eredivisie comprovou essa posição: jogou com determinação e força ofensiva em busca da virada. Aos 53', quase veio o empate: Jorgensen cruzou, e Eric Botteghin cabeceou forte, para ótima defesa de Erwin Mulder. Se não pôde dar assistência, Jorgensen resolveu a seu modo: marcando. Aos 56', o dinamarquês completou na segunda trave um cruzamento de Karim El Ahmadi, que passara por toda a área, fazendo seu 19º gol no campeonato. 

A doce rotina da torcida do Feyenoord: ver Jorgensen marcar - e o gol de empate foi decisivo (Maurice van Steen/VI Images)
Mas o Feyenoord não estava satisfeito. E coube justamente àquele por cuja presença o clube lutou tanto dar a vitória desejada e necessária: Vilhena. O meio-campista quase fez, num primeiro chute, mas aos 70' foi preciso: após passe de Steven Berghuis, Tonny dominou com a cabeça antes de um forte voleio, que estufou as redes de Mulder para consolidar a virada do Feyenoord. Imediatamente, o atacante Henk Veerman entrou no Heerenveen, que voltou a atacar no final do jogo. Aí entrou Brad Jones, autor de duas ótimas defesas aos 80', em chutes de Slagveer e Sam Larsson. O Feyenoord sofreu, mas conseguiu garantir outra vitória contra um adversário traiçoeiro. Nada mal, antes daquela que pode ser a última fronteira antes do fim do tabu de 18 anos: o Klassieker contra o Ajax, na Amsterdam Arena, em 2 de abril. Dirk Kuyt preconizou: "Agora, é vencer na Arena". O desfile em Coolsingel parece um sonho cada vez mais real. O Feyenoord está muito, muito perto.

Só restou ao Ajax agradecer o apoio da torcida, após a atuação decepcionante contra o Excelsior: tropeço pouco recomendável (ANP/Pro Shots)
Excelsior 1x1 Ajax (domingo, 19 de março)

Como de costume nas últimas rodadas, o Ajax sabia o que precisava fazer: vencer seu adversário, para manter-se acessíveis quatro pontos atrás do Feyenoord na disputa da liderança do Campeonato Holandês. E nesta rodada, a tarefa era até mais fácil: mesmo fora de casa, enfrentar um Excelsior que sofre de novo com a ameaça de rebaixamento. No entanto, uma alteração ofensiva perturbou um pouco os planos de Peter Bosz: machucado, Kasper Dolberg ficou de fora da partida no estádio Woudestein, dando lugar a Justin Kluivert, enquanto Bertrand Traoré ia para o centro do ataque. A defesa também sofreu: com leves dores, Joël Veltman e Nick Viergever também foram poupados, cedendo seus lugares a, respectivamente, Kenny Tete e Matthijs de Ligt - este último, no centro das atenções, após a atuação elogiável contra o Kobenhavn, pela Liga Europa, na quinta passada, e a convocação para os jogos da seleção holandesa nas próximas datas FIFA.

Talvez seja só coincidência. Mas o fato é que o Ajax se mostrou irreconhecível no começo da partida, jogando preguiçosamente. Apenas uma chance foi criada: aos 12', uma cobrança de falta de Lasse Schöne mandou a bola para fora. No minuto seguinte, quase o Excelsior surpreendeu: Hicham Faik fez belo passe em profundidade, que deixou Mike van Duinen cara a cara com André Onana. Porém, o atacante dos mandantes foi frustrado por um carrinho preciso de De Ligt, que o desarmou - e, de certa forma, justificou o alarido em torno de seu nome. Ainda assim, o aviso tinha sido dado.

Aos 26', o Excelsior foi mais preciso. E fez 1 a 0, num lance que mostrou caprichosamente como o destaque de um minuto pode ser o vilão de outro: De Ligt dominou a bola no campo de ataque, mas saiu errado, deixando a bola nos pés de Van Duinen. O atacante entrou na área, finalizou, e a bola resvalou em Kenny Tete antes de entrar no gol - marcado como gol contra de Tete. A situação ficava adversa para o Ajax. Só não ficou mais porque o empate veio rápido: aos 32', Hakim Ziyech passou a bola a Kluivert, que finalizou para o 1 a 1, seu primeiro gol pela equipe adulta dos Ajacieden - novamente, um Kluivert marcava na Eredivisie, exatos dez anos e um dia após o pai Patrick marcar o último gol de sua carreira pela liga, pelo PSV (e num clássico contra o Ajax - goleada de 5 a 1, em 2006/07...).

De Ligt viveu as duas faces da moeda: carrinho preciso para desarmar e falha no gol do Excelsior (ANP/Pro Shots)
Ainda no primeiro tempo, De Ligt quase consertou seu erro com um gol, mas o goleiro Warner Hahn apareceu bem para defender, aos 41'. Terminou a etapa inicial, começou a etapa complementar, e a dinâmica do jogo era a mesma: o Ajax tocando a bola, mas sem conseguir achar espaços na defesa bem postada do Excelsior. Somente aos 62' veio uma chance para os visitantes: Daley Sinkgraven cabeceou, para fora. Mateo Cassierra entrou em campo, e nada. Ao contrário: quase o Excelsior fez 2 a 1 aos 78', quando Ryan Koolwijk cruzou, e Faik escorou para grande defesa de Onana, no reflexo. Abdelhak Nouri foi mais uma aposta saída do banco do Ajax, e Amin Younes também tentou no final, mas o placar ficou mesmo no 1 a 1, colocando os Godenzonen seis pontos atrás do Feyenoord, justamente na reta final do campeonato. Um tropeço muito lamentado, a ponto do capitão Davy Klaassen dizer à FOX Sports holandesa: "Agora, no momento, não podemos falar de título". Se serve de consolo, a oportunidade de consertar o erro já está na 28ª rodada, com o confronto direto entre os dois competidores pela Eredivisieschaal. Que Klassieker promissor teremos...

O gol de Warmerdam (no centro) decretou mais uma vitória do Zwolle no clássico contra Go Ahead Eagles (ANP/Pro Shots)
Go Ahead Eagles 1x3 Zwolle  (domingo, 19 de março)

O "Dérbi do rio Ijssel" começou com tudo, fora e dentro de campo. Fora, porque a torcida do Go Ahead Eagles usou todos os sinalizadores a que tinha direito, e ainda estendeu uma faixa com a frase "Beat the bastards" ("Ganhem dos manés", numa tradução mais amena), alimentando o ambiente e enchendo de fumaça o estádio Adelaarshorst. E dentro, porque o GAE correspondeu abrindo o placar logo aos 3': Elvis Manu cruzou bonito para o meio da área, com a parte externa do pé direito, e Pedro Chirivella finalizou quase na pequena área. Todavia, o que parecia o melhor dos começos para o Kowet, mandante, durou apenas dois minutos: aos 5', a bola sobrou para Queensy Menig, que driblou o goleiro Theo Zwarthoed e colocou o 1 a 1 no placar. Após um começo frenético, o ritmo de jogo caiu no Adelaarshorst - só mais uma chance veio no primeiro tempo, aos 39', num chute de longe, de Ryan Thomas.

Na etapa complementar, o Zwolle é que partiu mais em busca do gol. Mas perdeu muitas chances: com Younes Mokhtar (chute aos 55'), Thomas (aproveitou rebote e chutou para fora, aos 58'), Menig (tentou encobrir Zwarthoed, que espalmou para fora aos 62') e Mustafa Saymak (chutou forte, forçando defesa de Zwarthoed, aos 67'). Mas quando o empate parecia iminente, os Zwollenaren conseguiram a vitória, no fim: aos 83', o volante Django Warmerdam bateu forte no canto, virando o placar. E aos 88', o capitão Bram van Polen converteu pênalti para confirmar o 3 a 1. Vitória duplamente saborosa. Pela primeira vez em sua história, os "Dedos Azuis" ganharam os dois clássicos contra o Go Ahead Eagles numa temporada. E mais importante: subindo para a 11ª posição, o Zwolle minora cada vez mais os fantasmas do rebaixamento. Que só aumentam para o Go Ahead Eagles, último colocado da Eredivisie, a sete rodadas do fim da temporada.


O momento que simbolizou o bom dia do AZ: Van Overeem arrisca para fazer um golaço (Pro Shots)
AZ 4x0 ADO Den Haag (domingo, 19 de março)

Humilhado pelo Lyon na eliminação da Liga Europa, sem vencer na Eredivisie havia quatro jogos, também goleado na rodada passada (5 a 2 para o Feyenoord): o AZ entrou em campo pressionado para o jogo que fechava a rodada, com uma alteração importante - Ron Vlaar ficaria no banco de reservas, com Rens van Eijden formando a dupla de zaga. E finalmente, o time de Alkmaar exibiu novamente as qualidades que já não mostrava havia certo tempo. Principalmente, a união entre velocidade e habilidade no ataque. Com elas, os Alkmaarders fizeram 2 a 0 rapidamente. Aos 7', Alireza Jahanbakhsh ajeitou a bola de cabeça, e Dabney dos Santos entrou chutando para as redes; aos 13', num rápido avanço, Stijn Wuytens lançou em profundidade, e Dabney concluiu para marcar 2 a 0 no placar, seu segundo no jogo.

Ainda antes do intervalo, aos 34', veio o gol que não só tranquilizou de vez o AZ, mas se converteu no mais bonito tento da rodada: Joris van Overeem recebeu de Wuytens, já perto do gol, e viu o goleiro Robert Zwinkels adiantado. Decidiu arriscar. Bem pensado e melhor feito: um toque sutil, exato, que passou encobrindo Zwinkels para entrar suavemente na meta e representar brilhantemente o 3 a 0 e a superioridade dos mandantes na partida. No segundo tempo, o time de Alkmaar continuou pressionando. Aos 53', Dabney quase marcou pela terceira vez, completando cruzamento de Mats Seuntjens por cima do gol. Mas a goleada só seria completada aos 60', com o nigeriano Fred Friday, em outra bonita jogada: Van Overeem ajeitou de calcanhar para Friday arrematar forte. Finalmente, o AZ voltava a dar um dia de alegria à sua torcida - e finalmente, após oito jogos pelo clube e 24 gols sofridos, Tim Krul saía de campo sem ter a meta vazada. 

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