segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Parada obrigatória: Ajax

Saudado, Dusan Tadic simboliza a ambição do Ajax em busca dos títulos e do respeito nesta temporada (Getty Images)
Posição: 2º lugar, com 46 pontos
Técnico: Erik ten Hag
Time-base: Onana; Mazraoui, De Ligt, Blind e Tagliafico; Schöne, Van de Beek (David Neres) e Frenkie de Jong; Ziyech, Dolberg (Huntelaar) e Tadic
Maior vitória: Ajax 8x0 De Graafschap (16ª rodada)
Maior derrota: PSV 3x0 Ajax (6ª rodada)
Copa da Holanda: classificado para as quartas de final, nas quais enfrentará o Heerenveen
Competição europeia: Liga dos Campeões (classificado para as oitavas de final, nas quais enfrentará o Real Madrid)
Artilheiro: Dusan Tadic (meio-campista/atacante) e Hakim Ziyech (meio-campista), ambos com 10 gols
Destaque: Dusan Tadic (meio-campista/atacante) 
Objetivo do início: título
Avaliação: No Campeonato Holandês, o Ajax começou patinando nas primeiras rodadas: afinal, era mais importante se garantir nos grupos da Liga dos Campeões. Garantido o lugar, o time embalou de vez, e terminou o primeiro turno seguindo de perto o PSV. Há otimismo, mas de nada adiantará se a taça não vier
Intertemporada em... Orlando, nos Estados Unidos, entre 6 e 12 de janeiro

Na primeira rodada do Campeonato Holandês, o Ajax preocupou sua torcida: jogou lentamente, viu o Heracles Almelo atacar e fazer 1 a 0 já na reta final da partida, só empatou nos acréscimos. E mesmo no segundo jogo da campanha, o time de Erik ten Hag teve dificuldades para fazer 1 a 0 no VVV-Venlo - o gol de Tadic só veio aos 43 minutos do segundo tempo, de pênalti. Era um pouco preocupante. Mas era tolerável, porque a torcida sabia: mais importante ainda era garantir vaga na fase de grupos da Liga dos Campeões. E o Ajax conseguiu voltar à fase de grupos, após quatro anos, superando Standard Liège-BEL e Dynamo Kiev-UCR sem muitos problemas. Aí, tanto time quanto torcida puderam respirar aliviados.

E o Ajax embalou. Certo, no duelo direto contra o PSV pela liderança da Eredivisie, sofreu um 3 a 0 inapelável. Mas o time conseguiu se acertar, mais relaxado após diminuir a pressão. Dusan Tadic justificou plenamente os 12 milhões de euros que custou, simbolizando a maior ambição dos Ajacieden na temporada: habilidoso no ataque, sabido no meio-campo, inesperado goleador, é artilheiro do time no Campeonato Holandês (e é artilheiro na Liga dos Campeões). Hakim Ziyech continuou sendo o que sempre tem sido: armador habilidoso, capaz de passes precisos. Organizando o jogo no meio, Frenkie de Jong mostrou técnica e rapidez suficientes na saída de bola para virar um dos jovens mais badalados no futebol europeu. Assim como badalado é Matthijs de Ligt, cada vez mais imponente na zaga.

E o poder ofensivo do Ajax foi responsável por goleadas cada vez maiores, para subjugar os times médios/pequenos. 4 a 0 no Heerenveen; 5 a 1 no ADO Den Haag; 5 a 0 em Emmen e AZ; 7 a 1 no Excelsior; 8 a 0 no De Graafschap. Tomando os devidos cuidados na defesa, o Ajax também se agigantou para impor respeito a Benfica e Bayern de Munique, conseguindo voltar ao mata-mata na Liga dos Campeões, após 13 anos. E terminou 2018 badalado, como havia muito tempo o time não era. Só que a diretoria sabe: de nada adiantará essa badalação, se não vier algum título no final da temporada - até porque muita gente certamente sairá no fim da temporada. Na Liga dos Campeões, isso parece quase irreal de tão difícil. Resta ou a Eredivisie, ou a Copa da Holanda. Na Eredivisie, resta continuar jogando bem - e esperar por um tropeço do PSV...


Um comentário:

  1. Se o Ajax conseguir eliminar o Real na Champions será fantástico. Quem sabe... Nas competições locais acho que dá pra beliscar pelo menos um título. É muito bom ver o Ajax tão bem assim depois de tantos anos. Felipe sou muito fã do seu trabalho. Sempre acompanho porque sou muito apaixonado pela seleção holandesa e como você sempre tive como grande ídolo Edwin Van der Sar. Uma sugestão para um trabalho futuro que eu daria pra você seria a Euro 2000. Um texto sobre cada partida na competição continental e o clima que cercava o país que sediava a Euro. Imagino como tenha sido doída a eliminação pra Itália nos pênaltis. Um abraço!!! Parabéns pelo trabalho!

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