Entre 12 de maio e 4 de junho, o Espreme a Laranja traz um texto descrevendo a carreira de todas as 23 convocadas para a seleção da Holanda que disputará a Copa do Mundo feminina.
Ela pode até encarar propensão maior a lesões, nos últimos anos. Entretanto, quando Stefanie van der Gragt está em forma, todos sabem: é a titular absoluta na zaga da seleção holandesa. Seja ao lado de Dominique Bloodworth ou Merel van Dongen, Stefanie van der Gragt mostra porte físico indispensável, para um setor defensivo que já sofre naturalmente. Até por isso, aos 26 anos (faz 27 em agosto), a zagueira já acumula experiência relativamente notável. E capacidade de liderança que salta aos olhos. Por tudo isso, pode ser considerada a melhor - no mínimo, a "menos pior" - defensora holandesa da atualidade.
Como ocorreu com várias das jogadoras da seleção, Van der Gragt começou jogando entre garotos mesmo, no time infantil do Reiger Boys, clube amador de sua cidade natal. Inclusive, um dos colegas de time de Van der Gragt também seguiu carreira profissional no futebol: Wesley Hoedt, com passagens pela seleção masculina, hoje no Celta de Vigo. De lá, a já adolescente foi para o Kolping Boys, time amador de Oudorp - e chegou até a participar de campeonatos amadores femininos com o Kolping Boys.
Mas só em 2009 a carreira de Van der Gragt começou para valer. Como previsível naqueles tempos, o AZ, então bicampeão da Eredivisie feminina, tinha poder financeiro para contratar quase qualquer mulher que se destacasse jogando bola. Foi o que aconteceu com a zagueira, que se transferiu para Alkmaar naquele ano - e conquistou o primeiro título da carreira, como parte do time tricampeão da Eredivisie Vrouwen em 2009/10. Na segunda temporada, 2010/11, mais um título pelo AZ: a Copa da Holanda. Aí, veio o impacto do fim da equipe feminina no clube de Alkmaar.
Van der Gragt já tinha mostrado talento suficiente para atrair o interesse de outros clubes. E já em 2011 achou clube novo: o Telstar. Lá, sim, se tornou titular frequente. E também foi jogando no Telstar que ganhou a primeira chance na seleção holandesa: em 8 de março de 2013, num amistoso contra a Suíça, na Copa do Chipre, torneio amistoso. Foi insuficiente para ser convocada à seleção que disputou a Euro naquele ano. Mas a experiência ganha pela zagueira no Telstar, disputando a BeNeLeague (liga conjunta entre times belgas e holandesas), já valeu para que sua carreira ganhasse impulso decisivo nos anos que viriam.
O impulso veio em 2015. Em clubes, Van der Gragt foi para o Twente, que acabara de ser vice-campeão na última edição da BeNeLeague. Na seleção, foi convocada para a Copa do Mundo - e no Mundial, foi titular absoluta da zaga durante as quatro partidas das Leoas, ao lado de Mandy van den Berg. No Twente, veio o título holandês, em 2015/16. Como figura importante, a zagueira chamou a atenção do Bayern de Munique. E se foi para a equipe alemã, na metade de 2016, unindo-se à compatriota Vivianne Miedema no clube da Bavária.
Mas se Miedema era a principal atacante do Bayern, Van der Gragt ficou na reserva no time de Munique. Ainda assim, esteve na convocação de Sarina Wiegman para a Euro 2017. Começou aquela Euro na reserva, mas após entrar no lugar de Mandy van den Berg nas duas primeiras partidas, Van der Gragt virou titular de vez a partir da terceira partida na Euro. Resultado: enquanto Van den Berg, sua parceira de zaga na Copa de 2015, entrava em desgraça na seleção, Van der Gragt formou com a improvisada Anouk Dekker a defesa no histórico título das Leoas.
Poderia ter sido o início da melhor fase da carreira da zagueira. Até porque a temporada 2017/18 começou com a contratação pelo Ajax, voltando a ser titular. Porém, Van der Gragt sofreu demais com lesões, no ano passado. Nem tanto na primeira metade de 2018, em que foi titular na "dupla coroa" do Ajax, campeão da copa e do campeonato holandeses. Mas nos meses finais do ano, a zagueira penou com lesão no joelho, que a tirou da reta final das Eliminatórias da Copa - inclusive, muitos creem que a ausência da zagueira prejudicou a Holanda na derrota por 2 a 1 para a Noruega, que fez com que a seleção tivesse de disputar a repescagem. Nesta, Van der Gragt também ficou de fora.
A essas alturas, Van der Gragt já havia sido contratada pelo Barcelona, em que está na reserva. E já voltou à zaga da seleção holandesa, na Copa Algarve, em 2019. Todavia, a zagueira chega à Copa do Mundo com dúvidas sobre sua condição física.
Ficha técnica
Só a propensão a lesões impede que Van der Gragt possa ser considerada titular absoluta da seleção (onsoranje.nl) |
Como ocorreu com várias das jogadoras da seleção, Van der Gragt começou jogando entre garotos mesmo, no time infantil do Reiger Boys, clube amador de sua cidade natal. Inclusive, um dos colegas de time de Van der Gragt também seguiu carreira profissional no futebol: Wesley Hoedt, com passagens pela seleção masculina, hoje no Celta de Vigo. De lá, a já adolescente foi para o Kolping Boys, time amador de Oudorp - e chegou até a participar de campeonatos amadores femininos com o Kolping Boys.
Mas só em 2009 a carreira de Van der Gragt começou para valer. Como previsível naqueles tempos, o AZ, então bicampeão da Eredivisie feminina, tinha poder financeiro para contratar quase qualquer mulher que se destacasse jogando bola. Foi o que aconteceu com a zagueira, que se transferiu para Alkmaar naquele ano - e conquistou o primeiro título da carreira, como parte do time tricampeão da Eredivisie Vrouwen em 2009/10. Na segunda temporada, 2010/11, mais um título pelo AZ: a Copa da Holanda. Aí, veio o impacto do fim da equipe feminina no clube de Alkmaar.
Van der Gragt já tinha mostrado talento suficiente para atrair o interesse de outros clubes. E já em 2011 achou clube novo: o Telstar. Lá, sim, se tornou titular frequente. E também foi jogando no Telstar que ganhou a primeira chance na seleção holandesa: em 8 de março de 2013, num amistoso contra a Suíça, na Copa do Chipre, torneio amistoso. Foi insuficiente para ser convocada à seleção que disputou a Euro naquele ano. Mas a experiência ganha pela zagueira no Telstar, disputando a BeNeLeague (liga conjunta entre times belgas e holandesas), já valeu para que sua carreira ganhasse impulso decisivo nos anos que viriam.
O impulso veio em 2015. Em clubes, Van der Gragt foi para o Twente, que acabara de ser vice-campeão na última edição da BeNeLeague. Na seleção, foi convocada para a Copa do Mundo - e no Mundial, foi titular absoluta da zaga durante as quatro partidas das Leoas, ao lado de Mandy van den Berg. No Twente, veio o título holandês, em 2015/16. Como figura importante, a zagueira chamou a atenção do Bayern de Munique. E se foi para a equipe alemã, na metade de 2016, unindo-se à compatriota Vivianne Miedema no clube da Bavária.
Mas se Miedema era a principal atacante do Bayern, Van der Gragt ficou na reserva no time de Munique. Ainda assim, esteve na convocação de Sarina Wiegman para a Euro 2017. Começou aquela Euro na reserva, mas após entrar no lugar de Mandy van den Berg nas duas primeiras partidas, Van der Gragt virou titular de vez a partir da terceira partida na Euro. Resultado: enquanto Van den Berg, sua parceira de zaga na Copa de 2015, entrava em desgraça na seleção, Van der Gragt formou com a improvisada Anouk Dekker a defesa no histórico título das Leoas.
Van der Gragt só voltou aos campos pela Holanda na Copa Algarve, já em 2019 (VI Images) |
A essas alturas, Van der Gragt já havia sido contratada pelo Barcelona, em que está na reserva. E já voltou à zaga da seleção holandesa, na Copa Algarve, em 2019. Todavia, a zagueira chega à Copa do Mundo com dúvidas sobre sua condição física.
Ficha técnica
Nome: Stefanie van der Gragt
Posição: Zagueira
Posição: Zagueira
Data e local de nascimento: 16 de agosto de 1992, em Heerhugowaard (Holanda)
Clubes na carreira: AZ (2009 a 2011), Telstar (2011 a 2015), Twente (2015 a 2016), Bayern de Munique-ALE (2016 a 2017), Ajax (2017 a 2018) e Barcelona-ESP (desde 2018)
Desempenho na seleção: 55 jogos e 7 gols, desde 2013
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