Entre 12 de maio e 4 de junho, o Espreme a Laranja traz um texto descrevendo a carreira de todas as 23 convocadas para a seleção da Holanda que disputará a Copa do Mundo feminina.
A lateral de 1,69m começou a jogar no cenário previsível: num clube amador próximo a sua cidade natal - no caso, o Olympia '18, de Groningen, cidade próxima a Boxmeer. E rapidamente já foi contratada por um clube profissional holandês - no caso, o Willem II, mais um a criar um departamento de futebol feminino para entrar na Eredivisie Vrouwen, então ressuscitada. Já agradava tanto que mereceu observações da comissão técnica da seleção feminina, liderada então por Vera Pauw. Mais do que isso: teve a primeira chance jogando pelas Leoas, em 21 de novembro de 2009, num empate contra Belarus (1 a 1), pelas Eliminatórias da Copa de 2011.
O tempo passou, a Holanda ficou de fora daquele Mundial, e Van Es tocou a carreira na fase inicial. Ainda passou dois anos jogando pelo Willem II. Depois, foi para mais outro clube da Eredivisie: o VVV-Venlo, no qual ficou entre 2010 e 2012. Entretanto, só em 2012 a carreira da lateral esquerda teve impulso real. Com o advento da BeNeLeague, a liga conjunta de futebol feminino que uniu times de Holanda e Bélgica, o PSV uniu seu departamento de mulheres com o FC Eindhoven, da mesma cidade. E saiu à cata de reforços. Um deles foi Van Es, que chegou a Eindhoven para disputar a BeNeLeague 2012/13.
A fusão PSV/FC Eindhoven conseguiu participações apenas regulares na BeNeLeague, mas Van Es teve algum destaque jogando pelo time dos Boeren. A tal ponto que entrou na convocação preliminar para a Euro 2013. Mas se frustrou: foi uma das três jogadoras cortadas na relação final feita pelo técnico Roger Reijners. Viria golpe pior na carreira: Van Es sofreu uma dupla fratura na perna, no início da temporada 2014/15 da BeNeLeague, e passou longo tempo em recuperação, tendo de esquecer qualquer chance de convocação para a estreia da Holanda em Copas do Mundo femininas, em 2015.
O caminho se reabriu em 2015: com a Eredivisie holandesa novamente como um campeonato isolado, Van Es voltou a jogar pelo PSV, como titular. Mas sua carreira se reavivou de novo com a mudança seguinte: em meados de 2016, antes do começo de uma nova temporada, a jogadora acertou a ida para o amador Achilles '29. Embora a equipe fosse das mais fracas da Eredivisie Vrouwen, Van Es ganhou status de protagonista na equipe. Já valeu para se credenciar como uma candidata a ocupar na seleção a lacuna deixada por Petra Hogewoning na lateral esquerda.
Antes mesmo da Euro feminina sediada pela Holanda, em 2017, Van Es deu um salto em seu recomeço após a lesão: se transferiu para o Twente, um pouco mais forte no futebol feminino holandês. Finalmente, foi convocada para a Euro 2017. E foi titular absoluta de sua posição no título europeu da Holanda, mostrando ofensividade nos avanços. A partir dali, estava definido: até por falta de opções, seria ela a titular da lateral canhota na seleção.
E ela aproveitou: participou das Eliminatórias da Copa e do título na amistosa Copa Algarve em 2018. Em clubes, evoluiu de novo, indo em meados do ano passado para o Ajax, então bicampeão holandês. E Van Es continuou titular absoluta na lateral esquerda Ajacied, conquistando lá a Copa da Holanda na temporada recém-encerrada, como capitã da equipe. Ainda há dúvidas sobre sua capacidade de aguentar o ritmo forte de uma Copa do Mundo, mas ela já tirou parte dessa preocupação na Euro. Nada mais apropriado do que uma Copa para se afirmar, de fato e de direito, como a lateral esquerda da seleção feminina.
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| Havia uma lacuna na lateral esquerda da seleção holandesa. Van Es a aproveitou - e tem a Copa para apagar, de vez, as dúvidas sobre sua capacidade (onsoranje.nl) |
A rigor, a seleção feminina da Holanda ainda espera por uma dona absoluta da posição na lateral esquerda - ao contrário da direita, na qual há titular (Van Lunteren) e reserva (Van der Most). Poderia até ser Dominique Bloodworth, versátil nas posições de defesa. Mas desde o título europeu de 2017, a técnica Sarina Wiegman prefere dar ritmo de jogo a uma cidadã que terá seu teste de fogo definitivo nesta Copa do Mundo: Kika van Es.
A lateral de 1,69m começou a jogar no cenário previsível: num clube amador próximo a sua cidade natal - no caso, o Olympia '18, de Groningen, cidade próxima a Boxmeer. E rapidamente já foi contratada por um clube profissional holandês - no caso, o Willem II, mais um a criar um departamento de futebol feminino para entrar na Eredivisie Vrouwen, então ressuscitada. Já agradava tanto que mereceu observações da comissão técnica da seleção feminina, liderada então por Vera Pauw. Mais do que isso: teve a primeira chance jogando pelas Leoas, em 21 de novembro de 2009, num empate contra Belarus (1 a 1), pelas Eliminatórias da Copa de 2011.
O tempo passou, a Holanda ficou de fora daquele Mundial, e Van Es tocou a carreira na fase inicial. Ainda passou dois anos jogando pelo Willem II. Depois, foi para mais outro clube da Eredivisie: o VVV-Venlo, no qual ficou entre 2010 e 2012. Entretanto, só em 2012 a carreira da lateral esquerda teve impulso real. Com o advento da BeNeLeague, a liga conjunta de futebol feminino que uniu times de Holanda e Bélgica, o PSV uniu seu departamento de mulheres com o FC Eindhoven, da mesma cidade. E saiu à cata de reforços. Um deles foi Van Es, que chegou a Eindhoven para disputar a BeNeLeague 2012/13.
A fusão PSV/FC Eindhoven conseguiu participações apenas regulares na BeNeLeague, mas Van Es teve algum destaque jogando pelo time dos Boeren. A tal ponto que entrou na convocação preliminar para a Euro 2013. Mas se frustrou: foi uma das três jogadoras cortadas na relação final feita pelo técnico Roger Reijners. Viria golpe pior na carreira: Van Es sofreu uma dupla fratura na perna, no início da temporada 2014/15 da BeNeLeague, e passou longo tempo em recuperação, tendo de esquecer qualquer chance de convocação para a estreia da Holanda em Copas do Mundo femininas, em 2015.
O caminho se reabriu em 2015: com a Eredivisie holandesa novamente como um campeonato isolado, Van Es voltou a jogar pelo PSV, como titular. Mas sua carreira se reavivou de novo com a mudança seguinte: em meados de 2016, antes do começo de uma nova temporada, a jogadora acertou a ida para o amador Achilles '29. Embora a equipe fosse das mais fracas da Eredivisie Vrouwen, Van Es ganhou status de protagonista na equipe. Já valeu para se credenciar como uma candidata a ocupar na seleção a lacuna deixada por Petra Hogewoning na lateral esquerda.
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| A fratura na perna atrapalhou a sequência da carreira, mas Van Es recomeçou - e teve o ápice na chegada ao Ajax, em 2018 (Rico Brouwer/Soccrates/Getty Images) |
E ela aproveitou: participou das Eliminatórias da Copa e do título na amistosa Copa Algarve em 2018. Em clubes, evoluiu de novo, indo em meados do ano passado para o Ajax, então bicampeão holandês. E Van Es continuou titular absoluta na lateral esquerda Ajacied, conquistando lá a Copa da Holanda na temporada recém-encerrada, como capitã da equipe. Ainda há dúvidas sobre sua capacidade de aguentar o ritmo forte de uma Copa do Mundo, mas ela já tirou parte dessa preocupação na Euro. Nada mais apropriado do que uma Copa para se afirmar, de fato e de direito, como a lateral esquerda da seleção feminina.
Ficha técnica
Nome: Kika van Es
Posição: Lateral esquerda
Posição: Lateral esquerda
Data e local de nascimento: 11 de outubro de 1991, em Boxmeer (Holanda)
Clubes na carreira: Willem II (2008 a 2010), VVV-Venlo (2010 a 2012), PSV/FC Eindhoven (2012 a 2016), Achilles '29 (2016 a 2017), Twente (2017 a 2018) e Ajax (desde 2018)
Desempenho na seleção: 59 jogos, desde 2009
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