Falta cobrada com precisão, Holla saiu para celebrar: Twente consegue a segunda vitória (fctwente.nl) |
No "dérbi do Twenthe" (região onde ficam as cidades dos dois clubes, Almelo e Enschede), o Twente comportou-se com a rapidez eficiente de uma equipe que sabe bem do que precisa - escapar do rebaixamento. Aos dois minutos de jogo, já fez 1 a 0. Haris Vuckic cruzou para a área, o goleiro Bram Castro deixou a bola escapar, e antes que Lerin Duarte evitasse, Fredrik Jensen correu para fazer a bola entrar, de carrinho. Todavia, o Heracles não desistiu: tentou o empate ainda no primeiro tempo, com uma finalização de Paul Gladon como o momento mais perigoso.
No começo do segundo tempo, aos 52', a pressão dos Heraclieden deu resultado, justamente com quem mais tinha tentado: Brahim Darri cruzou, e Gladon empatou o jogo de cabeça. Porém, uma das apostas do Twente deu a segunda vitória dos Tukkers na Eredivisie. Aos 76', Danny Holla (vindo do banco) cobrou falta com precisão, no ângulo, para o 2 a 1 dos mandantes em Enschede. Voltou a busca incessante dos rivais regionais pelo empate, nos últimos minutos. Mas, por fim, o Twente conseguiu a vitória.
NAC Breda 0x1 ADO Den Haag (sábado, 30 de setembro)
No começo do segundo tempo, aos 52', a pressão dos Heraclieden deu resultado, justamente com quem mais tinha tentado: Brahim Darri cruzou, e Gladon empatou o jogo de cabeça. Porém, uma das apostas do Twente deu a segunda vitória dos Tukkers na Eredivisie. Aos 76', Danny Holla (vindo do banco) cobrou falta com precisão, no ângulo, para o 2 a 1 dos mandantes em Enschede. Voltou a busca incessante dos rivais regionais pelo empate, nos últimos minutos. Mas, por fim, o Twente conseguiu a vitória.
"Tommie" Beugelsdijk já é ídolo da torcida no ADO Den Haag. Com o que fez contra o NAC Breda, ainda mais: num dos únicos avanços, fez o gol da vitória (ANP/Pro Shots) |
O NAC Breda tinha uma razão suficiente para entrar animado no gramado do Rat Verlegh: afinal, na rodada passada vencera nada menos que o atual campeão Feyenoord - sendo que era a segunda vitória consecutiva no campeonato. Assim, o time aurinegro pressionou o ADO Den Haag como pôde. E só não fez 1 a 0 aos 10' por puro azar, numa jogada inacreditável: Mounir El Allouchi bateu colocado, a bola ricocheteou na trave e no travessão, e a sobra ficou para Giovanni Korte, que... carimbou a trave que faltava! Depois, aos 19', James Horsfield tentou uma bicicleta, mandando a bola para defesa difícil de Robert Zwinkels. Enquanto o Den Haag só deu sinal de vida aos 41', com Lex Immers, os Bredanaren saíram para o intervalo lamentando não terem a vantagem merecida.
No segundo tempo, enquanto os visitantes de Haia precisaram mudar o ataque (Erik Falkenburg entrou no lugar de Bjorn Johnsen, com o nariz fraturado), o NAC Breda seguiu atacando. Aos 54', Thierry Ambrose quase fez 1 a 0, em bonita jogada individual. Depois, Korte voltou a ação, e Arno Verschueren teve também sua oportunidade para balançar as redes. Mas nenhum deles deu a vantagem que a "Pérola do Sul" merecia. E aí, o clichê que mais fundo de verdade tem no futebol reapareceu: quem não fez, tomou. E tomou no fim: aos 80', em cobrança de escanteio, Nasser El Khayati desviou, e Tom Beugelsdijk escorou para a vitória deliciosamente imerecida do ADO Den Haag.
Com belo chute, Ryan Thomas começou a virada do Zwolle contra o Groningen, numa partida movimentada (ANP/Pro Shots) |
O Zwolle quis mostrar logo no começo porque merece respeito pelo começo promissor de campanha. Já aos 3', Stef Nijland forçou o goleiro Sergio Padt a fazer defesa difícil. Aos 6', a chance foi ainda mais perigosa: Youness Mokhtar bateu para Padt rebater com os pés, e na sobra aproveitada por Nijland, Ruben Yttegaard Jenssen tirou em cima da linha. Com tanta pressão dos Zwollenaren, quem abriu o placar? Isso mesmo: o Groningen - aos 15', o japonês Ritsu Doan chutou, a bola passou por baixo das pernas do zagueiro Dirk Marcellis e do goleiro Diederik Boer, e os visitantes tiveram o primeiro gol. A sorte dos "Dedos Azuis" é que o empate também foi rápido: aos 19', Nijland estava próximo para aproveitar um rebote de Padt e fez 1 a 1.
Após os movimentados 45 minutos iniciais, o segundo tempo ficou quente graças a um gol polêmico: aos 54', após escanteio, Tom van Weert cabeceou, e Boer defendeu - para o juiz Pol van Boekel, já depois da bola passar da linha. O Zwolle reclamou, mas como não havia tecnologia "hawk-eye" para sanar a dúvida, ficou o decidido por Van Boekel, e o Groningen fez 2 a 1. Mas a reação dos mandantes foi a melhor possível: virar o jogo. Logo aos 60', de novo um empate rápido: Ryan Thomas aproveitou escanteio ensaiado e chutou firme para empatar. Aos 87', o jogo ficou dramático: por um carrinho em Marcellis, por trás, Van Weert levou o vermelho. E o Zwolle chegou à virada nos acréscimos: aos 90' + 3, Mokhtar fez o gol que tornou o time da casa vencedor de um jogo acelerado.
Lozano sobe para fazer o terceiro gol: o jovem mexicano já desponta como um dos protagonistas do campeonato (Pro Shots) |
Com tarjas pretas na camisa (pelo falecimento de Tjaarda Weber, ex-médico do clube), o PSV até começou tentando. Aos 4', aproveitando lançamento pelo alto, Jürgen Locadia dominou em posição legal. Porém, o atacante chutou para a defesa de Timon Wellenreuther. E o Willem II contra-atacou no minuto seguinte: em outra bola alta mandada para a área, Thom Haye superou a marcação de Daniel Schwaab, dominou na grande área pela esquerda e chutou cruzado. A bola passou por baixo de Jeroen Zoet, e os anfitriões só se salvaram porque Joshua Brenet tirou na pequena área. Aos 8', Haye arriscou de fora da área, e o chute mandou a bola relativamente perto do gol.
O time anfitrião só voltou a arriscar aos 9', quando Wellenreuther saiu bem do gol para espalmar cruzamento de Brenet. Aos 13', numa batida inofensiva de Santiago Arias. Aos 18': Locadia cabeceou para o goleiro alemão do Willem II encaixar a defesa. E aos 20', quando Arias alcançou a linha de fundo e cruzou para Steven Bergwijn concluir (a bola resvalou em Jordens Peters, saindo pela linha de fundo). No entanto, os visitantes de Tilburg conseguiam neutralizar as tentativas, jogando com a área protegida - cinco defensores e dois volantes - e truncando o jogo.
Uma nova jogada de perigo só aconteceu quando a estratégia do Willem II quase deu certo, aos 32'. Pela direita, Haye driblou Brenet, entrou na área e bateu colocado para o gol. Zoet rebateu, e Ben Rienstra desperdiçou a sobra: mandou uma chance valiosa por cima da meta. Aos 34', Haye reapareceu, cruzando da direita para o complemento de Etien Velikonja, facilmente defendido por Zoet. Já o PSV só voltou a fazer qualquer coisa a partir dos 37', em chute de Hirving Lozano facilmente defendido por Wellenreuther, após desvio num defensor. Depois, aos 38', em cruzamento de Arias, Locadia fez um "corta-luz" involuntário ao furar o chute, e a bola ficou à feição para Gastón Pereiro mandar perto do ângulo, à esquerda de Wellenreuther. Ainda assim, a torcida terminou vaiando em Eindhoven, e o primeiro tempo terminou num 0 a 0 sem graça. Ficava a pergunta: seria a vez dos Boeren fracassar em casa neste Campeonato Holandês?
Lozano disse "não", tão logo o segundo tempo começou. Foi do mexicano o gol que abriu o placar, enfim: aos 49', após roubar a bola de Pedro Chirivella, Locadia fez o pivô, Bergwijn recebeu e já lançou em profundidade. Após leve desvio, a bola ficou à feição para que Lozano entrasse na área e tocasse na saída de Wellenreuther para o 1 a 0. E só para dar a certeza de que aqueles 45 minutos não seriam iguais àqueles que haviam passado, já veio o segundo gol, aos 55', em cobrança ensaiada de escanteio. Arias passou a Lozano, o camisa 11 mandou a bola para a área, Van Ginkel escorou na segunda trave, Pereiro entrou pelo meio da pequena área para finalizar livre.
Além de Lozano, Van Ginkel (direita) também apareceu de novo, para transformar uma atuação monótona em goleada (ANP/Pro Shots) |
Como se não bastasse, o terceiro gol demorou pouquíssimo, numa jogada com poucos toques. Aos 58', Arias mandou a bola para a área, Locadia escorou, Van Ginkel dominou e mandou da direita, e Lozano cabeceou no contrapé de Wellenreuther. Era a prova definitiva da importância de "Chucky" para os Boeren, atualmente: seis gols em seis jogos para o jovem mexicano, que já desponta como um candidato a nome desta Eredivisie.
O quarto gol já poderia ter vindo aos 60', em cabeceio de Pereiro que mandou a bola nas mãos do goleiro. Ou aos 20', quando o atacante uruguaio arrematou de fora da área, rente à trave direita, deixando o arqueiro do Willem II sem ação. Mas veio aos 70', num pênalti controverso. A bola sobrou na área após dividida na meia-lua, e Wellenreuther saiu do gol para defender. Locadia foi rápido, e arriscou um mergulho na área simultaneamente ao momento em que o goleiro alemão tirava a esférica da área. "Colou": o juiz Jeroen Manschot marcou o penal duvidoso (para ira dos jogadores do Willem II), deu cartão amarelo a Wellenreuther, e Marco van Ginkel bateu com tranquilidade - bola na direita, goleiro na esquerda - para definir a goleada que manteve o PSV na liderança da liga.
Excelsior 0x2 VVV-Venlo (sábado, 30 de setembro)
Leemans foi esperto, aproveitou a falha da defesa do Excelsior para fazer 1 a 0, e o VVV-Venlo seguiu o bom começo (ANP/Pro Shots) |
A partida em Roterdã colocava frente a frente dois clubes elogiáveis. O Excelsior, por conseguir se manter na Eredivisie, mesmo com orçamento minúsculo e sempre sofrendo na fase final; o VVV-Venlo, pelo bom começo de temporada. Que foi comprovado pela superioridade dos visitantes, mesmo fora de casa. O primeiro gol poderia ter vindo num chute de Lennart Thy, logo aos dez minutos, já defendido pelo goleiro Ögmundur Kristinsson. Depois, aos 21', o próprio Thy passou a bola a Torino Hunte, que arrematou perto da meta.
Mas foi por um erro da defesa do Excelsior que o primeiro gol aconteceu, aos 32': Kristinsson foi tentar repor a bola rapidamente em jogo com Ryan Koolwijk. Saiu errado: passou nos pés de Clint Leemans, que mandou a esférica por cobertura para o 1 a 0 do VVV. Na etapa complementar, com Mike van Duinen, o Excelsior teve o ataque fortalecido, teoricamente. Na prática, não só o time de Venlo seguiu controlando o jogo, mas também fez 2 a 0, aos 70': Leemans cobrou falta mandando a bola na cabeça de Ralf Seuntjens, que mandou para as redes. E os Venlonaren saíram com mais motivos para elogio: chegaram ao quinto lugar, e ao quarto jogo de invencibilidade fora de casa.
Berghuis aponta para o céu. Ele é que mereceu ser apontado: foi o catalisador da atuação que levou o Feyenoord à goleada (EPA) |
O Feyenoord chegou abatido para a 7ª rodada. Nem era para menos: não bastava a atuação cheia de falhas contra o Napoli, pela Liga dos Campeões, o Stadionclub vinha do vexame ainda dolorido contra o NAC Breda, na rodada anterior. E as lesões forçaram mais alterações entre os titulares: Jean-Paul Boëtius jogando no meio do ataque, enquanto Sam Larsson ocupou a ponta-esquerda. Na zaga, estavam Renato Tapia e Jeremiah "Jerry" St. Juste, substituindo os lesionados Eric Botteghin e Jan-Arie van der Heijden.
Também tendo o que melhorar (desperdiçara a chance de igualar o PSV na liderança, com a derrota para o Excelsior, o AZ começou mais vivo no gramado do AFAS Stadion. Mantendo a posse de bola, os mandantes de Alkmaar pressionavam. Tanto que Wout Weghorst chegou até a fazer um gol corretamente anulado, aos 8'. Porém, na primeira vez que o Stadionclub chegou em condições de fazer o gol, já o fez, aos 11'. E em rápida jogada: Sofyan Amrabat cobrou um lateral, Boëtius dominou a bola, passou-a a Tonny Vilhena, que já lançou a esférica para a área. Jens Toornstra ainda desviou com a coxa, e Steven Berghuis apareceu livre para tocar na saída do goleiro Marco Bizot. A bola bateu no travessão e quicou dentro do gol - Vilhena ainda chegou rápido para tocá-la de vez para dentro. De todo modo, Berghuis teve o gol confirmado para si.
O AZ quase virou sua sorte aos 13', em mais uma jogada rápida. Joris van Overeem lançou a bola em contra-ataque, Guus Til saiu da linha de impedimento e chegou livre à área. Na finalização, porém, o meio-campista tocou em cima de Brad Jones, que salvou com as pernas. Todavia, o 1 a 0 virou o jogo: o Feyenoord ganhou confiança e espaço para trocar mais passes. E a rapidez, somada à maior qualidade técnica do Stadionclub, rendeu o segundo gol, já aos 17'. Vilhena puxou a jogada no meio-campo, e passou a bola a Larsson. Mesmo com Boëtius e Berghuis à disposição para passar, o sueco seguiu e arriscou de fora da área. A trajetória da bola enganou Bizot, e ela balançou as redes no 2 a 0.
Larsson (à direita) diminuiu de vez o ânimo com que o AZ começara o jogo, ao fazer 2 a 0 (feyenoord.nl) |
E uma falha defensiva dos anfitriões daria o terceiro gol aos Feyenoorders. Stijn Wuytens falhou na saída de bola, deixando-a nos pés de Berghuis. O ponta-direita não pestanejou: dominou, saiu da marcação de Wuytens e bateu com classe, no canto direito de Bizot, para o 3 a 0 - seu sexto gol no campeonato, unindo-se no topo da artilharia a Hirving Lozano (e mostrando como é importante ao time, no jogo seguinte à derrota para o NAC Breda, no qual não esteve, cumprindo suspensão).
Vitória encaminhada, no segundo tempo, nem o Feyenoord precisava se esforçar muito (só criou uma chance em cruzamento de Toornstra, aos 51'), nem o AZ conseguia fazer frente e acelerar o jogo para buscar o empate. Além do mais, deixava espaços para o contra-ataque. E foi numa ocasião assim que o time chegou ao quarto gol, aos 57'. Em ritmo de treino: Toornstra passou a Berghuis, o ponta cruzou da direita, a bola encontrou Vilhena na segunda trave, e o meio-campista concluiu o 4 a 0 que devolveu o atual campeão holandês à vice-liderança, minorando um pouco o abatimento. Mais chances vieram: aos 65', em chute colocado de Boëtius que passou perto, e no minuto seguinte, com Berghuis recebendo livre na área para fazer seu terceiro gol, mas tocando para fora. Pelo menos, já estava garantido o placar que recompôs um pouco da tranquilidade em Varkenoord.
Kerk (esquerda) e Büttner disputam a bola: Vitesse e Utrecht correram demais e jogaram "de menos" (ANP/Pro Shots) |
Dois dos melhores clubes "médios" do campeonato chegavam abatidos para o jogo. O Vitesse, pela derrota inapelável para o Nice na Liga Europa; o Utrecht, pior ainda, sentindo as dores do vexaminoso 7 a 1 sofrido em casa para o PSV, na rodada passada. E pelo que se viu no primeiro tempo em Arnhem, os impactos foram sérios: poucas jogadas ofensivas, quase nenhuma emoção. O "quase" vem porque, aos 4', as duas torcidas fizeram bonitas homenagens por ícones que já não estão mais visíveis. O Vitesse celebrou o ex-jogador e ex-técnico Theo Bos (1965-2013), que só trabalhou no clube; os torcedores do Utrecht gritaram para rememorar o meio-campista francês David di Tommaso (1983-2005), vitimado por um infarto enquanto dormia, quando era jogador dos Utregs.
No segundo tempo, as coisas foram mais animadas. O Utrecht deu a primeira estocada num chute de Rico Strieder, enquanto o Vitesse reagiu com Bryan Linssen, em desvio defendido pelo goleiro David Jensen. Trocando oportunidades aqui e ali, ambas as equipes aceleraram o ritmo, até que uma jogada de sorte rendeu o 1 a 0 aos visitantes: Zakaria Labyad completou cruzamento errado, Gyrano Kerk tentou consertar de calcanhar e apenas deixou a bola quicando, mas Cyriel Dessers deu o rumo certo a ela, aos 69'. Para sorte do Vitesse, um substituto mostrou valor dois minutos após entrar: aos 76', Mason Mount fez 1 a 1. No fim, Luc Castaignos ainda teve grande chance aos 80', mas o placar ficou mesmo num empate apagado. Pelo menos, o ponto ganho manteve o Vites na terceira posição.
David Neres chamou a responsabilidade. E tirou o Ajax do sufoco, abrindo caminho para a goleada (ajax.nl/Pro Shots) |
Heerenveen 0x4 Ajax (domingo, 1º de outubro)
A pressão sob o técnico Marcel Keizer resumia-se a uma frase: ou ganhava do Heerenveen, ou a demissão poderia passar da ameaça para o fato. Seja como for, no campo, apenas uma mudança digna de nota na equipe: com Mitchell Dijks lesionado, Nick Vierever foi deslocado para a lateral esquerda, com a estreia do zagueiro austríaco Maximilian Wöber, 19 anos, entre os titulares. No mais, Klaas-Jan Huntelaar novamente levou a preferência no meio do ataque - assim como David Neres, escolhido ao invés de Justin Kluivert para a direita. O time da casa tinha um desfalque notável: sem Arber Zeneli, com o pé fraturado, o neozelandês Marco Rojas foi titular pela primeira vez. Mas com a torcida lotando o estádio Abe Lenstra e a boa campanha - era o único clube sem derrotas no campeonato quando o jogo começou -, o Fean começou pressionando com tudo, se aproveitando das desatenções ofensivas dos visitantes.
Aos 5', Martin Odegaard roubou bem a bola de Wöber, e só não finalizou porque Lasse Schöne apareceu na hora exata para o corte. O Ajax chegou pela primeira vez aos 9'. Bem, tentou, na verdade: da esquerda, Hakim Ziyech lançou a bola na área, mas o goleiro Martin Hansen estava atento e saiu para agarrar. Depois, voltou a pressão do time da Frísia. Aos 12', - Denzel Dumfries cruzou da direita, e Reza Ghoochannejhad cabeceou a bola rente à trave esquerda de André Onana. O juiz Serdar Gözübüyük já apontara impedimento, mas de todo modo, a jogada trouxera muito perigo à defesa Ajacied. E aos 15', a desatenção dos visitantes na defesa quase causaria coisa pior - e válida. David Neres dominou a bola no campo de defesa, e recuou a bola a Onana. Recuou curto demais, e Odegaard conseguiu dominar, ficando frente a frente com o goleiro camaronês. Que foi decisivo: fechou bem o ângulo e defendeu o chute.
Com a defesa bem fechada, o Heerenveen só deixava o Ajax com uma opção: tentar passes em profundidade, que quase sempre davam em impedimento. E seguia com mais chances ofensivas. Aos 21', Kik Pierie chutou do campo de defesa, e a bola alta se converteu num lançamento para Reza. Novamente, só um desarme preciso salvou o Ajax - agora, de Wöber, que tirou a bola do atacante iraniano do Heerenveen na hora certa. No minuto seguinte, Morten Thorsby cruzou da esquerda, e só o pé de Viergever impediu a chegada de Reza para finalizar. Estava claro: o Ajax precisaria de lampejos individuais para pensar no gol. Estes começaram a aparecer aos 28': David Neres inverteu o jogo com Ziyech. Já na área, o marroquino cortou para a direita e bateu para providencial defesa de Hansen. No minuto seguinte, o camisa 10 dos Godenzonen cobrou escanteio, que Wöber desviou para fora. E aos 31', Ziyech mandou a esférica perto do gol, em cobrança de falta.
Wöber estreou entre os titulares. E abrilhantou a atuação com o gol para fechar a vitória (Pro Shots) |
Vendo a defesa mais ameaçada, o Heerenveen já teve uma substituição no começo do segundo tempo, com Nicolai Naess substituindo Pierie (que já tinha cartão amarelo). Aos 51', o Ajax mostrou que a preocupação tinha razão de ser aos 51', com outra grande chance. Amin Younes acelerou pela esquerda, cruzou, e Donny van de Beek escorou no travessão. Ziyech chutou a bola da sobra, mas David Neres caiu antes de chegar a ela, na pequena área. O brasileiro reclamou de pênalti, mas nada foi apitado. Os mandantes da Frísia deram sinal de vida aos 54': Veltman cometeu falta sobre Thorsby, na entrada da área. Mas Schaars cobrou em cima da barreira, e o Ajax continuou tranquilo. É verdade que os visitantes cometiam faltas que rendiam cartões amarelos e chances ao Fean - a melhor delas, aos 61', quando Onana teve de espalmar a bola forte vinda da falta de Yuki Kobayashi. Mas logo passou. E os visitantes voltaram a chegar, em contra-ataques. Como aos 64', quando Younes desviou cruzamento que passou rente à trave.
Mas a tranquilidade definitiva veio aos 75', com o terceiro gol. Em escanteio, Huntelaar foi agarrado por Lucas Woudenberg na área, o juiz deu o pênalti (justo), e Schöne converteu para o 3 a 0. O Heerenveen ainda deu leve susto aos 81', em voleio de Henk Veerman para fora. Mas o alívio transformou-se em goleada aos 83', quando Wöber coroou sua estreia entre os titulares, marcando o quarto gol (seu primeiro no Ajax) após um bate-rebate na área. Jogando com mais eficiência do que brilho, o Ajax conseguiu diminuir o calor da crise que vivia. Terá a pausa das datas FIFA para se pacificar.
Alívio: depois de seis rodadas, enfim o Roda JC saiu de campo com os três pontos na bagagem (ANP/Pro Shots) |
Passadas seis rodadas, 17 das equipes da Eredivisie já haviam conseguido sair com a vitória pelo menos uma vez. Só faltava o Roda JC, lanterna da liga. Pelo começo da partida em Het Kasteel, o Sparta parecia capaz de novamente frustrar os visitantes de Kerkrade, tendo mais a bola. Aos 8', Thomas Verhaar fez o goleiro Hidde Jurjus trabalhar pela primeira vez. E aos 23', quase Ryan Sanusi colocou os mandantes na frente: após Ragnar Ache escorar de cabeça, o meio-campista completou para outra boa defesa de Jurjus. Mas justamente quando corria mais perigo, o Roda abriu o placar. Em cobrança de escanteio, aos 29', Adil Auassar cobrou, e Tsiy William Ndenge completou de cabeça para o 1 a 0 dos Koempels.
A empolgação rendeu logo o segundo gol, aos 35': após rápido passe, Dani Schahin saiu livre pelo meio da zaga e ampliou a vantagem dos visitantes aurinegros. No segundo tempo, atrás no placar, o Sparta teve o ataque fortalecido pela entrada de Loris Brogno, criando as jogadas. Já no final, aos 78', uma meia-bicicleta de Robert Mühren diminuiu a vantagem do Roda. Que temeu, mas se segurou e teve prêmio duplo: deixou a última posição da tabela ao Willem II e conquistou a primeira vitória. Só faltava o Roda. Não falta mais.
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