O Ajax não foi veloz - e quando criou chances, parou no goleiro. Mas com Ziyech como destaque, conseguiu golear (ANP/Pro Shots) |
O jogo que abriu a 8ª rodada do Campeonato Holandês começou com grandes emoções. A primeira delas vinha antes mesmo do primeiro torcedor entrar para assistir ao jogo: o fato de ser a última partida num estádio com Amsterdam Arena como nome oficial (a partir de 25 de outubro, será Johan Cruyff Arena). Depois, já com as equipes em campo: antes do começo, um minuto de aplausos incessantes para Eberhard van der Laan, prefeito de Amsterdã, falecido no dia 5 passado. E com a bola rolando, aos 3', houve lançamento longo para Klaas-Jan Huntelaar. Acossado por Sander Fischer na área, o atacante caiu, mas Kevin Blom não cedeu aos apelos unânimes por pênalti.
E o Ajax foi criando boas chances. Aos 10', após outra bola em profundidade, David Neres invadiu a área e driblou Roy Kortsmit. Porém, o brasileiro perdeu ângulo para finalizar, e teve de cruzar a bola - sem que Amin Younes aproveitasse. Depois, aos 14', um cabeceio de Matthijs de Ligt, para fora. E aos 17', Lasse Schöne arriscou de fora, e a bola desviou em Ryan Sanusi, saindo pela linha de fundo. Sem nem forçar muito, os mandantes sempre estavam perto do gol. Mas tomaram a estocada do Sparta Rotterdam aos 26': um chute despretensioso de Loris Brogno foi rebatido desastrosamente por André Onana. Para sorte do goleiro camaronês, Robert Mühren estava impedido ao tentar pegar o rebote.
A partir de então, os visitantes de Roterdã viram seu arqueiro se converter num dos destaques do jogo. Aos 31', Hakim Ziyech cobrou falta, e De Ligt desviou para fora. Pouco depois, Kortsmit defendeu chute de David Neres. Kortsmit apareceu de novo aos 35', rebatendo finalização de Ziyech. Com os passes precisos de sempre, Ziyech também despontava para o Ajax - como aos 36', quando deixou Donny van de Beek na cara do gol, mas o meio-campista tocou por cima da meta. Os Spartanen só reagiram aos 37'. E com perigo: Sanusi veio pela direita, e cruzou. De letra, Deroy Duarte só não fez o gol porque Joël Veltman impediu na última hora. Se não conseguiu o passe para um gol, Sanusi acabou acidentalmente envolvido no 1 a 0 do Ajax, aos 39'. Schöne cobrou escanteio, a bola passou sobre Veltman, bateu em Sanusi e foi direto para as redes, em claro gol contra. E o segundo poderia ter vindo já aos 41', em cobrança de falta de Ziyech, que mandou a bola perto.
No segundo tempo, o Ajax seguiu dominando sem dominar. Criava chances - já no primeiro minuto, um voleio de Huntelaar foi defendido por Kortsmit. Mas ainda oferecia espaços: aos 49', Sherel Floranus cruzou da esquerda, e Mühren perdeu grande chance de empatar: cabeceou fracamente, para fora. De resto, seguiu a rotina de criar chances sem balançar as redes para os Godenzonen. Mas é justo dizer que isso acontecia pela ótima atuação do goleiro do Sparta. Como aos 58': em outro escanteio para o Ajax, um desvio acidental em Michel Breuer foi impedido por Kortsmit de virar o segundo gol. Aos 60', Ziyech mandou a bola para a área em cobrança de falta, e quase a vantagem foi ampliada pelos dois zagueiros: Maximilian Wöber desviou de cabeça, Kortsmit rebateu, e tirou da área antes que De Ligt chegasse para completar. E aos 62', um passe em profundidade de Ziyech deixou Huntelaar na cara do gol, mas Kortsmit brilhou: saiu calmamente do gol, fechou o ângulo e defendeu o arremate do atacante com os pés.
Mas outra bola que pegou Huntelaar em condições virou o segundo gol, aos 64'. O atacante passou a David Neres, que vinha livre pela direita. Neres tocou na saída de Kortsmit, e houve outro gol contra: ela bateu em Floranus e foi para o barbante. Se a vantagem parecia garantida definitivamente, Kortsmit continuou se esforçando como podia para evitar os avanços do Ajax: aos 66', rebateu a bola vinda de falta bem cobrada por Schöne. Porém, se teve o segundo gol negado pelo destino, David Neres conseguiu o que merecia aos 73': lançamento de Ziyech, o camisa 7 ganhou na corrida de Floranus, entrou na área e concluiu no ângulo direito de Kortsmit para confirmar a vitória do Ajax e premiar outra elogiável atuação, sempre oferecendo opção de velocidade pela direita.
David Neres mereceu a saudação: outra boa atuação premiada com um gol (ANP/Pro Shots) |
E não havia acabado: a vitória virou goleada aos 76', quando Ziyech arriscou de fora da área, a bola desviou nas costas de Younes e encobriu Kortsmit. O goleiro do Sparta era quem menos merecia sofrer uma goleada, no time visitante - tanto que fez mais duas ótimas defesas. E teve um momento de brilho nos acréscimos: Younes foi derrubado na área, o pênalti foi marcado, mas o goleiro dos Spartanen espalmou bem a cobrança de Kasper Dolberg (seu terceiro penal defendido na temporada). Porém, o 4 a 0 já estava no placar. Placar até ilusório, porque o Ajax teve uma atuação apenas razoável. Mas, se toda atuação apenas razoável tiver uma goleada como prêmio, ninguém reclamará em Amsterdã. Se for assim no clássico contra o Feyenoord, no próximo domingo, tanto melhor.
Roda JC 1x0 NAC Breda (sábado, 14 de outubro)
Auassar evitou o 0 a 0 - e ajudou o Roda JC a respirar contra o rebaixamento (rodajc.nl) |
No duelo de aurinegros em Kerkrade, entre duas equipes que tentam fugir das últimas posições, houve até esperança de que seria um jogo animado: logo aos 2', Rai Vloet fez boa jogada, e passou a Giovanni Korte, que perdeu o gol. Depois, aos 5', o NAC Breda voltou: Angeliño cedeu a bola a Thierry Ambrose, que ficou sem domínio justo na hora do chute. E... ficou nisso. O resto dos 45 minutos iniciais ficou sem muito brilho, como se supunha.
O segundo tempo começou também com uma escassa chance. Agora, do Roda JC: logo aos 47', Mikhail Rosheuvel tabelou com Dani Schahin, mas arrematou para fora. O NAC Breda já tentou nova estocada aos 49', quando Korte arrematou para ótima defesa de Hidde Jurjus. Aí, sim, a partida ganhou um pouco mais de emoção, com as duas equipes se alternando no ataque - e a maior chance vindo dos mandantes, aos 63', quando Mario Engels bateu a bola rente à trave de Mark Birighitti. Mas quando se esperava um 0 a 0, Adil Auassar garantiu a segunda vitória dos Koempels na temporada: aos 90' + 1, cobrou falta que balançou as redes, com alguma "ajuda" de Birighitti.
Com seus gols, Bahebeck encaminhou a vitória do Utrecht (Pieter Stam de Jonge/VI Images) |
Após duas goleadas sofridas, o Utrecht tinha de vencer para não perder de vez o status de um dos "melhores do resto". De certa forma, o mesmo acontecia com o Heerenveen, que vinha invicto na Eredivisie até a rodada de duas semanas atrás, quando sofreu 4 a 0 para o Ajax em casa. E os visitantes da Frísia contaram com a sorte para fazer 1 a 0, aos 23': Stijn Schaars cobrou falta, a bola desviou na barreira e enganou o goleiro David Jensen. De fato, parecia questão de sorte, já que Cyriel Dessers perdera grande chance de colocar os anfitriões na frente, aos 17'.
Mas não haviam se passado mais de três minutos desde o gol de Schaars quando Yassin Ayoub fez todos esquecerem essas coisas impalpáveis: também em cobrança de falta, mas sem desvio em ninguém, o meio-campista colocou a bola com precisão no ângulo de Martin Hansen para o 1 a 1. Depois, apareceu o protagonista de que os Utregs precisavam: Jean-Christophe Bahebeck. O atacante francês virou o jogo aos 41', ao receber passe de Ayoub e tocar por baixo de Hansen. No segundo tempo, Bahebeck recebeu a bola e finalizou com chute colocado e bonito, aos 63', para definir a vitória no Galgenwaard. Um recomeço que pode ter sequência contra o AZ, na próxima rodada.
Jorgensen voltou. E o Feyenoord insistiu no ataque, durante o segundo tempo. Mas o elogiável Zwolle segurou o empate (Ronald Bonestroo/VI Images) |
Mesmo com a recuperação de Nicolai Jorgensen, o técnico Giovanni van Bronckhorst não quis pagar para ver: preferiu um ataque mais leve, com Jean-Paul Boëtius no meio da área. Era boa possibilidade de inibir um dos pequenos que faz bom começo de temporada. Porém, o Zwolle é que mostrou em De Kuip: não se acanharia facilmente. Tanto que aos 2', um lançamento já deixou Stef Nijland perto do gol. O camisa 10 dos visitantes driblou Brad Jones, ficou sem ângulo e chutou para fora. Aos 5', Younes Namli apareceu na área com a bola, e um toque leve quase encobriu Jones. Para evitar qualquer contratempo, o goleiro australiano desviou a bola pela linha de fundo.
A primeira tentativa do Feyenoord só ocorreu aos 10', num chute inócuo de Karim El Ahmadi, para fora. Depois, voltou a surpreendente tranquilidade ofensiva dos Zwollenaren. Aos 15', Nijland arriscou de fora da área, e outra vez Jones quase foi encoberto. Pelo menos, a esférica foi direto para fora. O primeiro momento realmente perigoso do Feyenoord veio só aos 19', quando Steven Berghuis cruzou a bola para a área, e ela encontrou Sam Larsson do outro lado, batendo de primeira e a mandando perto da meta. Para piorar a situação do Stadionclub, uma lesão muscular tirou precocemente Renato Tapia da zaga, aos 20', forçando a reestreia de Sven van Beek, aplaudido pela torcida - afinal, voltava de longa lesão.
Ao longo do primeiro tempo, as duas equipes foram diminuindo o ritmo. Mesmo merecendo mais a vantagem, o Zwolle não tinha eficiência na finalização. E sem espaço no meio, só restava aos anfitriões tentar pelos lados. Como aos 40', quando Berghuis chegou à linha de fundo com a bola, cruzou para trás, e Tonny Vilhena (fazendo o 150º jogo pelo Feyenoord) completou por cima do gol. Os Zwollenaren responderam no minuto final do primeiro tempo, quando Kingsley Ehizibue subiu sozinho na área e cabeceou para fora, à direita do gol. Já nos acréscimos (45' + 2), Vilhena ficou livre na área graças a um lançamento, mas Nicolás Freire evitou o chute na hora exata.
No começo do segundo tempo, pelo menos uma chance já foi criada: o goleiro Diederik Boer precisou estar atento para rebater a cobrança de falta de Larsson, aos 47'. Foi a senha para, enfim, o Stadionclub falar grosso e ser bem mais ofensivo durante a etapa complementar. Aos 52', em tabela com Berghuis, El Ahmadi recebeu a esférica na área, mas sua finalização foi desviada para escanteio. No córner, Boer defendeu o cabeceio de Van Beek. Aos 54', a chance foi ainda maior: Larsson deixou a bola suavemente, para o chute rasteiro de Berghuis, em diagonal, rente à trave esquerda de Boer. Depois, Jens Toornstra enfim apareceu, numa finalização por cima do gol.
A entrada de Jorgensen - no lugar de Boëtius, aos 59' - só aumentou o ímpeto ofensivo e a esperança de que o Feyenoord pudesse fazer algo. E o dinamarquês já tentou aos 62', batendo para fora. Aos 67', quase se converteu no destaque do dia: completou de voleio uma cobrança rápida de falta, mandando a bola na trave (com desvio de Boer, ainda). Só aos 69' o Zwolle acordou, com uma finalização de Terell Ondaan, forçando Jones à defesa. De resto, seguiu a pressão do Stadionclub. Com a torcida ajudando - e também pressionando (uma falta invertida pelo juiz Dennis Higler, aos 74', julgando que Berghuis agarrara Ehizibue, causou grita geral em De Kuip). Aos 78', o mesmo Berghuis tentou chute de longe - para fora.
Três minutos mais tarde, Boer salvou o Zwolle: Berghuis lançou, Van Beek escorou, e Toornstra cabeceou na pequena área para o goleiro rebater à queima-roupa. Aos 83', um bate-rebate terminou com chute de Toornstra sendo afastado por Ryan Thomas. Houve reclamação até de suposto recuo de Freire a Boer, aos 88' (foi claramente involuntário). Aos 90', um chute de Bilal Basaçikoglu, agarrado firmemente por Boer. E a última chance, aos 90' + 5: falta de Toornstra, na entrada da área, que a barreira desviou. E os visitantes de Zwolle seguraram o 0 a 0, abiscoitando um ponto importantíssimo no começo de Eredivisie consistente que fazem. Enquanto isso, o Feyenoord ganha razões para se preocupar. Não só com o que pode fazer na visita ao Shakhtar Donetsk, pela Liga dos Campeões, mas também no Klassieker da próxima semana. Por outro lado, nada será melhor do que uma vitória contra o arquirrival Ajax para recobrar a confiança.
Heracles Almelo 1x1 Vitesse (domingo, 15 de outubro)
A primeira tentativa do Feyenoord só ocorreu aos 10', num chute inócuo de Karim El Ahmadi, para fora. Depois, voltou a surpreendente tranquilidade ofensiva dos Zwollenaren. Aos 15', Nijland arriscou de fora da área, e outra vez Jones quase foi encoberto. Pelo menos, a esférica foi direto para fora. O primeiro momento realmente perigoso do Feyenoord veio só aos 19', quando Steven Berghuis cruzou a bola para a área, e ela encontrou Sam Larsson do outro lado, batendo de primeira e a mandando perto da meta. Para piorar a situação do Stadionclub, uma lesão muscular tirou precocemente Renato Tapia da zaga, aos 20', forçando a reestreia de Sven van Beek, aplaudido pela torcida - afinal, voltava de longa lesão.
Ao longo do primeiro tempo, as duas equipes foram diminuindo o ritmo. Mesmo merecendo mais a vantagem, o Zwolle não tinha eficiência na finalização. E sem espaço no meio, só restava aos anfitriões tentar pelos lados. Como aos 40', quando Berghuis chegou à linha de fundo com a bola, cruzou para trás, e Tonny Vilhena (fazendo o 150º jogo pelo Feyenoord) completou por cima do gol. Os Zwollenaren responderam no minuto final do primeiro tempo, quando Kingsley Ehizibue subiu sozinho na área e cabeceou para fora, à direita do gol. Já nos acréscimos (45' + 2), Vilhena ficou livre na área graças a um lançamento, mas Nicolás Freire evitou o chute na hora exata.
Diederik Boer elogiou a torcida. Mereceu a recíproca: duas ótimas defesas na etapa final (peczwolle.nl) |
A entrada de Jorgensen - no lugar de Boëtius, aos 59' - só aumentou o ímpeto ofensivo e a esperança de que o Feyenoord pudesse fazer algo. E o dinamarquês já tentou aos 62', batendo para fora. Aos 67', quase se converteu no destaque do dia: completou de voleio uma cobrança rápida de falta, mandando a bola na trave (com desvio de Boer, ainda). Só aos 69' o Zwolle acordou, com uma finalização de Terell Ondaan, forçando Jones à defesa. De resto, seguiu a pressão do Stadionclub. Com a torcida ajudando - e também pressionando (uma falta invertida pelo juiz Dennis Higler, aos 74', julgando que Berghuis agarrara Ehizibue, causou grita geral em De Kuip). Aos 78', o mesmo Berghuis tentou chute de longe - para fora.
Três minutos mais tarde, Boer salvou o Zwolle: Berghuis lançou, Van Beek escorou, e Toornstra cabeceou na pequena área para o goleiro rebater à queima-roupa. Aos 83', um bate-rebate terminou com chute de Toornstra sendo afastado por Ryan Thomas. Houve reclamação até de suposto recuo de Freire a Boer, aos 88' (foi claramente involuntário). Aos 90', um chute de Bilal Basaçikoglu, agarrado firmemente por Boer. E a última chance, aos 90' + 5: falta de Toornstra, na entrada da área, que a barreira desviou. E os visitantes de Zwolle seguraram o 0 a 0, abiscoitando um ponto importantíssimo no começo de Eredivisie consistente que fazem. Enquanto isso, o Feyenoord ganha razões para se preocupar. Não só com o que pode fazer na visita ao Shakhtar Donetsk, pela Liga dos Campeões, mas também no Klassieker da próxima semana. Por outro lado, nada será melhor do que uma vitória contra o arquirrival Ajax para recobrar a confiança.
O Vitesse de Thomas Bruns tinha ótima chance de virar vice-líder. Mas Heracles, de Jamiro Monteiro, foi adversário difícil. Só cedeu o empate (Henry Dijkman/VI Images) |
Com o empate do Feyenoord, abria-se uma grande chance para o Vitesse. Era superar o Heracles (contando com gente de boa passagem por Almelo, como Thomas Bruns) e chegar à segunda posição na tabela. Porém, o primeiro tempo no estádio Polman mostrou grande dificuldade para os visitantes de Arnhem. O Heracles começou quase abrindo o placar aos 9', em ótima chance de Reuven Niemeijer, e defesa ainda melhor de Remko Pasveer. Depois, o Vites até reagiu, num chute de Tim Matavz que desviou na zaga, aos 10'. Mas os mandantes voltaram a criar mais. Niemeijer de novo, aos 20'; uma defesa primorosa de Pasveer, espalmando no ângulo chute de Brahim Darri aos 31'; e a terceira oportunidade perdida de Niemeijer, num cabeceio, aos 34'.
No segundo tempo, a pressão do Heracles diminuiu, bem como o ritmo do próprio jogo. E o Vitesse até avançou mais - Matavz teve um arremate defendido por Bram Castro, aos 58'. Todavia, a superioridade dos Heraclieden foi premiada aos 73': Brandley Kuwas cruzou da direita, e Kristoffer Peterson fez 1 a 0 de cabeça. Só aí, com 17 minutos para melhorar sua situação, o time aurinegro foi mais ofensivo, com as entradas de Charlie Colkett, no meio, e Luc Castaignos, no ataque. E deu tempo de conseguir um empate, aos 87', com Bryan Linssen. Mesmo assim, ficou a decepção, com a perda de boa chance para seguir a ótima campanha. E o técnico Henk Fräser deixou isso claro numa frase: "Foi uma atuação terrível".
Alireza (à frente) premiou a ofensividade do AZ com belo gol, mas o Groningen reagiu para o empate (ANP/Pro Shots) |
Com duas derrotas nas duas rodadas passadas - e a mais recente, sendo um pesado 4 a 0 sofrido em casa para o Feyenoord -, o AZ sabia que precisava atacar. E já começou rapidinho, aos quatro minutos, quando Alireza Jahanbakhsh cruzou e Guus Til ficou a um triz de concluir para as redes. Aos 9', Joris van Overeem também tentou; aos 11', foi a vez de Wout Weghorst quase se isolar como goleador da Eredivisie; e aos 19', na mais perigosa das chances de gol, Til cabeceou à queima-roupa para ótima defesa de Sergio Padt. O arqueiro do Groningen provou sua ótima forma aos 41', quando espalmou no reflexo o chute de Til, também de frente. Mas o AZ conseguiu ainda no primeiro tempo o que buscava: nos acréscimos, em bonito voleio, Alireza fez o 1 a 0.
Quase inativo no ataque, o Groningen consertou isso no segundo tempo. Já aos 48', Juninho Bacuna exigiu boa defesa de Sergio Padt. E o empate dos mandantes não demorou: aos 53', Stijn Wuytens errou na zaga, Ritsu Doan retomou a bola e foi empurrado pelo zagueiro na área. Pênalti claro marcado por Bjorn Kuipers, que Mimoun Mahi cobrou bem para o 1 a 1. E o rumo do jogo levou mesmo para o empate, embora os Groningers tenham tido uma grande esperança no fim (Doan chegou a virar o jogo, mas o gol foi anulado por falta anterior de Mahi na jogada).
O PSV começara ganhando, mas corria apuros. Aí Pereiro tomou o jogo nos pés: dois gols, vitória e liderança (Photo Prestige/psv.nl) |
O jogo em De Koel (estádio de Venlo) começou com dificuldades para o PSV. Antes mesmo do começo, soube-se que Hirving Lozano estava fora (lesão no cotovelo) - mais uma chance para Luuk de Jong entre os titulares. Depois, com menos de um minuto, Nicolas Isimat-Mirin sentiu dores musculares - pelo menos, as aguentou para ficar. E a primeira chance foi do VVV: aos 4', Clint Leemans cobrou a falta, perto da área, e Jeroen Zoet fez ótima defesa, espalmando para escanteio. Mas aos poucos, os Boeren se assentaram em campo. E isso resultou em trocas de passe para tentar achar o espaço, e em chances elogiáveis. Como aos 8', quando Jürgen Locadia mandou a bola perto do gol, em cobrança de falta. Ou aos 11', quando Arias lançou, De Jong escorou e Locadia concluiu, à direita do gol de Lars Unnerstall. E aos 13', em outra combinação de três jogadores: Arias cobrou escanteio, Daniel Schwaab desviou de cabeça, e Luuk de Jong também tocou com a testa para grande aparição de Unnerstall, espalmando por cima do gol.
Os cruzamentos passaram a ser a principal opção dos visitantes para o gol. Mas não se pode dizer que faltavam jogadas individuais. Foi o que aconteceu aos 17', quando Gastón Pereiro chegou perto da área, passou por dois jogadores e bateu. Unnerstall foi buscar no canto esquerdo, em outra importante defesa. O VVV só reapareceu no jogo aos 22', em bom chute cruzado de Vito van Crooij, que Zoet rebateu. Mas no minuto seguinte, o PSV chegou ao gol que merecia. Pelos lados, como previsível: Locadia dominou a bola pela direita, tocou a Luuk de Jong, e o camisa 9 ajeitou para a chegada do atacante, que concluiu colocado, no canto direito de Unnerstall, para o 1 a 0.
Muito lentamente, o time da casa foi se recuperando. Aos 30', um chute de Torino Hunte, para fora. Cinco minutos depois, já trouxe mais perigo: após cruzamento rasteiro, Ralf Seuntjens ajeitou para a finalização de Leemans. Novamente, muito perto do gol, à direita de Zoet. Mas a jogada que rendeu o empate veio até sem parecer perigosa: Leroy Labylle cruzou da direita, e Hunte caiu na área após disputa com Isimat-Mirin. Danny Makkelie apontou o pênalti aos 40', e Leemans bateu no canto direito, deslocando Zoet, para fazer 1 a 1.
Mauro Júnior recebeu a primeira chance no time de cima do PSV. E provou merecer mais apostas: um gol na goleada (Photo Prestige/psv.nl) |
Inesperadamente atrás no placar, restava ao time que vestia azul buscar a reação. Começou aos 53', num arremate de Locadia, de fora da área, para fora. E coube a Pereiro começar a tirar o PSV do sufoco, aos 58': em outra bonita jogada individual, o uruguaio fez 2 a 2. Marcado por três na entrada da área, segurou a bola, fez fintas curtas e arrematou colocado, no canto direito, sem chance alguma de defesa para Unnerstall. O VVV-Venlo se viu pressionado. E a situação do time da casa piorou ainda mais aos 61', com a justíssima expulsão de Jerold Promes: apenas três minutos após sair do banco, substituindo Jens Janse no VVV-Venlo, o zagueiro cometeu entrada duríssima na perna direita de Arias. O lateral colombiano teve muita sorte de ter saído somente com o susto, e não com uma fratura.
A pressão aumentou imediatamente: aos 63', Schwaab cabeceou na trave. E o zagueiro alemão não demorou muito para comemorar - e fazer os Eindhovenaren comemorarem a virada. Numa jogada inexistente, a bem da verdade: aos 67', Luuk de Jong cabeceou na trave, mas Danny Makkelie julgou que o goleiro desviara a bola por cima, e deu escanteio. Mas ninguém voltou atrás, Joshua Brenet cobrou o córner, Isimat-Mirin escorou, e na pequena área o camisa 5 estava para completar e fazer 3 a 2. Só para completar, Mauro Júnior pôde abrilhantar sua estreia no time principal dos Boeren. Aos 72', da esquerda, Locadia cruzou, e Luuk de Jong cabeceou. Unnerstall ainda rebateu, mas o brasileiro estava na sobra, e completou para o 4 a 2, tornando-se o segundo brasileiro a passar pelo clube de Eindhoven e marcar gol em seu primeiro jogo (antes dele, Ronaldo fizera isso em 1994). Não faltava mais nada - e se faltasse, Pereiro resolveu aos 85', fazendo 5 a 2 de cabeça após cruzamento de De Jong rebatido pela zaga. Tudo bem quando termina bem. Ainda mais com a liderança na tabela, cinco pontos à frente.
Fran Sol destacou-se desde o princípio na vitória do Willem II (Pro Shots) |
Tentando sair da lanterna da Eredivisie, o Willem II impôs respeito desde o começo do jogo em Tilburg. E teve um símbolo na sua melhor atuação: Fran Sol. O atacante espanhol criou a primeira chance, aos 24', em cabeceio ainda inofensivo. Criou uma oportunidade mais perigosa aos 24', também de cabeça, dando mais perigo ao goleiro Jorn Brondeel. Todavia, Sol teve um destaque negativo na etapa inicial - e isso colocou o Twente na frente: o atacante cometeu pênalti aos 40', que Oussama Assaidi converteu para o 1 a 0 dos Tukkers visitantes.
O que Fran Sol poderia fazer? Ora bolas, compensar o erro na defesa sendo o que vinha sendo: protagonista no ataque. Foi exatamente o que aconteceu. Ainda no primeiro tempo, enfim o camisa 9 acertou a mira nos cabeceios: empatou o jogo em escanteio. No segundo tempo, participou do gol da virada, aos 60': completou cruzamento de Freek Heerkens - Brondeel ainda defendeu, mas nada pôde fazer contra o rebote de Ismail Azzaoui que confirmou o 2 a 1. Finalmente, aos 90' + 1, Fran Sol fez o segundo gol dele no jogo. E simbolizou a primeira vitória dos Tricolores em casa sobre o Twente desde novembro de 1997.
Caenepeel saudou a torcida no primeiro gol, mas o Excelsior precisou se esforçar bem mais para vencer ADO Den Haag (ANP/Pro Shots) |
Um jogo curioso em Haia. A princípio, mesmo fora de casa, o Excelsior começou muito superior. Tanto que o 1 a 0 dos Kralingers não demorou a vir: aos 7', Luigi Bruins lançou brilhantemente Ryan Koolwijk, que com um toque também deixou Jinty Caenepeel com o gol livre para balançar o barbante. E a expulsão de Édouard Duplan, aos 26', deixando o Den Haag com dez homens, pareceu prever um dia tranquilo dos visitantes de Roterdã.
Pois é: não aconteceu. Mais organizado e esforçado, o time da casa chegou ao empate, aos 32': num bate-rebate na área, Bjorn Johnsen bateu, o goleiro Ögmundur Kristinsson rebateu, e Sheraldo Becker colocou a esférica no filó adversário. E a partida ficou equilibrada a partir do 1 a 1. Até os 80', quando Mike van Duinen serviu a bola para Hicham Faik, de longe, recolocar o Excelsior na frente. Melvyn Lorenzen ainda teve a chance de empatar nos acréscimos, mas os visitantes obtiveram por fim mais uma vitória fora de casa.
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