terça-feira, 15 de janeiro de 2019

Parada obrigatória: PSV

Lozano continua simbolizando os aplausos que o PSV mereceu, num esplendoroso primeiro turno (ANP/Pro Shots)
Posição: 1º lugar, com 48 pontos
Técnico: Mark van Bommel
Time-base: Zoet; Dumfries, Schwaab, Viergever e Angeliño; Rosario, Hendrix e Pereiro; Lozano, Luuk de Jong e Bergwijn
Maior vitória: ADO Den Haag 0x7 PSV (5ª rodada)
Maior derrota: Feyenoord 2x1 PSV (14ª rodada)
Copa da Holanda: eliminado na segunda fase, pelo RKC Waalwijk (segunda divisão)
Competição europeia: Liga dos Campeões (eliminado na fase de grupos)
Artilheiro: Luuk de Jong (14 gols)
Destaques: Luuk de Jong (atacante) e Hirving Lozano (atacante) 
Objetivo do início: título
Avaliação: Só faltou vencer o Feyenoord para que o PSV fizesse o melhor primeiro turno da história do Campeonato Holandês. A eliminação na Copa da Holanda foi desnecessária, e a atuação na Liga dos Campeões sofreu com o azar prévio do grupo difícil. Ainda assim, o saldo dos Boeren é muito positivo. Seguem muito favoritos ao bicampeonato
Intertemporada em... Doha, no Catar, entre 4 e 11 de janeiro

Mesmo que o PSV tivesse terminado a temporada passada nas nuvens, com um título holandês conquistado sem dar margem a questionamentos sobre a superioridade, só o fato de começar a temporada 2018/19 sem Phillip Cocu, que aceitara a proposta do Fenerbahçe, já trazia algumas dúvidas. Que aumentavam de intensidade ao se saber que Mark van Bommel já receberia a chance para treinar o time adulto, após alguns anos de "ensaio" como técnico da equipe sub-19. Havia algum ânimo em saber que só os laterais (Arias e Brenet) haviam saído, e que a base campeã seguiria firme em Eindhoven. Mas como seria?

A derrota na Supercopa da Holanda trouxe alguma preocupação. Que logo passou, com a estreia no Campeonato Holandês já trazendo a goleada por 4 a 0 no Utrecht. Foi melhorando, melhorando, vieram goleadas (7 a 0 no ADO Den Haag, 6 a 1 no Willem II), o PSV só vencia, e os categóricos 3 a 0 sobre o Ajax mostraram como o time continuava soberano na Eredivisie. Na defesa, Jeroen Zoet seguro no gol, o miolo de zaga tinha mais segurança, e as laterais seguiram bem com os reforços - tanto com a vitalidade de Denzel Dumfries na direita, quanto com a ofensividade e velocidade de Angeliño na esquerda. No meio, Jorrit Hendrix dava a segurança de sempre, enquanto Pablo Rosario se revelou aposta certa de Van Bommel. No ataque, Steven Bergwijn enfim explodiu, muito veloz e goleador na esquerda. Até os reservas ajudavam, personificados em Donyell Malen e Esteban Gutiérrez. Mas os destaques eram os de sempre: o goleador e lider Luuk de Jong, o habilidoso Hirving Lozano.

Houve alguns problemas, é verdade. A eliminação na Copa da Holanda trouxe críticas desnecessárias - não pela derrota em si (é um torneio menor), mas pelo menosprezo ao RKC, ao jogar com time reserva. E a atuação na Liga dos Campeões trouxe uma impressão agridoce: só dois pontos ganhos, mas mesmo num grupo difícil, os Boeren deram a impressão de que poderiam ter melhor sorte se fosse diferente (abriram o placar em cinco dos seis jogos, tiveram derrotas injustas). E a derrota para o Feyenoord deixou uma leve frustração: parecia próxima a realização do sonho de 17 vitórias em 17 jogos, igualando o melhor primeiro turno da história do Campeonato Holandês (o próprio PSV, em 1987/88). Ainda assim, a impressão unânime é de que, em seu primeiro trabalho como técnico adulto, Van Bommel - campeão por onde passou como jogador - deu ao time uma mentalidade vencedora como nem nos tempos de Cocu existia. O bicampeonato é a consequência que se aguarda, até porque os Eindhovenaren só têm a Eredivisie a disputar.

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