quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Parada obrigatória: AZ

Numa temporada até decepcionante do AZ, Idrissi é um raro ponto positivo (ANP/Pro Shots)

Posição: 7º lugar, com 25 pontos
Técnico: John van den Brom
Time-base: Bizot; Svensson, Hatzidiakos, Vlaar (Koopmeiners) e Ouwejan; Midtsjo, Til e Mats Seuntjens (Maher); Gudmundsson, Johnsen (Stengs) e Idrissi
Maior vitória: AZ 5x0 NAC Breda (1ª rodada)  
Maior derrota: Ajax 5x0 AZ (8ª rodada)
Copa da Holanda: classificado para as quartas de final, nas quais enfrentará o Vitesse
Competição europeia: Liga Europa (eliminado pelo Kairat-CAZ, na segunda fase preliminar)
Artilheiro: Oussama Idrissi (atacante), com 6 gols
Destaque: Oussama Idrissi (atacante)
Objetivo do início: vaga nos play-offs pela Liga Europa/vaga direta na Liga Europa
Avaliação: O nível técnico do AZ permite que o time fique na zona dos play-offs pela Liga Europa sem muito drama. No entanto, diante do poderio ofensivo mostrado na temporada passada, dá para dizer que o time de Alkmaar é uma das decepções da temporada. Está bem, mas poderia estar melhor
Fará intertemporada em... Belek, balneário na Turquia, de 6 a 11 de janeiro

Há pelo menos algumas temporadas, o AZ se estabilizou na confortável condição de "melhor do resto". Raramente pode sonhar com o título holandês, mas sempre está logo abaixo dos três grandes. No entanto, o time de Alkmaar começou esta temporada com pontos bons e ruins a serem considerados. Por um lado, estreou no Campeonato Holandês com duas vitórias, ensaiando repetir a boa sequência dos últimos anos. Por outro, viu o ataque, seu principal trunfo em 2017/18, ser enfraquecido pelas (previsíveis) saídas de Wout Weghorst e Alireza Jahanbakhsh, a dupla responsável pelos gols - Alireza, inclusive, foi o goleador da Eredivisie passada.

Nesse processo de tentar achar substitutos no ataque, os Alkmaarders amargaram a precoce, e até vexatória, eliminação na segunda fase preliminar da Liga Europa, para o Kairat, do Cazaquistão. Só depois da queda consumada é que a diretoria correu, acertando a contratação de Bjorn Johnsen, vindo do ADO Den Haag, que disputara a artilharia da Eredivisie com Alireza. Enquanto Johnsen vinha, mais um revés: uma grave lesão no joelho do jovem Myron Boadu, que vinha sendo escalado. Paralelamente, o AZ via mais problemas. A inconstância da zaga, que oferecia menos segurança do que em temporadas anteriores - várias coisas foram tentadas, como escalar cinco jogadores ou recuar o volante Teun Koopmeiners, mas nada deu certo; a queda de produção do meio-campista Guus Til, revelação no ano passado.

Acima de tudo, o grande problema era uma certa... fadiga. Como se o trabalho de John van den Brom tivesse chegado ao limite, com o grupo de jogadores à disposição. Esta impressão de "fim de ciclo" ficou clara em resultados como as derrotas para Heerenveen (3 a 2, na 10ª rodada) e Willem II (2 a 0, na 14ª), em pleno AFAS Stadion de Alkmaar. Por isso, foi também previsível o anúncio da saída de Van den Brom, logo que a temporada termine, para dar lugar ao auxiliar Arne Slot. Pelo menos, sinais de melhora aparecem aqui e ali. Oussama Idrissi é um ponto positivo no ataque, com velocidade; o jovem Calvin Stengs voltou de grave lesão, voltou a ser titular, e certamente será útil no returno; e o clube segue em outra campanha boa na Copa da Holanda, já nas quartas de final. É a tais sinais de melhora que o AZ tem de se agarrar. Porque, até agora, tem decepcionado. Não está mal: está seguro na sétima posição. Mas poderia estar fazendo bem mais.

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